terça-feira, 22 de julho de 2008

ALGUMAS COISINHAS SOBRE A EPIDEMIA DA OBESIDADE

- A indústria da dieta movimenta 55 bilhões de dólares por ano só nos EUA. Mas estatísticas mostram que 95% das pessoas que perdem peso com dietas o recuperam em até três anos (geralmente com acréscimos). Se essas dietas são tão fantásticas e tudo que um gordo precisa fazer para emagrecer é fechar a boca e se exercitar, por que elas não funcionam? Se as dietas dessem certo, essa indústria de 55 bi teria que fechar as portas. Isso certamente não interessa.

- Na minha adolescência (anos 80), não existia essa obsessão de contar calorias. Ninguém falava nisso, e a gente não tinha a menor idéia de quantos “pontos” (sistema adotado pelo Vigilantes do Peso e por várias dietas) valia cada alimento. Mas isso foi mudando, e rápido. Hoje as meninas de oito anos já começam a contar calorias e dividir alimentos entre “bons” (saladas) e “ruins” (todo o resto). No entanto, há um paradoxo aí. Se nunca vivemos numa época tão obcecada com o corpo – e a contagem de calorias como tema de leigos é uma das provas disso – por que estamos mais, e não menos, gordas? Por que vivemos no meio de uma “epidemia da obesidade”? Ué, saber as calorias de cada mordida que colocamos na boca não seria benéfico pra gente?

- Um dos problemas é que a tal epidemia da obesidade é altamente exagerada. Um dos motivos que o mundo ficou mais obeso é que, nos anos 90, a Organização Mundial da Saúde mudou os parâmetros que indicavam sobrepeso e obesidade. Até então, o Índice de Massa Corpórea (IMC) dizia que, se você tinha até 27 de índice, estava enquadrada na categoria “normal”. Acima de 32, seria obesa. Do dia pra noite, sem discussão, de portas fechadas, a OMS decidiu arbitrariamente que só seria considerado peso normal quem tivesse até 25, e acima de 30, seria considerado obeso (acima de 40, obeso mórbido – um termo que por si só já assusta e discrimina). Essa mudança de parâmetros automaticamente incluiu milhões de pessoas em todo o mundo numa só categoria: “precisam emagrecer com urgência”. E fez aumentar ainda mais os lucros da indústria da dieta.

- Cientistas não ligados à indústria da dieta afirmam que há infinitamente mais dinheiro pra promover “a epidemia da obesidade” (ou seja, pra espalhar o pânico de que, se você é gordo, tá com um pé na cova), do que pra fazer que a obesidade deixe de ser um problema. A epidemia é altamente lucrativa. E, por trás de praticamente todo estudo associando obesidade com doenças cardíacas e câncer, existe uma indústria da dieta ou farmacêutica que bancou esse estudo. Geralmente não acreditamos quando indústrias tabagistas divulgam resultados “provando” que cigarro não é assim tão prejudicial à saúde. Mas não piscamos antes de aceitar que, sim, sem sombra de dúvida, obesidade mata (só os magros vivem para sempre).

- No meio de tudo isso, há montes de médicos enriquecendo com cirurgias de estômago. O próprio termo “obesidade mórbida” nasceu nos anos 50 como um termo de marketing pra vender cirurgias de redução de estômago, não como um conceito médico. E a cada ano muda-se o critério usado pra “recomendar” uma dessas cirurgias. Logo logo ela vai deixar de ser apenas para “obesos mórbidos”, e mulheres com sobrepeso vão poder entrar na faca, embora a cirurgia tenha uma mortalidade na faixa dos 10%, e que os problemas associados a ela possam ser maiores que aqueles enfrentados por uma obesa mórbida. Não faz mal. Nós mulheres encaramos qualquer sacrifício, até a morte, para alcançar a tão sonhada beleza, único objetivo de nossas vidas.

- Lógico, vendem pra gente que dietas funcionam (apesar que os comerciais pra remédios pra emagrecer nos EUA sempre venham com pessoas perdendo peso milagrosamente e letras miudinhas dizendo “results not typical”, “esses resultados não são típicos”), cirurgias pra redução de estômago funcionam, fechar a boca e se exercitar funciona. Se alguma coisa não funciona, o problema está na pessoa, não no produto. É a gorda que sabota tudo, que não tem força de vontade, que mente sobre o quanto está comendo. Porque, obviamente, a gorda quer ser gorda. Ela só passa a vida toda tentando emagrecer porque não tem mais nada pra fazer.

- Desde a minha adolescência, quando meus problemas com o peso começaram (só que às vezes eu reflito sobre quem realmente tem problemas com meu peso: eu ou a sociedade?), eu pensava: ah, se o país mais rico do mundo é gordo, já já eles vão encontrar uma cura pra obesidade, algo tiro e queda, indolor, que as pessoas tomem, emagreçam, e faça que elas continuem magras pra sempre. Isso faz mais de 25 anos e, até agora, nada (se bem que toda semana anunciem a última maravilha). Por que será? Talvez porque ganhar dinheiro com o desespero das mulheres seja muito mais lucrativo que “curá-las”? E a propósito, os EUA não são mais o país mais obeso do mundo. Perderam a posição pra... Austrália.

26 comentários:

lola aronovich disse...

Oh my God! O dia ta tao corrido hoje que esqueci completamente deste post. Era pra eu te-lo publicado horas atras. Vou comecar a programar a publicacao de todos os posts, vcs vao ver! Comentem, please. Nao eh porque ta tarde que vcs nao vao comentar...

Masegui disse...

Lolinha,

Ué, tá tarde? Então, já que o ibope será baixo vou aproveitar para tirar o atraso (estou num ócio total, he he):

- a tal moça que queria transar sem engravidar... quem lhe disse que ela não era uma ameba?

- como anda a papelada do divorcio? lembre-se da "lista e da luneta"...

- esse blog que permite baixar filmes... isso é legal?

- se parar com a lista do google "tô de mau"

- last but not least... quandé cocês vortam pra terrinha?

lola aronovich disse...

Mario, é que eu nao sei muito bem quais os horarios daí. Mas sei que o ibope cai muito pra posts que eu coloco depois das 13 horas (horario local. Talvez seja umas 3 horas a mais aí). Tadinha da moça-ameba. Eu só sugeri isso, mas sou educada e nao falei com todas as letras. Sobre o divórcio, até parece que vou me separar de um homem tão maravilhoso como o Silvinho (anota aí no seu caderninho) por causa de um filme! Mas vc precisava ver como ele tava invocado depois do Cavaleiro. Ele realmente não gostou. Quando vi que ele tava falando mal ate do Heath Ledger, reparei que ele tava delirando. Legal como, isso de baixar filmes? Legal no sentido de bacana, sem dúvida! No sentido de "contra a lei", ahn, talvez. Mas todo mundo faz, né? Voltando pra terrinha daqui a uma semana! Preciso escrever um post sobre isso, evidentemente.

Dgsantos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dgsantos disse...

Bom, sobre obesidade, é uma questão bem complicada...
Desde garoto, sempre vivi no extremo oposto, ou seja, era considerado magro demais, tanto que meu sonho sempre foi... engordar!
Nem preciso dizer que era alvo chacota sempre e que já tive lista de apelidos nada agradáveis...
Acho que o importante é estar de bem consigo mesmo, sem se importar com que os outros pensam... mas não é nada fácil.

Anônimo disse...

Oi Lola, nem sei como cheguei aqui... Talvez pelo Sindrome, da Denise.

E agora volto todos os dias!

Eu nunca fui "gorda". Aliás tive até apelido de "alegria de cachorro" (só osso) quando era adolescente.

Moro na região metropolitana de DC há 7 anos e sou feliz com o que tenho/sou. Embora meu (ex)marido discorde... mas isso é problema dele, certo?

Tb tenho 43 e não vou ficar perdendo meu tempo com o que as pessoas acham ou deixam de pensar e não sinto nenhuma saudade da obesseção que as pessoas tem com o corpo, no Brasil.

Gostei das informações do post e vou passar pro meu grupo de mulheres brasileiras, tá? Com o devido crédito, claro!

obrigada !

Anônimo disse...

sorry! OBSESSÃO!

Anônimo disse...

Simplificando, sim, “fechar a boca” e se exercitar dá certo. Prestar atenção ao que você come e optar por não exagerar todos os dias nos alimentos que você mais gosta, é questão de desprendimento. Você tem a liberdade de ser gordo ou não. Sim, é uma opção (mas há casos de obesidade um pouquinho mais complicados).

Sou nutricionista e trabalho com pacientes em hemodiálise. Adoro! Afinal eu só preciso ficar de olho na qualidade do que eles comem e ajudá-los a não perder peso. Em HD, um IMC de 29 pode significar mais tempo de vida. Interessante, hã?

Criança, hoje, come muuuuita porcaria, viu? Coca-cola servida na mamadeira chega a me arrepiar! Trabalho com elas também. Não, só salada não é bom! Iogurte, feijão, carne, arroz, macarrão, nozes... tudo é bom! Faz bem! Ficar entupindo o que é bom com cremes de gordura saturada, com sódio, com conservantes e açúcar é que não é bom! E quem é responsável pela alimentação de uma criança de 8 anos são os pais. Se ela, nessa idade, já está contando calorias, aprendeu essa neurose com alguém, provavelmente em casa.

Lola, existe uma fisiologia da obesidade e ela é complexa. Dependendo do estágio onde você está, é cada vez mais complicado revertê-la. Não quer dizer que quanto mais gordo, mais difícil é emagrecer. Eu acho que envolve mais a relação de prazer e culpa que você tem com o que você come. Comer não é só comer. É família, é costume, é gosto, é conforto, é convívio social. A indústria que você critica, também me assusta. Põe todo gordo no mesmo balaio. Um erro horroroso. O processo de emagrecimento é uma coisa muito íntima, eu diria.

Generalizando: ser gordo é um risco para a saúde. É. Mas nem todo o gordo não é saudável. Aliás, sou “magra”. Tenho um IMC de 19, mas um percentual de gordura de mais ou menos 32%. Uma taxa de gordura tão alta é risco para minha saúde. Isso tem um nome: sedentarismo. Gosto mais do meu tempo lendo, no micro, na TV, do que da minha saúde. Ainda não estou pronta para me esforçar por isso. Acredito que quem gosta de comer muito faça a mesma escolha que eu.

A cirurgia bariátrica (redução do estômago) é uma intervenção de último caso. Sou contra porque diminui na pessoa a capacidade de absorver algumas vitaminas e até desnutri (muitos pacientes perdem cabelos, a pele fica um horror, ficam anêmicos... uma tristeza). A redução de estômago existe para aqueles que tem prognósticos piores do que as conseqüências da cirurgia. Você está certa: NÃO É PARA TODO MUNDO!

Olha, existe uma matéria enorme na Scientific American [Brasil], de outubro de 2007, que relata todos os aspectos da obesidade, mais como uma avaliação do processo todo da alimentação atual (inclusive da indústria de alimentos) do que da obesidade em si. Compara diversas controvérsias surgidas nos últimos 20 anos a respeito do que é saudável ou não. Pode dar a você uma visão talvez mais ampla tanto do lado científico quanto do lado cultural da coisa toda. Muito interessante.

Abraço,
Daniela.

Chaves disse...

Eu fui magérrima até os 20 anos, mais ou menos. Fui ridicularizada o tempo todo, era complexada, quando criança e adolescente não usava short, não mostrava a barriga, tinha vergonha dos pulsos, essas coisas. Aí casei, tive filho, fui engordando aos pouquinhos. Cheguei a ser gorda, hoje sou só "gordinha". Quase normal, não sou feia nem nada. Só que no tempo de criança, o bonito era ser mais cheinha. Hoje diriam que eu podia ser modelo. E hoje em dia ninguém perdoa quando me vê, e diz/pensa como eu ERA tão bonita. "Que pena, você era tão linda, você precisa se cuidar, só mais um pouquinho, está quase lá, precisa caminhar, você é chocólatra (não é verdade!), você é uma moça tão bonita, só precisa perder uns quilinhos, toma esse remedinho que vai fazer seu intestino funcionar melhor..."
Só me resta dar um sorrisinho amarelo e sair de perto. Vou responder o quê?
Porque as pessoas TÊM que ficar julgando a sua aparência????????

PS. Lola, estou recebendo os feeds de posts que você ainda não publicou. Só lamento que eles não venham completos!

Anônimo disse...

Oi Lola,

Agora há uma outra novidade também. Até quem tem imc considerado normal pode ser gordo.Pode "aparentemente" ser magro, mas em "essência" ser gordo. Se tiver dobras a mais, na cintura por exemplo, está em grupo de risco de ter enfarto. Por aí vai.
Sobre essas fotos de antes e depois, minha mãe tem uma teoria ótima. Primeiro tiramos as fotos quando somos magros e as outras somente uma década depois, quando estamos 10 anos mais velhas e 10 quilos mais gordas. Na publicação, invertemos a cronologia, claro.
Também sou da sua geração, tenho 40 anos, e na década de oitenta o padrão de beleza no Basil era bem diferente.
Nos Eua e Europa já vingava a magreza nas passarelas, mas aqui...Bom, já que o blog é de uma expert em cinema, vai aí o exemplo das chanchadas nacionais. Aquele cara, Davi Cardoso (tirei do baú), o rei do pornô, declarou: "em filme meu não entra mulher magra". Acho que naquela época a única mulher magra considerada bonita e gostosa era a Sandra Bréa. Já vimos que sua vida não terminou muito bem.

Eu era totalmente fora do padrão, magrela e com pernas finas, um deasastre para a auto-estima das adolescentes daqueles tempos. Depois, na virada do milênio, eu já estava bem adequada...ao padrão dos anos 80...bem redondinha...
Bom, a Isabella escreveu sobre a morfologia da obesidade. Eu acho que tem isso sim, acho que mudanças de hábitos ajudam a maioria das pessoas, mas não todas.
Minha opiniõa, leiga que só, é que o peso tem distribuição de curva normal, com a maioria das pessoas na parte central da curva, com peso normal, e a minoria nas extremidades, com peso muito baixo ou acima do "normal".
Para a maioria das pessoas, acho que as mudanças de hábitos podem ajudar ( e isso é diferente de dieta), mas não vão ajudarão todas as pessoas, em particular as que estão nas extremidades da curva.
Quem já foi muito magra, como eu, sabe como é difícil engordar, mesmo se esforçando muito...
Só que após uma certa idade, comecei a engordar, mesmo sem querer...Por força de alguns problemas de saúde não relacionados com peso, o médico me mandou mexer o esqueleto. Não emagreci, mas melhorei o humor. Depois fui mudando muitas coisas na alimentação, e aí sim emagreci.
Mas por conta de um outro tratamento (gente, não estou à beira da morte, não), para engravidar, tomei doses cavalares de hormônios, e engordei de novo.
Msa o interessante é que atividade física é prescrita para tudo. Você ao médico, ele não sabe o você tem, e então ele te manda para a academia...
O assunto me encanta. ( ou obceca?).
O filme é italiano, Pani e Tulipani.
Mas sabe, vi há tanto tempo.
Li seu artigo sobre filmes que vemos depois de um tempo e detestamos. Isso aconteceu comigo muitas vezes, talvez aconteceria de novo...Nada disso. É que
tô com medo de você odiar o filme... e me achar uma anta, e quero dizer que talvez, hoje eu não goste do filme.

Como você pode ver, eu tenho uma "sólida" opinião e não me preocupo "nem um pouco" com a opinião alheia...Não apenas quero ser magra, quero também ter opiniões "certas" sobre, se não sobre tudo, sobre quse tudo. Bom, estou melhorando aos poucos...

Depois conto mais.
Vou ver se o filme que vc indicou está passando aqui, estou em Brasília.

lola aronovich disse...

Daniel, pô, todo mundo que aparece aqui sofreu por ser magro demais! Como é que pode? Mas mostra que estar fora do padrão é um bom motivo pra sociedade te julgar. Agora, ser alvo de chacota por ser "diferente" é o cúmulo. E acontece direto, né?


Isabella, prazer em te conhecer. Seja bem-vinda! É, o importante é ser feliz com o que a gente é. Que ex-marido cretino é esse que fica te criticando? Bom, pelo menos é ex. Ah, "alegria de cachorro" não é um apelido tão feio. Cachorro é tão querido... Eu me considero a maior "alegria de cachorro" mesmo sendo gorda! Sua amiga me mandou um recado no orkut ontem. Apareça sempre!

lola aronovich disse...

Daniela, obrigada pelas informações. Mas, se emagrecer fosse tão simples, apenas "fechar a boca" (o que já foi feito literalmente, com médicos grampeando o maxilar de pacientes) e se exercitar, não haveria gordos no mundo. Há um "peso natural" para cada pessoa, e na maior parte das vezes ele é determinado geneticamente. As pessoas não têm a mesma altura, mas a gente tende a achar que todas devem ter o mesmo peso. Existem estudos com gêmeos que foram separados ao nascer e cresceram com famílias e hábitos alimentares distintos, e que ainda assim têm o mesmo peso. Ainda vou escrever sobre isso.
Sobre as crianças, pra mim o paradoxo é que nunca estivemos numa época tão obcecada com "alimentação correta" e forma física, e ao mesmo tempo nunca estivemos tão gordos. Será que isso de calcular e contar calorias não seria contraproducente? Não são apenas os pais que passam isso aos filhos. São também as escolas. E não dá pra culpar apenas os pais, como se eles vivessem num vácuo. Eles, assim como todos nós, são produto de uma sociedade. Fomos condicionados a pensar e agir assim.
A diferença entre ser um gordo não-saudável e um magro não-saudável é que, se vc é magro, ou melhor, está no peso "normal", pode ser sedentário o quanto quiser. Ninguém vai olhar pro seu corpo e automaticante julgar que vc não é saudável ou que vc não se exercita. Já o gordo é julgado a todo instante. E isso, sim, é preconceito. É um pré-julgamento. Primeiro que ninguém deveria julgar ninguém. Se uma pessoa, magra ou gorda, quiser ser sedentária, é uma escolha dela. Exercitar-se é importante pra saúde, e isso em qualquer peso. Mas há muitos gordos que se exercitam e comem "corretamente", e continuam sendo gordos. Assim como há magros que fazem de tudo pra engordar e não conseguem. Vou procurar essa matéria na Scientific American, obrigada!

lola aronovich disse...

Camomila, vergonha dos pulsos é novidade pra mim! Conheço bastante gente que tem vergonha dos joelhos (outra parte que, convenhamos, nunca é muita bonita, mas quase ninguém fora a própria pessoa encanada nota) e dos braços, mas dos pulsos?! Todo mundo engorda com a idade, isso é natural. Menos pra Hollywood, em que as atrizes vão chegando aos 40 e emagrecendo. É só ver como a Sarah Jessica Parker era muito mais "cheinha" quando jovem!
Mas isso de todo mundo ficar julgando nossa aparência é consequência de ser mulher. Duvido que tenha muita gente que chegue prum homem e diga "Vc é tão bonito, pena que seja gordinho" e "por que vc não toma tal remédio?". Pra mulher acontece direto, independente do peso (pras gordas é muito pior, claro). Porque 1) somos vistas como propriedade pública, 2) não somos vistas como seres responsáveis, portanto nosso corpo não nos pertence (é a lógica por trás da proibição do aborto também), e 3) como nossa principal função na sociedade é ser decorativa, se não somos bonitas, estamos "estragando a paisagem", indo contra a nossa natureza. Mas tudo isso tá tão internalizado pra gente que somos as piores vigilantes de nós mesmas.

Sobre os feeds: AIIIIIIII! Ignora, por favor. É o seguinte: estou tentando programar o que será publicado quando, nos próximos dias (já que vou viajar). Só que o blogger é um problema. Na hora de publicar, ele muda o layout do meu post, troca a fonte, o tamanho da letra etc. Então ontem de madrugada eu "publiquei" os posts, corrigi cada um (ou seja, corrigi o que o blogger insiste em mudar), pus como "draft", e agendei pra data certa. Eles ficaram menos de três minutos cada um "publicados". Tinha me esquecido totalmente dos feeds. Não pensei que o feed iria registrar. Mas não se preocupe, que todos esses posts serão publicados nos próximos dias.

lola aronovich disse...

Pois é, Pri, a idéia é que nunca devemos estar felizes com o nosso corpo. Ele não é visto como nosso e como uma fonte de poder, mas como fonte de eternos problemas. Mas tudo tem solução! É só gastar, investir, comprar, consumir...
Sobre as fotos do Antes e Depois, vi um ótimo documentário (ainda preciso escrever sobre ele) sobre fisiocultura. Essas fotos costumam ser tiradas no mesmo dia. Com maquiagem, photoshop e postura, dá pra fazer milagres!
Eu concordo com a sua opinião sobre como o peso se distribui. A maior parte das pessoas realmente está no "peso normal". E, nas extremidades, há os obesos mórbidos e também os extremamente magros (que não são chamados de "mórbidos" - essa honra é exclusiva dos obesos). Mas, quando se fala em "epidemia da obesidade", coloca-se todo mundo no mesmo saco: gente com sobrepeso, obesos e obesos mórbidos. E não tenha dúvida que já já reduzem mais o IMC pra fazer mais gente entrar nessa categoria indesejável. Obviamente, se a pessoa é obesa mórbida e tem problemas de locomoção (o que nem sempre é o caso), ela tem problemas de saúde muito mais graves que alguém que está dez quilos acima do peso. Mas isso não importa pra indústria da dieta, que não está nem um pouco interessada em saúde. O que essa indústria quer é que as mulheres com peso normal se sintam gordas e também usem os produtos. E funciona, né?
É isso mesmo que vc falou: quem é magro sabe como é difícil, muitas vezes impossível, engordar. Mas as pessoas acham que pro gordo é super fácil emagrecer. E se ele não emagrece, é porque não tentou o suficiente. Sendo que ele passa a vida tentando...
Abração, e não se preocupe em mudar de opinião sobre os filmes. A gente muda de opinião pra tanta coisa...

Ale Picoli disse...

Eu nasci com 4,5kg e sempre fui uma criança gordinha. Lendo meus diários (onde eu tb anotei o peso e altura durante um tempo) e vendo fotos minhas da adolescência, eu não era gorda, eu era gordinha. Mas eu já tinha problema com o peso. Aliás, eu não, os outros tinham, minha mãe - também gorda - tinha muito mais problema com meu peso do que eu mesma. Meu primeiro tratamento pra emagrecer (injeções diárias de sei lá o que, dieta rígida, duas semanas só com proteína etc etc) foi com 13 anos, quando eu tinha 1,70m e 77kg (IMC 26,6, ou seja, normal, nos anos 80). Meu maior problema era a timidez, e acho que se eu fosse magra não teria sido diferente.

Hoje eu sou GORDA (mórbida há uns 10 anos, mas puxa, que coisa, eu não morri nem pareço estar a caminho da morte tão cedo, pois sou totalmente saudável, tirando um joelho que começa a doer pelo excesso de peso).

Minha relação com a comida mudou, eu não sou mais tão compulsiva. Mas eu como BEM, quase tudo que eu gosto, tudo da melhor qualidade (vegetais e grãos tb, acredite). Eu acho muito natural que, quanto mais dinheiro e segurança você tem, mais gordo você seja. Não gordo GORDO, mas pelo menos gordinho. Abundância de recursos, bom abrigo, marido que gosta de mim. Como poderia ser diferente? Como pessoa consciente que sou, não enxergo um jeito de fazer diferente. Se eu estivesse doente, ou com algum outro fator de risco, eu pensaria mais seriamente em emagrecer, mas eu não tenho e só três coisas me fazem querer perder peso: meu joelho, a possibilidade de ficar doente no futuro e a dificuldade de achar roupas.

Mas sobre a possibilidade de ficar doente no futuro... eu não tenho como acreditar em números de uma empresa tão milionária. Não mesmo. Tenho amigos magros e diabéticos. Tenho conhecidos magros e com colesterol alto. Gente que foi magra a vida toda e chega aos 60 tendo infarto. Vejo gordos doentes que enchem a cara de batata frita e cerveja todo dia e, de verde, só comem M&M mesmo. E vejo magros assim também. Eu não sou assim! Sou só gorda. Pq eu deveria acreditar que vou ficar podre no futuro, ou pelo menos, mais podre do que uma pessoa magra?

Sei lá, tudo isso é muito confuso.

Chaves disse...

Lola, você tocou no ponto dolorido!!! Propriedade pública! É isso o que somos?? Arrrgh!
Por exemplo, tem o lance da gravidez, em que de repente gente que você nunca viu na vida tá botando a mão na sua barriga sem nem pedir licença. E quando pede, então? como dizer que não?
É uma chateação isso de as pessoas se sentirem no direito de julgar, avaliar, pegar, apertar, assobiar, xingar... Talvez as muçulmandas sejam realmente mais respeitadas, como costumam dizer.
Ou será que era melhor não sair de casa, já que não tem como esconder o barrigão?
Tudo é questão de cultura,e talvez estejamos pedindo demais da nossa. Não sei.
..
Acho que lembrei como cheguei aqui - foi por algum assunto parecido com este, ou feminismo, e acho que foi por sua dica que li "Gordura é uma questão feminista" de Susie Orbach. Amei, me deixou muito mais "leve", e andei perdendo uns três quilinhos, mais ou menos, por incrível que pareça. E estou bem mais relax também. (sai fora, culpa!)
Estou comendo quando, quanto e o que quero. E descobri qe muitas vezes eu não quero comer!!!
A sacada dela é genial. O problema todo - pra mim, pelo menos - é a obsessão com a comida. Ficando tranquila, sabendo que não vai faltar, que eu POSSO comer quando eu quiser, a anisedade nessa área baixou horrores.

E cadê o post sobre erotismo que eu vi no feed??

lola aronovich disse...

Alê, obrigada pelo seu depoimento. É bom ler coisas assim, pro pessoal se dar conta de como a discriminação é comum e, tantas vezes, começa dentro da própria casa. Isso que vc diz de ver fotos suas antigas e constatar que vc era apenas gordinha também é muito comum. Acontece com quase todo mundo. Eu vejo fotos minhas antigas de quando estava apenas um pouco acima do peso e penso: "E por que eu pensava tanto em emagrecer? Eu tava ótima! Por que algumas amigas, de brincadeira, me chamavam de gorda?". O pior é que, de repente, daqui a dez anos, quando a gente vir fotos nossas de hoje, pode pensar o mesmo.
Mas tratamento pra emagrecer aos 13 é dose, né? Foi por aí que comecei a ficar gordinha também, com a chegada da puberdade... E que começaram os "meus" problemas com o peso (que, realmente, são mais problemas dos outros com o nosso peso).
Mas não tem jeito não, Alê. Se a gente é gorda (e meio que tanto faz sobrepeso, obesa ou obesa mórbida), todo mundo assume que a gente é doente e vai morrer logo. O máximo que nos concedem é algo como "Vc tá bem AGORA. Espera só daqui a alguns anos..." . Ou seja, cedo ou tarde, eu vou adoecer e morrer. E só eu, sabe? Por ser gorda. Os outros vão viver pra sempre.
Isso que vc fala do conforto e segurança nos deixarem mais gordos faz sentido. Mas é o argumento que os trolls usam pra xingar os gordos. Eles dizem: "Que tratamento humanitário o quê! Um gordo tem que ser maltratado, pra saber que está gordo e tentar emagrecer. Se não ele se acomoda!". Tipo: um gordo não sabe que está gordo. Um gordo não tenta emagrecer...
As pessoas falam como se a medicina, a ciência, fossem entidades supremas, acima do bem e do mal. Se esquecem que, noutras épocas, a ciência era usada pra discriminar (ou pra justificar a discriminação contra) negros, gays, deficientes físicos e mentais, qualquer um fora do padrão. Por que não estariam fazendo isso novamente, só que agora contra os gordos? Só que desta vez é só pra vender, pra ganhar dinheiro. A ideologia hoje é outra.

lola aronovich disse...

É sim, Camomila, é chato, eu sei, mas nós mulheres somos consideradas propriedade pública. Esse exemplo que vc dá de todo mundo tocar na barriga de grávida mostra isso. Isso de todo mundo se sentir no direito de opinar sobre o corpo de uma mulher é outro. E sobre as muçulmanas, os argumentos que ouço em favor do véu mais uma vez confirmam essa mentalidade de propriedade pública. Se elas usam véu, escondem sua individualidade, e avisam os homens que devem ser respeitadas. Quem não usa continua sendo "coletiva". Inclusive, ouvi coisas horríveis de mulheres ocidentais sendo "apalpadas" por homens muçulmanos na Europa. Talvez eles até respeitem mais a mulher, desde que ela cumpra sua (segunda? primeira?) função principal: a de ser mãe de seus filhos. Nesse caso, mulher é apenas um receptáculo. O bebê cresce lá no ventre, mas assim que sai, ele pertence ao pai.
Mas que bom que vc tá mais tranquila, Camomila! Ah, com esse apelido que vc adota, pensei que vc fosse super relax!
Mas esqueça o feed! Esse do erotismo virá, mas só daqui a alguns dias! Eu agendei quase tudo pra próxima semana.

Anônimo disse...

Lola, não sei a referência, talvez até seja o livro o mito da beleza, ou a tirania da beleza, mas lá vai.
A elite sempre cria um padrão para se destacar do resto dos mortais. Padão educacional, estético, gastronômico, musical, etc.
A idéia é mesmo mostrar a diferença: "nós, da elite somos melhores que vocês..."
Só que isso muda de época para época.
Na Idade Média, Renascimento e até talvez até pouco tempo, em que as guerras e a falta de tecnologia produzia fome, a idéia era ser gordo. Dái temos a Monalisa e todas aquelas mulheres redondas nas telas dos principais pintores.
Ser elite mostrava que você tinha o que comer, e comia muito, não lhe faltava nada. Vc podia e devia ser sedentário para ser chic. enfim, você não faz nada, tem um séquito de empregados que faz tudo para você. Serviço braçal, musculatura desenvolvida, que nojo, coisa de pobre. Ser magro era ser esfomeado, um coitado, enfim, magreza era coisa das massas...
Agora é o oposto:
Como acesso à comida, em grande quantidade e barata, as massas engordaram. Então a elite tem que se diferenciar, aí vai ser o quê? Cheia de gente magra, ossuda. Só para ser diferente? Sim, simples assim.
Ser magro e malhado, hoje, mostra que você é da elite (mesmo que não seja): atualmente, a comida barata é a comida pronta, a comida rápida. Para refeição feita na hora, paga-se mais. Além disso, tem que ter tempo para preparar a tal refeição. Teoricamente, só tem tempo quem é da elite. O tempo de sobra que também permite freqüentar uma academia ou andar de bicicleta. Ou alguém acha que aqui no Brasil dá certo ir para o trabalho de bicicleta? E chegar esbaforida, suada, vermelha. E pedalar de terninho, se seu emprego exige isso? Pois bem, ser sedentário, hoje, virou algo que as elites combatem. Coisa de pobre. De quem não temtempo, dinheiro, informação,para não falar em coisas como caráter etc. Coisa de quem trabalha tanto que chega exausto em casa, sem energia para nada e acaba abrindo um pacote de salgadinho, de pão e de outras comidas rápidas e baratas. O dinheiro de sobra também permite manter uma cozinheira. E consultas ao nutricionista. E um ajuste aqui e outro ali com as lipos, e a tecnologia toda existente para isso.
E por aí vai.
O que seria da Monalisa hoje em dia?
E da Marilyn?
Ou da Twiggy na Idade Média?
Bom, apesar de concordar que é um é muito ruim ser julgada sempre, pela aparência, por que somos mulheres, é horrível, há muitos avanços.
E o fato é que garotas espertas sabem que, dentro ou fora do padrão, se não tiverem os pés bem pregados no chão, podem ser engolidas por essas imagens, e acabar muito mal.

lola aronovich disse...

Pri, analise perfeita. Concordo com tudo isso, mas ainda acho que, somado ao elitismo que vc apontou, tambem vem a questao da opressao da mulher. Por isso, por exemplo, o padrao de beleza "relaxou" e permitiu mulheres mais cheinhas como a Marilyn nos anos 50, quando as mulheres voltaram a ser donas de casa apos se aventurarem no mercado de trabalho durante a Segunda Guerra. Elas ja estavam sob controle, entao nao precisavam ser tao controladas com a questao do padrao de beleza inatingivel mais uma vez. Assim que veio a revolucao sexual, o feminismo, as exigencias insanas vieram com tudo. A Twiggy foi alcada a icone de beleza nessa epoca.
Mas isso da elite poder se destacar da plebe faz todo sentido. O mesmo com a "brancura" da pele (isso pra quem ta dentro do padrao e eh branco, pra comecar). Antes ser queimado de sol era coisa de pobre. Hoje eh coisa de quem tem dinheiro pra ir e ficar na praia. Alias, hoje coisa de rico mesmo eh bronzeamento artificial... Eu odeio ir a praia de rico, ou lugar frequentado quase que exclusivamente por rico, porque sei que nesses espacos geralmente vou ser a unica gorda. Rico tem personal trainer, nutricionista, cirurgiao plastico, tempo... Uma das vezes que me senti super bem numa praia foi quando fui a uma praia de pobre. Nem lembro o nome, mas era no Rio Grande do Sul. A praia era feinha, tinha agua viva, agua gelada, mas as mulheres tinham todas o meu tipo fisico! Aquilo realmente foi uma novidade pra mim.
Espero, de verdade, que haja muitas garotas espertas que vejam tudo isso, ao inves de simplesmente seguir a onda e ainda acharem que estao seguindo uma "preferencia pessoal"...

Renata disse...

Oi Lola. Realmente não existe interesse em que as pessoas emagreçam de verdade. Tem um lado que é o padrão de beleza imposto e a falta de conteúdo das pessoas que só dão valor e só se valorizam se a aparência estiver dentro desse padrão. Tem o outro, que é a questão da saúde. Ser gordinho e estar esbanjando saúde é totalmente ok. Se a pessoaestá bemconsigo então, nem se fala. O problema é que desde criança só comemos bobagens, segundo minha nutricionista é um crime o que a industria de alimentos faz, colocar corante em tudo que é alimento infantil. Pras crianças claro que tem a cor tem muito appeal...e as propagandas? Acho o fim a propaganda da sustagem, da mãe que resolveu com sustagem (um alimento altamente processado, artificial e com corantes!) o problema do filho que dava todos os legumes e vegetais do prato dele pro amigo imaginário. Outro dia mesmo discutíamos essa coisa da responsabilidade da propaganda lá na Denise...acho isso muito sério. E tem mais. Ela (a minha nutricionista) tb comentou outro dia que a epidemia de dengue que nesse ultimo verão foi tão cruel com as crianças aqui no Rio foi assim porque as crianças não estão bem nutridas, até as de classe média e alta. Porque só comem leite, bolachas, balas e farinhas e outros processados como a tal sustagem. Nosso habito alimentar se faz desde cedo, é preciso comer muita coisa fresca, natural, de prefer6encia da estação e orgânica. É até ecologicamente correto. Só que a gente não vê propaganda disso, né? Nem os pais pensam nisso, é muito mais fácil tascar uma mamadeira de leite ocm mucilon pra engordar a criança. Depois arquem com as consequencias. Minha filha é quase uma et: não come bala, nem pirulito. Sorvete e chocolate, de vez em quando e em pequenas quantidades. Iogurte só sem corante (portanto não rola danoninho). Regrigerante acho que ela nunca viu! Batatinha frita eu deixo às vezes, mas em restaurante procuro evitar, porque normalmente tem glutamato monossódico, que tb esta e presente em muitos alimentos industrializados e é um veneno. não come biscoitos praticamente, a não ser de polvilho, de algumas marcas que ocnsidero um pouco melhores. Procuro ajudar a criar um bom habito desde cedo, estou fazendo a minha parte. Até porque me alimento bem e me sinto muito bem, saudável, bem disposta. Nunca fui gorda, mas engordei muito na gravidez, perdi peso amamentando mas depois que fui desmamando a criança comecei a engordar de novo. Sou chocólatra e minha perdição é o açucar,q ue é um veneno tb, mas procuro o equilibrio, não me privo totalmente.Enfim, acho que qdo conseguimos criar uma habito legal vira parte da vida da gente, sem sacrificios nem dietas milagrosas, e conseguimos ficar de bem com a balança. É consequencia, não o objetivo principal, entende? Se puder, leia Deixa Sair, da Sonia Hirsch. Acabei de ler e to postando sobre ele no blog. É muito, muito bacana, e fala de cuidado de forma geral, e coloca a alimentação apena como um dos aspectos.
beijo
Renata

lola aronovich disse...

Claro, Renata, ter uma boa alimentacao eh fundamental. E nao ha duvida que a familia eh essencial pra estabelecer essa base. La em casa a alimentacao era falha, e nem eu nem meus irmaos cresceu adorando legumes e vegetais. Eu sempre odiei peixe e coisas do mar, e nao foi culpa dos meus pais. Foi da escola mesmo, que me fez dissecar um peixe quando eu tinha 6 ou 8 anos. Depois disso, nunca mais cheguei perto. Tenho nojo ate hoje, odeio o cheiro, tudo. E eu sempre amei chocolate. Mas meus irmaos, que eu saiba, nao sao chocolatras como eu. Em compensacao, nunca tinha refrigerante la em casa. Ate hoje o unico liquido que bebo eh agua (sem gas), e adoro! Bebo muita agua por dia, o que deve ser minha caracteristica mais saudavel.
Concordo que deveria haver alguma regulamentacao na propaganda que proibesse direcionar comerciais para criancas. Se nos, adultas, somos totalmente influenciaveis, imagina as criancas! E com o bombardeio de imagens a que elas (e nos) sao submetidas todo dia, deve ser quase impossivel resistir - mesmo tendo pais conscientes como vc.
Vou tentar ler esse Deixa Sair que vc recomenda.
E torco pra que sua filha siga sendo uma ET por muito tempo!

Renata disse...

Ai, Lola, sei que vai chegar um tempo em que eu não terei mais como controlar a dieta dela do jeito que faço hoje, ela que vai ter o poder de decisão e eu terei que aceitar...mas pelo menos estou fazendo minha parte hoje, não vai ser por falta de exemplo que ela vai se alimentar mal...
beijo
Renata

Anônimo disse...

Oi, Lola,
olhaí a última "pesquisa científica": http://estilo.uol.com.br/ultnot/bbc/2008/07/25/ult3806u471.jhtm
Onde isso vai chegar? Vão começar a matar gordos diretamente?
Beijos,
Ro Salgueiro

Anônimo disse...

Oi Lola, então você está (quase) de volta ao Brasil, ie, Joinville. Estive lá há muito tempo, tenho uma amiga de adolescência que mora lá (aí).

Eu moro aqui na América há 7 anos e adoro! Não renho barreiras geográficas pra ser feliz, sabe? Mesmo com um ex marido que queria a barbie-mulher-trofeú pra ficar exibindo por aí ter me dado o pé, continuo feliz com meu corpo.

Sofri tanto já adulta por associar felicidade com peso "ideal"... Bobaem pura!

Tento me cuidar mas não faço disso uma tortura.

A-DO-REI esse divã!

bjs e bom etorno! Tô curiosa pra saber de que vc vai sentir falta.

BTW, moro em Virginia (região metropolitana de DC). Agora que a Denise vai pra Seoul, acho que vou coneguir almoçar com ela : )

André Gonçalves disse...

ainda sobre os seuper heróis: o demolidor é triste. ben affleck, ninguém merece.