segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NÃO TEM HOMOFOBIA NO BRASIL

Outro dia, durante a aula, meus queridos alunos simplesmente se recusaram a acreditar que um gay é morto a cada dois dias no Brasil (não lembro como o assunto veio à tona; devo ter usado a estatística como exemplo). Muitos, falando ao mesmo tempo, atônitos, disseram: “Imagina, professora! No Brasil?! Ninguém é morto por ser gay no Brasil!”. Eu respondi que esse número provavelmente é muito maior, pois só entram na estatística os casos de pessoas assassinadas por esse motivo — por serem gays. Há inúmeros casos em que este "detalhe" fica fora do inquérito policial. Mesmo assim, meus alunos não quiseram acreditar.
É aquela história de se jogar a discriminação, qualquer uma, pra bem longe. O velho discurso de “Eu não sou racista, de jeito nenhum, mas conheço gente racista” (se ninguém é racista, como todo mundo conhece alguém racista?). De “Eu não sou machista, respeito e amo as mulheres, minha mãe é uma mulher, mas essa Dilma tem a maior cara de sapatona sem vergonha”. De “Não sou homofóbico, só não quero nenhum gay perto de mim, e se algum me passar uma cantada, vai levar porrada”. Apesar desse discurso torpe, que deveria servir pra abrir os olhos pro preconceito, o pessoal tem a manha de jurar que o Brasil não é um país homofóbico. Pois é, homofóbico é o Irã. Lá sim matam gays. Nós vivemos num paraíso de tolerância racial e sexual.
Nas últimas duas semanas aconteceram algumas coisas que deveriam jogar por terra essa narrativa. Ainda não escrevi sobre elas, e sequer tenho certeza se estão relacionadas. Desconfio que sim. E aí, o que elas têm em comum?
- No dia 11 de novembro, um estudante de 18 anos foi preso por beijar um garoto de 13 dentro de um cinema do Santana Parque Shopping, em SP. Eles haviam se conhecido pela internet, e marcado o encontro. O jovem mais velho pode ser condenado a 14 anos de prisão por crime contra a dignidade sexual (abaixo de 14 anos, menores não têm vontade própria nem respondem por seus atos, segundo a lei). A grande dúvida é, óbvio, se o jovem de 18 anos estaria preso por beijar uma menina de 13. Alguém chamaria a polícia ao observar essa gritante diferença de idade num casal hétero? Ou essa prisão tem a ver com o preconceito que gays são pedófilos querendo corromper nossas crianças?
- A Universidade Mackenzie colocou no seu site um manifesto contra o projeto que criminaliza a homofobia. O texto, que foi retirado do site na semana passada, após vários protestos, inclusive de alunos do Mackenzie, estava assinado por um reverendo da Igreja Presbiteriana, e dizia que ensinar e pregar contra o “homossexualismo” (hoje o termo correto, aceito pela comunidade GLBT, é apenas homossexualidade) não constitui homofobia, e que é “missão das igrejas” promover o comportamento ético de todos, até dos gays. Aham. Comportamento ético é o do Mackenzie, que apoiou o golpe militar de 64 e participou do lamentável incidente da Rua Maria Antônia (em que alunos reaças do Mackenzie atacaram os “comunas” da USP). Ético é o Mackenzie que, como outras universidades particulares, não só não contrata como também demite professor com doutorado, para não precisar pagar mais a seus docentes. (E what the duck? Pregar contra gays é missão pra igrejas? Não têm mais índio pra catequizar e tiveram que adotar um novo alvo? Precisam fazer do ódio sua bandeira?).
- No dia 14, poucas horas depois da Parada Gay no Rio, um grupo de gays jovens estava namorando e conversando no Arpoador quando foi abordado por oficiais do exército. Os oficiais fizeram o que uma corporação patriarcal, hierárquica e preconceituosa ensina a fazer: humilhar, com violência física, qualquer minoria. Um sargento atirou na barriga de um dos jovens, que felizmente sobreviveu. Segundo o oficial, o tiro foi acidental — ele não pretendia atirar, apenas intimidar. É, é isso mesmo que a gente quer: um exército fascista que gosta de intimidar quem seja diferente.
- Na mesma madrugada, desta vez no cartão postal de SP, na Av. Paulista, um grupo de cinco jovens, entre 16 e 19 anos, espancou outros rapazes. Desde o início, pelos relatos colhidos na delegacia, ficou evidente que a motivação foi a homofobia. O grupo chamava as vítimas de “bichas” e “namorados”. Os pais de classe média negaram, dizendo que tratou-se apenas de uma briga entre jovens. O advogado afirmou que uma das vítimas cantou um dos jovens, que não gostou e partiu pra agressão. Sei. Muito antes de aparecer o vídeo que mostra a agressão totalmente gratuita, eu já achei estranho que ninguém perguntasse “Hum, o que o rapaz tava fazendo com um tubo de lâmpada fluorescente na mão?”. Imagina só, alguém sai de uma balada e vai andar pela Paulista de madrugada, em bando, carregando uma lâmpada que serve como arma, e a gente tem que acreditar que o carinha reagiu a uma cantada?! Como esperado, os jovens não chegaram a passar nem uma noite na prisão. Pelo menos a indignação foi geral e a mídia foi atrás. Descobriu que um dos jovens já havia sido expulso de duas escolas particulares, Dante e Objetivo, e, um mês atrás, denunciado por bater na própria mãe (torço para que pelo menos essa mãe não defenda seu pimpolho). Os outros também tinham fama de brigões (eufemismo pra bullies?), e já haviam surrado um gay numa festa. O vigia de um prédio na Av. Paulista foi amplamente entrevistado. Ele provavelmente salvou a vida de um dos agredidos, já que conseguiu afugentar o grupo, que saiu comemorando. O vigia ainda teve tempo de perguntar à gangue por que estava agindo assim, e recebeu a resposta: “Porque ele é viado”.
- Depois de tudo isso, foi criada uma tag no Twitter, #homofobianao, que ficou no topo dos Trending Topics por dois dias. Só que aí apareceram os arautos do preconceito e da intolerância (muitos, suponho, saudosos do ódio contra nordestinos no início do mês, e ainda sofrendo com a enorme ressaca eleitoral de não terem eleito seu candidato), e acharam por bem criar a tag #homofobiasim. Essa gente tem dificuldade pra entender que um gay não vai acabar com o casamento e com a moral da família cristã. Não ser gay não é ser homofóbico. Os 90% da população que não é homossexual deveria ficar na sua e deixar os gays em paz. É totalmente absurdo odiar alguém por el@ ser diferente. Não compreendo essa necessidade de gastar tanta energia com algo que não lhe diz respeito. Tipo: eu não gosto de banana. Então o que faço? Ué, eu não como banana. Se alguém me oferece banana, eu agradeço e digo “Não, obrigada”. Quando vou a um buffet por quilo, não fico apontando pras bananas à milanesa e fazendo cara de nojo. Tampouco as procuro pra poder destrui-las com um garfo. E ninguém tenta me convencer a gostar de bananas. Eu não gosto, mas sei que tem um monte de gente que gosta. É meio egoísta eu querer que as bananas desapareçam da face da Terra só por eu não gostar delas. Sabe, quem morreu e me nomeou deus? E por falar em deus, não vou ficar procurando na bíblia passagens que possam ser interpretadas como “deus odeia bananas e quer que elas ardam no inferno”. Tenho mais o que fazer.
Olha, é importante chamar o que aconteceu no Rio e em SP pelo nome: foram crimes de ódio. Não foi uma briguinha qualquer. Rapazes foram atacados pela sua orientação sexual. E é importante fazermos uma autocrítica. Sabe aquela campanha de “Onde você guarda o seu racismo?”. Então, todos nós guardamos nossos preconceitos em algum lugar. Mas eles existem, e devem ser confrontados.
Só espero que, depois dessas últimas duas semanas infernais de homofobia, meus aluninhos acreditem que sim, é muito perigoso ser gay no Brasil. E espero que lutem pra mudar este quadro. Até porque os oficiais que atiram pra intimidar gays ou os jovens que saem pela Paulista com lâmpada fluorescente podem, num dia de pouco movimento, invocar com meus alunos por serem nordestinos, ou comigo, por eu ser gorda. Enfim, por não sermos igualzinhos a eles. E nessas horas eu fico muito feliz por não sermos como eles. Porque eles são a escória, não nós. O que não nos exime da responsabilidade por lutar por um mundo mais tolerante.

153 comentários:

Bruno S disse...

Lola, no rio não foram PMs, mas integrantes do exército que agrediram o grupo que estava no Arpoador.

E, pelo que entendi, o exército sonegou as informações sobre os militares envolvidos por alguns dias e tentou "apurar" o caso na "justiça" militar.

Felizmente a Polícia Civil parece estar agindo decentemente e enquadrou a situação na justiça comum.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/11/18/militar-confessa-ter-atirado-em-estudante-homossexual-no-arpoador-923047188.asp

Debora Helena disse...
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Debora Helena disse...

Lola, você chegou a ver esta reportagem? http://moourl.com/oqvn2
Vale muito a pena! É um estudo sobre a sexualidade dos homofóbicos.
Faz todo sentido para quem estudou um pouquinho que seja de psicologia e está familiarizado com o mecanismo de projeção, e percebe isso nesse comportamento ridiculamente odioso.

Lucivone disse...

"...eu não gosto de banana. Então o que faço? Ué, eu não como banana. Se alguém me oferece banana, eu agradeço e digo “Não, obrigada”. Quando vou a um buffet por quilo, não fico apontando pras bananas à milanesa e fazendo cara de nojo. Tampouco as procuro pra poder destrui-las com um garfo. E ninguém tenta me convencer a gostar de bananas. Eu não gosto, mas sei que tem um monte de gente que gosta. É meio egoísta eu querer que as bananas desapareçam da face da Terra só por eu não gostar delas."

Essa parte do seu texto diz tudo...

Unknown disse...

Assisti a uma reportagem na Record ontem sobre os rapazes agressores na Av. Paulista. Minutos antes eles agrediram um outro rapaz com socos e pontapés quando o mesmo ia atravessar a rua. Ele estava acompanhado de um amigo. O amigo conseguiu escapar, mas o agredido foi levado ao hospital por populares.
Quanto ao caso que você relatou, a m~e de um deles disse que os rapazes revidaram a uma agressão moral! Como assim?
Um dos advogados - só um - (cada família contratou o seu) ao ver as gravações decidiu abandonar o caso.
Gostei do que disse uma psicóloga. Muitas vezes o ódio contra homosexuais vem de um desejo repreendido. Talvez o agressor seja um homesexual "enrustido", mas devido à sociedade, criação, família, etc e tal ele se reprime e tem ódio de quem é assumido.
Não justifica a violência. Nada justifica, mas eu sempre pensei nisso....

Paulo Duarte disse...

Lola, tenho que admitir que eu fiquei surpreso ao perceber recentemente que uma boa parte da população acha que não existe homofobia ou que ela é fraca no Brasil. Talvez por lidar com o preconceito diário (diretamente e nos jovens lgbt que tento ajudar) achei que isso fosse óbvio.
Tenho algumas teorias sobre essa cegueira: primeiro uma parte destas pessoas não vê tanta homofobia porque no final das contas acha que diversas formas de agressão que homossexuais sofrem é justa, merecida ou, pelo menos, "natural". segundo porque a visibilidade lgbt é mínima, as pessoas conhecem poucos gays e conhecem muito menos sobre suas vidas, comprando uma imagem meio glamourizada e elitista.

Meg Thai disse...

Pq diablos alguém é contra o aborto e a favor da pena de morte? :s óh céus!

KlaussGoytacaz disse...

E qual foi uma das soluções das 'autoridades" no caso do Rio? Fechar o Parque Garota de Ipanema a noite! Ou seja, gay não tem o direito de ir ao parque paquerar e beijar na boca! Só faltou explicitar que a culpa são dos gays por "ofenderem" os coitadinhos dos héteros por namorar em local público! Imagine só, já é tão complicado ficar a vontande em parques públicos dominados por heterossexuais tipo Jardim Botânico ou Quinta da Boa Vista, os poucos espaços onde os homossexuais podem "dominar" precisariam ser fechados para manter a "ordem pública"! O "Autorama" do Ibirapuera que aguarde...

Anônimo disse...

Lola vi no Fantástico que o Brasil é o pais que mais mata homossexuais no Mundo, isso me da vergonha me decepciona demais temos que lutar contra isso !É UM ABSURDO !MOTIVO DE VERGONHA !



JESSIKA BRITO

O sonho de uma sombra disse...

Olá Lola e comentaristas,

Faz algum tempo, coloquei alguma coisa sobre o seguinte tema no meu blog:

Será que dá pra voltar pro armário?

http://luiz-eleno.blogspot.com/2010/04/da-pra-voltar-pro-armario.html

O texto é baseado em um artigo da Scientific American Mind, e nem sei se foi publicado no Brasil.

Abraços a todos

Júlio César Vanelis disse...

Pois é Lola, você resumiu tudo muito bem... Entre os Bogayros houve muita manifestação sobre cada um desses fatos. Mas, de fato, esse é um assunto que merece atenção a nível geral, não apenas entre os blogueiros gays (acredite, tem gays que não tem noção da dimensão do problema, mesmo sendo gay), mas também entre os outros blogueiros ou leitores de blog. Você fez isso muito bem Lola. eu enquanto homossexual tinha que vir aquí te agradecer por esse iniciativa...

Um abraço, e até o próximo post

Anônimo disse...

olha! um tradado! rsrs

Nem deu tempo de ler tudo, mas queria comentar sobre o caso do cinema, em quem os dois meninos estavam se beijando, um com 18 e outro com 13.

Eu não sei os motivos que levaram a pessoa a 'denunciá-los' - certamente foi seu sub consciente homofóbico. Nisso eu não discordo de vcs.

Mas a prisão está correta, é um crime mesmo. Com a alteração da legislação que tratava dos crimes sexuais, estupro é entendido não mais apenas como penetração não consentida, mas qualquer outro ato (que antes era atentado violento ao pudor).

Mas se a 'vítima' é menor de 14 anos, não importa ela ter consentido. Presume-se que ela não autorizou aquilo.

E sinceramente, eu acho que a lei tá certa. 13 anos é criança demais para se namorar, seja menino ou menina. Ainda que exista namoricos, acho que é saudável aqueles com alguém da mesma idade, pros dois descobrirem as coisas - não todas as coisas, espero - juntos.

Eu não vejo com bons olhos namoros entre pessoas de 13/18; 15/25. Seja de casal gay ou não.

Ademais, a lei ajuda a coibir uma situação em que um cara bem mais velho, 40, saia com alguém de 13.

Cecilia disse...

Lembrei de um comentário escabroso de um primo do meu ex-marido - sei lá qual era o contexto, mas foi no meio de um churrasco - sabe como alguns caras, há milênios, continuam a gostar de fazer fogo e comer carne, né? Ele disse que PREFERIA TER UM FILHO 'ALEIJADO' A UM FILHO GAY!

Nem vou falar da indelicadeza de fazer um comentário desses na frente do primo dele, meu ex-marido, com quem tive um filho que é deficiente físico e que todo mundo da família adora e admira. Sem noção é um título honroso pra quem diz uma merda dessas.

Hoje postei um texto falando da responsabilidade da gente, a chamada Geração Coca-Cola, em produzir esses sujeitinhos sem caráter que saem por aí agredindo homossexuais, negros e nordestinos. Aqui: http://migre.me/2oVtq

Eu vi muitas pessoas da minha idade brincando com essas questões sensíveis com leviandade, fazendo piada homofóbica e racista, mas são pessoas que nunca chegariam às vias de fato, imagino.

Minha ex-(melhor)-amiga era uma pessoa acima de qualquer suspeita. Mas ouvi dela comentários impublicáveis sobre judeus. E numa ocasião em que se sentiu incomodada com a mãe de um colega do filho, referiu-se a ela como "aquela gorda".

No que dá isso? Nada me tira a certeza de que esses escrotinhos que andam aprontando essas barbaridades hoje são filhos que cresceram ouvindo os pais discriminarem o diferente, e de certo modo se sentem autorizados a usar a violência, inclusive porque confiam na impunidade.

Ao contrário do que muita gente diz, não acho que isso seja (só) resultado ausência dos pais na criação. Talvez seja essa presença perniciosa e sem caráter, isso sim.

El Adriano disse...

É realmente nojento esse e qlqr tipo de preconceito. Isso sim é odioso.
Pra mim, TODAS... TODAS AS PESSOAS são bissexuais... sem exceção. Resta descubrirem... não digo no sentido carnal, de desejo... mas de afeto.
Não consigo entender porque há essa divisão, por que existe a sexualidade.

Por que não simplesmente amamos?
Por que homens não podem se cumprimentar com um beijo? Isso fere a virilidade? Mas viril atacar homens q se beijam?


Todos nós admiramos alguém do mesmo sexo, temos um melhor amig@.
E se esse(a)amig@ for o amor da nossa vida,a compania perfeita? Não, vc nunca pensará assim porque é hetero. Daí, arruma um parceir@ do outro sexo e arruina sua vida.

Não sou a favor/contra gays ou héteros. Sou a favor de toda e qlqr forma de amor, independente do sexo... isso não devia ser um impecilho...

Mas, o fato é que a sexualidade e existe, e tenho certeza absoluta, que a homofobia é uma consequencia da religião. Se na bíblia tivesse escrito que ser gay é "normal" e que Deus trará alegrias e prometesse o paraíso a quem não for homofóbico , não haveria tantos casos como esses.
Quem garante que Jesus não foi homossexual? Na bíblia não há nada que prove que ele era hétero ou bi.
E não vem com esse papo de santidade.

Amem sem escolher pau ou buceta, uma pessoa é muito mais que isso!

Anônimo disse...

Pois é, eu já vi desses comentários também.

Sempre tem um idiota que pergunta 'mas vc prefere ter um filho ladrão ou 'viado'?

E sempre tem o mais idiota ainda que responde 'ladrão, claro hahahah, ladrão se recupera, e viado? meu filho vai ser machooo'.

E tem também o que responde falando 'aii, eu prefiro ladrão', achando que é supra sumo da tolerância.

Mal sabem eles que só perguntar uma coisa dessas, ofende. Responder ofende mais ainda.

É tão revoltante. Tão.

Lord Anderson disse...

As pessoas não gostam de admitir que existe homofobia da mesma maneira que não admitem a existencia do racismo e do machismo.

Pq se admitirem vão ter escolher entre fazer algo p/ mudar ou assumir seus preconceitos.

E isso ningguem quer

Paulecca disse...

Tão triste tudo isso, fico até sem palavras. Mas o que me choca, mesmo e muito, é essas pessoas não terem nem vergonha de serem tão preconceituosas. O que mostra algo mais grave: eles nem associam o comportamento vil que possuem a um ato criminoso.

Serge Renine disse...

Uma pessoa de 18 anos beijar, na boca, uma outra de 13 anos é podofilia, seja a de 13 anos homem ou mulher. Um crime igual ou pior que a homofobia.

Dirceu Barquette disse...

Queria muito ouvir os argumentos desses garotos. Qual seria o respaldo a sustentar tais atitudes?

Mais ainda. Por que se calam as correntes ditas religiosas e conservadoras?

Anônimo disse...

Olha Lola a coisa é feia mesmo! E o costume de dizer que o problema é no país dos outros virou discurso inconsciente, ah nos EUA eles tem mais problemas de cor, cada país tem um "problema" menos o Brasil kkkk. Ninguém lê mais notícia nacional, não sei como pode ficar alienado com tanto jornal ruim por aí que se sustenta da violência!!!

E outra será que tem que ter ÓDIO pela diferença sempre? Não dá pra apenas deixar a vida do outro, e viver a sua? Se vc não tem afinidade com alguém vai forçar amizade, não, né? Então pq tem que amar ou matar nesse caso? Daqui a pouco as ruivas e os albinos vão ser queimados também.
Que é isso, foi diferente mata, espanca, malha? Simples assim?

Um outro blog fez uma enquete sobre o que era pior no Brasil, ser gay ou negro.
Os primeiros 4 comentários não respondiam, só recolocavam a questão, lembrando de gordos, ateus e outras,que esses sim sofriam preconceito. Então se todo mundo tá sofrendo preconceito, cadê o país paraíso?
Administrar paciência tá difícil, Lola, tá difícil!!!!!
Bj, Rosa

Unknown disse...

Esse americano (school board member) não quer matar os gays, ele acha os mesmos deveriam se suicidar.
Seu nome é Clint McCance e postou a "sugestão" na sua página pessoal do Facebook. Segundo diz a reportagem ele usa termos pejorativos para se referir aos homesexuais e se diz satisfeito que os gays passem aids uns aos outros e morram...
Tsc, tsc, tsc. Quanto ódio!

http://on.cnn.com/bSeyyB

Marissa Rangel-Biddle disse...

Oi, Lolíssima, sabe que sofri demais na eleição por conta dos carolas que poluem minha familia. Entre a falta de argumentos deles estava a de que com a eleição da Dilma as igrejas seriam forçadas a fazer casamentos gays em seus templos. A única coisa que lembro de ter dito foi algo do tipo ' pelamor, gentem, vocês acham que os gays vão querer cerimoniazinha cafona em igreja tal qual muitas bridezilas e groomzilas fazem?'

Porque nem hetéro anda sonhando mais com isso - só a Carrie Bradshaw em Sex and The City.

E o argumento furado de que os hetéros agrediram o rapaz porque 'recebeu uma cantada'. Ora, se ainda isso fosse verdade, gente, vou comprar um estoque de lampadas para mim e amigas pra tacar na cara dos imbecis que nos constragem quando passamos na rua. E eles ainda acham que nós gostamos de sermos constrangidas.

Enfim, parece que a caixa de Pandora foi aberta.

Niemi Hyyrynen disse...

Lola quanto tempo...


É, o Brasil ainda um país demagogo, mas qual páis não é? Não só com relação a homofobia...e isso precisa ser combatido sempre, uma vez que nunca vai se extinguir...mas pode diminuir bastante.

As leis ainda são confusas e portanto dão brechas para esses agressores darem as mais espalhafatosas desculpas, infelizmente, precisamos discutir não somente a consciencia dos males da homofobia mas tb as leis que dão brechas.

Niemi

Teresa Silva disse...

Tem homofobia, misoginia e outros ódios sim. De todas as maneiras: da mais agressiva, como você conta no post, onde as pessoas são espancadas; à mais "sutil" (não acho uma palavra que resuma isso), como na instituição onde eu trabalho. Pasmem, uma universidade pública que busca ser plural e democrática. Cito dois casos:

1) Um professor, homossexual assumido, do qual muitos colegas não gostam nem dele nem da forma como geriu uma unidade/departamento tempos atrás. Era chamado de "aquele viado", "aquela bichona" e coisas parecidas quando criticavam sua administração. Além do comportamento antiético, alguns professores não separam a opção sexual de uma pessoa da sua vida profissional.

2) Um grupo de bibliotecárias trabalha na divulgação das dissertações e teses da universidade na internet. Como buscam convencer os professores e alunos da importância da padronização dos textos, um professor disse que não gostava "dessas mulheres da biblioteca" dizendo o que eles deviam fazer. Uma simples recomendação para divulgação de um texto bastou para o cara despejar a sua misoginia.

Bons exemplos também de que homofobia e misoginia não vem só de gente ignorante e iletrada. Como cantava a Clementina de Jesus "Mas tem muito diplomado / Que é pior do que selvagem".

Chavão disse...

Eu sou contra a violência, isso em qualquer caso, contra gays, contra negros, contra brancos, contra gordos, contra carecas. Agora eu acho que todos tem o direito de gostar do que quiser, como vocês gays gostam de ser gays, eu me acho no direito de não gostar de gays, claro que sempre na minha, não espancaria vocês por causa disso, mas vamos ser sinceros, cada um tem um gosto e eu não curto isso.

Falar "homofobia não" é muito mais do que só o caso de violência, vocês estão querendo tirar o nosso direito de não gostar de alguma coisa, um exemplo, eu sou gordo e sou zuado por isso, eu não ligo, mas tenho um amigo gordo que se ofende e muito com a situação. As pessoas sacaneam muito mais ele e isso seria preconceito, mas ele não tem uma lei que beneficie ele quanto a isso. Agora os gays, os negros, todos tem uma proteção. Como eu disse, se não houver violência acho que vale tudo, se o cara assumiu que é gay tem que aguentar ser chamado de gay mesmo afinal ele é gay, mas não se pode discriminar pelo que a pessoa é (por casa de leis), mas e o caso dos gordinhos? E dos carecas? Todos são vítimas.

Se eu fosse vocês mudavam essa campanha de "homofobia não" para "violência não", porque o que todos sofrem é violência, sendo gay, negro, branco, gordo ou careca.

E outra coisa, eu me sinto ofendido por ser branco, heterossexual e não ter (e não PODER ter) uma parada do orgulho hetero ou dia da conciência branca.

Pense nisso galera...

Andréia Freire disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Andréia Freire disse...

Meudeus, eu NÃO LI esse último comentário... ¬¬

Geralmente eu leio e acompanho sem comentar muito, mas tem hora que não dá...

Então você se sente ofendido por não ter um dia da "Consciência Branca" e do "Orgulho Hétero"? A resposta é simples: brancos e héteros NÃO SÃO DISCRIMINADOS! Tenha santa paciência. Isso é burrice ou má fé. Eu como hétero e branca tenho VERGONHA de gente como você. Os brancos não foram EXPLORADOS e ESCRAVIZADOS pelos negros. Héteros são considerados a "norma", são as pessoas "normais". Nós não sofremos preconceito por sermos héteros, porque na nossa sociedade ser hétero é ser NORMAL. Tem que desenhar? Que papo escroto esse de branquinho e héterozinho BABACA que acha que sabe o que é ser discriminado. TENHA DÓ! ¬¬

Hipocrisia dos infernos! Vai pensar antes de falar merda! PQP.

Sardenta disse...

Lola, como sempre um post que nos traz uma critica maravilhosa a nossa sociedade hipocrita.

Bem, sempre vem uma criatura pra falar algo sobre: ah, eu quero uma lei que ajude uma pessoa branca, hetero, careca, gorda. E no final ainda coloca: pensem nisso.
Ok, estou pensando. Continuo sem ver logica ALGUM! Vc sabe quem faz as leis? Sao pessoas heteros e brancas e essas pessoas sao MAIORIA. Por isso, que temos que criar leis para MINORIAS ou pessoas que foram MARGINALIZADAS pela socieadade crista, so pq nao sao heteros, brancos e felizes.
Pq ninguem sai por ai batendo e atirando em heteros e brancos so pq o cara eh mto branquinho ou come muita mulher. Entendeu ou quer que eu desenhe?
E ah, concordo com vc que pessoas gordas sofrem preconceito, mas nao se compara ao preconceito com homossexuais. Eh soh ler as estatisticas. E as pessoas gordas e carecas podem casar, namorar e se amar onde quiser! Os gays nao podem fazer isso, pq alguem ensinou que isso eh sujo e feio. Sujo e feia eh esse tipo de pensamento!

lola aronovich disse...

Chavão, quem está obrigando vc a gostar de gay? Ninguém quer mudar a sua orientação sexual. Eu sou hétero, e minhas amigas lésbicas nunca tentaram me convencer a ser lésbica. Assim como seria a maior cretinice minha querer convencê-las a serem hétero. É totalmente diferente vc gostar de alguma coisa e vc respeitar alguma coisa. Sabe que seu discurso é idêntico ao do pessoal que entra em blogs de aceitação do corpo pra dizer: “Não gosto de gordas, nunca transaria com uma gorda, e vcs querem me convencer a ter tesão por vcs”? Quando a gente fala em aceitar nosso corpo, em achar-se bonita, em health at any size (saúde em qualquer formato), NÃO pretende com isso convencer as pessoas a nos achar atraentes. Mas quer, sim, que as pessoas parem de fazer careta quando se referem às gordas, parem de dizer que gorda é nojenta, parem de tratar quem sente atração por gordas como pervertido, parem de nos dizer gracinhas e insultos, parem de bully gordas nas escolas, parem de fazer programas como “rodeio de gordas”. Vê a diferença? Eu não sinto atração sexual por gays ou lésbicas, mas isso não quer dizer que eu não goste deles. Pra você gostar é só gostar sexualmente? Como sou monogâmica, quase todo mundo que eu gosto eu não gosto sexualmente! Outra coisinha: eu sou gorda, mas não sou APENAS isso. Essa não é minha única característica, e nem deveria ser a que me define. A mesma coisa com os gays.
Não se pode discriminar NINGUÉM, ponto. Mas vc já foi discriminado muitas vezes por ser branco e hétero? Sério?

PedroYukari @snoopy_xxy disse...

Eu só fui me ligar que o preconceito é bem pior do que eu achava que era em dezembro do ano passado, quando eu fui atacado por um vândalo na mesma avenida paulista e perto do black dog, ou seja, se eu não fui atacado exatamente no mesmo lugar que o tal rapaz, foi quase lá! Eu não tenho dúvida que existem grupos de playboys e skin heads que ficam fazendo ronda pela Paulista e outros bairros de SP bem frequentados por gays buscando oportunidades de praticar violência e claro, isso não pára só nos LGBT, a mídia já deixou claro que xenofobia, preconceito contra gord@s e racismo existem e são fortes!
Apesar de ter sofrido a agressão em SP, eu sou carioca e aqui na minha cidade eu sofri muito bullying na escola e conheço amigos que levaram coió (como nós gays chamamos a agressão física) tanto de policiais como de play boys. E essa do militar envolvido num crime de ódio foi a gota d'água...
Como a Lola disse, gays não vão destruir a família e nem os princípios cristãos e eu digo o mesmo para o PLC 122. É necessário! É válido! Não vai resolver o problema como um todo, mas vai fazer fulaninho pensar pelo menos 2 vezes antes de partir para mais um crime...

Chavão disse...

Está vendo como vocês são preconceituosos? É questão de peso do sofrimento, um gordo ou um careca sofre menos do que um gay no seu ponto de vista porque você é gay, se você fosse gordo e/ou careca o sofrimento não seria tão bobo assim.

Sobre você que falou que brancos não são discriminados, não sei se você lembra daquele episódio do Vesgo e o Netinho, onde o Netinho grita em alto e bom som: ISSO É FESTA DE NEGRÃO! Querendo dizer que o Vesgo (além de ser chato) era também algo inferior e não poderia participar dessa festa. Lembrando que a festa era para alguma coisa contra o preconceito racial. Preconceito racial só acontece daqui para lá? Quando o Netinho ataca o Vesgo por ele ser branco e grita aquilo não é crime? Quem é hipócrita mesmo?

No carnaval me senti muito ofendido por ver um negão com uma camisa "100% negro", eu NUNCA vou poder botar uma camisa "100% branco", sabe porque? Porque eu não tenho liberdade.

Minorias e "vítimas" sempre se dando bem. Lembrando também que negros tem cota em universidade...

Ah, antes que pensem que estou falando isso porque sou racista, não se enganem, meu pai e minhas irmãs são negros e eu não tenho problema quanto a cor de pele de ninguém. O problema é se fazer de vítima e se achar menos do que os outros por esse motivo.

Chavão disse...

Lola, nunca sofri preconceito por ser branco ou por ser hetero, mas eu sinto um desconforto em ver pessoas se aproveitando disso e se fazendo de vítima.

Eu não vim no seu blog para fazer bagunça, somente quis expor minha opinião.

Caso tenha extrapolado peço desculpas e se houver necessidade pode remover os comentários.

Dirceu Barquette disse...

Caro Chavão,
Conforme sugeriu pensei muito nas suas palavras e continuo achando que sua posição não confere com o que temos visto e o que é necessário ser feito.
Parte de sua opinião ficou muito bem esclarecido quando a Lola falou das bananas. Isso é uma coisa!
A outra é chegar um dito comentarista na televisão e chamar de desgraçado aqueles que compram carros populares. De onde você pensa que nasce o direito que algumas pensam ter em dar com a lâmpada na cara dos outros ou mesmo dar tiros?
O que a maioria de nós fala é que a violência se origina de pensamentos e instruções (veladas ou não) visando a intolerância perante aqueles que apenas desejam uma vida normal e com plenos direitos enquanto constituintes da sociedade.
Paradas Gays, cotas para negros, feminismo e leis anti-homofobia buscam principalmente a equidade social.
Você consegue imaginar sua namorada enjaulada em sua casa sem poder procurar emprego? Já pensou se algum dia você precisar de cuidados médicos e o especialista na sua cura for gay? Vai preferir morrer?

Pense nisso, meu caro...

Andréia Freire disse...

Então pra você os negros se fazem de vítima é? E nós é que somos preconceituosos? O fato de você ter mãe negra não garante que você não é racista. Você pega um acontecimento isolado pra dizer que branco sofre preconceito. Tenha dó. Você já parou pra pensar em quem está nos espaços de poder e de maior status social? Já parou pra pensar em que cor a elite econômica tem? Já parou pra pensar no número mínimo de políticos negros? Já parou pra pensar que os negros ainda são muito mais pobres que os brancos? E que a desigualdade social pesa muito mais pro lado deles? Sinceramente. Você realmente pensou sobre o assunto? Não parece. Então você é contra as cotas? Isso não é surpresa. O branco não precisa de camiseta dizendo "100% branco" porque a sociedade já faz isso por ele. Ser branco é ter privilégios. Na sociedade ser branco é o melhor. Os negros são discriminados o tempo todo. Mandam usar elevador de serviço, as profissões menos valorizadas são associadas sempre a eles, são submetidos a um ideal branco desde pequenos, sofrem bulling na escola e você vem me dizer que eles se fazem de vítima? É pra chorar isso.

PedroYukari @snoopy_xxy disse...

O Chavão e outros que pensam igual a ele precisam entender uma coisa: Existem pessoas que sofrem preconceito e grupos de pessoas que foram marginalizados pela sociedade. Entende a diferença?

Fabio Burch Salvador disse...

Olha, eu nunca passei por nenhuma humilhação específica por ser branco, hétero e homem. Não sei se sou só eu, mas... nunca vi mesmo preconceito contra esses grupos. Talvez por isso não hajam datas nem movimentos específicos.

Agora, sim, existe uma certa estereotipação do sujeito branco, hétero e homem. E eu não gosto dela. Quando se fala algum assunto como racismo ou homofobia, eu sinto que as pessoas ficam meio apreensivas esperando o que eu vou dizer, como se eu tivesse "cara" de homófobo, ou de racista. Também não gosto de quando eu digo algo desabonador sobre alguém que, por acaso, é negro, ou gay, e sou rotulado como "preconceituoso" por isso.

Não digo que haja um preconceito com o que é considerado "normal", mas existe, sim, uma espécie de "culpado até que prove o contrário", de que o cara seja racista, ou homófobo, ou enfim, preconceituoso. A figura é preconceituosa, em princípio.

Numa briga entre duas pessoas, se uma for branca e a outra negra, a negra sempre poderá usar como "munição" uma acusação de racismo. Mesmo que o desentendimento não tenha nada a ver com a cor da pele. A mesma coisa, vale para o homossexual.

bOM...

Não que eu tenha tido qualquer problema prático na vida, por causa disso. Acontece que eu tenho uma característica muito útil e especial minha: eu tenho facilidade em apresentar minhas idéias, e logo deixo claras minhas razões, inclusive, para odiar uma pessoa que possa ser, por um acaso desses, homossexual, negra ou qualquer coisa do tipo. Porque em todos os grupos humanos há pessoas boas e pessoas que não prestam, e não se está livre de combater gente que faça parte de minorias. Com isso não estou dizendo que não hajam também muitos heteros-brancos que não sejam uns bostas.

Mas tem gente que não é bem articulada. E é mal compreendida.

Enfim.

Sábado, mesmo, uma amiga minha, que é negra, estava contando uma história lá, na qual ela foi vítima de um racismo meio velado, mas visível. E ela ficou toda "sem jeito", me olhando, porque afinal, ela atacando o racismo estava criticando os brancos, e por extensão, a mim. Eu percebi a lógica do constrangimento dela, e vou ser sincero, isso me magoou um pouco. Eu detesto ser confundido com alguém que concorde com o racismo só por ser branco. Ou, ser confundido com um homofóbico só porque digo que sou hétero.

Resumindo: preconceito fede. E destrói a alegria de todo mundo. É muito pior para quem está do lado de baixo, e é pisado. Mas é ruim também para quem está no lado de cima, não pisa em ninguém, e se vê confundido com os "pisadores".

Não estou defendendo aqui um "orgulho hetero-branco" nem nada. Só acho um saco viver sob a suspeita de que cada movimento meu tenha uma intensão discriminatória só porque eu estou "do lado de cima" nessa briga.

Pode não ser triste nem dramático, mas é um saco.

Eu preferia ter nascido, sei lá, no século XXII, ou quando os preconceitos acabarem, para não ter que estar aqui num cenário desses.

Tá, ta, vou parar de encher o saco de vocês. Eu escrevi alguma coisa sobre o tema no meu blog:

ORGULHO BRANCO
http://www.fabiosalvador.com.br/index.php?mat=459

e

HOMOSSEXUALISMO OU HOMOSSEXUALIDADE?
http://www.fabiosalvador.com.br/index.php?mat=461

e também

O HOMÓFOBO ENQUANTO BICHA ENRUSTIDA:
http://www.fabiosalvador.com.br/index.php?mat=58

Andréia Freire disse...

A maior resposta você já deu. Você nunca foi vítima de preconceito por se branco ou hétero. Isso já diz tudo. E você sente desconforto? Ora, francamente. Se coloque no lugar de quem sofre preconceito. Converse com seu pai e irmãs sobre racismo e discriminação, por exemplo. Pergunte se já sofreram preconceito. Seu desconforto devia se direcionar contra o racismo, homofobia, machismo, violência... há problemas maiores e urgentes e você aí sente desconforto por não poder usar blusa "100% branco". Negros COM TODA CERTEZA do mundo gostariam de serem tratados como iguais ou invés de ter que se auto-afirmar o tempo todo numa sociedade que os coloca pra baixo sempre. E você achando que usar camiseta 100% negro é privilégio... desculpa, mas isso é inadmissível, fútil.

Andréia Freire disse...

Fábio, entendo seu ponto de vista. E concordo que existe sim esse constrangimento. Eu sei o que é ter medo de ser confundido com um preconceituoso por ser branca/hétero e você por ser homem/branco/hétero. Mas a gente tem que entender que isso é defesa. Muitas pessoas são "gatos escaldados" já e é difícil pra elas não ter um pé atrás. A gente não sabe o que essas pessoas já sofreram ou não. É válido você apontar isso, mas a gente tem que ressaltar que isso não é e não deve ser o tema principal quando o assunto é racismo/machismo/homofobia. Isso não tem relevância no quadro atual. A partir do momento que o preconceito diminuir essa desconfiança vai diminuir também.

Chavão disse...

Dirceu Barquette olhe bem cara, paradas gays pode sim passar uma mensagem de paz e para mostrar que o mundo tem as diferenças, mas sempre que mostram na televisão o que vemos é somente uma festa onde vemos homens com trajes que não se veria naquele ponto da cidade e até mesmo a forma de agir que não condiz com de uma pessoa que está ali lutando pelos direitos. Cotas para negros é só uma forma de dizer que os negros são inferiores aos brancos, NÃO SÃO, mas se beneficiam disso para ganhar as bolsas, sobre leis anti-homofobia não fazem sentido, eu não posso chegar para um amigo gay que me xinga de gordo e careca e chamar ele de viado. O ponto não é exatamente esse a ser tratado, tem que combater a violência, de qualquer fonte para qualquer pessoa.

Andréia Freire, não precisa acreditar no que eu falar, eu simplesmente disse que não sou racista, basta você acreditar ou não. Agora não me venha falar isso: "Na sociedade ser branco é o melhor.", isso é ser racista. Eu trabalho com um cara que é negro, desempenhamos a mesma função e acredito que por ele saber falar inglês pode ter um desempenho melhor do que o meu que sou branco. Agora ele ter direito a entrar na faculdade mais facilmente do que eu? Porque? O cara é mais cabeça do que eu. Ele não é menos do que eu por ser negro, ele é mais do que eu por ser gente e ter se esforçado. Estudei com um monte de gente branca que não queriam nada com a vida, hoje vejo alguns trabalhando em mercado. A vida é feita de escolhas, se você se dedicar você consegue avançar bem e não tem isso de ser branco ou negro...

Fabio Burch Salvador disse...

Andréia...
foi para mim? Não? Sim?

Sobre camisetas "100% Branco", sim, eu certa vez confeccionei uma, só de piada, para ver o que as pessoas iriam dizer. Pela lógica simples e direta, não teria nada de errado, sendo apenas igual à "100% Negro".

Eu ás vezes penso com uma lógica quase mecânica.

Mas a realidade é que ninguém é 100% Branco, e nem 100% Negro. Como se vai saber o que se é? Tu conheceste teu tataravô, teu antepassado no século XV? Sabe por onde eles andaram?

Ninguém sabe. E não importa.

É como eu disse: eu raramente lembro que sou branco. Ou melhor, eu lembro disso como um fato, porque tenho espelho em casa, mas não como sentimento de pertencimento a um grupo.

Só lembro disso desta forma quando sou diretamente confrontado pelo fato, normalmente em alguma conversa sobre racismo.

Eu não chego a ter uma opinião formada sobre a acomodação das raças na sociedade, porque simplesmente não penso na população em termos de raça. Não sei que diferença tem entre uma pessoa com uns traços físicos, e outra com outros.

Só que tem gente que vê diferença. E aí, é que está o problema: o século XXI ainda tem fósseis ambulantes do XIX, e eles não estão no zoológico nem no museu.

Fabio Burch Salvador disse...

ô Chavão, mas espera aí...
Tu estás dizendo que os gays, na parada, estão usando roupas que "não são próprias" para o horário e a ocasião, né...

mas aí, eu me sinto discriminado.

Discriminado, porque sou ateu e desprovido de moralismo religioso/sexual. E acho ofensivo que se diga o que é "próprio para horário" ou não, já que eu não considero que nada seja impróprio.

Acho um absurdo que alguém julgue uma amiga minha como "vagabunda" porque ela coloca uma fantasia com fio-dental atolado no rabo, e desfile no Carnaval. Porque nem todo mundo é cristão/moralista, e portanto, para muita gente, mostrar o corpo não é um ato de libertinagem, é simplesmente... mostrar o corpo. ué. O que tem de mal nisso?

Que saber? Quem se horroriza com gente que se mostra e não dá a mínima, é porque sente vontade de fazer igual, mas tem vergonha.

Eu tenho uma filha pequena. Certa vez, eu estava em uma pousada no interior e uma velha apontou para a TV, na qual aparecia uma dessas cantoras de axé em roupas mínimas. Daí, ela disse que aquilo era uma "imoralidade", ao que eu retruquei. Imoral para quem? E ela veio com a pergunta clássica: "se a tua filha fosse para a TV fazer isso, o que tu dirias que ela é?" - ora, eu diria "ela conseguiu alcançar aquilo que eu sempre sonhei, mas nunca consegui: fama!"

Eu ando vestido sempre de forma "decente e correta". mas isso é porque eu, assumo, não tenho físico para andar em camisetas sumárias e calças apertadas. Se eu tivesse mais músculos, com certeza não andaria com tanto pano.

Dirceu Barquette disse...

Fabio,
Entendi errado ou você quis dizer que se sente como quem está pisando em ovos? Já pensou em se posicionar entre eles? Jamais será acusado de um "pisador"...

Fabio Burch Salvador disse...

ô Dirceu,
Mas como assim, "me posicionar entre eles"?

Aí está o problema: eu não tenho como colar na testa um adesivo dizendo "não tenho preconceito, não adote uma atitude defensiva diante de mim".

Também não tenho como "aderir" às minorias.

Primeiro, porque eu dei o acaso de até hoje só me interessar por mulheres, o que descarta as opções de abandonar os grupos dos HETEROS e dos HOMENS.

E também, não tem como eu abandonar o grupo dos BRANCOS, a não ser que ande igual a um ator em "blackface" todos dias.

Então... desculpa, não te entendi.

Fabio Burch Salvador disse...

Agora, se tu diz, me posicionar na luta contra o preconceito, isso não é solução:

Eu não vou ganhar um crachá de participante desses movimentos, que eu possa pregar na camisa e dissipar a atitude defensiva de quem eventualmente não saiba de que lado eu estou.

É como eu disse: mesmo que não se faça parte de minoria alguma, e nem se faça parte do grupo dos agressores, a mera existência dos preconceitos já azeda as relações com, pelo menos, algumas pessoas neste mundo.

Chavão disse...

Fabio Salvador, também sou ateu e sou adepto de qualquer putaria, mas temos que levar em conta que minha filinha de 3 anos não precisa passar pela rua e ver homens se esfregando uns nos outros somente com um biquininho minúsculo. Isso é feio, relações desse tipo pode existir na intimidade, mas no meio da rua exposta a todos é muito feio. O problema não é nem todo para mim, eu olho, acho nojento e viro a cara, agora minha filinha não merece ver essa cena, pelo menos não tão cedo. Não por serem homens se beijando, mas sim pela putaria toda em sim envolvida no ato, só falta os caras praticarem sexo ali no meio da rua. E não é dessa forma que eles vão conseguir respeito da população.

Cecilia disse...

Pois é, esse velho e surrado argumento contra as cotas. Será que é assim tão difícil de entender?

Eu penso assim: os negros são minoria no Brasil? Claro que não! Então por que eles são minorias no comando do poder público e privado? Falta de oportunidade, né?

E por quê? Não precisa olhar nenhuma estatística pra saber que historicamente o negro tem tido menos acesso à educação de qualidade em todos os níveis.

E sabe quando isso vai mudar? Quando houver mais negros no poder público e privado, com disposição para mudar as políticas públicas e também as privadas nas empresas.

E por enquanto é só a política de quotas que é capaz de colocar mais negros nas universidades. Se alguém
souber de outro jeito, pode escrever pros legisladores e sugerir.

Li uma vez que as políticas de quotas foram implementadas nos EUA há décadas, surtiram efeitos e hoje já não são tão necessárias e aos poucos podem ser revertidas.

Cecilia disse...

Ô, Chavão, diz pra gente que você não fica escandalizado só com homem usando tanguinha, mas com mulher também. Inclusive na praia...

Chavão disse...

Cecilia, meu colega de trabalho que é negro estudou na mesma escola que eu e fez a mesma faculdade que eu. Acha justo ele ter mais facilidade de entrar na faculdade? Ele não usou cotas para entrar na faculdade. Mas se tivesse usado, seria justo comigo? Que estudamos na mesma escola e temos o mesmo nível de conhecimento.

Chavão disse...

Cecilia eu não me importo, se você ler bem eu falo isso por causa das crianças. Não vemos gente fazendo sexo na praia (eu pelo menos nunca vi), mas na parada gay tem aquelas insinuações e tem também o que a gente não vê porque não vai (imagino isso porque se o que passa na TV já é isso tudo, imagina o que não filmam).

Ah, eu também fiquei muito puto quando passaram Killing me softly em Supercine, é justo que 23h não é hora de criança vendo TV, mas por acaso temos muitas crianças vendo TV a essa hora e esse filme é demais para passar nesse horário.

Cecilia disse...

Chavão, quantos colegas negros havia na sua sala na faculdade? Eles representam a porcentagem de negros na sociedade brasileira?

Se o seu colega teve condições financeiras de chegar à faculdade, ele provavelmente não precisa. Mas para um que entrou, uns 50 ficaram para trás.

Aqui no meu prédio de classe média quase média-alta existem umas 4 ou 5 famílias negras entre 92 apartamentos.

Você não acha que seria justo que houvesse um pouco mais de diversidade?

Dirceu Barquette disse...

Fabio: suponha que você vivesse na pré abolição. Em que posição se colocaria?

Chavão: O sentimento que você tem ao ver um casal gay se beijando na rua é o mesmo que uma sociedade não muito distante tinha ao ver um homem e uma mulher fazendo o mesmo. Sabia que nossos antepassados copulavam através de um orifício num lençol? Ainda bem que os tempos mudaram, não acha?

Chavão disse...

Cecilia, somos pobres, ele não teve pai sortudo com grana para bancar a escola e a faculdade dele.

Estudamos o ensino médio em uma ótima escola pública, porque passamos na prova para entrar lá. Tivemos bolsa de 100% do ProUni por sermos pobres e estudado em escola pública.

A gente fez por merecer, nada, exatamente nada fez ele ser o que é hoje a não ser o esforço dele. Eu hoje trabalho e tenho como pagar uma escola boa para minhas irmãs para elas terem um futuro mais tranquilo e não precisarem esmolar cotas, quero que elas passem na faculdade por merecimento e não por uma cota racista.

Oliveira disse...

Homem é Homem!

Mulher é Mulher!

Ponto.

O resto é frescura de desocupado.

Eu não aprovo que se mate, que se bata, ou que se cometa quaiquer outras violências contra gay, mas, também, ser obrigado a ficar tolerando frescuras de gente louca eu não sou. Eu sou homem e fim e papo.

Cecilia disse...

Ah, quer saber?, desisto. Que preguiça de explicar que não basta ter força de vontade!

Chavão disse...

Cecilia não precisa só de força de vontade mesmo não, você está certa. O correto é colocar gente que não sabe resolver uma equação do segundo grau na faculdade somente para fazer número e torcer para que 1 dos 150 que entram termine.

Se liga, quem não quer nada com estudo, seja branco ou negro, vai se fuder na vida.

Cecilia disse...

Opa, agora sim você mostrou seu lado mais bacana!

PedroYukari @snoopy_xxy disse...

Eu só digo uma coisa: Eu sou homossexual, sou feliz e SIM, tenho todo o direito de andar de mãos dadas com um homem na rua, assim como também tenho direito de beija-lo na rua, como qualquer casal hétero faria. Ah! Criancinhas podem ver? Aproveite a boa chance de explicar para os seus filhos que existem várias formas de amor, papais e mamães! Muitos dos seus filhos tem nojo de homossexuais por causa de vocês!

Chavão disse...

Pedro, você pode andar de mão dadas, abraçado e até beijar o seu namorado. Mas por favor, você concorda comigo que fazer sexo de tanguinha na parada gay é demais para qualquer criança, não concorda?

Cecilia disse...

Balanços preliminares realizados pela Uneb e pela Uerj, no início de 2004, mostram que a implementação de políticas de cotas pode gerar
resultados positivos semelhantes no Brasil.
Na Uerj, por exemplo, 49% dos alunos e alunas ingressantes pelo sistema de cotas teriam passado
de ano sem nenhuma dependência, contra 47% dos alunos e alunas escolhidos pelo sistema vestibular universal. A evasão entre alunas
e alunos negros, no primeiro ano, foi de 5%; entre os(as) demais, de 9%. Na Uneb, a evasão entre alunas e alunos negros também foi menor: 1,9% contra 2,7% (Souza, 2004).

http://www.ibase.br/userimages/ibase_cotas_raciais_2.pdf

Chavão disse...

Cecilia agora caiu em contradição, se eles são tão bons, a ponto de serem melhores do que os que passaram por vestibular, porque precisam de cotas?

El Adriano disse...

Oliveira, acho que o único louco aqui é você. Se vc acha que gays são pessoas desocupadas, devia rever seu conceito e perceber que desocupados são os que agridem e maltratam por puro preconceito.

Oliveira eChavão, Já testaram suas sexualidades beijando alguém do mesmo sexo?

Somos todos bissexuais, mas não enxergamos isso, pelo simples de ter sido criado a imoralidade.

O sexo existe, as diferenças também e uma criança mais cedo ou mais tarde vai descubrir isso. Seja lá qual for a forma.

Chavão disse...

Adriano eu nunca beijei e pretendo nunca beijar, até porque não temos que provar de tudo para saber o que é bom e o que é ruim para nós. Eu tinha um amigo gay que nunca pegou uma mulher para saber se ele era realmente gay e eu não discuto a homossexualidade dele.

Mauricio disse...

CARACA!!!!!!!!!!!! Teve um cara aí que disse que TODAS AS PESSOAS SÃO BISSEXUAIS, SEM EXCESSÃO!!!!!
E ninguém crucifica o cara. No outro tópico só porque eu disse que A MAIORIA das mulheres têm fetiche com médico me xingaram.

ESTRANHO, MUITO ESTRANHO OS CRITÉRIOS...

Pessoal, vamos voltar ao tópico: homofobia. Não é sobre racismo.

Então, este foi um dos tópicos que ma faz repensar algumas coisas.

Me sinto incomodado em ver dois homens se beijando.

Me incomoda isso.

Mas me incomoda por ser 2 homens, só por isso?

Alguém aqui já viu 2 adolescentes heteros se beijando?

Dá vontade de dizer: aê procurem um quarto (get a room como dizem os americanos).

Me incomoda do mesmo jeito. Parece que um está tentando desentupir a garganta do outro.

Mas isso é coisa minha. É problema meu que eu tenho que trabalhar.

Agora, entre um casal de heteros e um casal de dois homens, o de homens me incomoda MUITO MAIS.

Porque?

HOMOFOBIA MINHA!

Não tem outra explicação.

Fui criado desde criança a achar isso errado.

Hoje sei que é errada a minha posição.

Mesmo assim me incomoda e acho que os gays têm direito de se beijar tanto quanto os heteros.

Esta homofobia que tenho e assumo que tenho, estou tentando trabalhar.

Estou exercitando a tolerância, tão importante.

Não consigo achar natural 2 homens se pegando, mas não é por isso que eu tenha que discriminar, xingar, bater, lutar contra ou me intrometer seja de que forma for.

Aliás, se for para eu me intrometer, será para defender este direito deles.

Daí a importância da ética em um governo democrático.

Nem sempre o governo tem que acatar o gosto da maioria quando a minoria clama por direitos.

Não acho errado uma pessoa ser homofóbica tanto quanto não acho errado uma pessoa ser violenta, contanto que elas saibam que estão erradas e lutem para melhorar.

A homofobia é tão perniciosa quanto o racismo, quanto o anti semitismo, quanto o machismo, quando o feminismo, quanto a xenofobia, ou quanto qualquer outroa "ismos" por aí.

Mas o condenável é a pessoa se gabar por seu vício e achar que está certa.

O grande mal da humanidade é a INTOLERÂNCIA.

Intolerância contra negros, contra brancos, contra gordos, contra magros, contra cabeludos, contra carecas, contra esquerdistas, contra direitistas.

E encontramos muitos intolerantes até entre os que pregam a tolerância.

No dia em que todos nos vermos sem estes rótulos (comunas, reaças, nordestinos, petistas, tucanos, gays, heteros, etc) estas políticas de auto afirmação serão desnecessárias.

Cris Cavaletti disse...

Um ótimo texto,Lola! Espero que um dia o nosso país,ou melhor nosso mundo se conscientize que todo mundo é igual.
Aliás,acho lindo essas pessoas da igreja que tem esse tipo de atitude contra os homossexuais.Até onde me lembro,somos todos irmãos e IGUAIS perante Deus.
E pai que é pai não condena seu filho por sua escolha ou preferência.

Rosangela disse...

Estou morando em Washington desde 2005. E, a julgar pelos comentários e manifestações que tenho lido na blogosfera, ou o Brasil que deixei transformou-se no lugar mais seguro do mundo para minorias ou algumas pessoas estão delirando. Gente, que história é essa de homens brancos, ricos e heterossexuais reclamarem que estão sendo vítimas de preconceitos racial, social e de gênero?
Tudo bem que o país tem avançado bastante na área de proteção de minorias, a despeito de casos escabrosos como esses que Lola citou. Mas as críticas que tenho lido com certa frequência na internet sugerem que pretos, pobres e gays tomaram o poder e que os brancos ricos estão acuados.
E essa onda de artistas e escritores se posicionarem contra a "patrulha politicamente correta"? Oi??? Vcs vivem em um país em que um humorista famoso compara jogadores de futebol negros ao King Kong e quase nada acontece. Um país em que uma atriz faz gracinha em jornal de grande circulação, apelando à misoginia, e a sua explicação é que o país está perdendo o senso de humor. Um país em que um homem entra em um restaurante de São paulo e começa a berrar e a intimidar com insultos diversos funcionários supostamente nordestinos que, ainda assim, continuaram servindo-o calados e constrangidos, com medo de contrariá-lo. Um país em que adolescentes dão pauladas em um indivíduo supostamente gay e certamente não serão punidos com rigor.
Nada pessoal, não estou me referindo a ninguém em particular, mas acho que existem pessoas, algumas até bem intencionadas, que estão comprando esse argumento falso e cruel da "derrocada da elite brasileira".
Parabéns, Lola, por todas essas suas iniciativas de combate às diversas formas de preconceito.
Rosangela
PS: Aviso aos navegantes: Sim, os EUA são um país bastante racista e sua sociedade é, na média, tão preconceituosa como qualquer outra. Mas pelo menos eles se assumem, enquanto nós ficamos fingindo que não existe o problema. Por aqui, geralmente, só se fala que negros são macacos burros e indolentes entre quatro paredes ou quando protegidos pelo anonimato. No nosso país, o cara fala em praça pública e é capaz de sair como vítima da "nefasta patrulha do politicamente correto".

PedroYukari @snoopy_xxy disse...

Chavão,


Usar tanguinha na parada gay não tem nada de errado. Eu particulamente adoro a irreverência da parada gay, pois, não é porque queremos exigir nossos direitos que vamos nos comportar de uma forma que agrade a maioria do héteros com roupinhas que eles achem adequada.
Agora sobre transar na rua,é feio pra qualquer um. O que eu quero dizer é que isso não pode ser levado como uma atitude que só pertence a comunidade gay.
Olha Chavão, você atribui responsabilidade demais nos gays só pelo fato de exigirmos nossos direitos, fora se você souber que fulano ou sicrano é gay, você só vai olhar a pessoa dessa forma, ignorando até o fato que ela é uma pessoa que tem qualidades e defeitos, como qualquer uma. Nós somos iguais a você e se eu e outros LGBT exigimos muita coisa, é porque são negados mais de 70 direitos que os héteros têm.

Dirceu Barquette disse...

Chavão,
Você ainda não entendeu que as cotas são um ponto de partida para uma sociedade mais justa? Não percebe que eventualmente você é uma exceção diante de milhares de jovens nascidos de gente que fora escrava ou vítima das opressões sociais? Você acha que é fácil ir pra escola com fome?
Aliás, diante do que já expôs, você se enquadra perfeitamente no grupo a que se referiu o Sr. Prates. Não acha? Você concorda com ele?

Não respondeu ao meu comentário anterior...

Caio Ricardo disse...

Devo falar que esse ano fui para minha primeira e única Parada Gay. Tinha uma visão um tanto quanto pessimista sobre esse evento, pra mim o caráter principal da Parada, lutar por direitos iguais, já tinha se perdido há muito tempo. E só fui lá para confirmar isso. O mais perto que tinha de algum movimento social era a bandeira gigante, mas pouquissimas pessoas estavam por perto, a maioria estava perto dos trios.

Tenho que concordar com o Chavão em uma coisa, e somente nela. É ridículo aqueles homens semi nús dançando na Parada. Não porque é feio (muito pelo contrário) ou porque crianças estão vendo, mas pelo caráter que a Parada deveria ter. E também pelo fato de estigmatizar os gays. Já somos vistos como seres pervertidos e tal, isso só piora as coisas. Compartilho do mesmo pensamento quando vejo mulheres em roupas mínimas rebolando de uma lado para o outro em algumas feiras, como o Salão do Automóvel.

Agora, uma pessoa que diz não gostar de gays e achá-los nojentos não se considerar homofóbico é dose. Se no lugar dos gays fossem os negros, ela seria racista?

Rosangela disse...

Estou morando em Washington desde 2005. E, a julgar pelos comentários e manifestações que tenho lido na blogosfera, ou o Brasil que deixei transformou-se no lugar mais seguro do mundo para minorias ou algumas pessoas estão delirando. Gente, que história é essa de homens brancos, ricos e heterossexuais reclamarem que estão sendo vítimas de preconceitos racial, social e de gênero?
Tudo bem que o país tem avançado bastante na área de proteção de minorias, a despeito de casos escabrosos como esses que Lola citou. Mas as críticas que tenho lido com certa frequência na internet sugerem que pretos, pobres e gays tomaram o poder e que os brancos ricos estão acuados.
E essa onda de artistas e escritores se posicionarem contra a "patrulha politicamente correta"? Oi??? Vcs vivem em um país em que um humorista famoso compara jogadores de futebol negros ao King Kong e quase nada acontece. Um país em que uma atriz faz gracinha em jornal de grande circulação, apelando à misoginia, e a sua explicação é que o país está perdendo o senso de humor. Um país em que um homem entra em um restaurante de São paulo e começa a berrar e a intimidar com insultos diversos funcionários supostamente nordestinos que, ainda assim, continuaram servindo-o calados e constrangidos, com medo de contrariá-lo. Um país em que adolescentes dão pauladas em um indivíduo supostamente gay e certamente não serão punidos com rigor.
Nada pessoal, não estou me referindo a ninguém em particular, mas acho que existem pessoas, algumas até bem intencionadas, que estão comprando esse argumento falso e cruel da "derrocada da elite brasileira".
Parabéns, Lola, por todas essas suas iniciativas de combate às diversas formas de preconceito.
Rosangela
PS: Aviso aos navegantes: Sim, os EUA são um país bastante racista e sua sociedade é, na média, tão preconceituosa como qualquer outra. Mas pelo menos eles se assumem, enquanto nós ficamos fingindo que não existe o problema. Por aqui se alguém for racista, homofóbico ou sexista em público certamente será punido. E as vítimas não costumam se calar, como se a culpa fosse delas. No nosso país, o cara fala em praça pública e é capaz de sair como vítima da "nefasta patrulha do politicamente correto".

Insana disse...

Gostei de seu protesto, acho que de pouco em pouco chegaremos ao respeito por todos.

Bjs
Insana

El Adriano disse...

Chavão, Você sabe que não gosta de algo sem precisar provar quando isso ameaça mortalmente.
Mas, um beijo não mata.

E, Mauricio, acho que todos nós somos bissexuais, isso é só uma teoria minha. Mas faz sentido se vc ver pelo lado afetivo, sem mencionar atração sexual... que tmb acho um bloqueio hétero e /ou gay.

Beijar homens e transar c/ mulheres. Por que não?

Chavão disse...

Dirceu respondendo ao primeiro comentário, eu não sabia que era assim que aconteciam as coisas e sim, concordo que está bem melhor agora! =P

Eu não acompanhei as notícias sobre o Prates, a única coisa que eu ouvi foi ele falando que qualquer pé rapado pode ter carro.

Chavão disse...

Adriano, beijo no rosto como sinal de amizade eu já dei e recebi, isso não afeta em nada minha posição como homem, mas nunca beijaria na boca de nenhum homem.

El Adriano disse...

Chavão, Entende agora porque há homofobia e por que existem protestos?
Se você fosse condenado por beijar uma mulher e ver as pessoas com nojo do beijaço que vc dão, como se sentiria?

Você lutaria pelo seu direito de beijar uma mulher? Lutaria pelo direito de não beijar um homem?
Aposto que sim!

Paulodaluzmoreira disse...

Parabéns pelo post e por gerar o debate na sala de aula. Porque o mais importante é a gente ser insistente em desmontar a carapaça de defesa da sociedade brasileira que é justamente o silêncio, a negação. Porque acreditar que não há homofobia no Brasil só serve a quem quer perpetuar a violência contra os homossexuais e alegar que não há rascismo é "preservar" a discriminação racial. É fundamental botar a boca no trombone!

Caio Ricardo disse...

Adriano, acho que sua teoria está errada em um ponto, confundir afetiviade com sexualidade. Sim, na parte afetiva todos somos, ou pelo menos deveriamos ser, biafetivos. Bissexualidade já é outra coisa. Como o nome diz, tem a ver com a sexualidade.

Concordo que não precisamos experimentar algo para saber se vamos gostar ou não.

Mauricio disse...

VISÃO DE UM RELIGIOSO

Bem, alguém aí disse que queria saber o que um religioso pensa a este respeito, então LÁ VAI:


Eu, como religioso, acredito que as pessoas devem frear seus maus pendores.

Assim, uma pessoa violenta deve evitar situações em que ela fique violenta.

Uma pessoa preguiçosa deve combater a preguiça e assim por diante.

Agora sobre o sexo, esta é uma parte mais delicada em se comentar.

Primeiro que Deus fez que o sexo fosse gostoso.

E fez isso por um motivo: para a humanidade não acabar.

Se sexo não fosse bom, a reprodução teria que ser assexuada e Deus foi muito inteligente e legal coma gente em permitir que não fossemos assexuados.

Porém o sexo pode se configurar num dos maiores vícios para a humanidade, justamente porque é tão bom.

Como religioso, não acho que a abstenção seja a solução e nem acho isso saudável.

O sexo está aí para ser praticado.

O que se espera de um cidadão religioso não é que ele seja abstêmio, mas que ele não seja promíscuo.

E isso vale tanto para os heteros quanto para os gays.

Ninguém disse que Deus é contra o sexo. Se fosse, Ele não o teria inventado, oras.

E ninguém disse também que Ele é contra a homossexualidade.

Isso é o que diz a BÍBLIA, mas aqueles que julgam que a bíblia é a palavra fiel de Deus está muito equivocado, não conhece nada da HISTÓRIA da bíblia, de como ela foi formulada.

Logo, o que é direito de um deve ser direito de todos.

O que é condenável a um religioso é que ele dê vazão aos seus maus pendores. Mas não estou dizendo que ser gay é um mau pendor.

Bom pessoal, esta é a visão de uma pessoa religiosa.
Não estou aqui pregando contra o sexo livre nem nada do tipo.

Mas o sexo é um assunto delicado para um religioso.

Acho que a libertinagem deveria ser evitada e que as pessoas deveriam ser mais responsáveis em relação ao sexo.

Acho que não fiz um discurso moralista, mas vamos ver quantos vão me crucificar após terem pedido uma visão religiosa. Vamos ver o quanto respeitam as diferenças.

Caio Ricardo disse...

PS: Lola, eu te odeio. Tinha que terminar a leitura de um livro essa tarde, mas fiquei tão entretido com o post e os comentários que acabei esquecendo. Parabéns pelo blog. Ah, ri muito com o exemplo que você deu com as bananas.

Dirceu Barquette disse...

Chavão,
Então! Se você hoje ainda se considera menos abastado digo-lhe que deve agradecer aos que outrora lutaram contra os que literalmente cagavam na cabeça dos escravos e pobres.
Também sem a luta dos jovens da década de 50 você mal estaria pegando na mão da sua namorada ou esposa num banco de praça.
Hoje, nós todos temos o que temos pela luta dos que vieram antes de nós. Se alguém não tivesse lutado ainda seríamos colônia de Portugal (ou você acha que eles gostaram da independência?).
Lutas servem pra isso: conseguir direitos!
Felizmente hoje temos a internet e podemos lutar sem que haja sangue. Mas se saímos às praças podemos ser atingidos por lâmpadas sejamos gays ou não. Isso é certo?
Se você tem pouco $ como eu já deve ter se sentido excluído nos shoppings para ricos, não?
Entenda que o futuro da humanidade depende fundamentalmente do respeito ao direito de cada um. Hoje, fazer sexo na rua é considerado tão obsceno aqui quanto uma mulher sair de bermuda no mundo árabe. Então vê-se que é apenas uma questão de parâmetros, nada mais que isso.

El Adriano disse...

Riffael... sendo biafetivo ou bissexual, não importa... importa que sim, temos de experimentar antes de julgar, odiar.

Ser biafetivo não quer dizer que seja bissexual, certo? Mas já é um passo de aceitação... e aceitando, entendemos. Entendendo amaremos seja lá qual for o sexo, areligião ou a cor...

Mauricio disse...

DIA DO ORGULHO HETERO

Acho desnecessário o dia do orgulho branco ou hetero, mas acho que quem é branco pode e deve se orgulhar de ser branco.
Quem é hetero... Não! o que há para se orgulhar em ser hetero?
NADA!
Da mesma forma que não há o que se orgulhar em ser homo!
Estas coisas não nos definem. Não há motivo para orgulho, como também não há motivo para vergonha.

Orgulho negro, eu entendo: o negro teve contribuições fantásticas para o mundo. O branco também. O índio também.
Este pertencimento à raça, este sentimento é passível de orgulho.
É passível também de admiração. O branco pode e deve admirar as contribuições do negro e o índio, o negro deve e pode admirar as contribuições do branco e do índio, o índio pode e deve admirar as contribuições do branco e do negro.

Mas quanto a sexualidade, o que há para se orgulhar?

Me orgulho porque sou homem e gosto de vulva. E daí?
Me orgulho porque sou homem e gosto de penis. E daí?

Não sei deu para entender o que eu falei.

PARA ADRIANO:

"E, Mauricio, acho que todos nós somos bissexuais, isso é só uma teoria minha."

Ou seja, é apenas uma TEORIA sua.

Tudo bem, Adriano, não acho que você deva ser ironizado só porque você postou algo que vc acha, ainda que não tenha o menor fundamento.
Acho que se alguém quiser discordar de você, deverá fazê-lo contrapondo idéias, e não te ironizar, te sacanear nem nada.

É só que eu aproveitei isso que você disse para revelar a diferença de tratamento.

Fiz menos que você. O que eu pus no tópico LENDA URBANA nem foi totalmente achismo e teve uma lá que achou que só por isso tinha o DIREITO DE ME AGREDIR, sendo depois até defendida pela dona do blog.

Fui acusado de pedante por afirmar uma coisa que não era nem GENERALIZANDO, como você fez aqui.

Mas acho que mesmo você generalizando, sua opinião deve ser respeitada e você como pessoa deve ser respeitado ainda mais.

Pena que não é todo mundo que pensa assim e pena que nem todo mundo tem este direito que você teve aqui, de dizer o que pensa, mesmo sendo achismo e ninguém te ofender por isso.

Dirceu Barquette disse...

Mauricio: Me parece fato que somos movidos por nossas crenças e valores impostos por nossa educação (religiosa ou não). Mesmo assim arrumamos um jeito de driblar modificando o proibido em permitido. Hoje temos a palavra final da igreja?

Riffael: Na boa! "Gostar" não é igual a "ser a favor". Concorda?

Mauricio disse...

PARA A MEG QUE FOI A SÉTIMA A POSTAR:

"Pq diablos alguém é contra o aborto e a favor da pena de morte? :s óh céus!"

Os conservadores são contra o aborto e a favor da pena de morte. A posição conservadora acredita que é crime o aborto, mas justamente por seu conservadorismo, são a favor da pena capital.

Os liberais são o contrário: A favor do aborto e contra a pena de morte.
Os liberais não acham que aborto seja crime, justamente por sua visão liberal. E devido ainda à esta visão, são contra a pena de morte. É difícil ver um liberal a favor de uma pena capital. Isso vai contra o que acreditam.

Tem ainda um grupo que é contra o aborto e cotra a pena de morte porque julgam que a ninguém é dado o direito de matar. Não se pode matar um homem adulto e nem um feto, pois acreditam que alí há vida e a criança que está para nescer tem o mesmo direito que uma pessoa já nascida.

Nunca encontrei ninguém que seja a favor das duas coisas.

Isso, VIA DE REGRA, é assim. Não estou GENERALIZANDO.
Esou dizendo como pensam A MAIORIA desses grupos acima citados.

El Adriano disse...

Te entendo, Mauricio, e acho que o blog tá aqui pra achismos também, afinal a Lola é democrática, né?
Não devemos ser ironizados por dizer o que pensamos, nem muito menos agredidos e concordo com o q vc falou. não devemos ter orgulho de ser hetero, bi ou homossexual.
Isso não nos torna melhor em absolutamente nada.

É isso que defendo qdo digo que todos somos bissexuais. E é exatamente isso que as pessoas não enxergam. Se fossemos bissexuais não existiria homofobia, e nem por isso a humanidade se extinguiria.
O FATO é que existe homofobia e não, não somos todos bissexuais (não que saibamos), entrando em contradição. Por tanto há de existir o dia do orgulho LGBT pra não cairmos na devastação e sermos esquecidos.

Enfim, acho que seu recado foi mais pra Lola do que pra mim.

Mauricio disse...

DIRCEU

" Mesmo assim arrumamos um jeito de driblar modificando o proibido em permitido. Hoje temos a palavra final da igreja?"

Acho que o que acontece é modificar o que não é proibido em um pecado mortal devido ao conservadorismo e ao moralismo.

Você já viu alguns segmentos religiosos que se dizem seguir fielmente a bíblia, não beber bebida alcoólica? Não dançar? Não usar roupas curtas?

Não existem, até onde estudei, estas proibições na bíblia. Se alguém souber onde essas proibições estão, me avisem para eu me retratar.

Mas fazem desses atos proibições. Pecados, conportamentos não aceitos naquela comunidade religiosa.

Isso por imposição não da bíblia, não de Deus, mas de um "porta voz de Deus", que os fiéis seguem sem questionar.

E sobre paravra final da igreja, acho que você está falando da católica.

Alguma vez a Igreja teve sua palavra final?

Mauricio disse...

Caro Adriano,

se todos fossemos bissexuais, não haveria homofobia, concordo, mas isso não é a solução.

Se todos fossemos de direita, ou de esquerda, também não haveriam certas desavenças.

Se todos fossem mestiços e não houvesse raças, não haveria o racismo.

Se todos falássemos o mesmo idioma e se todas as nações fossem uma só, não haveria a xenofobia.


Se todos pensassem da mesma maneira não haveria brigas.


Mas, aí que está a questão: DIVERSIDADE!

Ninguém pensa igual.

Todo mundo ser bissexual não é a solução para o ódio contra homossexual.

A solução está em sermos tolerantes e respeitarmos as diferenças. Não digo isto agora para alfinetar ninguém e nem é recado para ninguém, não. É o que eu penso mesmo.

TOLERÂNCIA é a máxima que deveríamos seguir para construir uma sociedade melhor.

Ouso dizer que a maioria das mazelas do mundo têm origem na intolerância, seja ela religiosa ou outra qualquer.

A falta de respeito com as individualidades com o próximo é outra mazela a ser combatida.

Precisava mesmo ter uma lei contra fumo em lugares fechados se os fumantes respeitassem os outros?

Precisaria ter uma lei contra barulho depois das 22 horas se as pessoas respeitassem o direito de descanso do próximo?

Respeito e tolerância.

Essas duas palavrinhas não fazem do mundo um lugar perfeito, mas se fossem seguidas, melhorariam em pelo menos 70% dos males da humanidade.

Letícia disse...

Mauricio fiquei curiosa com uma de suas colocações: Pq vc acha que é ruim ser promiscuo?
Oq tem de ruim em ter vários parceiros sexuais, ou melhor, pq ser monogamico é melhor?

El Adriano disse...

Maurício, nunca apontei que a bissexualidade seria a solução, apenas disse óbvio: não existiria homofobia... e repito:
Sei muito bem que não somos todos bissexuais, é uma teoria de que não devíamos enxergar o sexo, mas sim a pessoa... e viva à diversidade.

Concordo que RESPEITO e TOLERÂNCIA faria toda a diferença, mas como vc disse, diversidade de opiniões: pensamos diferente, percebe?
As pessoas são difíceis e não há respeito e tolerância em tudo. Também penso que só respeito e tolerância não seria a solução da homofobia. Seria como viver na falsidade, porque a intolerância existe e muitas vezes não seguramos.

Apontar uma Solução pra homofobia é de uma complexidade tamanha.
Casos assim sempre vão acontecer, e uma lei não vai impedir, só vai diminuir os casos. Mas já seria uma grande vitória.

Anônimo disse...

Lolinha,só um detalhezinho...
Esqueceu de colocar "moral da familia cristã" assim mesmo,entre aspas.

Mauricio disse...

Letícia,

eu acho a monogamia melhor por pura questão de cultura.

Algumas religiões pregam a poligamia.

Em alguns países a poligamia não é contra lei.

Porém, não acho saudável um regime assim e isso nem tem a ver com minha religiosidade.


Acho que o sexo não é brinquedo.

Envolve emoções.

E por mais que o sexo seja bom, não acho que foi feitos para testarmos nossos limites com centenas de parceiros.

Qualidade acima de quantidade.

Esta é uma opinião pessoal.

Como disse acima, não estou pregando o celibato e nem que sejamos abstêmios em relação ao sexo.

Apenas que sejamos responsáveis, e que respeitemos esta força criativa que é o sexo.

Acho o comportamento promíscuo não saudável e quem o pratica pode acabar tendo problemas.

Não sou a favor, mas não critico e nem discrimino quem opta por este estilo de vida.

Então, para responder a sua pergunta: eu apenas ACHO isso. Entendeu? e os motivos são estes que eu citei acima.

João França disse...

Muito interessante a análise do fenômeno da violência, especialmente em relação aos homossexuais. No entanto, não consigo entender a relação entre esse fenômeno e os eleitores do PSDB. Por que as pessoas insistem em colocar o fenômeno eleitoral como pressuposto para entender os assuntos da vida? Quer dizer que a pessoa é homofóbica pelo motivo de votar no PSDB? Tem preconceito em relação aos Nordestinos por que votam em Serra? Essa perspectiva, segundo meu modo de ver, empobrece a análise do fenômeno.

FOXX disse...

eu não teria dito melhor!

BsVox disse...

Lola,

Eu queria sinceramente agradecer sua postagem ...

TOME PARTIDO! A neutralidade só ajuda ao Opressor, nunca a vítima.
Silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado ...

Estou fora do armário há 12 anos e militando há 9. Tenho um Blog de deboche gay, pq tanta discriminação q já sofri, so me restou debochar ...

Ainda há blogayros de SP defendendo q ñ houve Homofobia ... o Reinaldo "Azedo" da Veja tb disse isso ...

Eu fiquei tão decepcionado com os blogayros q estou esgotado ...

Q Deus a Abençoe, se todas as pessoas q se dizem de BEM fizesse como vc, teriamos um mundo com menos ódio e mto melhor ...

Mais uma vez, obrigado.

Victor disse...

Felizmente, nunca fui agredido e, quando comecei a ter relacionamentos com homens no meio da rua, achava que isso não existia mais saber o- inocência minha.

Entretanto, já fui "convidado a parar" várias vezes, principalmente na Casa de Cultura (você deve saber onde é). Tenho amigos que já fora abordados por policiais - nesse caso, eles não foram violentos, mas os motivos me deixam revoltado; são coisas do tipo "Por favor, vocês podem parar? Tem famílias aqui."

Uma vez, eu estava num bar com alguns amigos, isso já era um pouco mais de 22h. Estava beijando um garoto quando a dona do bar veio pedir para que nos parássemos porque os outros clientes não estavam gostando e um cara que morava numa casa próxima ao bar também veio reclamar porque "havia uma criança" com ele.

Não vou mentir, às vezes eu enfrento. Acho que é a minha idade e eu não tenho muita noção das coisas. Talvez seja idealismo. Mas se continuar assim, reagir à homofobia vai ser que nem reagir a assalto: melhor não fazer. Porque você corre riscos.

(Tenho várias amigos e amigas gays que já foram abordados por seguranças em shoppings também. O pior é que nem todos são assumidos em casa, muito menos maiores de idade. O que fazer? Denunciar? Chamar a atenção?)

Caio Ricardo disse...

Dirceu, realmente gostar não significa ser a favor. Mas me lembre onde isso se encaixa, por favor. Estava fora do pc e perdi a linha de raciocínio.

Victor, é realmente difícil, se isso ocorresse comigo não sei como agiria. Provavelmente eu iria rebater, mas eu penso, até onde eu estaria certo? Quer dizer, é um estabelecimento privado, se o dono ou representante está a favor dos outros clientes o que eu poderia fazer? Em um shopping eu agiria diferente, lutaria pelo meu direito sim.

Victor disse...

Acho que apenas respeito não é a solução. Não é o caso de "quando eu vejo dois homens se beijando, eu acho nojento, mas NÃO BATO". Cara, eu nunca fui agredido, mas eu me ofendo com isso. Eu não vou obrigar você violentamente a gostar, mas eu vou tentar mostrar a você um outro lado. É esse o papel da arte homossexual, por exemplo; até a Parada Gay também serve para tornar a homossexulidade mais acessível ao dia comum dos héteros.

Achar homossexualidade nojenta TAMBÉM É ERRADO! É como o Mauricio falou: você pode até achar, mas tente mudar o seu comportamente. Isso só gera mais ódio.

E outra coisa: é como o Fabio Salvador falou também. Dizer que tanguinha e comportamente sexuais no meio da rua é "feio", "imoral", fere as minhas crenças liberais de não-cristão, não-católico, não-conservador. Eu não vejo problema nenhum... Eu, pessoalmente, sou a favor do nudismo; não entendo porque alguém não pode andar pelado, ué. Mas as regras de convivência estão aí por um motivo; porque a maioria quer. E algumas nem estão erradas.

E outra coisa: as criancinhas não podem ver os homossexuais (nem os heterossexuais) fazendo sexo. Não sou versado em Psicologia, Pedagogia etc., mas não entendo que tipo de prejuízo isso pode trazer. Acho que o contato excepcional de uma criança com uma situação um pouco mais sexual não vai transformá-la num adulto ninfomaníaco; ela nem vai entender. Uma exposição continuada em casa, talvez, fosse muito mais efetiva...

Victor disse...

Sobre a Parada Gay. Já falaram algo sobre isso aqui: sair de camisetinha colorida, esmurrando o ar e gritando abaixo à homofobia é um senso-comum. Eu já fui à várias paradas (e só tenho 17 anos; ainda bem que minha mãe sempre foi bastante liberal e me levou apra esses lugares na infância) e posso dizer que, aqui em Fortaleza, pelo menos, há sim uma parte do evento reservada à mobilização das massas. Mas a Parada Gay também é uma festa. Estamos festejando os direitos alcançados e estamos exibindo nossos costumes numa avenida. Estamos colocando um pouco de homossexualidade na vida dos heterossexuais para que eles aprendam a conviver com isso.

Sim, a Parada Gay é um movimento chamativo, colorido, muito gay. Se você é um gay fechadão, que não tem jeito, não é efeminado etc., deve ser daqueles que dizem "ah, estão estereotipando", "nunca vão aceitar os gays se ficarem nos mostrando assim". POXA! Existem MUITOS gays assim. E se a sociedade não aceitar os gays MAIS EFEMINADOS, MAIS CHAMATIVOS, de que adianta aceitar os enrustidos? Os que não tem jeito?

Não sei redigir um comentário muito bem. Jogo as idéias meio soltas. Desculpem a coesão e a coerência.

Dirceu Barquette disse...

Riffael: "Concordo que não precisamos experimentar algo para saber se vamos gostar ou não."

Foi a partir desse trecho que me referi que gostar não é o mesmo que ser a favor.

Imagina alguém dizer que gosta de sexo sem nunca tê-lo feito, porém pode dizer que é a favor até por ter vontade de fazê-lo. Percebe?

Gostos são posicionamentos criados a partir da experimentação. Um gosto sem a mesma é mero fruto do imaginário, que por sua vez teve sua formação baseada em ensinamentos. Eu sempre disse que não gostava de jiló, pois minha mãe sempre disse que não gostava e nem mesmo o fazia de forma alguma. Uma vez provei e gostei como aperitivo. Entendi, nesse momento que era mero preconceito da minha parte.
Creio que o mesmo se aplica ao assunto discutido. Reproduzimos aquilo que aprendemos seja bom ou ruim. Sacou?

Michelle Silva Toti disse...

Achei engraçado o Chavão dizer que queria poder sair com uma camiseta escrita 100% branco, pq ele disse que o pai e as irmãs são negras. Jura que ele se considera 100% branco?

Chavão disse...

Victor VOCÊ acha que não tem problema nenhuma deixar seu filinho de 3 anos ficar vendo putaria, mas a maioria do mundo não acha isso normal e não quer que isso aconteça. Também por isso é difícil um casal gay conseguir adotar uma criança por exemplo, porque é essa visão pervertida que vocês passam.

Vocês pregam que gays são pessoas normais e querem igualdade, mas não agem com igualdade. Você não vê gente hetero fazendo sexo no meio da rua, você não vê gente hetero achando super normal deixar seu filinho de 3 anos ver putaria (tem uns loucos que acham normal, mas a maioria não).

Eu já fui em um lual GLS, me senti completamente deslocado, o comportamento de vocês é muito estranho, vocês agem dessa forma de putaria muito escadalosamente. Eu fui com mais 7 amigos que afirmavam que tinham muitas mulheres bi, então teriamos alguma chance, mas o ambiente é realmente muito estranho, logo na entrada tinha um viadinho falando alto mesmo: "EU QUERO DAR!!!". Poxa, é preciso mesmo isso? Em uma balada hetero, as mulheres mesmo que tenham essa vontade não gritam isso na entrada.

Chavão disse...

Michelle eu não me considero 100% branco, mas e se de fato eu fosse? Não teria a mesma liberdade para usar a camisa. Ah, o cara que estava com a camisa 100% negro também não era 100% negro, estava bem longe disso. Era um marronzinho leve.

Michelle Silva Toti disse...

Desculpe-me Chavão, mas vc fala (escreve) como quem se considera "100% branco" e demonstra um certo orgulho por estar dentro de alguns padrões (branco, homem, hétero). Sabemos que nossa sociedade é altamente miscigenada. Mas não dá comparar ser branco (aparentar) e ser negro. Há estereótipos de beleza, de caráter, de capacidade, etc. que desabonam os negros. E essa é uma questão histórica. Pq negros foram escravizados e brancos não?

Chavão disse...

É Michelle, não sou muito bom com as palavras, por isso deixei parecer que sou 100% branco e me orgulho disso. Na verdade não me orgulho de ser branco ou deixo de me orgulhar também. Só citei o lance da camisa porque pelo fato de eu ser branco (não 100%) senti que não posso fazer a mesma coisa por causa de uma discriminação que o Fábio falou mais acima, as pessoas olham de cara feia para quem é desse tipo.

Chavão disse...

E não sei se vocês assistiam o Big Brother, onde tinham aqueles dois viadinhos lá. Vocês lembram como eles se tratavam? Um chamava o outro de bixa, biba e essas coisas, se um cara hetero chamar um viado de viado o cara se sente ofendido e pode processar, caso tenha aquela lei que vocês comentam.

Eu tinha um amigo que é gay e eu chamava ele de viado, e ele falava que era heterofóbico, tudo levando na brincadeira. Afinal, ele era viado e não se importava com isso.

Dirceu Barquette disse...

Chavão,
Se você for a uma festa cuja maioria seja "bad boy" vai ouvir um monte de caras dizendo que tá doido pra socar alguém. Se for a uma festa com nerds só ouvirá sobre algoritmos. Numa igreja só tem papo carola. Numa festa GLS esperava ouvir o quê?

Vejo você falando que a maioria pensa da mesma forma que você, mas não vejo isso realmente acontecendo. Outro dia recebi recebi um email com uma modelo desfilando nas ruas da Alemanha (creio) vestindo roupas pintadas no corpo. Ou seja, ela estava pelada! Minha mãe, com seus quase 70 anos, foi honrosamente convidada para um casamento gay na Inglaterra. Ela foi, a despeito de ser católica, e disse que foi lindo! Assim ocorreu também nos vários pubs que frequentou com presença maciça de gays além de héteros. Que acha disso? Tenho uma mãe pervertida ou ela se desprendeu de seus preconceitos?
Se liga, cara. Preconceito é exatamente o que a palavra denota: um "pré" conceito.

lola aronovich disse...

Chavão, seus “argumentos” estão muito estranhos. Primeiro vc fica 3 comentários vociferando que seu amigo negro tem mais chances de entrar na faculdade do que vc, por causa do sistema de cotas. Depois vc admite que seu amigo negro entrou na faculdade sem se valer das cotas. Aí vc passa mais 5 comentários gritando que quer usar camiseta escrito 100% Branco, até a Michelle “call you on your bullshit” (esqueci como traduzir isso, desculpe), porque, afinal, com pai e irmãs negras, 100% branco fica meio difícil vc ser. E vc diz que, de fato, não poderia usar tal camiseta. Agora vc vocifera que chamava o seu amigo de viado (EU considero essa palavra muito ofensiva, e nunca a usei), e que vc quer ter o direito de chamar todos os gays de viados, já que seu amigo não se importava. Mas, ao mesmo tempo, vc inclui um sutil “eu TINHA um amigo que é gay”... Pode ser que ele seja seu ex-amigo por causa da sua homofobia? Seus argumentos são muito circulares, digamos. Tá se transformando num padrão, Chav.


Victor, coesão e coerência?! Vc por acaso é ou já foi meu aluno?

Chavão disse...

Dirceu eu vou em festas onde a maioria é hetero e não vejo ninguém gritando que queria comer uma mulher ou alguma mulher gritando que queira dar. Não estou falando de comentar com um amigo as intenções, estou falando de gritar para todos ouvirem.

E não é preconceito, é um conceito formado a partir de experiência, eu VI e ouvi, e isso não é papo de "me contaram".

lola aronovich disse...

Ah, e só pra constar: eu participei da primeira Parada Gay de Joinville, no ano passado, e adorei. Dá pra ver pelas fotos como tava cheio de pervertido. Crianças felizes, velhinhos... Realmente, a felicidade é um péssimo exemplo pra formação das crianças!
Tá aqui.
Infelizmente não pude ir à Parada de Fortaleza, porque eu tava na maior correria e só fiquei sabendo depois. Mas quero ir no ano que vem. É uma demonstração de alegria, orgulho, confraternização. Não sei como esses são valores negativos.
Tenho uma dica pra quem não quer "escandalizar" as crianças, pra quem não quer que elas vejam um go-go boy saradão dançando em cima do trio elétrico: não vá às ruas onde passa a Parada. É só um dia por ano, sabe? E é apenas em algumas ruas. Ninguém deveria ter que mudar sua programação pra não chocar as suas criancinhas.
E sabe o que é muito mais chocante que qualquer casal gay se beijando? O preconceito contra eles. Eu não acharia nada de mais ter um filho gay, mas detestaria ter um filho homofóbico.

Dirceu Barquette disse...

Chavão,
Chamei sua atenção para questões comportamentais. Você está incomodado com o comportamento gay por preconceito, pois certamente gostaria de ouvir bem alto uma gata dessa festa dizendo bem alto que queria transar contigo. Você mesmo disse que foi lá na esperança de encontrar mulheres bi. Aliás, mulheres bi englobam o homosexualismo, não? Me parece que você que você se incomoda com homens de tanguinha se esfregando, mas se fossem mulheres não haveria problema. Tá certo...

Chavão disse...

Chavão, seus “argumentos” estão muito estranhos. Primeiro vc fica 3 comentários vociferando que seu amigo negro tem mais chances de entrar na faculdade do que vc, por causa do sistema de cotas. Depois vc admite que seu amigo negro entrou na faculdade sem se valer das cotas.


Lola, de fato ele entrou sem cotas, mas se ele se achasse "vítima" poderia ter usado esse pretexto para ter sido mais fácil, mas ele preferiu usar a capacidade.

Sobre a camisa 100% branco foi um comentário sobre eu NÃO poder usar a camisa e o negro poder usar a de 100% negro. Independente dele ser 100% negro ou não, ou eu ser 100% branco ou não.

Sim, eu e meu ex-amigo brincavamos dessa forma, ele contava das coisas que ele falava de estar bêbado ae ia tomar banho, ae iam 5 amigos com ele, então eu falava que isso era maior viadagem, ele ria e entrava na brincadeira. Sério, ele não se ofendia, porque de fato ele sabia que era uma viadagem.

Sobre chamar todos os gays de viado, eu gostaria de poder chamar a pessoa pelo que ela é sem ser preso ou processado. Remoendo o assunto, chamar um gordo de gordo ou um careca de careca pode ser somente uma forma de chamar, mas para muitos é uma ofensa grave e da mesma forma não é considerado crime.

Sobre ele ser meu ex-amigo é por outras questões fora da homossexualidade dele.

Se eu não fui claro em alguma coisa pode perguntar, não estou sendo contraditório em nenhum ponto, meu discurso é sempre o mesmo. O fato de ter a liberdade cortada e/ou ser prejudicado por pessoas que se acham menos do que as outras.

Dirceu Barquette disse...

Chavão, meu caro!
Eu vou encerrar minha ladainha sugerindo que você procure ver um filme chamado "A cor da fúria". É com o Travolta. Espero que ele elucide alguns pontos que a meu ver não ficaram bem claros pra você. Ao menos vai refletir a opinião de todos que lhe contestaram, creio eu. Talvez você entenda o motivo das cotas e outros instrumentos para busca de uma vida melhor pra todos...
Fico feliz em pensar que ao menos você não vai ensinar o seu filho a bater ou dar tiro em quem só quer levar a própria vida em paz e como acha melhor.
Abraços e felicidades pra você e sua família.

Lola, minha esposa é fãzézima sua. Comecei a participar aqui de tanto que ela falava que era legal e definitivamente estou corroborando isso. Parabéns! Saiba que gente como você faz a diferença! abs

Anônimo disse...

Lola, mais um texto maravilhoso. Adoro ler seu blog, corre solta a leitura e é sempre tão prazerosa.

Minha primeira participação aqui e venho para indicar um texto do meu blog. Bem mais ácido e nervoso, mas sobre o mesmo tema.

http://dandi.blogspot.com/2010/11/coerencias-incongruentes.html

Indiquei este post seu na minha página. Juntos pela causa contra a homofobia.

Bjos

Andréia Freire disse...

Chavão, você NÃO entendeu a minha frase: "Na sociedade ser branco é o melhor". Eu não estou dizendo que o branco é melhor, lógico que não! Na sociedade racista em que a gente vive o branco tem mais privilégios e é mais bem visto do que o negro. E você sabe que isso acontece, foi isso que eu disse.

Não é de admirar que muitos negros tenham baixa auto-estima. A sociedade faz questão de botar os negros pra baixo no dia-a-dia. Por exemplo, a sociedade faz negros e negras odiarem seus cabelos crespos, seus narizes largos, sua cor, lábios carnudos, etc, porque o padrão de beleza no brasil é branco. O negro é considerado feio, bonito é ser branco. Isso não é minha opinião, é a opinião de boa parte de uma sociedade racista. Pensei que isso era óbvio, não? Vc mesmo diz que nunca sofreu preconceito por ser branco e hétero. Sinceramente, então não sei do que vc reclama. Seria mais útil e lógico reclamar do racismo, da homofobia, etc, do que ficar se fazendo de "prejudicado", como se vc fosse vítima de preconceito por ser branco. Na boa, qual é a lógica?

Andréia Freire disse...

Não consigo entender a lógica de se sentir prejudicado por causa das cotas. Elas existem pra acerelar um processo que se ocorrer livremente irá demorar MUITO pra se consolidar. Simples assim. É um sistema de reparação, de acerelação da igualdade. Não dá pra entender o motivo de ser contra, sinceramente. Se as pessoas se colocassem no lugar das outras o mundo seria bem melhor. É lógico que o negro tem tanta competência quanto o branco, mas numa sociedade em que o negro está marginalizado as políticas afirmativas aceleram o processo de inclusão. O que há ruim/errado nisso?

Giovanni Gouveia disse...

LI um artigo de Paulo Nogueira sobre a Dinamarca ( http://www.diariodocentrodomundo.com.br/ ) e me apaixonei pela tal da Janteloven, que nada a ver com jantar um amor, ou amar no jantar, tampouco uma lei que regulamenta as jantes de carros e bicicletas, mas parte do princípio que: "você não é melhor que eu"... http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Jante
O pessoal que mora nos nórdicos deve conhecer bem isso aí... Funciona, galera?

Mauricio disse...

"Sobre chamar todos os gays de viado, eu gostaria de poder chamar a pessoa pelo que ela é sem ser preso ou processado. Remoendo o assunto, chamar um gordo de gordo ou um careca de careca pode ser somente uma forma de chamar, mas para muitos é uma ofensa grave e da mesma forma não é considerado crime."

Como assim? Você gostaria de chamar uma pessoa com necessidades especiais de aleijada, retardada, cega, etc?

Você quer ter o direito de chegar para alguém e falar: Ô, aleijado, pode me dar uma informação?

ou

Você aí sem perna, que horas são?

ou

Aquele menino retardado brincando no parque é seu filho?

Pelo seu comentário é isso que você deu a entender.

Ser homossexual não tem nada a ver com PNEs, mas "chamar uma pessoa pelo que ela é" pode ser ofensivo.

O termo "viado", é pejorativo.

Não é educado, por exemplo, você chamar uma pessoa gorda de gorda, um careca de careca, uma pessoa baixa de anã, etc.

E os termos ligados à homossexualidades são via de regra carregados de preconceitos e desaprovação.

Ninguém te chama na rua de hetero, machão, etc.

Ninguém fala para você: ô hetero, dá licença, você está na minha frente.

A orientação sexual não deve ser levada em conta para nos referirmos a uma pessoa, pois isso não define a pessoa.

A orientação sexual é apenas mais uma característica entre milhões de outras, mas parece que é a mais gritante, pois todo mundo acha-se no direito de tocar nesta tecla.

Porque chamar um homo de viado? Ele não é só viado. Ele é outras coisas também. Pode ser um advogado, um esportista, etc.

Chavão disse...

Mauricio, é porque quando é com a gente dói mais...

Vocês deviam se preocupar mais em combater a violência, porque a forma de falar vai ser impossível.

Carla disse...

"Então, todos nós guardamos nossos preconceitos em algum lugar. Mas eles existem, e devem ser confrontados."

A clareza de que fazemos parte disso, que produzimos e reproduzimos preconceitos e que um caso de violência não é um caso isolado. Confrontar o que fazemos, pensamos, vivemos.

Adorei seu texto!

aiaiai disse...

tai, de certa forma eu concordo com o chavão...por exemplo:

posso chamar ele (chavão) de idiota?
ou estaria ofendendo aos idiotas?


Do que vocês acham que podemos chamar o chavão?

Chavão disse...

Isso é uma ofensa a mim.

charlesmuller disse...

A Mackenzie é uma instituição de ensino confessional presbiteriana (logo, cristã, evangélica e reformada).
Isso significa que se você trabalha, estuda ou matricula os filhos numa instição confessional, deve entender que a conduta defendida na instituição deve ser coerente com a doutrina da Igreja (confissão).
E cabe justamente ao Chanceler fazer esta ponte entre ensino e doutrina confessional.
A Mackenzie tem chanceler presbiteriano assim como as PUCs possuem bispos católicos nesta mesma função.
A Mackenzie acertou em publicar o texto (que é da Igreja), pois o mesmo reflete a doutrina da sua confissão religiosa.
E errou ao tirar do ar, como se endossando as vozes (estas sim extremamente raivosas) contrárias ao seu teor.
A propósito, o artigo 20 da Lei 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação) dispões que instituições de ensino particular podem ser de categoria confessional.
O texto ainda pode ser visto no site da própria Igreja: www.ipb.org.br
.
Eu não sou católico. Estudei na PUC-PR, com bolsa de estudos mantida por uma ONG católica.
No meio do campus tem uma capela (Católica). Símbolos religiosos e imagens dos Santos (católicos) estão em toda a parte.
A instituição é contrária ao uso de anticoncepcionais, contrária ao aborto, faz reverência devocional à Maria e acredita na transubstanciação.
Mesmo não crendo e apoiando 100% destas doutrinas não critico a instituição, que é católica de ordem marista e que, por coerência, posiciona-se conforme a diocese e o pontificado.
Sou reformado, mas sei que a instituição de ensino não é. A postura oficial deles é contrária às crenças da Reforma.
Fiz protestos? Mimimi? Pedi censura? Chamei de "fóbico" "fundamentalista"? Não.
No máximo, posso discordar respeitosamente.
Até um professor e teólogo católico disse que gostava de minhas conversas reformistas e respeitosas mais do que o papo intolerante de certos militantes ateus-laicistas que queriam impor sua opinião na forma de leis.
.
Reli o texto da Mackenzie (na verdade da IPB) várias vezes, o mesmo não tem nada de homofóbico, considerando-se homofobia como ódio, descriminação e violência contra o cidadão homossexual.
A menos que você considere a simples discordância de conduta, liberdade de ensino confessional (em instituição particular confessional), a liberdade de culto e a liberdade de expressão (constitucional) como crime ou ódio.
Vejam o tão polêmico e suposto "odioso" texto:
"Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualidade é homofóbica, e caracteriza como crime essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualidade como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos."
.
Explicando:
- Nem o Mackenzie nem sua mantenedora (Igreja Presbiteriana) se declaram a favor de qualquer violência contra o homossexual. A religião que faz isto se chama islamismo. O cristianismo critica algumas condutas, mas aceita seus praticantes e os orienta a mudar. E claro, ninguém é obrigado a pertencer à religião cristã nem a mudar nada. Participa, prefessa e segue quem quer.
- A Igreja discorda de uma lei que trate a simples manifestação de opinião contrária à conduta homossexual como homofobia, são coisas bem diferentes.
- A "expressão do ensino bíblico" (isso inclui instituições de ensino pertencentes à Igreja) refere-se unicamente à leitura de textos bíblicos (que ninguém é obrigado em concordar, mas que dentro de uma Igreja, por fé, é considerado).
Charles A. Müller

Mauricio disse...

Impressionante como tem gente tão aversa às diferenças, tão intolerante à quem não é "vaquinha de presépio", e tão sem NADA A ARGUMENTAR, que realmente se acha no direito de ofender, agredir, fazer chacota, utilizando-se, COVARDEMENTE, do anonimato.

Coisa que não teria CORAGEM de fazer pessoalmente.

Essas pessoas são EXATAMENTE IGUAL ao DIOGO MAINARD, só que com ideologia contrária.

São EXATAMENTE IGUAIS AOS REAÇAS que tanto combatem.

Não aceitam de forma alguma quem pensa diferente.

Criticam os que "caçam comunas", mas adorariam "caçar reaças".

A HIPOCRISIA dessas pessoas chega a assustar.

Fico me perguntando que educação para o filho de 13 ou 14 anos essas pessoas dão.

Deve ser assim:

"filho, você não pode ser homofóbico. Você não pode desrespeitar as minorias. Você só pode desrespeitar as diferenças e agredir gratuitamente, mesmo que esta pessoa não tenha te agredido, se esta pessoa for de direita ou tiver qualquer discurso contra o que eu vou te ensinar que é certo.
Mas só faça isso se for no ANONIMATO. Seja tão covarde como sua mamãe é.

De certa forma eu entendo isso.
A pessoa acha que tem uma idéia.
Aí ela sai pela internet procurando alguém que pense como ela, e que tenha uma personalidade mais dominante e que seja bem mais inteligente que ela também.
Pronto. Esta pessoa não precisa mais PENSAR POR SI MESMA.

Basta agora ela simplesmente CONCORDAR COM TUDO, SEM UM PINGO DE CRÍTICA.
Não só isso. Mostrar-se agressiva, como os dobermans de "ANIMAL FARM" de GEORGE ORWELL, contra todos aqueles que não pensam segundo sua guru.

Seria ofensa contra as VACAS chamar pessoas assim de VAQUINHA DE PRESÉPIO?

Só sei que pessoas assim não têm nada a argumentar e têm a CARA DE PAU de entrar em um debate sem ter NADA A ACRESCENTAR.

Apenas ofensas gratuitas.

Em que certos comentários foram sequer produtivos?

A opinião de certas pessoas pode ser diametralmente oposta à nossa.

Se uma pessoa não entra PARA BRIGAR, mas para expor sua opinião, por mais absurda para nós que esta opinião possa parecer, NADA DÁ O DIREITO A NINGUÉM DE AGREDIR ESTA PESSOA, mas parece que certas pessoas de esquerda não entendem isso.

Vamos ver como este tópico seria produtivo se TODO MUNDO SE COMPORTASSE ASSIM?

Vamos ver como enriquecedor este debate seria se todos os posts forem ofendendos os demais?

Tem gente que não tem noção de civilidade.

É IGUAL A QUEM OUVE MÚSICA ALTA!!!!!!

Não pensam que, SE TODOS AGISSEM ASSIM, O MUNDO SERIA UM INFERNO maior de que já é.

Pessoal, por favor, COMPOSTURA. Não sejamos HIPÓCRITAS E PUSILÂNIMES.

Se você não tem nada a acrescentar e tem INVEJA de quem expõe suas idéias, fica quietinha, ao invés de agredir gratuitamente.

Mauricio disse...

SOBRE O TEXTO

"No dia 11 de novembro, um estudante de 18 anos foi preso por beijar um garoto de 13 dentro de um cinema do Santana Parque Shopping, em SP."

Bem disse a Mariana. Qualquer pessoa de 18 anos que beije uma de 13 não passa de um pedófilo e merece ser enjaulado.


PEDOFILIA DEVE SER PUNIDA COM CADEIA.

Não importa o sexo dos envolvidos. O de 18 anos é um papa anjo, corruptor de menores.

O DE 18 ANOS É UM PEDÓFILO.

"A grande dúvida é, óbvio, se o jovem de 18 anos estaria preso por beijar uma menina de 13. Alguém chamaria a polícia ao observar essa gritante diferença de idade num casal hétero?"

Eu chamaria.

"Ou essa prisão tem a ver com o preconceito que gays são pedófilos querendo corromper nossas crianças?"

Este gay é sim um pedófilo.

Muito provavelmente o beijo chamou a atenção por ser um beijo gay.
Muito provavelmente houve preconceito.
Isso, óbvio, não muda nada. CADEIA PARA O CRIMINOSO.
Vá beijar um maior de idade também.

Se alguém chamasse a polícia por um beijo entre dois rapazes de 18, seria ridículo e um preconceito sem justificativas.


"- A Universidade Mackenzie colocou no seu site um manifesto contra o projeto que criminaliza a homofobia. O texto, que foi retirado do site na semana passada, (...), estava assinado por um reverendo da Igreja Presbiteriana, e dizia que ensinar e pregar contra o “homossexualismo” (...) não constitui homofobia, e que é “missão das igrejas” promover o comportamento ético de todos, até dos gays."

Eu não sabia da história toda. O (oi a) CHA esclareceu este ponto.

Aí caímos no problema da liberdade religiosa. Nestes termos, não acho que a Makenzie agiu errado, MESMO EU NÃO CONCORDANDO COM A POSTURA DA INSTITUIÇÃO. Trata-se do que poucas pessoas têm: RESPEITO ÀS DIVERSIDADES.

Mauricio disse...

AINDA SOBRE O TEXTO

"Comportamento ético é o do Mackenzie, que apoiou o golpe militar de 64"

Isso é questão de ideologia, não de ética.

Teve muito cubano apoiando a ditadura de Fidel também.

Não se trata de ética, mas de se defender o que se acredita.

Ainda que tenha gente que apóie a ditadura (o que eu acho um absurdo), não posso levantar a bandeira da ética neste ponto.

"Os oficiais fizeram o que uma corporação patriarcal, hierárquica e preconceituosa ensina a fazer: humilhar, com violência física, qualquer minoria."

Não é assim, Lola. Fui militar de carreira, concordo que a instituição é patriarcal e hierárquica.
Mas não podemos GENERALIZAR.
Nunca, ninguém, tanto na AMAN quanto na EsPCEx ensinaram a humilhação ou violência física contra cidadãos, mesmo porque, ESTA NÃO É A MISSÃO DO EXÉRCITO.
Lógico que existem e eu conheci muitos assim, gente preconceituosa lá, mas isto nunca foi ENSINADO. Nunca foi SEQUER incentivado.

O problema é quando se dá poder para gente preconceituosa e corrupta.

Isso que você falou do exército foi uma grande injustiça.
Por favor não tome o todo pela parte e nem faça generalizações, pois isso, além de falso, é injusto. Ou faça, o blog é seu. Esta é apenas uma sugestão.

Mauricio disse...

MAIS TEXTO

"Um sargento atirou na barriga de um dos jovens, que felizmente sobreviveu. Segundo o oficial, o tiro foi acidental — ele não pretendia atirar, apenas intimidar."

Nada justifica a postura deste militar. E olha, Lola, a coisa que mais se teme é ser julgado pela justiça militar. Não pense que ela é branda com quem suja o nome da instituição como este infeliz sargento fez.
Mas concordo que ele seja julgado pela justiça comum, pois o crime dele não foi militar, mas comum.

ELE É UM CRIMINOSO E DEVE SER JULGADO COMO TAL.

O que ele disse não é nem justificativa, pelo contrário, é um agravante: DESDE QUANDO O EXÉRCITO TEM QUE SE METER COM CIVIS E INTIMIDAR A POPULAÇÃO?

Óbvio, Lola, conheço apenas a SUA VERSÃO DOS FATOS, logo, não vou julgar ninguém conhecendo apenas o que você disse.

O que eu disse acima é CONSIDERANDO QUE VOCÊ TENHA SIDO IMPARCIAL, e que você não TENHA OMITIDO nenhum dado.


"É, é isso mesmo que a gente quer: um exército fascista que gosta de intimidar quem seja diferente."

Não, com certeza não queremos um exército assim, a não ser pelo facista, pois isso, mais uma vez, é questão de ideologia.

Mauricio disse...

RESTANTE DO TEXTO

É impressionante como certos pensamentos ainda resistem.

Como esta juventude esta "errada".

Como assim, tamanha intolerância.

Eu que já estou velho estou tentando ter uma mente mais aberta.

Eu que já estou velho estou tentando rever minhas opiniões, ser menos quadrado, ser mais tolerante, mesmo contra DÉCADAS DE MASSIFICAÇÃO...

COMO OS JOVENS DE HOJE TÊM UMA VISÃO TÃO INTOLERANTE?

Eles não têm idade nem para dizer que estão há décadas sofrendo lavagem cerebral.

MEU DEUS, EU FUI MILITAR DE CARREIRA!!!

E não penso assim!

Como que ainda tem gente desocupada que sai pelas ruas PREOCUPADAS em agredir puta, traveco e gay.

Como tem gente que sai à rua achado que é engraçado queimar mendigo?

Poxa, se esses jovens são capazes de mobilização assim, que saia às ruas para campanhas de agasalho e sopa.

Ou, se se acham justiceiros e querem um mundo melhor, que combatam o crime, que combatam quem vende drogas, que combatam que as consome.

Não é função deles e nem é certo ser justiceiro, mas pelo menos isso eu entenderia. Pelo menos eles teriam uma CAUSA.

Agora agredir uma pessoa por sua orientação sexual?

Dar como justificativa: porque ele é viado?

É o mesmo que dizer: porque ele é canhoto, ou porque ele acha que azul é mais bonito que vermelho.

Fabio Burch Salvador disse...

Se eu vivesse na pré-abolição...
Sei lá, cara. Dificilmente eu seria brasileiro.
Eu venho de duas famílias de imigração "recente", e chegamos por aqui já nos anos finais da escravidão. É bem provável que nunca tenhamos possuído escravos (mesmo porque, meus antepasasdos vieram fugindo da pobreza).

OLIVEIRA,
"ser obrigado a ficar tolerando frescuras de gente louca eu não sou"...
tu não és obrigado a aceitar "frescuras", e eu sou obrigado a aturar teu moralismo?
Vê onde eu quero chegar? Se os crentes têm o direito de dizer que pessoas como eu e aqueles a quem defendo vão pro inferno, eu acho que eu tenho o direito de dizer que não existe inferno, e os gays têm o direito de serem casais aceitos, normalmente, como qualquer casal.
É a lógica do "viva sua vida e não encha o meu saco".

PEDRO M.
Apoiado!

CHAVÃO
Quando vou á praia, não faço oposição alguma às mulheres de fio dental. E tu, não gostas de uma mini-saia? Ou estás te afrescalhando? Vai confessar que não gosta? Gosta? Então... não pregue moral de cuecas.

ADRIANO
Também não radicalize: ninguém é obrigado a experimentar tudo para poder argumentar sobre alguma coisa. Já é radicalismo. Nunca beijei um homem não pretendo fazer isso só para embasar meus argumentos pró-liberdade sexual.

MAURICIO
Mas é isso o que eu quero dizer: quem se incomoda com dois héteros ou dois homos se beijando é porque deve ter algum recalque. Ou alguma idéia moralista. Então, a parte "incomodante" está nos olhos do observador. Não vá incomodar os pombinhos por causa dos teus complexos e travas.

TODOS BISSEXUAIS?
Acho exagerado. Aliás, acho besta. Ninguém é bissexual. Ninguém é gay. Ninguém é hétero. Simplesmente, pode-se ter dado o acaso de gostar mais de um sexo do que de outro, e ficado só com gente daquele sexo. Mas não se está imune, no futuro, de mudar de idéia. Como vamos saber quem seremos daqui a 20 anos?

RELIGIOSO
Eu, como não-religios, acredito que só é mau o que afeta negativamente às outras pessoas. De resto, faz o que tu queres que há de ser tudo da lei, como dizia Raulzito.

Fabio Burch Salvador disse...

SOBRE A "PEDOFILIA"...

Aquele caso do casalzinho gay, um de 18 e outro de 13 anos se beijando. Teve gente dizendo que o maior de idade é um pedófilo...

PÔ MAS ENTÃO, EU TAMBÉM jÀ FUI PEDÓFILO!!!

Sim. Eu tinha uns 18 anos recém-feitos, andava por aí com um buggy muito louco (não sei como aquela traquitana ainda andava), e arrumei uma namoradinha que tinha uns 14 anos na época. Ela fez 15 enquanto ainda estávamos "ficando", eu lembro que fui à festa.

Não me arrependo deste ato passado de "pedofilia". Era uma menina não gorda, mas cheinha, acinturada, pernuda, bem alta para a idade, bunduda, peituda, muito lindinha. Eu era feioso, como sou até hoje. Sempre me dei melhor com as palavras do que com o espelho.

Não confundam este comentário com machismo. Eu acho que a mulher tem o direito de enxergar o homem como um "pedaço de carne" tanto quanto nós fazemos. E é possível, sim, a uma mulher compensar uma beleza deficiente com o papo. Só que no caso daquela ficação, ela era a bela e eu... isso que eu sou sempre.

Bah, que merda! Fui um pedófilo adolescente...

Ora, vamos falar sério: alguém aqui ainda acha que adolescentes de 13 anos são crianças? Pelamordedeus!

Se vamos ter uma idade abaixo da qual um relacionamento seja considerado "estupro para fins legais", então que sejam os 12 anos. Porque nessa idade a gurizada já está saindo, se beijando, e em alguns casos, capacitada a dar show e dar uma aula para gente "madura" de qualquer idade.

Assim como tem gente que tem 20 anos de idade e ainda é virgem, inocente e tudo mais.

Esse papo de "mas o outro era menor de idade" não cola. Até parece que alguém chega aos 15 anos inocente nos dias de hoje.

Mauricio disse...

Fábio,

Realmente você era um pedófilo.

Quem tem 18 anos deve se limitar a pessoas de sua idade para cima.

Sobre dizer que quem tem 13 anos não é criança eu concordo, não é, mas é menor de idade e quem tem 18 deveria respeitar isso.

MAS...

esta não é a questão aqui.

A questão aqui é que um cara com 18 anos sair com uma de 13 É CRIME!

E o que é LEI, é LEI!

Não podemos fechar os olhos para a LEI só porque temos nossos conceitos e preconceitos.

Não importa que se faça um TRATADO justificando a ação do PEDÓFILO.

Se ele infringiu a lei ele deve ser punido e lugar de pedófilo é na cadeia.

Se algum filho meu com 13 anos sair com alguém de 18, este alguém vai para a cadeia e acabou.

Não sou favorável a relativizar a pedofilia.

Ou se considera 13 anos responsável por seus atos e também como consequencia reduz-se a idade penal para 13 anos, ou 13 anos é inimputável e deve ser protegido pela lei, como eu acho que deva ser.

Dirceu Barquette disse...

Mauricio,
Reli o que escreveu. A despeito de certo ou errado reconheço sua lucidez sobre os fatos.

Muito há o que se dialogar, mas definitivamente sua eloquência tocou meus pensamentos. Faz-me lembrar um belo debate que assisti no youtube entre um ateu e um católico (assim que achá-lo eu posto pra você). Adianto que a educação e o respeito na troca de opiniões brilhou intensamente. Creio ser o certo mesmo.

Forte abraço.

Anônimo disse...

Chavão! Acho que você nem imagina, assim nem um tiquinho, o peso do preconceito em quem o recebe.

*

Lola, eu vim te contar uma história muito bonitinha que aconteceu numa sala de aula ontem: Estava ensinando as formas comparativas em inglês para 10 crianças de 10 e 11 anos e perguntei assim:

"Are boys more intelligent than girls?" -- Todo mundo disse "noooo" (sendo 8 meninos e 2 meninas), então resolvi testar mais e continuei: "Pitagoras = man. Einstein = man...."

Antes que eu pudesse dar um terceiro exemplo, um menino disse assim: "Mas professora, na época que esses homens foram muito inteligentes, as mulheres não podiam estudar."

Ai gente, meu coração fica até querendo explodir de orgulho dos meus pequenos que dão “um banho” em um monte de marmanjo!

Pri S. disse...

Uma coisa são adolescentes com idade próxima terem um relacionamento: com 13, 14, 15 anos.

Outra coisa completamente diferente é a maturidade emocional de um adolescente de 13 anos, comparada a um de 18. Tudo é diferente! Os interesses, a fase de vida, o "jogo de cintura", a capacidade de manipulação, de argumentação...


Então não interessa que um adolescente de 13 ou 14 tenha o corpo preparado para o sexo e já esteja experimentando a prática da sua sexualidade. Ele deve exercê-la com alguém que tenha um nível de maturidade semelhante ao dele. Simples assim.

Ou não devemos nos preocupar em proteger o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes??? A Lei é essa por um motivo muito claro: é preciso proteger quem ainda está em formação.

Existem excessões e o adolescente pode ser mais maduro que o adulto de 18? Sim, claro. Existem excessões e o adulto pode ser alguém muito legal, equilibrado e apaixonado que não vai fazer uso de sua maturidade para manipular o relacionamento? Com certeza!

Mas não é indicado pagar pra ver. Vide o caso da Eloá de 15 anos que namorou seu algoz de 22 anos e foi morta em Sto André no ABC paulista. O caso é mais extremo e poderia ter acontecido em qualquer idade, eu sei. Mas poderia ter tido outro desfecho se as pessoas não achassem "bonitinho" e normal o clichê da "colegial" com o "cara mais velho".

Adolescentes tem muito tempo para se experimentarem. Que no início façam isso com alguém da idade deles. Porque depois as diferenças diminuem, os envolvidos passam a ser adultos responsáveis por suas decisões e haverá a vida inteira pela frente para "pegações" e consolidação de "amores eternos".

Sejam eles hetero, bi ou homossexuais.

Mauricio disse...

Dirceu,

Obrigado!

Por favor, poste sim o vídeo do youtube se você o achar.

Gosto de debates assim, para assistir ou ler, apesar de eu não mais entrar em dividida com ateu ou com membros de outras religiões.

Isso porque eu não tenho interesse de provar para o ateu que Deus existe tanto quanto não tento provar para outras religiões que a minha é que está certa.

Creio que Deus se ofende menos com o ateu que faz o bem que com o crente hipócrita, então... o importante é fazer o bem.

O bom da religião é que ela é um roteiro, um conjunto de regras que ajudam as pessoas que precisam dela como um guia. Algo a se apegar em momentos difíceis. Algo para acreditar que tudo pode melhorar e que existe uma justiça maior a qual ninguém escapa.

O perigo é quando alguns "gurus" aproveitam-se disso para manipular os fiéis ou para pregar o conformismo.

Só porque existe uma "justiça oculta" nas coisas não significa que Deus quer que as pessoas não lutem para buscar melhorar tanto moral como materialmente.

E creio também que qualquer religião é boa desde que pregue o bem.

Não importa que os conceitos de uma sejam contrários ao de outra.

Acho muito perigoso a intolerância religiosa.

O que já se matou em nome de Jesus...

Daí a hipocrisia: matam em nome de Jesus, mas o mesmo não permitiu nem que se ferissem os soldados romanos que o perseguiam.
E o "não matarás"?

Não estava escrito "não matarás a menos que seja um infiel". Era não matarás e PRONTO.

Mas o assunto não é este e já desvirtuei demais a proposta do texto.

Rayla disse...

Oi, eu sou a Rayla (@raylabenazzi), autora do tweet que você colocou aí no post e quero esclarecer algumas coisas:
1º Não, eu não sou homofóbica, muito pelo contrário, sou gay
2º Esse tweet foi irônico e deixei isso bem claro, foi um comentário pra representar todas essas pessoas ignorantes, donas da verdade e que não sabem respeitar os outros.
Bem, é só olhar todo meu twitter que dá pra perceber que eu não sou nenhum pouco homofóbica, não sou contra aborto e nem a favor da pena de morte, já estudei em escola pública e sou atéia.

Agora que todas as dúvidas foram esclarecidas gostaria que você deletasse meu tweet do seu post.

E, só pra constar, tirando a parte da má interpretação do meu tweet, concordo com tudo que está escrito nesse texto!

J.Camargo disse...

Ativistas gays desejam impor sobre a sociedade leis favoráveis ao homossexualismo e utilizar as instituições públicas para oprimir todos os cidadãos que não aceitam a homossexualidade. Um dos exemplos do que acontece quando as reivindicações dos xiitas gays são atendidas é São Francisco, a cidade americana mais atingida pelo autoritarismo GLS. Casos de violência são exagerados e explorados ao máximo para a reivindicação de leis de proteção especial aos gays. Essa exploração generaliza a culpa da violência contra os gays em todos os que não aceitam o homossexualismo, iguala os evangélicos com todos os que os matam, e coloca os praticantes do homossexualismo na condição de vítimas inocentes, criando assim uma atmosfera de apoio compassivo às reivindicações da militância gay. A meta dos militantes gays não é só obter tolerância para com seu estilo de vida, mas utilizar as leis de “orientação sexual”, “gênero”, “antidiscriminação” e “antipreconceito” para esmagar os direitos da maioria da população, que não aceita seu estilo de vida.. Além do mais, nos últimos 25 anos, em que 800 mil homens, mulheres e crianças foram assassinadas, somente 2.511 homossexuais foram mortos. Essa baixíssima estatística de assassinatos de homossexuais foi oficialmente divulgada pelo Grupo Gay da Bahia. Portanto, o mais famoso grupo homossexual do Brasil revela que o número total de homossexuais mortos de 1980 a 2005 não chega, nem de longe, a 1 por cento do total de 800 mil assassinatos totais de brasileiros no mesmo período!. Esse número revela uma grave distorção e violação dos direitos humanos de todos os cidadãos comuns, abandonados à própria sorte dentro do quadro deplorável de miséria a que foi relegado o sistema de segurança pública no Brasil. Entretanto, não é somente nos números e estatísticas que a questão homossexual é interpretada de modo estranho. Evita-se mencionar um fator importante nas agressões e assassinatos de homossexuais. Afirmando que a maioria dos homossexuais assassinados é de travestis, Oswaldo Braga, presidente do Movimento Gay de Minas, declarou: “São homossexuais que estão mais envolvidos com a criminalidade, como prostituição e tráfico de drogas, ficando mais expostos à violência”. (Tribuna de Minas, 09/03/2007, p. 3.). É claro que há também outros fatores de crime. O que não falta na sociedade brasileira é violência, que atinge a todos igualmente. Todos podem sofrer ou serem agredidos, estuprados e assassinados, sem direito a barulho e clamores de direitos humanos — menos os homossexuais. Pobres das outras vítimas, que pertencem a uma maioria que não aprendeu a explorar seus sofrimentos para obter ganhos políticos! Será então que todos terão de se converter ao homossexualismo para serem respeitados, valorizados e notados neste Brasil violento, onde não existe guerra, mas há mais mortes violentas por ano do que em muitos países em guerra?. A que ponto chegou o Brasil: Um governo que não consegue dar nenhuma segurança para milhões de homens, mulheres e crianças agora se compromete a dar segurança à minúscula população homossexual, por causa do intenso, enorme e insistente ativismo homossexual de direitos humanos, que deseja eliminar através de leis, toda e qualquer posição contrária a sua opção sexual. Algumas pessoas já devem estar babando de vontade de participar do movimento homossexual, só para ter as garantias civis de segurança que o Estado jamais consegue dar à vasta maioria da população. Todo esse papo de violência, assassinatos e coisa e tal, esconde a intenção de impor sobre todos o que escolheram outro modo de vida, o impedimento de externarem suas próprias opiniões. O resto é papo furado.

nelsonalvespinto disse...

Vou começar uma campanha na net.

"Se quiser mentir, minta. Mas não tente usar a estatística pra isso".

A "metodologia" usada por nosso amigo Camargo aí em cima receberia zero em qualquer aula de estatística.

J.Camargo disse...

Pois é Sr.nelsonalvespinto;"tachar para confundir" também pode ser tema de campanha na internet. O número de assassinatos totais no período citado por mim, bem como o número de assassinatos de gays no mesmo período pode ser desmentido facilmente, bastando para isso citar fontes fidedignas. Garanto que se o Sr. comprovar que errei prontamente lhe pedirei desculpas. Além disso, para me desqualificar, não se atenha apenas aos números, mas leia atentamente o que escrevi, reflita, e então argumente de volta, pois usar de leviandade para superficialmente me acusar não qualificará o debate de modo algum

lola aronovich disse...

J. Camargo, quando um argumento já começa falando mal de São Francisco, como se fosse uma Sodoma, “a cidade americana mais atingida pelo autoritarismo GLS”, já começa muito mal. SanFran é uma cidade excelente para se viver — tanto para héteros quanto homossexuais. Minha irmã (hétero) mora lá. Tenho amigos lá. Seria ótimo se todas as cidades fossem tão “infernais” quanto SanFran. Então logo o seu primeiro exemplo do que “xiitas gays” são capazes de fazer com um lugar já cai por terra.
Gays e outras minorias têm todo o direito de fazer reivindicações. Há uma série imensa de direitos que são negados a eles, e que não poderiam ser negados, se vivemos numa sociedade igualitária. Um desses direitos é, por exemplo, um gay ou lésbica estar hospitalizado e não poder receber a visita de seu parceiro, porque esse parceiro não é visto como parente ou como cônjuge. Também é arriscado para um casal gay ou lésbico andar de mãos dadas pela rua, porque sempre há algum homofóbico que pode querer agredi-los. E muitos desses casos terminam em morte. A sua estatística de que morrem mais homens, mulheres e crianças assassinadas do que gays é ridícula. Por acaso gays não são homens? Lésbicas deixam de ser mulheres? O que acontece é que dezenas de gays são mortos todo ano APENAS por serem gays. Não é por se envolver com tráfico de drogas ou de armas, não é por roubar. É por serem gays. Gays não querem privilégios. Querem direitos iguais. Sabe, quando as delegacias das mulheres foram criadas, nos anos 70, ouvimos a mesma ladainha: mulheres têm privilégios! E não era nada disso. Pelo contrário, quando uma mulher era estuprada, ela não conseguia falar com um policial que a respeitasse. Era necessário um atendimento especial para coibir esse abuso.
E quanto a seu argumento de que “Algumas pessoas já devem estar babando de vontade de participar do movimento homossexual, só para ter as garantias civis de segurança que o Estado jamais consegue dar à vasta maioria da população”, ele é patético. Quais serão essas garantias especiais que são ou serão dadas aos gays? É muita besteira achar que gays têm qualquer tipo de privilégio na sociedade homofóbica em que vivemos. Mas me diga: por que vc está nessa cruzada de “denunciar” as estratégias de “gays xiitas”? No que ps gays interferem na sua vida? Então por que vc insiste tanto em interferir na deles? Who died and made you god, meu filho?

J.Camargo disse...

Senhora Lola: Sou um ser humano limitado, falho e nunca tive pretensões de onipotência. Por outro lado, não cabe a mim dizer às pessoas o que devem ou não devem fazer nas suas vidas privadas. Tenho e tive homossexuais em minha família e nossa convivência sempre foi pacífica. Porém me reservo no direito de ser contra o movimento gay como fórmula ideológica e projeto de poder, o que percebo, não foi notado pela senhora. Defendo o direito de alguém andar de mãos dadas com quem quiser pela rua, e no caso das visitas de hospital, alguém com bom senso pode resolver facilmente o problema sem que precisemos de lei específica para isso, mas se for o caso que seja feita então.A violência é um mal que atinge todos nós, sem distinção de raça, condição social, ou preferência sexual, uma praga que deve ser combatida de todos os modos.Acho correto que seja denunciada este tipo específico de violência, que vitima aqueles que são vítimas apenas por serem quem são, e este tipo de crime deve receber o tratamento mais duro por parte da autoridades.Creio que o heterossexualismo, enquanto tal, não é moralmente superior ao homossexualismo. A quase totalidade das condutas heterossexuais numa sociedade é francamente permissiva. O que condeno é a manipulação de estatíscas, ainda que a senhora as considere ridículas, tentando passar uma realidade sabidamente inexistentes, com outras intenções, maliciosamente veladas. O movimento gay usa desses artifícios para impor suas ambições policialescas sobre os que ousarem contestar sua preferência sexual. Como disse o ensaísta Rictor Norton, um apologista da homossexualidade: “Com muita freqüência, a palavra homofobia é apenas uma metáfora política usada para punir”. Pretender que a fúria anti-homossexual seja um fato social alarmante e epidêmico, necessitado de legislação especial e drástica, é nada mais que uma farsa cínica, e dá a impressão de que os homossexuais estão sendo abatidos a tiros, nas ruas, por um exército de talibãs cristãos. Basta observar o embuste legislativo da PL-122, concebido para dar a um grupo político um poder inimaginável numa democracia. Quanto ao argumento chamado de patético pela senhora foi apenas uma ironia, já que por meio de leis apenas, nenhum grupo será efetivamente protegido pelo Estado, que deve agir com rigor e eficiência em outras áreas também. Respondendo a sua pergunta, insisto neste tema, pois vejo no horizonte sérias ameaças a democracia e ao direito de sermos todos iguais perante o Estado, como deve ser numa república. Para terminar sugiro que na suas férias, se a senhora tiver filhos pequenos, leve-os para assistir uma parada gay em San Francisco. Garanto que será um programa inesquecível.

Vitor Ferreira disse...

J. Camargo, seus argumentos soam os mesmos de gays enrustidos que racionalizam sua natureza, não para aceitá-la, mas para condená-la e, em vão, desviá-la para a heteronormatividade. Ou de líderes intolerantes...

Eu acredito que você nunca tenha vindo à uma parada gay em San Francisco. Eu moro nessa cidade, que você julga ser o inferno na Terra, mas aqui existem diversas etnias, credos, orientações sexuais, entre outras formas diversidade, e todos vivem pacificamente, se respeitam. Como pessoas civilizadas devem ser.

A gente tem no Brasil (e em quase todo lugar) uma sociedade desigual. Como você mesmo disse, repúblicas devem garantir a nós o direito de sermos todos iguais perante à lei, e só sendo cego ou muito ingênuo para que julgar que todos temos os mesmos direitos. As repúblicas todas deveriam ter o dever de defender os oprimidos e garantir leis que forcem uma conduta da sociedade que inclua e trate todos de forma igual. Para isso que deveria existir um sistema judiciário, já que a grande maioria das pessoas são munidas de preconceitos e não o fariam espontaneamente. Minorias precisam de manisfestações que as façam serem notadas e ouvidas pelo Estado, que ele as garanta o direito de serem iguais às demais. Você fala em privilégios, mas não existem ao menos direitos, o que dirá privilégios. Você fala em bom senso, mas ele não tem nos levado longe em milênios de civilização. Deixe de cultuar seu próprio umbigo e reflita mais no mundo ao seu redor.

By the way Lola, há um tempo você me disse que ia passar o contato da sua irmã, não? Adoraria conhecê-la, e você bem que podia nos fazer uma visita aqui.

Chavão disse...

"Deixe de cultuar seu próprio umbigo e reflita mais no mundo ao seu redor."


Isso vale para todos.

J.Camargo disse...

Sr. Vitor, a sua primeira ponderação é manjadíssima: se você é contra, então só pode ser enrustido. Raciocínio curioso esse. Talvez parta da suposição absurda de que todos os homens apreciem a sodomia, e sintam uma irresistível atração por outros homens. Encare como normal o fato de que sim, há homens diferentes de você, que estão interessados em outras coisas, se é que você me entende. No mais, você coloca em minha boca palavras que não falei, repete o mesmo blá-blá-blá de sempre, porém naquilo que realmente me preocupa você nem toca, talvez porque tenha lido e não tenha entendido. Meu bom rapaz, não sou intolerante como você imagina. Tenho um primo gay com quem me dou muito bem, e tive um tio, também gay, vítima da AIDS, que cuidei até seus momentos finais,.Nunca lhe disse uma só palavra de repúdio ou condenação, mas só procurei lhe dar amor e cuidado.O busílis é outro rapaz, por favor leia novamente e voltaremos a conversar.Quanto a San Francisco, me basta a internet.

Chavão disse...

J.Camargo não adianta falar que não é intolerante, se você não amar eles você automaticamente os odeia. É assim que eles pensam. Não existe meio termo para essa gente. Pode ver nos outros comentários, mesmo me explicando bem me chamaram de racista e de homofóbico. E se tem uma coisa que eu não sou com toda certeza do mundo é racista. Mas como explicar isso para esse povo intolerante? Deixei pra lá.

J.Camargo disse...

Caro Chavão: Gays em sua maioria são pessoas como eu e você, com qualidades e defeitos. Outra coisa é o "movimento gay", um projeto político que usa de artifícios e engodos para estabelecer sua agenda. Essa militância radical realmente não admite contestação. E essa radicalidade é uma ameaça a democracia. Agora deixa eu sair que o meu dia começa. Inté.

Euclides F. Santeiro Filho disse...

J.Camargo,

Sugiro que você leia minha participação no debate do PL 122 no site Biscoito Fino e a Massa:

http://www.idelberavelar.com/archives/2011/01/a_defesa_do_indefensavel_o_caso_do_ai5_gay.php#c122120

Veja que a maioria dos "debatedores" foi arrebatada pela militância acrítica pregada pelo Movimento Gay, me tomando como alvo a ser ridicularizado mesmo eu me declarando bissexual. E isso num espaço (que dizem ser) frequentado por muitos acadêmicos.

Tempo difíceis esses de informação sem reflexão. Mas nem todo mundo cai na articulação política interessada de grupos que defendem uma agenda própria em vez de garantias de direitos civis a todos.

Abraços.

J.Camargo disse...

Caro Euclides boa noite! Dei uma olhada rápida e fiquei estarrecido com a cegueira, intencional ou não, demonstrada pela maioria. Hoje estou muito cansado, pois viajei para cuidar da saúde e não vejo a hora de repousar, porém amanhã lerei o resto e certamente postarei para dialogarmos. Um abraço para você também!

J.Camargo disse...

Caro Euclides: A tentativa de demonizar quem não concorda com sua opinião bloqueia toda possibilidade de reflexão séria sobre as próprias palavras. Os "debatedores", que, diga-se de passagem, você com inteligência, conhecimento, lógica, e raciocínio rápido e eficaz superou facilmente, abusaram de premissas diversas e confusas com o fim de ocultar o verdadeiro objetivo do seu questionamento. Parece que há uma "praga" no pensamento nacional que faz com que as pessoas, inclusive os tais "acadêmicos", formem em relação ao PL122/06, opiniões de maneira imediata e espontânea, com base numa quantidade ínfima ou nula de conhecimentos, e se apeguem a isso como se fosse verdade absoluta. Se isso que digo for verdade, os causadores ou criadores desta "praga" devem seu sucesso ao fato de que basta manter em circulação certa quantidade de fórmulas, termos e conceitos convencionais, que os indivíduos intelectualmente passivos certamente as usarão para suas próprias impressões, e conseqüentemente terão com isso a ilusão de que sabem do que estão falando. Pessoas assim não julgam o que dizem, pois acreditam no que conseguem dizer pelo simples fato de que não saberiam dizer outra coisa. Portanto você esta certíssimo: "Tempo difíceis esses de informação sem reflexão". Concordo plenamente. Quanto ao PL-122/06 repito o que alguém já disse apropriadamente: “... não é uma mordaça: é uma camisa-de-força mental que impõe a todos os possíveis críticos do homossexualismo uma obrigação psicologicamente impossível, a de criticar sem críticas. Muito mais que restringir a liberdade de expressão, estrangula a liberdade de pensamento. É uma lei propositadamente absurda, feita na base da estimulação contraditória para instilar na população um estado de perplexidade apatetada, temor irracional e obediência canina”. Pergunto: E isto cabe numa democracia?. Este engodo monstruoso não quer proteger os homossexuais, garantindo para eles um lugar entre as pessoas que sejam diferentes deles. Ele quer destruir radicalmente tudo o que, na sociedade, na cultura ou nas mentes individuais, seja contrário ao homossexualismo. Ele quer proibir toda divergência moral, toda palavra adversa, todo pensamento que o desagrade, todo mandamento religioso que lhe seja contrário. Ele quer eliminar toda diferença e imperar, soberano, sobre uma montanha de concordância e subserviência. Quem diz isso são as próprias atitudes públicas de seus porta-vozes. Quem diz isso é o ódio mal disfarçado dirigido a toda opinião discordante. Quem diz isso é a raiz desse movimento, notadamente o norte-americano. Por isso é que distingo dos gays em geral, a minoritária militância politizada, consciente, e extremamente radical do movimento, que paulatinamente vai envenenando o ambiente. Observe que não há por parte dessa militância nenhuma disposição para o debate racional, mas apenas o enfrentamento por meio do assédio judicial, do boicote, do assassinato moral, da acusação, da manipulação e mentira repetidas incansavelmente, tudo feito sem escrúpulos porque eles não o possuem em nenhuma medida. Observe que essa mesma militância foge a toda discussão porque ela não quer debater com seus adversários, mas destruí-los socialmente, privá-los de seus meios de expressão, reduzi-los à condição de párias e, por fim, colocá-los na cadeia. Pergunto de novo: E isto cabe numa democracia? Não duvide meu caro: Essa lei derrubará de um só golpe, todo o Estado de direito neste país. Ela foi calculada para isso, e muito bem calculada. Ainda bem que todos não ficaram cegos. Terminando, bom final de semana e "inté".

J.Camargo disse...

Corrigindo o final do comentário: ainda bem que nem todos ficaram cegos...

Euclides F. Santeiro Filho disse...

J.Camargo,

Além de tudo a dona do blog está nos acusando de homofóbicos no twitter:

http://twitter.com/lolaescreva/status/31458407357612032

http://twitter.com/lolaescreva/status/31455311738970112

e me ridicularizando e me expondo a ser atacado por seus leitores, dizendo inverdades a meu respeito em um post:

http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2011/01/casa-da-mae-lolinha.html

Isso porque a senhora Lola é professora. Vê-se os acadêmicos que estão formando a "intelectualidade" do País...

Abraços.

J.Camargo disse...

Bom dia Euclides: Acabei de responde-la no post "Casa-da-mae-Lolinha". Pra ser sincero, nesse caso vale o ditado:"Com cavalo ruim não se desperdica milho".O melhor e frequentar espaços mais qualificados e melhor intencionados do que este.Quanto ao resto não esquente meu caro, isso é arma de quem não tem argumento.

Dai disse...

Sabe, quando vejo esses senhores distintos pregando a moral e os bons costumes, imediatamente lembro dos personagens masculinos de Nelson Rodrigues. Pais de famílias. Burocratas, em seus paletos escuros e bem cortados. Regrando e cuidando da (falsa) moral e dos (não tão) bons costumes.
Estes - ou outros, da mesma estirpe - são os que lotam as saunas gays, os que pegam travestir no sinal (e muitas vezes os assassinam, depois do sexo), os que passam HIV para as esposas.
De minha parte, acho insuportável viver num mundo que apoia e é conivente com a homofobia. Se machuca pessoas, se é hipócrita e opressor, então não é bom pra nós, humanos.E acho que essa discussão não deve partir da orientação sexual de alguém. Eu posso ser gay e ser homofóbica, introjetar meu preconceito, ferir com a mesma lança que me ferem. Infelizmente, a intolerância é um dragão de muitas cabeças, um bicho antigo, mítico, que se multiplica a medida em que tentamos decepar seus tentáculos.
Eu até entendo o que o garoto que pleiteia que todas as pessoas sejam bissexuais queira dizer. Acho que todos podiam se declarar bissexuais latentes. Eu sou hétero e sempre fiquei com homens, mas se um dia eu quiser uma mulher, e aí? A quem mais isso importaria senão a mim? Que outra pessoa além de mim poderia conjecturar ou decidir sobre o que me apraz, do ponto de vista afetivo ou sexual, senão eu? E pq eu tenho que decidir agora ou fechar essa porta pra sempre? É tão legal a metáfora da banana e da laranja. Se eu quiser comer banana, como, e se quiser chupar laranja? Chupo, ué! Agora, a despeito de qualquer possível interesse por laranja que eu venha a manifestar no futuro, desde sempre não suporto ver pessoas vivendo na obscurdidade e na marginalidade só pq meia dúzia de fascistas ignorantes está contente assim...
Fala sério, os doentes são vocês!
beijins,
Dai

J.Camargo disse...

Dai sua bobinha: E quem está pregando moral e bons costumes aqui? Que tal você se precipitar menos e se informar mais. Mesmo não sendo um "Senhor" como você pensa, me arrsico a lhe dar um conselho: Leia o que escrevi novamente e resista a tentação de responder com insultos e blá-blá-blá inútil. Isso é tática de quem não tem o que dizer e acabando falando qualquer besteira.

J.Camargo disse...

Retificando: ...me arrisco a lhe dar...