segunda-feira, 16 de abril de 2012

NÃO TEM CLUBINHO PRA DETERMINAR QUEM É FEMINISTA

Ninguém deixa de ser feminista, a meu ver, por fazer as unhas, frequentar salão, casar virgem, ficar em casa cuidando dos filhos. Mas ninguém é feminista só por fazer qualquer uma dessas coisas. Não dá pra chegar anunciando “Olhem só pras unhas lindas que consegui após passar cinco horas no cabeleireiro! Yay! Sou feminista!”. Mas só chegar e falar (como eu falo) “Nunca pintei as unhas! Odeio cabeleireiro! Sou feminista!” também não é suficiente. Claro, é um discurso que receberá menos olhares de “WTF? O que ela andou fumando?” que a moça das unhas pintadas que acha que, por isso, é feminista. Mas eu posso não fazer as unhas e ao mesmo tempo achar que mulher é inferior ao homem –- o que definitivamente não é um argumento feminista por qualquer ângulo que se analise.
Acho tudo complicado, pra ser franca. Não sou da praia de um tipo de feminismo que considero elitista. É o feminismo que diz que você precisa ler teoria feminista pra ser feminista. Eu me considero feminista desde os oito anos de idade, e só devo ter tido meus primeiros contatos com teoria feminista aos trinta e poucos (ou mais). E aí, eu não era feminista antes? Quem disse? Tem uma banca que vai me testar e ver se sou aprovada como feminista? Passa a bibliografia, por favor. E qual teoria devo ler? Porque há correntes do feminismo que não gostam nem um pouco de outras correntes. Então, vai ter teste? É de múltipla escolha?
Sorry, maior besteira isso. Eu quero mais é que todo mundo se diga feminista. Pra mim isso é muito mais importante que ter um grupinho de feministas “esclarecidas”. Sei que, como acadêmica, eu deveria ser mais corporativista e defender uma seleção que privilegie a teoria. Mas não sou dessas.
E aí, todo mundo pode se dizer feminista? Ish, também não é assim. Mas se a Sarah Palin (candidata a vice-presidente dos EUA pelo Partido Republicano nas últimas eleições) se declara feminista, quem sou eu pra discordar? O partido que ela representa certamente não é feminista (pelo contrário, é gente dessa laia que inventou um termo como feminazi), seu eleitorado não é feminista -– mas eles nunca disseram que eram. Agora, ela disse. Vou encarar? Eu poderia dizer que feminismo é um movimento revolucionário, e como tal não combina com conservadorismo ou com a direita. Posso citar bell hooks, que diz, com muita propriedade, que feminismo não é uma luta pela igualdade (afinal, nós mulheres queremos ser iguais aos homens de que classe social?), e sim uma luta contra a opressão. E nessa definição não entra gente que apoia e justifica a opressão, que é o caso da direita. Só que eu, pessoalmente, não tenho a menor vontade de ser leão de chácara na porta de um clube privê, decidindo quem pode ou não pode entrar no feminismo.
E nem quero pertencer a um clubinho. Eu vibro com uma pesquisa como a da Perseu Abramo/Sesc, que apontou que 31% das mulheres brasileiras se declaram feministas (o levantamento excluiu quem não sabia o que era feminista, quem confundiu a pergunta com “você é feminina?”). Fui colocar essa minha celebração com a pesquisa no blog um dia desses, e veio um mascu dizer: “31% das brasileiras se assumem feministas? SÓ? Tá vendo, o feminismo é um fracasso mesmo!”. Pois é, mané, quantos homens brasileiros se assumem masculinistas? (existe algum mascu que se assume mascu?). 31% é um número enorme. Com todo o senso comum propositalmente preconceituoso clamando que feministas são ogras bigodudas peludas e mal amadas que detestam homens, é espantoso que um terço das brasileiras tenha a coragem de afirmar que é feminista (a Carla Rodrigues tem um ótimo post sobre o assunto).
Um terço de um grupo historicamente discriminado se dizer parte da luta contra essa discriminação é maravilhoso. No entanto, do jeito que algumas pessoas, feministas inclusive, falam, parece que somos 0,0001%, e que precisamos gritar “Por favor, goste da gente, vai!”. Movimento pra transformar o mundo não é clubinho pra fazer amizades. O que seria mais eficaz na linha “fazer amigos e conquistar pessoas”, seguir direitinho o roteiro mastigado que deram pra gente, ou se rebelar? Quem vai ser mais querida num mundo machista, a moça que se diz feminista ou a que faz o que a sociedade espera dela?
Eu fico entediada com gente que tem medo de “oh meu deus, o que será que pessoas que sabem bulhufas sobre feminismo vão pensar sobre as feministas?”. Nesse grupo de ativistas com medo de serem vistas como ativistas vêm o pessoal que acha que qualquer coisa que vai contra a sua linha de pensamento depõe contra o movimento. Por exemplo: pra mim é compreensível que um leigo machistão que já chega com aquele papo de “Não sou machista nem feminista” vá apelar pro velho “Feministas radicais como você depõem contra o feminismo!” logo na primeira oportunidade. Mas e quando feministas que discordam de alguma coisa que você diz vem com o papo de “Feministas como ela depõem contra o feminismo!”? Pô, pelamor! Quem depõe contra o feminismo? As feministas, ou a sociedade machista em que vivemos? Quem usa todas as armas possíveis para jurar que o feminismo até que foi importante um dia, mas assim que as mulheres passaram a ter direito a voto, pra quê, né? Quem é que pinta as feministas como gente que quer exterminar os homens? (O Feminist Frequency outro dia apresentou um vídeo de como as feministas são representadas em filmes e séries. E é só pensar: qual a única feminista que os misóginos conhecem? A Valerie Solanas do Scum Manifesto, que nunca foi ninguém na night. Qual a feminista mais famosa que os leigos conhecem? A Camille Paglia! Por que será que ela tem tanto espaço na mídia? Porque ela fala mal de todas as feministas. O pessoal adora repetir: “Feminista é feia e mal amada mesmo. Até as feministas – leia-se: Camille -- concordam!”). Então de um lado a gente tem o ódio ao feminismo (e a todos os tipos de ativismo) sendo martelado nas nossas cabeças 365 dias por ano, veiculado na mídia de massa, e do outro lado meia dúzia de feministas que estão fora da mídia tradicional. E quem a gente culpa por fazer com que pessoas que não sabem absolutamente nada sobre feminismo e não têm o menor interesse em aprender detestem o feminismo? As feministas, ué. Óbvio.
(Este post não está direcionado a ninguém em particular. São pensamentos imperfeitos que eu venho rascunhando há meses. Mas é o que eu sempre digo: vamos parar de ser tão críticas com nós mesmas e com outras mulheres e, mais especificamente, com outras feministas. E não precisamos competir. Precisamos cooperar. A união faz... coisas doces).

155 comentários:

Anônimo disse...

Traiu o movimento!!

Clarice Concê disse...

Lola, brigada por esse post. Foi inesperado. Nunca comentei antes, apesar de ler seu blog há muito tempo. Eu li como se tivesse sido pra mim e foi bom.

stripolias disse...

Lola, ultimamente tenho refletido sobre a questão do feminismo e hoje, com orgulho, "descobri" que sou feminista, sempre fui, dessas de não conhecer a teoria. Nasceu, então, um interesse para conhecê-la. Você com certeza é uma fonte confiável e válida para recomendações - me ajudou, mesmo sem saber, nessa "descoberta".
bjs

Anônimo disse...

A União... faz coisas doces... 'dorei o post, LoLa. Conheci uma prostituta que era feminista... ela se aposentou aos 45 anos e conservou apenas uns 5 clients e qdo a conheci ela tinha mais de 55 anos. Sempre foi dona do nariz dela, nunca dependeu de homem nenhum, vivia bem arrumada, bem humorada, feliz da vida recebendo com hora marca os pouquíssimo clientes que ela escolheu manter. Morava em Santos, SP

Aliás conheci outra tb... casou-se ainda jovem e já teve duas filhas... o marido, além de bonitão eo charmoso, galante, era um beberão que batia nela. Qdo ela disse que o ia deixar por causa disso, ele escreveu uma carta apaixonadíssima dizendo que se ela o deixasse, ele SE mataria e deu-lhe de presente um revóver que parecia um ajóia, pois tinha o cabo de madrepérola... era para ela se proteger durante a ausência dele. 1-2-3 ele chegou em casa bêbado e batendo nela... ela passou fogo no cabra e ficou como ele tendo SE suicidado... coisa antiga já.

Poucas semanas depois, ela descobriu estar grávida e foi uma vida muito muito difícil nos próximos anos. Ela trabalhou de lavadeira para hoteis etc. até começar a vender roupas e descobrir que a zona (meretrício) era um bom mercado... e lá mesmo descobriu que ser prostituta seria mais rendoso ainda. Até qdo conheceu um homem bom que se apaixonou por ela, a tirou de lá, montou casa e a tratava como uma RAINHA. Assumiu as duas filhas dela (o menino que nasceu durante a viuvez morreu aos seis aninhos). Esse homem passou a vida idolatrando essa mulher e quem tinha voz ativa em casa sempre foi ela.. ele apenas a satisfazia em tudo. Ela se era esposa, mãe e avó dedicada. Nunca se casaram no papel pq ele nunca conseguiu se divorciar da ex-mulher.

Bem, LoLa, qdo ela morreu, o marido entrou em depressão e não demorou muito morreu tb e, segundo os médicos da cidade, morreu de tristeza. Foi um homem boníssimo, caridoso a mais não poder... farmacêutico que curava os pobres sem cobrar um tostão. Isso acontreceu em Tupã, SP.

Você tem toda razão ao nos fazer entender que FEMINISMO é uma postura que a mulher assume. Da minha parte, acho legal ler livros sobre o Movimento Feminista particularmente os escritos pelas feministas famosas ou escritos por estudiosas do movimento pq gosto de saber a parte histórica dos fatos, aprender sobre diferentes sociedades. E não creio que a mulher precisa ler tais livros para se tomar FEMINISTA... uma boa dica para isso eu acho o romance "Luzia-Homem", do escritor brasileiro José Olimpio.

"Luzia-Homem é um romance do escritor brasileiro Domingos Olímpio, publicado em 1903. Luzia-Homem é um exemplo do naturalismo regionalista. Passado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, vai contando a história da retirante Luzia, mulher arredia, de grande força física (o apelido Luzia-Homem provém desta força que lhe permitia trabalhar melhor que homens fortes).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia-Homem

Assunto assim como o que comento, sempre me faz lembrar do Wando cantando "Moça", uma ode a nós mulheres que fomos namoradeiras e etc.

(sei da fama que tomou a vida do Wando, mas isso não tira a beleza da "Moça" que ele cantou e nos deixou)

Nina disse...

Importantes reflexões! Eu sempre me considerei feminista por acreditar que podemos lutar por um mundo mais justo para tod@s, sem opressões. Muita coisa eu fui aprendendo aos poucos, vi que tinha conceitos machistas entranhados em mim e me libertei deles, me liberto diariamente. Nunca me considerei menos feminista por isso, porque nunca deixei de buscar conhecer, aprender, saber mais...

A luta para ser uma pessoa melhor é diária, entendo assim.

Beijos de uma super fã! =)

Anônimo disse...

Pra mim essa Camile Paglia não é ninguém...
È uma oportunista dinheirista que faz média com a mídia machista para faturar e nada mais.

Sara disse...

Adorei Lola, os pontos que vc abordou nesse post em minha opinião são os mais importantes, e se forem levados em conta por todas nós que queremos os resultados que o feminismo tem buscado ninguém vai nos deter.
Eu mesma tenho algumas restrições que são muito arraigadas dentro de mim, mas tenho feito um esforço para superar, porque acho que vale a pena passar por cima de nossas próprias ideologias, gostos, opções sexuais, cultura, e nos unir em torno do bem maior que é conquistar nossos direitos a igualdade de tratamento com os homens.
Vc citou questões ideológicas, pois acha estranho uma mulher que se diga feminista ser de direita, já eu acho um contracenso uma mulher apoiar grupos terroristas islâmicos, sendo que essa religião é a que da o pior tratamento as mulheres nesse planeta, e mesmo assim essa mulher se rotular de feminista.
É difícil aceitar essas incongruências, mas mesmo me revoltando o estomago, estaria disposta a entrar na mesma fileira dessa mulher, se for pra lutar pelo fim do machismo nesse mundo.

Anônimo disse...

A função da mídia, da cultura de massa em geral é manter o povo na ignorancia. No limbo intelectual... vcs acham mesmo que a mida tem o interesse em tratar com feministas de verdade e fazer um debate sério sobre isso? que nada... quando teve a polemica da propaganda de langerie de quinta, trataram a secretária dos assuntos da mulher com chacota, ridicularizando-a.
Quando eles querem passar uma falsa impressão de seriedade chamam a dinheirista farsante da Camile pra falar as merdas dela. È isso , simplesmente isso. Se formos depender dessa mídia... estamos fu!

Luciana disse...

Palmas p este post. Me deu uma sensação de "ufa.." =)

Cada dia mais fã sua Lola! Também senti-me aliviada pq por vezes fico duvidosa se sou ou não feminista. Sou bem "mulherzinha" mas me inquieto c injustiças e busco me mecher p um mundo melhor. Sinta-se beijada. =*

Patrick disse...

Sara, acho difícil que o islã seja a religião que pior trata as mulheres no planeta (a disputa é árdua, os concorrentes disputam com afinco).

Eu concordaria se você dissesse que é a religião em que os seus extremistas/conservadores estão mais "empoderados" (tanto no poder temporal como no monetário). Resultado direto da Arábia Saudita ter saltado, do dia pra noite, de um clã nômade machista e reacionário para um país multibilionário, machista e reacionário.

André disse...

Patrick,
Qual seria a religião que pior trata suas mulheres?

Augusto disse...

Nunca vou entender como 31 por cento é feminista e menos de 15 por cento é a favor do aborto.

Anônimo disse...

http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2011/03/mulheres-saiam-do-armario.html neste post Lola teve um comentário de uma moça dizendo que era questao de escolha. Vc poderia se dizer feminista e mesmo assim optar por "viver a custa do marido, torrar o cartão de crédito", e todos esses bordões. Também aceito opiniões de quem lê meu comentário. É por acaso uma questão de coerência interna? Digo: minha vida íntima tem que estar de acordo com a bandeira que levanto? Espero que compreendam o ponto e agradeço as opiniões.

Ana

Augusto disse...

Nunca vou entender como 31 por cento é feminista e menos de 15 por cento é a favor do aborto.

poetisa disse...

Oi lola.
Sei que eu exagerei quanto ao fato de generalizar, sei também que casai hetero cometem a mesma atrocidade, e sei que eu por ser homossexual deveria lutar a favor e não ser homofóbica com aquilo que sou.
Acredito que eu fui movida a um sentimento de muito raiva, pois um desses abusos, desses maus tratos ocorreu com o meu sobrinho de dois aninhos apenas, e isso me cortou o coração; me deixou em desespero ao ver a outra mãe dele (que não tem aguarda do meu sobrinho) chorar por correr o risco de perder o filho que é dela também. E isso Lola faz com que a justiça que já nos tira tantos direito tire mais ainda.
Sei que devo desculpa aos homossexuais pela minha generalização, mas tudo que gostaria é que eles se conscientizassem sobre certos atos cometidos, e maus tratos a uma criança e abuso são um deles; são atos que ao invés de nos levar pra frente quanto a conquistar nossos direitos junto aos hetero nos volta pra traz e acaba até os poucos direitos que conquistamos ser revistos e até mesmo eliminados.
Sei admitir meu erro, mas Lola eu sou uma pessoa que o maior sonho é ter um filho, amo muito criança e quando esses fatos chegaram tão próximo aos meus olhos me revoltei profundamente, por isso peço desculpas por ter generalizado.
Percebi que você não tem como me ajudar a ao menos chamar a atenção ao homossexuais sobre as conquistas que eles estão fazendo com que nós percamos por conta de seus atos, atos esses: promiscuidade, vandalismo na rua, maus tratos e por ai vai.
Como disse no texto a sociedade nos vê já com olhos de preconceito e ao invés de mostrarmos outra coisa, colaboramos.
Ah! Um detalhe, em muitas passagens do meu texto eu digo nós e não eles...
Eu trabalho em uma rede de supermercado muito grande chamada “pão de açúcar”, e no meu serviço tem muitas pessoas homoafetivas, e eu sou junto a outro amigo um exemplo de homossexuais no serviço, pois sabemos ter postura em qualquer ambiente que vamos, e se pensa que eu escondo minha namorada ou que eu não me aceito como homossexual estaria errada, apenas sei abrir a porta da homossexualidade em local e horário certo, mesmo porque na minha cidade skinhead tem aos montes, inclusive minha colega de trabalho seu irmão foi pego por um dois anos atrás quando seu namorado havia pegado o ônibus. Na hora que ele estava saindo do ponto três caras cataram ele por traz e só pararam de bater porque um vigia viu e atirou pra cima com o revolver que possuía, mas o irmão dela ficou traumatizado e seu ex-namorado também, ambos não querem saber de relacionamento com homem e ainda fazem tratamento psicológico... É por conta também dessas aberrações e doentes (que pra mim isso é doença) que eu não gosto de beijar ou até mesmo andar abraçada com minha namorada, pois nem tanto por mim, mas sim por ela, se a ocorresse qualquer coisa eu não sei como reagir, aliais por mais que eu já tenha reagido a armas quando tentaram me assaltar não sei se conseguiria fazer o mesmo nesse caso, e ela não poderia correr, pois tem deficiência física.
Bom é isso obrigada pela atenção...

Anônimo disse...

http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2011/03/mulheres-saiam-do-armario.html neste post Lola teve um comentário de uma moça dizendo que era questao de escolha. Vc poderia se dizer feminista e mesmo assim optar por "viver a custa do marido, torrar o cartão de crédito", e todos esses bordões. Também aceito opiniões de quem lê meu comentário. É por acaso uma questão de coerência interna? Digo: minha vida íntima tem que estar de acordo com a bandeira que levanto? Espero que compreendam o ponto e agradeço as opiniões.

^^

Patrick disse...

Faço a menor ideia, André.

Nessa questão, entendo ser mais importante ter dúvidas do que certezas.

No ano 1000, a cidade mais liberal, que mais valorizava as ciências e a cultura e respeitava as diferenças religiosas (ou seja, era a mais "prafrentex") do mundo era Córdoba, capital do respectivo Califado. De lá pra cá nem o judaísmo, nem o cristianismo ou o islamismo alteraram seus textos básicos. E aí, como se justifica que o "melhor" passou a ser "pior"?

Se Dom José Cardoso Sobrinho (aquele Bispo de Olinda que excomungou a mãe e os médicos por causa do aborto numa criança de 9 anos que havia sido estuprada) ou o Pastor Malafaia tivessem o poder que um líder wahhabista tem, agiriam de forma diferente?

Anelisa disse...

ótimo post Lola!
Eu me vejo indignada com o patriarcado desde pequena, mas comecei a me envolver com o feminismo não faz muito. Desde então vejo grupos feministas X menosprezando o feminismo de pessoas que ainda estão começando a assimilar e simpatizar com a causa. E é assim que começa, aos poucos. Não consigo enxergar com bons olhos pessoas que querem um mundo melhor, mas tratam mal quem a vida toda foi moldada a agir de maneira machista e precisa que suas idéias sejam reconstruídas aos poucos.
Precisamos abraças colegas e ajuda-las sempre, se discordamos, podemos debater, mas sempre com educação e tato, pois grosserias apenas afastam.
Vou dar um exemplo meio tosco e simplório, mas que dá para ter uma idéia: quando se abre um restaurante novo, se espera clientela. Tratando bem, eles se sentirão a vontade para voltar sempre e experimentar todo o cardápio, tratando de forma hostil apenas espantamos, não dando oportunidades da pessoa conhecer coisas diferentes, que podem agradar muito, que as façam sentir um gosto diferente daquele gosto amargo que sentem desde sempre, mas estão acostumadas.

Só discordo quando tu diz que se uma pessoa se diz feminista, ela é feminista. Eu penso que ações é que movem o mundo. Se uma se porta como feminista (em uma conversa podemos ver claramente isso), então sim ela é feminista, nem precisando falar que é. Feminismo é uma maneira de viver, de se portar, de olhar o mundo. Ninguém pode me dizer que eu não sou algo, quando todas as minhas atitudes mostram o contrário.

Mariana K disse...

Muito bom o post, Lola! Só não concordei muito com aquela parte que você faz uma oposição entre se rebelar X fazer o que a sociedade manda, como se fossem dois opostos excludentes... Tem muitas nuances entre esses dois pontos.

Digo porque sou por natureza calma, quieta, e muito já fui diminuída e não levada a sério por não ser ou não tentar mudar para me encaixar no esteriótipo da feminista poderosa-militante-ativista-líder... E foi também como me senti lendo aquele trecho (pois é, serviu o chapéu, hehe). Sei que não é vc que vai me dizer que não sou feminista, Lola, mas vc certamente também sabe que tem muita gente que pensa que se você não é brigona, então não é feminista o suficiente. Sendo que briga e luta não são necessariamente a mesma coisa.
Tenho minha opinião de que questionar funciona melhor quando é feito com sutileza e diplomacia, e que isso não tem a ver com implorar para que gostem de mim ou com aceitar o papel submisso que a sociedade espera e etc, mas sim tem a ver com o fato de eu já ter observado que as pessoas em geral não gostam de ser confrontadas com agressividade.
Mas é sempre difícil respeitar e aceitar a diferença, especialmente quando @ diferente quer se colocar ao lado da gente, né?

André disse...

Patrick,
O mérito pelo Silas Malafaia ou o Dom José não terem o poder de um aiatolá, não é deles, concordo. Mas a realidade é que eles não conseguem impor sofrimento nas mesmas proporções que os líderes islâmicos. Não creio que as intenções possam se comparar à prática nesses casos.

Patrick disse...

Olha, André, nem precisei pesquisar muito e achei isso aqui:

Flirty Fishing, prática usada por uma seita evangélica, que forçava as mulheres do grupo a se prostituirem para atrair novos "adeptos".

André disse...

Patrick,
Essa é uma seita com quantidade reduzida de adeptos e que já abandonou essa prática. E, sem querer entrar num campeonato grotesco, forçar a prostituição ainda é menos grave que fazer vista grossa a apedrejamentos, agressão com ácido, etc.

Sara disse...

Patrick vc pode ter suas duvidas quanto ao que eu falei sobre a religião islâmica em relação a mulher, eu não tenho nenhuma...

abobrino disse...

"E nessa definição não entra gente que apoia e justifica a opressão, que é o caso da direita."

Chavão esquerdista MODE ON - LEVEL 85 + bônus

aiaiai disse...

kkkkk Patrick, concordo totalmente com vc, é um campeonato difícil...
mas essa história da seita q forçava prostituição p ganhar adeptos me lembrou um certo candidato a presidente que tivemos. Lembra quando ele falou pras minas conquistarem uns votos para ele?

http://www.blogcidadania.com.br/2010/10/tucano-inventa-cafetinagem-eleitoral-e-revolta-mulhres/

Koppe disse...

O grande mérito do Cristianismo e do Judaísmo com relação ao machismo é estarem fracos, atualmente incapazes de impor sua opressão em larga escala. Se o feminismo ganhar força nos países de maioria islâmica, o islã perde força também. Acredito ser só uma questão de tempo, até eles trocarem sua cultura machista por uma mais evoluída.

Existem comunidades fundamentalistas cristãs no interior dos Estados Unidos que não deixam nada a dever aos países islâmicos mais radicais, casamentos forçados seguidos de estupro incluídos.

Valéria Fernandes disse...

Lola, obrigada por este excelente post. Um dos melhores textos daqui dos últimos tempos, e não estou desqualificando os outros. Só sinto um pouco de falta dos seus textos, mas entendo, e sei bem, o que é estar ocupada. Eu tive duas experiências engraçadas em relação à campanha contra os feminismos recentemente. Uma em uma mesa em evento acadêmico, quando meu trabalho e de uma menina foram louvados por não serem “feministas radicais” pelo presidente da mesa. Me mexi na cadeira e ele brincou “A Valéria é meio feminista, já vi!”. Não prestou... E a menina, claro, reagiu com risinhos e se sentiu feliz... O professor tinha trauma, porque feministas o acossaram em uma mesa de gênero. Para ele, as feministas malvadas acham que são donas da categoria e não deixam os (*pobres*) homens trabalhar com “gênero feminino”. Ele não vai entender o problema da rejeição, mas quem trabalha com gênero deve ter entendido... a outra de uma orientando que quer trabalhar com ordenação feminina nas Igrejas Presbiterianas, mas logo fez a ressalva “Mas eu não sou feminista!”, a professora que estava na sala, uma senhora inteligente, ativa, muito forte em vários aspectos, completou “Nem, eu!”. E eu emendei, “mas eu sou”. Sorrisos amarelos e voltamos para a orientação. Mas estou muito tagarela, me desculpe, vamos ao ponto:

Eu acredito que há de se dividir atitudes feministas do ser feminista. Por exemplo, minha mãe teve ao longo da vida várias atitudes feministas, foi fundamental em minha formação, mas ela não se considera feminista. O mesmo vale para a minha avó materna e para a paterna que eu só conheço de histórias, pois ela morreu quando eu tinha 3 anos. E há os múltiplos feminismos. Por mais que eu torça o nariz para algumas vertentes, temos que unir forças naquilo que realmente importa: a construção de um mundo melhor. Há quem confunda mulheres fortes, como Margaret Tatcher, com feministas. E é preciso esclarecer. Há quem pegue personagens detestáveis, como a Camille Paglia, para justificar o fim dos feminismos.

Mas desde os remotos tempos do Orkut e da comunidade Práticas Feministas (*de saudosa memória*), era comum aparecerem os homens (*alguns desse grupo que está na mídia agora*) para tentar nos mostrar que éramos radicais, não éramos feministas de verdade. Ou os homens de esquerda que vinham nos ensinar a ser feministas, que toda feminista precisava ser socialista e reconhecer (*claro*) que sua luta se subordinava a outras mais relevantes, como a Revolução XXXX (*preencha com o que quiser*). Eu que não tenho saco para esse tipo de gente, usava meu poder de moderação para enxotá-los. Sim, liberdade de expressão não é liberdade de opressão. Eles que montassem seus grupos para se assenhorar do feminismo ou execrá-lo (*assim no singular, porque para eles só pode haver um, o deles*).

Mas era bem curioso aparecerem mulheres apontando o dedo: “Lésbicas mancham a imagem das feministas”; “esse radicalismo todo é anti-homem”; “o que vão pensar de nós”, etc. Curiosamente, o que essas moças estavam temendo era a imagem que os homens poderiam fazer delas. Podem me tacar pedras, mas essas moças, e as que vinha dizendo “Eu sou feminista, mas sou contra o aborto em qualquer caso” (*e citavam, claro, filósofos e teólogos homens para se basear*), não são feministas, não. Diversidade é uma coisa, daí termos as feministas muçulmanas que, se não me agradam em alguns pontos, tem muito a ser louvado, ou as mulheres do FEMEM que tiram suas roupas por causas nobres. Mas essa turminha do “o que os homens vão pensar de nós...”, tem muito o que aprender. E as que se escudam em um discurso falogocêntrico para defender o confisco dos direitos das mulheres, nem sei o que fazer com elas. Eu passo.

Enfim, obrigada pelo texto.

Lu disse...

Isso de ter que saber teoria feminista para ser feminista é uma besteira tão grande! Ainda se feminismo tivesse nascido na academia, mas não, nasceu nas ruas.

É engraçado, porque essa disputa pelo termo feminismo existe há muito tempo, e aconteceu de diferentes formas ao longo da história. Se hoje a maior parte das pessoas tem medo de ser chamada de feminista, antes todos queriam se afirmar feministas, por mais que defendessem pensamentos machistas, já que o feminismo estava dentro de uma ideia de progresso(nesse post https://decomposta.wordpress.com/2012/01/05/feminista-eu-nao-feminista-e-ela/ falo um pouco disso, se alguém tiver interesse).

Abraços!

nina disse...

Sobre o post: achei que veio muito a calhar. Tem muita gente (que eu conheço, pelo menos) que diz que feminismo é um movimento tão burro quanto o machismo. Nem tem como entrar numa discussão tão sem cabimento como essa...

Não tem isso de um passo-a-passo pra ser uma feminista. E na boa? Pra mim, toda mulher, em qualquer classe, em qualquer situação, que pense - pelo menos uma vez na vida - que devemos sim, ter direitos iguais (lembrando bem que ter direitos iguais não significa fazer as mesmas coisas que os homens, mas ter a mesma liberdade de escolha) tem um pé no feminismo.

Anônimo disse...

Anne

Estive no webfor, na oficina com vc e a maria frô. te dei um abraço. :) Além da oficina ter sido muito curta pra todas nos falarmos , eu sentia algo parecido com o que vc escreveu aqui. Como se qualquer coisa que eu dissesse fosse...besta, sei lá. Preferi só ouvir.

Dri Caldeira disse...

Eu não sei o que é ser feminista. É não se deixar subjugar por algum homem que se veja no direito de me diminuir? É fazer prevalecer sempre o bom senso, não a vontade de uma das partes? É ler toda a teoria feminista publicada nos séculos XX e XXI, para eu ter uma base acadêmica e aí sim, ter o direito de me declarar feminista? É queimar sutiã na praça? (tá doido, vcs já viram o preço dos sutiãs?) É seguir uma linha filosófica dessa ou daquela autora, no caso, a Lola? Eu sou um tipo de feminista rebelde. Eu não admito que homem meu nenhum me diga o que fazer e que espere por meu apoio. Que ele espere meu respeito, minha companhia, minha alegria, meu tesão, meu beijo, meu calor, mas que jamais se apoie em mim para nada. Ele aprendeu a andar sozinho e quero um homem na minha vida, não um menino. Quando não estou com alguém, eu saio sim na balada, sozinha, escolho um cara, convido ele pro motel, vou lá, me satisfaço, me lavo, volto pra casa e durmo o sono dos justos. Não faço joguinhos de sedução, nem fico esperando presentes, agrados, ser "mantida", "cuidada". Já passei dessa fase, já fizeram isso por mim e quem fez, fez muito bem, era meu falecido pai.
Não sei e nem quero saber pra quem a Lola escreveu esse post, mesmo ela dizendo que não escreveu pra ninguém, não é o que parece. Mas entendo o desabafo, pq, ultimamente, as comentaristas que tem entrado aqui entram com o único intuito de se mostrarem: como elas são inteligentes, bem resolvidas, influentes, bem sucedidas, como alcançaram tudo aquilo que almejaram na vida... tudo isso sempre repetido à exaustão e sempre com aquela frase" não querendo parecer arrogante"... não queridas, vcs não parecem, vcs são arrogantes, pernósticas, repetitivas e cansativas!! Só vcs tem razão, só a linha de pensamento que vcs seguem é a correta, só o que vcs pensam é q importa, o resto que comenta aqui não está a altura de vcs. Lendo vcs me dá vontade de vomitar. E ainda bem que não estou à altura de vcs, estou bem mais acima.
Vcs na verdade são meninas, querendo brincar de ser mulher. E ser mulher não é o que vcs são. Felizmente isso acomete 7 ou 8 q comenta aqui, pois o resto é gente boa e meio doida, como eu. Só que não me escondo atrás de uma pseudo intelectualidade barata, dessas de livro de auto ajuda. Não sei citar nenhuma autora feminista influente. Pensando bem, sei sim, minha querida mãe. Ela sabiamente diz "Só se estabelece aquele que tiver competência". No caso, aquelas...

Anônimo disse...

Quero relatar algo que me chateou demais já, por isso escolhi o anonimato. Mas podem me chamar de Kaki, assim podem me diferenciar das demais pessoas.
Sempre me senti feminista, porém nunca procurei teorias, livros aprofundados, nem nada assim. Apenas sempre defendi a idéia de que mulheres tem os mesmos direitos que os homens e jamais deveriam ser julgadas por isso.
Acabei conhecendo muitos blogs sobre o assunto, aquilo me deixou muito feliz. Até que entrei para o grupo de discussões do "BLOGUEIRAS FEMINISTAS", eu queria trocar idéias, conhecer outras pessoas como eu, evoluir... Em pouco tempo percebi que a receptividade não havia sido muito "calorosa" comigo, mas como não sou dada a sentimentalismos baratos, deixei de lado. Com o tempo ficou clara a distinção feita entre mim, uma mulher de 29 anos que nunca fez faculdade e mulheres com graduação. Após um tempo fiz amizade com uma blogueira que também tentou participar do grupo, uma ótima blogueira por sinal, bem conhecida no meio feminista, porém ela também não é formada em nada e também foi tratada de maneira diferente.
Me sinto estranha quando penso nessa situação, quem sabe eu deveria ser devidamente letrada para estar à altura de tal grupo, não sei bem como me sentir em relação a isso.

Dri Caldeira disse...

Anônima das 18:35 - olha, se eu fosse um pouco mais delicada, meiga, educada como sempre me lembram as "molieres" daqui, com as minhas Caldeiradas, eu já teria desistido... pq voticontá, povo mais arrogante e prepotente tô pra conhecer. É o q eu disse no meu comment anterior, nós, as que não fazem parte da "panelinha das iluminadas" somos tratadas com desdém, tipo: tá, já teve seus 5 minutinhos, agora fica quietinha aí no seu canto obscuro, ser inferior! Azar o delas que eu não fui criada PELO MEU PAI abaixando a cabeça pra quem é pior do que eu!!

Anônimo disse...

Concordo com a Dri e com mais algumas que falaram antes. Feminismo não se faz com teoria, se faz com atitude no dia a dia. Posso ler todos os clássicos do feminismo, dos mais ortodoxas aos mais estapafúrdios, o que isso conta se chego em casa e não exijo do meu parceiro divisão de tarefas, seja da casa ou com os filhos? Que valor tem a teoria se me deixo sustentar, se fico lendo e me "instruindo", ou no outro extremo, fazendo as unhas e o cabelo enquanto o cara rala o dia inteiro? Não tenho nada contra instrução ou cuidados estéticos, pelo contrário. Trabalho na área de educação, e gosto de ter as unhas feitas, não é o caso. Apenas acho que feminismo é atitude, é igualdade de direitos e deveres quando se leva uma vida a dois. Ou a três ou a quatro, não vem ao caso. O que importa, como disse a Drica, é saber andar sozinho e permitir que o outro o faça também. É não viver sob o jugo de ninguém e lutar sim pelo fim da opressão em geral. Gosto muito dessa parte do seu texto, Lola. Acho uma grande sacada. Feminismo não é só igualdade na esfera privada, é luta contra toda forma de opressão.

Sara disse...

Dri Caldeira não sei se meus comentários irritam vc, espero que não, pois gosto da maior parte dos comentários q vc faz aqui, te acho lucida e inteligente, mas esse sentimento que vc descreve que tem, eu tb tenho as vezes, sempre vai ter alguem que não concorda com nossas ideias, e não é gostoso ser criticada.
Eu apesar de algumas criticas assim como vc não vou desistir de frequentar esse blog, porque acho que mesmo que não concorde com tudo o que é dito aqui pela autora e pelas comentaristas, a nossa união é importante demais e deve estar acima de questões como essa.

Valéria Fernandes disse...

Bem, eu também não consegui ficar no Blogueiras Feministas. E tenho todos os diplominhas necessários. Não é somente a questão da formação acadêmica, é a incapacidade de ser minimamente educada com quem participa do grupo. Pesei os prós e contras e com pesas saí do grupo. Eu não queria brigar, nem me aborrecer, então, coloquei a viola no saco.

Anônimo disse...

Discordo em grande parte do post. A luta por classificação é uma luta legítima. Feministas poderem dizer quem não é feminista é algo muito mais importante do que parece. Dizer que a Sara Palin é feminista desde que se diga feminista me parece um argumento covarde e regressivo. Os discursos feministas, por mais variados que sejam, devem sim oferecer resistência à apropriação canalha e oportunista que muitos, como a Palin, fazem dele. O resultado de posts como esse é que entre os comentários, tem gente como a Yulia criticando ferozmente a Camille Paglia e deixando passar a Sara Palin. É isso que devemos chamar "união"? (Isabel)

Sara disse...

Pois eu ja acho que qualquer mulher ou homem que aceite juntar forças e lutar por tudo o que o feminismo postula ta valendo, pode ser a Tatcher a Palin a mulher do Aytola a filha do Le Pen , a mulher do Satanas rrrss, o mais importante é derrotar o machismo nesse mundo inteiro, depois se quiser fazer panelinha, beleza.

Anônimo disse...

Isabel...sara palin?
Não falei nada porque não vi a menor necessidade de citar essa mulher... È claro que ela não é feminista mas poxa, quem não sabe de uma coisa tão óbvia assim?

Anônimo disse...

alias... vcs viram a propaganda da soninha??? dentre outros besteiróis ela solta: ''não vemos eleger tal prefeita só porque ela é mulher....''
(numa clara referencia a marta suplicy).

ah meu Deus!!
essas validadoras viu!!! tsc!

Dri Caldeira disse...

Sara - não falo de vc não, vc é impulsiva como eu, às vezes escreve sem pensar. Mas tem algumas mulheres aqui que se acham donas do blog, mais do q a própria Lola. Daí ficam repetindo todos os livros magníficos q elas leram e nós não, todos os seminários fantásticos que elas participaram e nós não. Será que eu sou menos mulher e feminista só pq não faço o que elas fazem? Quero ver cuidar de uma casa, de uma mãe já idosa e diabética, ter q levar carro em oficina e ficar de olho se vai ser enrolada pelo mecânico, TER ROUPA PRA LAVAR e passar, ter q cozinhar, SER DONA DE CASA E NÃO TRABALHAR FORA, COM MUITO ORGULHO. A diferença entre nós, Sara, é que nós não diminuímos ninguém.

Rosanna Andrade disse...

Lola, usei trechos do seu post para responder misoginos reacionarios no blog Paulopes, a proposito de uma postagem minha sobre feminismo. Dei os devidos creditos a vc, claro.

Eduardo Marques disse...

Gostei da sua atitude.

lola aronovich disse...

Anônima das 6:35, isso é algo difícil pra eu entender, já que estou dentro de uma universidade. Ou seja, sou uma acadêmica. A primeira vez que pensei no assunto foi depois da Deborah me falar sobre o preconceito que sentia quando ia à universidade por não ter diploma. Ela se sentia discriminada, e até escreveu um ótimo guest post a respeito. Então talvez seja bastante comum a gente que é da academia não fazer as pessoas que não são de lá não se sentirem bem-vindas. Mas olha, duvido que seja proposital. Até pode haver uma ou outra pessoa mais arrogante, mais elitista, mas acho que são minoria. A maior parte nem se dá conta que está excluindo. Sobre o Blogueiras Feministas, o grupo tem muita gente, mais de 500 pessoas, por mais que, claro (como em qualquer grupo), só uma parte participe mais ativamente. Eu participo pouco. Mas acho que tem gente de todos os perfis por lá. E, sei lá, se vc me perguntar quem tem diploma universitário e quem não tem, eu não vou ter a menor ideia. Portanto, acho, sinceramente, que se houve diferença de tratamento, não foi proposital. Tem muito tema acadêmico que rola por lá, mas também tem muito tema não-acadêmico. Tem pra todo mundo. Dê uma outra chance, tente participar novamente. E, por que não?, coloque o seu desconforto pro grupo.

lola aronovich disse...

Dri, se eu digo que não escrevi o post pensando em ninguém em particular, é porque não teve mesmo! Eu não minto! Se eu tivesse pensado em alguém, eu poderia simplesmente ter omitido a última parte. Esse post não foi escrito de uma só vez. Foi um pedaço aqui, outro acolá, MESES. Então, quem sabe, a inspiração em algum pedaço foi pensando em alguém, só que como faz tempo, eu nem me lembro mais quem. Porque não é algo de uma só vez. Isso de “precisa de teoria feminista pra ser feminista” eu ouço (só na blogosfera brasileira, pra falar a verdade) desde que comecei o blog. Ninguém estava falando diretamente pra mim, já que eu já estava na reta final do doutorado. Acho que quem pensa assim fala meio sussurrando mesmo, não é levado pra uma discussão, porque pega meio mal. É um pensamento muito elitista, muito excludente. Isso de “o que o pessoal vai pensar de nós, doces feministas?” é super comum. Infelizmente, o mais danoso, a meu ver, que é aquilo de “ela depõe contra o feminismo”, também é muito comum. Essa eu já ouvi algumas vezes. Claro, muito mais vindo de quem é anti-feminista, mas também já li tweets de feministas falando algo do tipo sobre mim (nunca PRA MIM, é só pelas costas mesmo). Acho isso péssimo. Eu, pessoalmente, nunca duvidei do feminismo de ninguém que se diz feminista. E nem fico avaliando quem é mais ou menos feminista. Pô, isso é ridículo. É muita imaturidade, muita competição que não leva a lugar nenhum.

lola aronovich disse...

Valéria Shoujofan, incrível como as pessoas negam ser feministas até no ambiente acadêmico! Eu sempre lembro de uma amiga minha que, durante o doutorado-sanduíche no Texas, foi pra uma conferência internacional sobre D. H. Lawrence no Novo México. E lá a colocaram com outras 5 acadêmicas, de vários lugares, e chamaram a mesa de mesa feminista ou algo assim. Parece que, uma por uma, todas elas (incluindo minha amiga; tive uma looonga discussão com ela) começaram suas falas com “Não sou feminista”. PQP, viu? Vamos parar de nos deixar definir por quem nos odeia! Eu não aceito definições pejorativas do feminismo. Sei que essas definições existem, são as que ouvimos todos os dias, mas não as tolero. Até parece que vou deixar uma sociedade machista definir o que é ou como deve ser a luta das mulheres!... Aliás, no Miss Representation uma historiadora diz que, no backlash, as feministas foram as ativistas mais atacadas pelos conservadores. Por sermos ameaça ao capitalismo, de uma forma que, talvez, gays e negros não seriam.


Anne, isso é o que eu mais ouço... Isso de “Não sei muito sobre feminismo, então prefiro ouvir”. Tô cheia de leitora fiel que não comenta aqui porque acha que não tem o que dizer. O que é isso, meninas? É só falar! Não precisa preparar nenhum tratado. Não tenham vergonha. Se vcs vão ter vergonha de falar num espaço feminista, vão falar onde? Como vão enfrentar ambientes hostis? Não se calem!

Anônimo disse...

Meu pai do céu,qualquer post da lola é motivo pra essa mulher se afirmar como a fodona e depois as outras que são arrogantes...

Anônimo disse...

Olha, eu tenho casa pra cuidar, não cuido de mãe diabética mas tenho filha que fica doente, que precisa de atenção, que eventualmente tem dificuldade na escola, etc, lavo louça, cozinho, passo roupa, sou enrolada pelo mecânico E trabalho fora. E acho uma injustiça tremenda. Porque enquanto estou fazendo tudo isso, o boneco do pai da minha filha está na boa, nem nos fins de semana e nem nas férias fica com ela. O que seria ser feminista no meu caso???

Liana hc disse...

Gostei do post, Lola. Muito pertinente. A gente vê de tudo um pouco, o feminismo é mesmo plural. Inclusive tem gente com atitudes feministas, mas que faz questão de dizer que não é; tem gente que se diz feminista, mas tem atitudes que colocam isso em cheque constantemente.

Sobre preciosismo acadêmico. Existe um meio termo aí, entre um acadêmico acrescentar/corrigir/propor nova interpretação ou acabar inibindo a participação de outras pessoas. Afinal, é um grupo de discussão, há um espaço maior de liberdade de aprendizado e erro. O feminismo é algo para a sociedade e para também ser praticado no dia-a-dia, obviamente. Por outro lado, ficaria ruim um liberôgeral com pessoas falando coisas nadaaver. Aí precisa de gente pra ajudar a colocar tudo nos eixos e para fazer a discussão mais rica e embasada, até mesmo para uma provocação saudável. Equilíbrio.

Anônimo disse...

Falar de feminismo me caaaaansa. Prefiro falar daquilo que alivia e ameniza a vida das mulheres, como a Lei Maria da Penha, por exemplo e outras que AINDA NÃO TEMOS, como a regulamentação da prostituição. Soluções práticas no lugar de bla bla bla, muchachas!


Luar

Ronaldo J. disse...

Prostituição é reconhecida como profissão pelo ministério do trabalho. As trabalhadoras do sexo podem recolher INSS em carnê avulso usando o código de trabalho Profissão 5198-05 (CBO – Classificação Brasileira de Ocupações).

O que não é permitido é o rufianismo, ou seja, a figura de uma pessoa que explora e aluga as prostitutas. O cafetão, a dona do cabaré. A prostituição é legalizada como autônoma.

O novo código civil ameniza a figura do cafetão / cafetina pois algumas alterações deixaram o texto da lei dúbio no que toca a exploração comercial da prostituta por terceiros.

Algumas casas de São Paulo tem prostitutas que cobram até R$ 500 por hora + R$ 100 pelo aluguel do quarto.

Algumas transexuais cobram até R$ 2.000 por dia de acompanhamento em eventos ou férias. Por exemplo, o cara sai de férias e leva a trans para um hotel na praia.

Anônimo disse...

500 reais por dia 0_o huu huu

e tem gente que prefere dar aula em universidade.

Ronaldo J. disse...

Isso mesmo, de R$ 200 a R$ 500 é uma remuneração média para as garotas de casas famosas, trabalhando em ambiente seguro e limpo.

Um dos mais antigos é o Café Photo que tem até um programa no canal Multishow onde as garotas da casa fezem strip tease.

http://www.cafephoto.com.br/index_br.asp

Existe um movimento no Senado para aprovar e regulamentar as casas de prostituição.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1073827-comissao-do-senado-propoe-legalizar-casas-de-prostituicao.shtml

Ronaldo J. disse...

Observação. R$ 200 a R$ 500 POR HORA.

Se um cara estiver disposto a se divertir por um tempo mais longo ele terá que desenbolsar até R$ 1.000

Uma garota que faça 5 programas em uma noite terá uma remuneração diária de uns R$ 2.000 a R$ 3.000

Laura C. disse...

Lola, com a Clarisse M disse sobre o post ser inesperado e ótimo, eu concordo plenamente e apesar de ainda não ter comentado antes, há tempos que você me encanta e inspira com suas escritas! Elas nos dão forças para continuar lutando pelo Feminismo e pelo seu caráter de transformação social. Parabéns!

Anônimo disse...

Câmara rejeita regulamentação da prostituição
Matéria foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça.
Proposta previa garantia de pagamento por serviços sexuais.

De acordo com o texto, de autoria do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), os serviços sexuais teriam pagamento assegurado por lei. “O pagamento será devido igualmente pelo tempo em que a pessoa permanecer disponível para tais serviços, que tenha sido solicitada a prestá-lo ou não. Somente esta pessoa poderá exigir o pagamento”, afirma o texto rejeitado.

Pagar carnê do INSS qualquer um pode fazer.

Lu




http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL172752-5601,00.html

Caroline disse...

Eu gosto de pintar as unhas, arrumar o cabelo, usar saia, salto alto, me maquiar. Mesmo assim, me considero feminista. Por quê? Porque acho que homens e mulheres devem ser vistos como iguais na sociedade. O que eu visto ou deixo de vestir não tem a menor interferência nas idéias que defendo.

Ainda assim, é estranho me declarar feminista. Sinto certo desconforto ao fazê-lo, já que não é o que o senso comum esperaria de alguém com o meu perfil.

Além disso, @s defensor@s do feminismo geralmente são politicamente identificados com os partidos de esquerda, coisa que eu não sou. É perfeitamente possível conciliar uma economia mercadológica com direitos políticos iguais para ambos os gêneros. É certo que o capitalismo tira proveito dos valores sociais, os quais podem ser perpetuados por nossos produtos culturais. Mas isso não acontece porque o mercado é mau e quer oprimir as mulheres, e sim porque nossa cultura machista, muito anterior ao capitalismo, é aproveitada pelas empresas para aumentar as vendas. Se a cultura fosse outra, o capital, da mesma maneira, se aproveitaria dela para vender mais. O mercado não é machista... a moral e a sociedade são. Se as pessoas não dão mais respaldo a uma cultura de opressão à mulher, o mercado se adapta ao novo paradigma. Não precisamos de uma revolução marxista para mudar as desiguais relações de gênero no nosso país. Precisamos de mudanças políticas e culturais. (ufa, desabafei! hahaha)

Enfim, é isso... não defendo ferrenhamente os partidos de extrema esquerda, tampouco os de extrema direita(até porque é de arrepiar que um partido que defenda a liberdade e a igualdade mercadológica teime em perpetuar uma cultura que entende a mulher como sub-cidadã. Não são só os homens que são iguais entre si. As mulheres, em direitos, também se equiparam - ou assim deveriam - aos homens). Acredito na igualdade e na liberdade dos indivíduos. E está mais do que na hora de nós, mulheres, sermos vistas como indivíduos capazes, completos e iguais.

Anônimo disse...

A reunião da CCJ foi marcada por inúmeros pronunciamentos contrários à aprovação da matéria. Um dos mais enfáticos foi do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Daqui a pouco vão querer tudo. Todos direitos. Vão querer até carteira assinada”, criticou.

Quer dizer, todo mundo pode ter um emprego, só a prostituta tem que ser autônoma. Um professor também não devia ter carteira assinada, né? Mas não só tem, como tem piso salarial, tempo de serviço, férias, 13º e tudo o que o deputado teme. Vai ver que tem sua GPzinha mas que fique entre nós.

Luar

Anônimo disse...

Além disso, @s defensor@s do feminismo geralmente são politicamente identificados com os partidos de esquerda, coisa que eu não sou.

Outra questão que afeta as mulheres diretamente é a participação do gênero feminino na política. Por que tão pouca mulher no Congresso?
Igualdade de gênero seletiva?

"O Brasil não apresenta bons índices de participação das mulheres em cargos políticos representativos. Segundo dados apresentados no Encontro de Mulheres Parlamentares: "Por uma Agenda Política para a Igualdade de Gênero na América Latina e Caribe", realizado em Madri em junho deste ano, a média regional está em 20,7%. Os países com maior representação de mulheres são Cuba (49,2%), Argentina (40%) e Costa Rica (36,8%), enquanto os índices mais baixos são observados na Colômbia (8,4%), .Brasil (9%) e Guatemala (12%)."

http://desafios2.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=13560

Anônimo disse...

". . . Com o tempo ficou clara a distinção feita entre mim, uma mulher de 29 anos que nunca fez faculdade e mulheres com graduação. Após um tempo fiz amizade com uma blogueira que também tentou participar do grupo, uma ótima blogueira por sinal, bem conhecida no meio feminista, porém ela também não é formada em nada e também foi tratada de maneira diferente. Me sinto estranha quando penso nessa situação, quem sabe eu deveria ser devidamente letrada para estar à altura de tal grupo, não sei bem como me sentir em relação a isso." 16 de abril de 2012 18:35
>>>SE a gente não tem estudo suficente não é aceita, se acham que temos muito mais estudo, tb não nos aceitam e por aí vai. Vou te contar uma experiência que tive há uns 7 ou 8 anos, antes das redes sociais de hoje, qdo eu frequentava uma sala Literatura, bate-papo (chat) do Terra. A maioria do pessoal era de Letras, algumas pessoas com mestrado. Mesmo quem tivesse estudado jornalismo ou alguma outra área afim de Humanas estava lá para falar sobre Literatura. Não demorou muito e umas molières (parodiando a Dri C.) começaram a implicar comigo e mulé qdo implica com outra tem essa de querer formar um grupinho pra isolar a implicada. Os rapazes se davam muito bem comigo.

Um dia, notei a zuada que faziam com uma moça nordestina, lá do PIauí, formada em Letras. Ela tinha um modo bem simples de se expressar e cometia um bocado de erros gramaticais... a gente sabe qdo é falha na digitação e qdo é pq a pessoa é fraca no idioma português, no caso. Bem, a zuada pro lado da moça foi tanta e tanta que me cortou o coração. Comecei a trocar diálogos com ela no privado (opção do chat) e daí demos por trocar e-mails.

Temos uma amizade maravilhosa, qdo ela perdeu a irmã recentemente para o câncer em vários órgãos internos, ela me escreveu buscando consolo... ela é evangélica, da Igreja Universal. Eu telefonei e a fiz rir e fazendo-a rir eu a fiz feliz, foi o que ela me disse. E eu a fiz feliz pq eu abordei Jesus de uma forma tão fora dos padrões a que ela está acostumada, que lhe dei o que pensar e a amar Jesus mais ainda... melhor amar Jesus do que amar um psicopata que pode nos fazer grande mal, né? -- Meu próximo passo é enviar-lhe um CD/DVD com música clássica, uma gramática em inglês, e um perfume. Insisti para ela me ajudar na escolha do presente... ela ficou acanhada; insisti. E pedi-lhe três opções para eu ter uma margem de acertar ou poder bancar. Das três opções, optei por todas.

Assim que a LoLa não é "minha única, my only one" em circunstâncias semelhantes, digo em ambiente onde um bocado de molières se volta contra mim e eu desenvolvo um gratificante relacionamento com uma pessoa que se torna especial, ou melhor ainda: a pessoa já era especial e por isso passamos a desenvolver um relacionamento.

Te digo isso para que você não desista, não desanime, não ache que é por você não ter isso ou não ser aquilo, pois não é pelo que você é ou deixa de ser. É pelo que as outras molières são ou deixam de ser. Boa sorte e não desista.

Anônimo disse...

Quero expressar meu profundo e sincero agradecimento a todas que, em passando por aqui, dão um pouco de seu tempo para citar títulos de livros ou nomes de autores. Se eu ler 50 comentários e der com 10 títulos que uma única pessoa deixou, saio da página de comentários agradecida pela oportunidade que estou tendo de quem sabe conseguir ler ao menos cinco dos dez ivros. Se alguém citar algum seminário, quero o link ou o vídeo para tb desfrutar de mais esse aprendizado. Isso porque o meu copo não está vazio pela metade e sim cheio até a metade.

LoLa, sua tese de doutorado tb está disponível na net como sua tese de mestrado? Eu tenho (apenas) a de mestrado... sniff... sniff... rs... rs...

Luciana disse...

tou acompanhando os comentários e digo que descobri o feminismo de verdade quando descobri o blog de Lola..achei por acaso..passeando no google..dai acessei outros blogs adicionados ao dela e fui me identificando. Lembro que li um que era "quem o machismo matou hj?" e na época estava fazendo uma pesquisa sobre violencia fisica contra mulheres num hospital regional daqui. então foi ótimo!!!Pq foi sair do estar sozinha (só eu e meu orientador) p estar com um grupo virtual q tinha os mesmos interesses q eu.

Agora, não nego q não li nem conheço as teorias feministas e sinto-me meio por fora qdo stas são citadas. Já cheguei a ter duvidas se sou ou nao feminista quando alguns postulados são expostos aqui, sobre por ex. a falta de valor da depilação "prefiro ler um livro a me depilar". Eu não sinto-me bem se não estiver depilada e não é por exigencia de ninguém, é por mim mesma! Podem dizer: ah, vc acha q é por vc, mas é por influencia social q vc nao sente-se bem" Bom, não gosto de ter pelos nas axilas, nas meias pernas nas virilhas. Também não tenho tempo de frequentar mesas de debates feministas e nao conheço a sua literatura. Então..digo-me feminista, mas no fundo não sei se me encaixo no perfil. Sei que tenho em mim, desde criança, um desejo de igualdade de direitos, p negros, p pobres, pra gays e nunca tive nojo ou coisa assim qdo sabia q alguem era prostituta.Nunca tbem achei mulher divorciada inferior ou alguem a ser evitado.Lembro q na setima serie, no colegio de freiras, pediram q uma garota fosse durante a aula comprar um lanche p prof. Era uma cilada. Qriam q ela saisse p q a irmã pudesse comunicar a sala q deveriamos ficar longe dela pq ela era lesbica. Achei em silencio aquilo uma traição e tive pena qdo ela, inocente, voltou c o lanche. Eu fui uma das poucas pessoas q continuou a falar c esta garota. desculpem escrevi demais.bj a todos

Anônimo disse...

ah LoLa, vc é tremendamente DEMAIIIZZZZ... acabo de ler seu comment citando meu querido e amado D.H. Lawrence... não vou citar os vários livros dele que li pq quem tiver interesse nele já tem seu comentário... MAS gostaria de saber se vc já viu um filme de um conto dele... em inglês o filme é "THE FOX", com Glenda Jackson... lindo enredo, lindo filme, linda trilha sonora. -- Como eu descobri esse filme de antigamente? Conheci uma senhora que sempre me falava do filho dela, tão inteligente, estudioso, e que se suicidou... estava noivo. A mãe dele me conheceu décadas depois, mas dizia que eu teria sido a mulher para o filho dela... e me apresentou à seleção musical dele e lá estava um LP com a trilha sonora do filme e eu me apaixonei pelo tema do filme, sem saber que era tb o preferido dele.

Anos mais tarde, assim como que por acaso se é que existe acaso, dei com o filme num blockbuster... lindo, LoLa, lindo mesmo. E D.H.Lawrence nunca deixou de ser um dos meus preferidos entre "Mulheres Apaixonadas" y otras cositas más.

Cora disse...

Não pude deixar de comentar Lola, ótimo texto.
Complicado como pessoas que detém conhecimento acabam se preocupando mais em elitizá-lo do que em passá-lo, infelizmente vemos isso em vários ângulos e o feminismo é só um deles: só entra se você for devidamente “elitizada”. Para que questionar quem é e quem não é, se é muito mais proveitoso fazer com que a pessoa crie cada vez mais apego e respeito ao movimento. Sem menosprezar a “didática”, que neste caso, aliás, é maravilhosa, quando se trata de luta por direitos iguais é mais importante nos preocuparmos com a prática do que com teoria.

Anônimo disse...

Cora, brasileiro é "uma raça" que gosta de elitizar... qq retaurante popular dos EUA, como McDonald's e Pizza Hut, entre outros, qdo quer se expandir no Brasil tem de enfrentar a burguesia que está no poder exigindo que o restaurante seja elitizado. E no Brasil isso se aplica à literatura tb... lamentável. Basta a gente citar o título de livros e discorrer sobre autores que logo aparece "a little one" se achando de menos e acusando a outra parte de se achar de mais, demais.

Qdo eu digo a algumas pessoas brasileiras que moram aqui que, em retornando ao Brasil, não levaria mudança nenhuma e nem quero ter na minha casa "coisas dos EUA pras pessoas daí admirarem", não me entendem e me acham lunática... rs... pois acham lindo levar tudo o que podem e o que não podem qdo retornam ao Brasil e mostrar pra todo mundo as coisas diferentes e tão caras no Brasil. E por que isso? Pra se sentir ELITIZAD@.

Anônimo disse...

Que o feminismo ñ homogêneo, isso ñ é nenhuma novidade. Nenhum movimento, ou associação de mais de um indivíduo é homogêneo. Cada um defende aquela idéia de forma diferente. Há feminista q é contra a prostituição, há feminista q é a favor. Há feminista q é contra a vaidade, há feminista q é vaidosa e defende a vaidade. E assim vai...

Sonia disse...

Um assunto que não faz parte do ideário feminista é eletrodoméstico.
Toda mulher adora comprar uma geladeira, um fogão, uma lavadora novos mas nenhuma quer falar das novidades deste mercado direcionado às mulheres, principalmente Por que será? Não ao sistema capitalista?

Anônimo disse...

00:39, há feminista que defende o sobrepeso e a obesidade e há feminista que defende o peso ideal.
A prostituição com a qual não concordo é a povoada por mulheres em situações-limite de abandono, por jovens aliciadas sem chance de escaparem de redes de tráfico e turismo sexual de menores, e por aí vai. São tão raras as mulheres que realmente escolhem a prostituição como profissão.

Clarinha disse...

Lola, gostei muito do seu post porque eu acho que sou uma pessoa que defende a igualdade de direitos e o fim da opressão, mas não tenho background teórico.

Lógico que sou preconceituosa em muitas ocasiões, mas realmente tento perceber e melhorar e o seu blog me ajuda muito.

Mas, na verdade, como eu não conheço as teorias e vez ou outra vejo alguma manifestação de feministas contra valores e atitudes que prezo muito, fico sem saber o que diabos é o feminismo.

Exemplo: fiquei com o pé atrás com o feminismo porque vi uma vez um cartaz dizendo que o feminismo é contra maternidade e casamento. Maternidade? Como assim? Eu sou mãe e isso me fez uma pessoa tão melhor. Quero educar meu filho para ser um homem que respeite todas as pessoas. Não defendo que toda mulher deva ser mãe, defendo que escolham se querem ser.

Feminismo não defende as escolhas? Entendi tudo errado? Pra defender o direito de a mulher querer ser o que quiser eu necessariamente tenho que NAO ser mãe? Peraí, tem algo contraditório aí, não?

Então tenho medo de sair falando que sou feminista por aí. Digo que sou contra a discriminação das mulheres.

Anônimo disse...

sou feminista e nao sou contra vaidade. sou a favor da escolha. e neste mundo a mulher nao ter vaidade nao é uma escolha respeitada. ter vaidade, por outro lado, é excessivamente incentivado. daí a falta de cabimento em dizer que defender a vaidade é uma postura feminista. mas ninguem ta mandando queimar sombra MAC, nao. eu pinto minhas unhas e talz. mas milito contra a ditadura da vaidade.

Anônimo disse...

LoLa, errata...
Glenda Jackson teve papel em "Mulheres Apaixonadas"...
Anne Heywood teve papel em "The Fox" (ela e a Glenda têm o mesmo estilo)

The Fox
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=lK_so-VB4Pc&NR=1
"One always has to die in order for the heterosexual norm to remain safe, apparently. Of course, Dorothy Parker said "Heterosexuality isn't normal, it's just common."
comentário na página do YouTube)

descobri algo mais...
The Tale of the Fox
http://www.youtube.com/watch?v=rz0wAD1o0gs&feature=relmfu

Anônimo disse...

pq alguem deveria falar sobre eletrodomesticos num blog feminista? tipo, oq tem de feminismo numa batedeira? é util, como papel higienico. ponto. tem algo a ser falado?

Anônimo disse...

Sonia disse... Um assunto que não faz parte do ideário feminista é eletrodoméstico. Toda mulher adora comprar uma geladeira, um fogão, uma lavadora novos mas nenhuma quer falar das novidades deste mercado direcionado às mulheres, principalmente Por que será? Não ao sistema capitalista? 17 de abril de 2012 00:40

>>>Não, Sonia, não é toda mulher que adora eletrodoméstico e eu sou uma delas... tenho o básico do básico e nem gosto de ir à loja comprar. Estou precisando de um fogão pq está escapando calor do meu forno e faz meses e meses que estou enrolando pq não curto comprar eletrodoméstico. Finalmente, pedi pruma amiga ir à loja, escolher e mandar entregar na minha casa. O que ela escolher, escolhido está...apenas quero que seja sem lero-lero com muitos botões. Nem gosto de jóias tb...

Anônimo disse...

mariana k, eu acho que as pessoas mais diplomaticas sao tao importantes quanto as brigonas. eu tento ser um pouco dos 2: brigona com gente que chega só pra trollar e diplomatica com gente que discorda educadamente. a pessoa que discorda baseada em argumentos errados, no fundo, ESPERA por uma explicaçao. se ela n ganha uma explicaçao ela vai continuar sendo contra, nem q seja pq nao apareceu ninguem disposto a esclarecer as coisas. se ela for tratada com ironias vazias que nao informam nada, ela vai continuar sendo contra. nós somos as interessadas em disseminar o feminismo, logo somos nós q temos q nos esforçar pra nos fazer claras, preferencialmente sem sermos grosseiras. agora se alguem foge totalmente do assunto, faz acusaçoes grosseiras e nao apresenta nenhuma pergunta pertinente, e insiste nos mesmos pontos após a explicaçao (fingindo q nao ouviu) aí nao tem pq ser paciente, tem q expulsar na base do latido haha

Anônimo disse...

Anônimo disse... A prostituição com a qual não concordo é a povoada por mulheres em situações-limite de abandono, por jovens aliciadas sem chance de escaparem de redes de tráfico e turismo sexual de menores, e por aí vai. São tão raras as mulheres que realmente escolhem a prostituição como profissão. 17 de abril de 2012 00:47

>>> enganada vc está qto a serem raras as mulheres que realmente escolhem a prostituiçã como profissão... há advogadas, professoras, mestrandas e mestradas, enfermeiras... nas mais diversas áreas por livre e espontânea vontade... são mulheres donas de si, seguras, que curtem sexo na boa e sabem se defender.

para evitar problema com a polícia, um novo estilo de prostituição está rolando entre as universitárias americanas, particularmente as que estudam em universidade de prestígio, cuja mensalidade é carísssima... essas moças não aceitam dinheiro por sexo e sim pagamento da mensalidade... o cara vai lá e paga uns tantos e qtos meses, assim o dinheiro não passa pela mão da mulher e nem ela e nem o homem são penalizados pela lei.

Anônimo disse...

Então, LisAna, o que seria de nós sem os eletrodomésticos? Eu gosto das tralhas velhas também, mas adoro as novidades. Parece futilidade, né? Será isso?

Anônimo disse...

Eu prefiro falar da realidade brasileira, LisAna. Moça que se prostitui enquanto na faculdade é outra história, certo? Me refiro à prostituição mesmo, como ganha-pão exclusivo.

Anônimo disse...

Anon das 01:29
essa prostituição a que vc se ref. não é apenas a realidade brasileira, essa está por todas as partes, inclusive em Cuba, pasme!

Anon das 01:24
não, a mim não parece futilidade nenhuma !!! e até admiro quem se sente à vontade lidando com todos esses trecos modernos, até mesmo computadorizados... e passar horas num brechó em meio a tralhas eu curto de monte!

Axê pras duas Anon.

Anônimo disse...

lhes conto uma...
professora engravida fora de casamento... professora é demitida por estar grávida fora do casamento... professora leva o caso à mídia...

escola explica que qdo a professora foi admitida por uma escola cristã, a professora sabia do código de conduta da escola...

portanto a escola teve o direito de demitir a prof.

Anônimo disse...

E acho uma injustiça tremenda. Porque enquanto estou fazendo tudo isso, o boneco do pai da minha filha está na boa, nem nos fins de semana e nem nas férias fica com ela. O que seria ser feminista no meu caso???

nao vou ser nem leviana de dizer que a gente tem que conversar sobre paternidade com os parceiros ANTES de ter filhos, pq ne? aborto ainda nao é legalizado e uma gravidez indesejada pode acontecer com qualquer uma (eu sou fruto de uma, by the way)

enfim, exigir uma postura responsavel do pai da criança seria um começo. eu tenho uma amiga divorciada passando por isso, o pai da criança nao ta nem aí, ela fica com peninha de cobrar, ela se estressa, ela se anula, e o cara vai impondo os termos dele.

no judiciario é possivel estabelecer um minimo de obrigaçoes a serem cumpridas por ele. quer dizer, imagino q vcs sejam separados ne? pq se ainda forem casados, é pior ainda pq significaria permitir q seu marido deite nas suas costas. uma postura que toda mulher deveria ter é nao acobertar o machismo dos parceiros.

daí eu digo: feminismo está em ser uma mulher forte, independente, responsavel pelos seus atos. isso já é fruto de uma mentalidade nao-machista (ja que antes as mulheres achavam normal abandonar estudos, trabalho e tudo mais pra viverem às custas de maridos que mandavam e desmandavam nelas). seu feminismo vai estar nas cobranças q vc fizer desse seu parceiro, vai estar nas conversas com seus filhos (evitando que eles sejam machistas), vai estar em apoiar instituiçoes que pleiteiam igualdade salarial e demais direitos junto ao legislativo/executivo. vai estar em estabelecer uma relaçao de cooperaçao com suas colegas de trabalho mulheres, pra que juntas possam exigir do patrao a instalaçao de creche na empresa ou outra necessidade q vc tiver.

enfim, eu nao sou mae. mas sou filha de mae solteira (e de um pai que nao ajudou em absolutamente NADA na minha criaçao) e justamente por causa deste historico fui me descobrindo feminista. procura algum coletivo feminista de maes, pq elas com certeza terao dicas melhores que eu.

Anônimo disse...

@ LisAna

axê ou axé?

Nos EUA a prostituição é crime, né??

Aqui não é. Isso favorece o aliciamento, que é crime. Mas o aliciamento não deveria ser crime se houvesse uma regulamentação honesta, aliás, se a prostituição se tornasse uma profissão honesta.

Anônimo disse...

"todo mundo pode ter um emprego, só a prostituta tem que ser autônoma"

que forçaçao de barra. um monte de profissionais é considerado autônomo, como diaristas e camelôs. oq a prostituta tem de especial em relaçao a estes?

Anônimo disse...

luciana mendonça, eu tb nao conheço literatura feminista. pelo menos por enquanto, só leio blogs e artigos. e me considero feminista, pq vejo os absurdos de tratamento diferenciado entre homens e mulheres. mulheres ganham menos, mulheres sao estupradas (ahh mas alguns homens ja foram estuprados: mas nem se compara em número de casos. alem disso, eles sao estuprados por outros homens, ano por mulheres). muitas mulheres ainda apanham de companheiros. hoje mesmo li o relato de uma militante que está com um hematoma pq apanhou do namorado militante. quer dizer, a teoria é linda, tem lei maria da penha e tudo, mas na pratica... mulheres sao julgadas como primeiro (e muitas vezes único) critério pela beleza. e a mesma beleza que abre muitas portas que sao fechadas para mulheres "feias", muitas vezes autoriza um leve (ou nao) assedio dos patroes. homens nao passam por isso. enfim, ha tantas razoes pra ser feminista que eu nao tenho como nao ser. eu nao posso nao-ser. pelo simples fato de ser mulher e viver num país machista.

Anônimo disse...

a diarista está para a servente, a empregada doméstica que fazem a mesma coisa com vínculo empregatício.

O camelô se emprega numa venda qualquer a hora que quiser.

O professor particular pode trabalhar em colégio com carteira assinada, simultaneamente ou não.

A prostituta vive na sombra, no submundo, onde não há relação trabalhista. O cliente não existe. Não aparece, não pede recibo do que paga. Se seus serviços são explorados, não há regulamentação, não há direitos. Deu pra entender?

Anônimo disse...

ah é Axé... A prostituição é ilegal na maioria dos estados... é legal na Nevada... em algum outro estado é ilegal na rua... No Estado da Nevada há um ranch famoso onde as meninas trabalham fazendo seu próprio horário e dias da semana... há um médico somente para elas e esse médico disse que há mais casos de DST em adolescentes do que nas prostitutas de lá que estão sempre nos trinques. Algumas moram lá mesmo e outras trabalham somente duas semanas por mês, hospedadas lá mesmo. Outras trabalham somente nos finais de semana.... enfim todas parecem bem felizes e nem todas são lindas de morrer não e uma das mais procuradas pelos caras nem é a mais bonita. Havia uma boite da alta em São Paulo, SP, onde as meninas que trabalhavam lá como prostitutas tinham de falar ao menos um idioma e estar cursando faculdade... o local tinha um nome francês até. Várias prostitutas americanas se tornaram escritoras e até deixaram o metier... bem, deixaram é modo de dizer pq imagina se a mulher vai estar a fazer de graça o que sabe pode ser muito bem pago!!!

=====
The Fox
novela by D.H. Lawrence
http://ebooks.adelaide.edu.au/l/lawrence/dh/l41f/

Anônimo disse...

bem, ser prostituta é uma profissão de risco, alto risco... nos EUA o tráfico de meninas menores volta e meia vem à baila... meninas caem na prostituição tão cedo que dá medo tb.

Anônimo disse...

filme francês, legendado em inglês
The movie opens on a utopian planet. A women goes to earth. She has trouble adjusting. Through her disconnecting program, she is able to help earth become a better planet.
The Green Beautiful
http://www.youtube.com/watch?v=qPMfzToE_n0&feature=related

Anônimo disse...

"Neymar integra bancada do CQC e admite ter pegado mulheres feias por 'caridade'"

Não são as mulheres que fazem 'caridade' muito mais do que os homens?

Esse Neymar se acha, hien?

Anônimo disse...

isso que Neymar falou me soa como parte do script... apresentar toda a boçalidade e imbecialidade que o CQC apresenta, somente com um script bem decorado e treinado.

lola aronovich disse...

Clarinha, onde vc viu cartaz que dizia que feminismo é contra casamento e maternidade? Era numa manifestação feminista ou contra o feminismo? Porque essa é uma das mentiras que @s anti-feministas gostam de espalhar por aí... O feminismo é a favor de escolhas. Maternidade e casamento devem ser escolhas, não imposições, que é como a sociedade geralmente vê essas coisas para a mulher. Que as escolhas sejam respeitadas. Agora, claro que nem todas as escolhas são feministas. Mas feminista não tem que ser contra tudo que não seja feminista.


Anônimo que começa escrevendo 00:39, não acho que exista feminista que defende o sobrepeso e a obesidade, e feminista que defende o peso “ideal”. O que as feministas em geral defendem é que as pessoas não devem ser avaliadas pela sua aparência física – e nisso o peso é o principal componente hoje em dia –, e que a mulher deve ser respeitada no peso em que estiver. Se isso é “defender a obesidade”, então tá. Mas do jeito que vc fala (e ainda fala como se houvesse feministas pró-obesidade e feministas pró-peso ideal, criando assim um falso conflito), dá a entender que feministas motivam a obesidade, o que não procede. Pregar a aceitação do corpo é diferente de incentivar que alguém seja gordo ou magro.

André disse...

Aqui mesmo no blog, muitas comentaristas já desancaram mulheres que escolheram ser donas de casa. Ignorando que muitas famílias não tem condições financeiras de ter empregada doméstica, babás, escolas em período integral, etc. Me parece que esse é um dos pontos fundamentais da crítica da Camille Paglia. E que também já foi motivo de post, quando se discutiu que a questão do aborto é maior que um simples sim ou não.

Carol M disse...

Não devemos nos apegar a estereótipos. É possível ser vaidosa e ser feminista, é só não ser bitolada e não achar que vaidade é uma obrigação. Assim como ser dona de casa. O trabalho doméstico é um tipo de trabalho, que pela não remuneração acaba não sendo valorizado.
O que define é muito mais suas posturas perante as desigualdades da nossa sociedade. E concordo que não dá pra ser feminista e apoiar outras formas de discriminação, é um contrasenso.

Carol M disse...

André o problema da Camille Paglia é que ela ignora que boa parte do problema esta na falta de oferta de creches e escolas em período integral e na ausência de divisão de tarefas entre o casal. Se a mulher quer ser dona de casa OK, o problema é ela ter q ser dona de casa qd preferiria trabalhar exatamente pq não pode pagar empregada, não tem creche pra deixar o filho, etc.

Numa sociedade realmente igualitária não haveria essa dicotomia ou incompatibilidade entre ser mãe e profissional.

Luisandro disse...

Eu hoje me considero um feminista por sua causa. Provavelmente já tive muitas ideias machistas, mas hoje percebo que mudei bastante em função das coisas que li por aqui. Embora você vá me achar um machista se acaso ler o que eu escrevi no meu blogue no último post.

Anônimo disse...

Lola, vc ñ tem consegue identificar os IPs? Pois eu sou o Anônimo de 00:39, e ñ falei nada sobre "obesidade" e "sobrepeso", eu apenas disse q o feminismo ñ é homogêneo, é diverso, e c conrda com isso, né? Quem falou em obesidade foi o Anônimo de 00:47.

Anônimo disse...

"Eu gosto de pintar as unhas, arrumar o cabelo, usar saia, salto alto, me maquiar. Mesmo assim, me considero feminista. Por quê? Porque acho que homens e mulheres devem ser vistos como iguais na sociedade. O que eu visto ou deixo de vestir não tem a menor interferência nas idéias que defendo." Imagina, não tem nenhuma relação com as ideias e práticas da tua vida. Que é isso!? Só feministas mesmo poderiam insinuar esse tipo de coisa...

Anônimo disse...

Olhem para Ruanda, para os tutsis e os hutus. Fazer um grupo com interesses em comum rachar é a melhor forma de mantê-lo sob as botas.

Anônima Beócia

aiaiai disse...

sobre a questão da dona de casa, eu já fui radicalmente contra as mulheres q escolhiam isso, hoje, graças à lolinha e a vários comentaristas daqui, continuo achando um absurdo a pessoa fazer essa escolha, mas entendo que:
a sociedade espera q as mulheres q podem façam essa escolha, portanto, é mais fácil e demanda muita força p não fazer;
a maior parte das mulheres não tem como fazer essa escolha, então esse é um problema da minoria;
a questão número um desse troço é a gente chegar ao ponto de os pais também poderem fazer essa escolha (hoje, apesar de algumas exceções, se o cara escolher ficar em casa cuidando dos filhos eqt a mulher trabalha vai ser chamado de gigolo pra baixo...)
e a questão número 2 (por demandar prazo mais longo) é lutar (mulheres e homens) para que o estado dê condições a todos de poder escolher.

Anônimo disse...

Até que ponto sua vida intima tem de estar de acordo com a bandeira que você levanta??? Sou feminista e isso tem que refletir na minha vida pessoal, não tem??? Se eu defendo liberdade e independencia vou ficar, por ex, me exibindo que sou sustentada? Não acho coerente. (gostaria de ler opiniões a respeito)

André disse...

Posso dar uma sugestão para os anônimos? Assinem o comentário nem que seja com um apelido, não precisa ser publicado com um apelido inventado, basta colocá-lo numa linha à parte no fim do texto.

André

André disse...

Carol M.
Aqui no Brasil, nós consideramos que é função do estado fornecer creche gratuita. Será que é assim lá nos EUA?

Desconfiada do Rio disse...

Todo dia qdo acordo faço meu ritual diário de ler os sites de notícias e sso inclui alguns sites reaças ( globo.com entre eles). E todo dia me deparo com alguma notícia avacalhando o corpo de alguma mulher famosa. Ai q ódio. Hj foi a vez da Cristina Aguilhera. A chamada da matéria, em destaque, dizia q ela estava perdendo a luta contra a balança. Nossa!!! É fim do Mundo!! As bolsas vão cair!! Vai gerar desemprego em massa!! Uma terceira guerra deve ser desencadeada!! Isso no mínimo, dado o destaque da notícia! E A MULHER NEM ESTÁ GORDA!!! Mas a matéria diz q ela está imensa!! Ai eu me pergunto: P q esse interesse da mídia em acabar com a autoestima das mulheres e fazer com q todas nós nos tornemos anorexicas? Será uma campanha de alguma farmaceutica fabricante de anti depressivos ou emagrecedores? Ou estariam endocronilogistas ou nutricionistas por trás disso? rsrs Ou seria ainda um complô dos estilistas pra economizar tecido na fabricação das roupas e lucrar mais? rsrsrsrs
Outra coisa ridícula, q me dá vontade de pular no pescoço desses jornalistas é foto de celulite de famosas acompanhado por críticas descabidas. Não entendo. Essas mulheres tinham de ser elogiadas. Afinal toda mulher tem isso. Qual o problema? Aliás, celulite deveria ser índice de beleza, pois é característica essencialmente feminina. Qto mais celulite, mais bonita. Acho q só inventaram q é feio pra fazer com q algumas pessoas influenciáveis gastem rios de dinheiro buscando algo inatingível, já q celulite não tem jeito. É lutar contra nossa natureza. E a natureza sempre vence.
Definitivamente, eu não entendo.

Patrick disse...

André, a questão é essa: o wahhabismo também era uma seita perdida na história. Até que a Arabia Saudita "ganhou na loteria" com o petróleo e "empoderou" esses extremistas.

A economia move o mundo.

Anônimo disse...

André disse...
Carol M.
Aqui no Brasil, nós consideramos que é função do estado fornecer creche gratuita. Será que é assim lá nos EUA? 17 de abril de 2012 11:49

>>> sim, há... não como no sistema brasileiro... assim como aqui não há uldade de graça... existe faculdade estadual (federal, não), mas mesmo a estadual é paga (menos cara que a particular), porém há como conseguir bolsa de estudos que é distribuída sem favoritismo... existe a cota para os negros... existem bolsas unicamente pela pessoa ser latina... existem bolsas pelo mérito escolar... existem bolsas até mesmo pelo sobrenome pq algum milionário resolveu doar milhões de dólares para quem tem o sobrenome tal... existem bolsas para alunos que não conseguem boas notas durante o segundo grau pq outro milionário americano resolveu doar milhões de dólares para bolsas a alunos que tenham a nota mais alta C... enfim, quem nasceu nos EUA ou veio para cá ainda jovem é financeiramente carente por opção, seja lá qual tenha sido a opção: drogas, não quis estudar por isso ou aquilo; estava até indo bem na vida qdo se embrenhou em dívidas, perdeu tudo, se desesperou e virou alcoólatra... enfim, aqui há creches grátis para crianças pessoas carentes sejam elas brancas negras hispanas ou a nacionalidade e etinia que for.

Liana hc disse...

Lya, acho que um dos lados que deve ser levado em conta é da liberdade de escolha de cada pessoa, independente do que escolhemos para a nossa própria vida.

Pode ser que aquela dona de casa tenha mais autonomia e voz ativa dentro da sua vida e do seu relacionamento, do que uma mulher que trabalha fora, mas que talvez não receba lá muito apoio dx parceirx e se conforme com isso ou não saiba como lidar com a situação.

Então essa questão de ser dependente ou não, é bem ampla e muito subjetiva. Não se limita somente à questão financeira, apesar deste ser um parâmetro importante.

Acho mais profícuo discutirmos como os padrões sociais se manifestam e repercutem na vida individual, coletiva e no relacionamento dos envolvidos, conversarmos sobre o que é percebido como felicidade e motivo de realização para mulheres e homens. Estimular cada um a pensar sobre o que o levou a fazer esta ou aquela escolha, se isto o representa mesmo, se são só atos mecânicos. Penso que as intenções por detrás das escolhas pesam mais do que as ações em si.

Então acho perfeitamente possível, por ex. uma mulher que gosta de usar produtos de beleza, poder também criticar a pressão social que estereotipa mulheres para que sejam sempre bonecas enfeitadas e disponíveis para deleite masculino. Não é o produto em si, ou o ato de usá-lo, que tá na berlinda, mas a cultura que impõe o uso daquilo como distintivo de um grupo e agride de alguma forma quem não se encaixa neste padrão. Assim como acho que o problema não é a "dependência" em si, mas a cultura que leva a "escolher" isso em total detrimento e desrespeito a outras visões de mundo.

Liana hc disse...

Isto posto, acho estranho uma pessoa não ter a menor preocupação em se sustentar sozinha. Nunca se sabe o dia de amanhã, hoje o relacionamento pode ir bem, mas e depois? E digo isso numa perspectiva prática, nem é em termos ideológicos. Mas aí eu questionaria mais o fato de vivermos numa sociedade que vive em função de dinheiro e competição, e não me ateria somente às questões sexistas.

Gabriela Viana disse...

Olá Gente, post interessante, talvez eu faça parte da porcentagem daqueles que não seguem essa linha "não sou feminista" ou "sou feminista"

Sou deficiente auditiva, perda bilateral profunda desde meus 4 anos de idade. Venho de uma família as mulheres são independentes e os homens "vagabundos", desculpa o terma galera, vagabundo pra mim é aquele homem que não trabalha e vive às custas da mulher (Sim, acho isso errado).

Minha mãe sustenta meu pai, todas minhas tias são independentes, nunca precisaram de um homem pra sobreviver, é claro, passaram esse ensinamento pra mim, sou bióloga e to batalhando pela minha independência, meu lugar no mundo, meu direito.

Sim, tenho namorado e pretendo me casar, casar por amor mesmo, pq até agora, o homem q ta comigo é independente, decidido e acima de tudo me respeita e RESPEITA MEU ESPAÇO, um dia que ele não respeitar não pensarei dua vezes, afinal sou independente sei quem sou.

Sou contra o aborto, pq sou uma pessoa emocional e espirituosa.

Sou contra a opressão contra a mulher, contra quem critica que uma mulher é puta ou prostituta ou rebola na frente da TV, e daí, o problema é dela, ela vai arcar com as consequências dela, mulher tem o direito de fazer o que ela quiser, que de dane o que os outros pensam.

Mulher pra mim escolhe o que é melhor pra ela, se ela escolheu ser mulçumana e viver oprimida, OK, se ela gosta de apanhar e não faz nada, OK, se ela não faz nada pra adquirir seu direito no mundo, OK. PROBLEMA DELA.

Mas se UMA DELAS me pedir ajuda pra mudar sua vida, ESTOU A DISPOSIÇÃO! QUER SUA INDEPENDÊNCIA, TE ACONSELHAREI!

Mulher acima de tudo faz o que quer pois sabe das consequências, ela tem todo o direito e ninguém pode julgar.

Eu fico mesmo brava quando alguém vem querer tirar meu direito.

Sou simplesmente uma entusiasta, me julgaram, OK, uma opinião não mudará minha escolha de viver.

Elisa Gargiulo disse...

Vou dar uma problematizada aqui. Da experiência que tive no embate "feministas verdadeiras" X "feministas falsas" (estas eu chamaria de oportunistas fazendo uso perverso do espaço feminista) vejo uma distinção clara, mas que não passa exatamanente pela questão de quem leu ou não teoria feminista, apesar de eu sempre insistir que conhecimento é algo libertador. Prefiro PESSOALMENTE gastar energia insistindo pra meninas jovens lerem mais do que dizer que elas podem não ler nada a continuarem se auto proclamando feministas. Porque sei que o conhecimento pode salvar a vida delas, como salvou a minha. Agora, voltando a dicotomia "feministas verdadeiras X falsas", quando ocorre estupro de mulheres por integrantes de movimentos de esquerda e os mesmos são denunciados por mulheres que dizem que eles não são tão "libertários" assim, essas são automaticamente acusadas de quererem criar uma medida pra quem seria "ativista de verdade". Detectamos aqui essa maleabilidade ("qualquer um pode ser libertário") em seu uso pra calar mulheres agredidas. O mesmo acontece no movimento feminista. Na questão da violência entre mulheres feministas lésbicas e bi (95% dos casais feministas lésbicos e bi contém violência, é mais que hetero), existe uma capa protetora anti-denuncia oriunda da segunda onda e seu ideário utópico construído com vários elementos: a imagem da "agredida ideal" (a branca hetero), não querer ser vista como parte de um grupo problemático (evitam falar sobre o assunto pra "não queimar o filme"), lesbofobia internalizada ("mereço passar por isso") etc. Eu entendo a coisa de qualquer uma poder ser feminista, mas a partir do momento que essa fala é parte de uma cortina de fumaça pra esconder violência e estupro ou desacreditar sobreviventes, vejo um problema. Por isso, pessoalmente, gosto sim de dizer que existem pessoas que fazem uso perverso do título "feminista". É uma forma de proteger mulheres lésbicas e bi que possam vir a sofrer violência dentro dos espaços feministas.

Anônimo disse...

Esse negocio de feminista falsa, feminista real, isso daí é a falacia do holandes de verdade.

ass: toin dos côco.

Anônimo disse...

' porém há como conseguir bolsa de estudos que é distribuída sem favoritismo... existe a cota para os negros... existem bolsas unicamente pela pessoa ser latina... existem bolsas pelo mérito escolar... existem bolsas até mesmo pelo sobrenome pq algum milionário resolveu doar milhões de dólares para quem tem o sobrenome tal... existem bolsas para alunos que não conseguem boas notas '

E é porisso que eles estão quebrados e o governo deles com a maior dívida da história.
TDC

Anônimo disse...

O "que as feministas em geral defendem é que as pessoas não devem ser avaliadas pela sua aparência física "

Taí uma das premissas feministas que me cansa bastante. Perda de tempo.


Luar

Anônimo disse...

Elisa, você foi no ponto. A defesa que leitoras andam fazendo de NÃO LER, NÃO SE INFORMAR etc., é uma defesa que merece ser duramente criticada. Feminista boa é feminista que lê, se transforma, se autocritica. É discussão pré-adolescente essa de, ai, eu sou eu mesma, não preciso ler bla bla bla.

Anônimo disse...

Olha, criticar o elitismo é bem diferente de defender a falta de leitura.
Uma coisa é estimular a leitura da teoria feminista, outra é simplesmente excluir ou menosprezar alguém pela sua falta de leitura.
Exemplo: uma mulher que se descobre feminista resolve participar de um fórum feminista, justamente para aprender mais. Ao invés de acolhe-la no grupo, as outras passam a desprezá-la pela falta de leitura feminista. Pelamor, né?
Incentivar a leitura não tem nada a ver com essa arrogância e prepotência.
Quem incentiva a leitura, primeiramente acolhe, indica, não fica se achando a última coca do deserto (nesse caso, "A" feminista de verdade) por ter lido a teoria.

Anônimo disse...

"Eu gosto de pintar as unhas, arrumar o cabelo, usar saia, salto alto, me maquiar. Mesmo assim, me considero feminista. Por quê? Porque acho que homens e mulheres devem ser vistos como iguais na sociedade. O que eu visto ou deixo de vestir não tem a menor interferência nas idéias que defendo." Imagina, não tem nenhuma relação com as ideias e práticas da tua vida. Que é isso!? Só feministas mesmo poderiam insinuar esse tipo de coisa...



11:12, Bem colocado. Antes de sermos feministas, somos mulheres. Me intriga o fato de algumas feministas incentivarem uma postura infantil quanto à aparência física, ao cuidado com o corpo, sem avaliação, sem desejo por mudanças ou melhoramentos.

Mulher (e homem tbem) tem direito ao bem-estar. E não vai ser um artigo de revista que vai tirar o meu bem-estar, SE EU NÃO QUISER, SE EU NÃO CONCORDAR. Crianças não têm DISCERNIMENTO, mas adultos PRECISAM ter. Infantilizar a mulher não é solução.
Se podemos escolher ter filho ou não, vamos ser menos feministas se andarmos maquiadas? humpf!

A igualdade, ou quem sabe, a JUSTIÇA deve ser feita a ambos os gêneros (sem prejuízo dos outros gêneros por aí).

Vivi disse...

Concordo com a Carolina Paiva.
Não podemos cair no elitismo, esnobismo, excludente com mulheres que não conhecem literatura feminista, com pessoas que, devido à desigualdade brasileira, mal tem condições de ler algo, pessoas sem instruções, mulheres simples, ou simplesmente mulheres que praticam o “feminismo como prática política”.
Contudo, não podemos cair no aposto da arrogância de achar que leitura é indispensável, ou pior, de termos preconceito ou simplesmente taxar quem leu mais de “metida” (já vi posturas de leitores aqui que pareciam ter este raciocínio). Sim, existem pessoas que leram muito que são metidas, mas não são todas. E sim, existe pessoas que não leem e que tem posturas arrogantes como que a leitura de pessoas/feministas que se dedicaram a vida toda a uma causa fosse supérflua. (preconceito especialmente direcionado à Humanaa)
Particularmente acho que temos que tentar (quem tiver condições, por ex. ter internet basta) ler sim, se instruir. Mas nunca, nuca cair num feminismo com postura elitista. Eu quero o fim da opressão de todas as mulheres, não quero ter “cabeças pensantes” (no sentido antidemocrático e elitista) me guiando, com posturas de validar ou não quem pode falar de feminismo. Isto não significa que não deve haver divergências no feminismo.
Eu quero sim a busca de instrução, não podemos louvar a ignorância (não acho a Lola de maneira alguma assim)mas num debate onde todas nós mulheres somos iguais.
Sendo assim, apesar de discordar de algumas coisas deste blog, como de outros, eu ainda tô com o feminismo da Lola, que acima de tudo é democrático. E sem postura solidária, prática política (neste sentido acho que este blog é o que mais ajuda as mulheres que não estão familiarizadas com o feminismo, por isso uma tremenda prática política) não há teoria que ajude a acabar com a opressão de gênero.

Anônimo disse...

Prefiro ficar com as CAUSAS feministas relevantes para
o gênero como um todo.

O título de feminista não me
faz falta alguma. E ter lido
algum livro feminista não
torna ninguém feminista, IMO.

Ma

Anônimo disse...

Sinceramente,não sei que tipo de feminismo de hoje é esse que tenta se adaptar ao machismo de outrora...se a mmulher não consegue ver que muitas atitudes e comportamnetos seus são derivados de uma cultura machista e não de escolha,não sei como as coisas podem ir pra frente.Então fazer as unhas não em nada ver? e depois vc escreve que nós somos enfeites e escravas da vaidades,só para citar um exemplo.Poderia citar tantos outros para provar como a autora ainda vive presa na tal "mística feminina".Pior é ver estas comentaristas pseudo-intelectuais viajando na maioneese,para ficarem bem na fita....céus!!
Francamente,ver uma mulher que se diz esclarecida postas umas baboseiras dessa,é mais uma prova de como o feminismo que luta pelo noso reconhecimento quanto seres humanos está morto e enterrado.

Anônimo disse...

Anônimo disse... 17 de abril de 2012 17:37

Agora que vc já desabafou esse bocado de palavras juntas que não formam uma única ideia clara e objetiva, deixe-nos saber seu pensar que difere do post. Faça-o de forma bem redigida, objetiva, clara. Dê-nos a chance de analisarmos seu outro lado da questão.

Anônimo disse...

e depois vc escreve que nós somos enfeites e escravas da vaidades,só para citar um exemplo

===========

haha, exemplifico com o que assisti no outro dia. Uma amiga saindo para um encontro com amigos muito bem vestida, maquiada, salto altíssimo enquanto o marido de blusa polo comum, jeans e tenis.
Ela poderia ir de jeans e tenis mas ela GOSTA DE E TEM um vestido lindo, um sapato alto mais lindo ainda, e quem vai convencê-la a abrir mão de estar chique no último? Seu feminismo? E quem vai exigir pelo menos um sapato social para o marido (coisa que eu faria tranquilamente)?

Tem nada a ver seu comentario, 17:37!

Anônimo disse...

Quais são os movimentos feministas brasileiros atuais?

Sil

Vivi disse...

Corrigindo,,,,,
Contudo, não podemos cair no aposto da arrogância de achar que leitura é “dispensável” (e não indispensável).

Anônimo disse...

Para mim, o melhor feminismo é o que consiga acabar com a opressão do patriarcado. Por isso, a melhor teoria e melhor corrente é - no limite - a que consiga uma emancipação para mulheres. O blog da Lola para mim é um feminismo que contribui para isso. Não adianta ter teoria se a prática é ruim, não adianta ter prática se esta se baseia em um princípio teórico ruim. No fim, o que importa é o que tiver mais eficácia para a luta.

Anônimo disse...

Anônimo disse ... Uma amiga saindo para um encontro com amigos muito bem vestida, maquiada, salto altíssimo enquanto o marido de blusa polo comum, jeans e tenis. Ela poderia ir de jeans e tenis mas ela GOSTA DE E TEM um vestido lindo, um sapato alto mais lindo ainda, e quem vai convencê-la a abrir mão de estar chique no último? Seu feminismo? E quem vai exigir pelo menos um sapato social para o marido (coisa que eu faria tranquilamente)? Tem nada a ver seu comentario, 17:37!
17 de abril de 2012 18:24

>>>passei anos com essa perenga com meu marido... eu me vestindo nos trinques e lá vem ele assim de tênis etc etc etc até que um dia, decidi quem se arrumaria primeiro para o passeio, fosse lá qual fosse o passeio (ópera, cinema, teatro, museu...) e daí eu me poria ao estilo dele... e antes de arrumar a mala pra viajar, idem... ele bota as roupas sobre a cama, vou lá e sigo a informalidade... acabaram-se as brigas e desavenças por questão de guarda-roupa... e passamos a viver melhor, muito melhor.

Anônimo disse...

Dando nome aos bois

As Organizações Não-Governamentais (ONGs) Feministas Brasileiras



http://www.maismulheresnopoderbrasil.com.br/pdf/Sociedade/As_Organizacoes_Nao_Governamentais_ONGs_Feministas_Brasileiras.pdf

Gostaria de saber de quais você é membro, Lola.

Anônimo disse...

"Contudo, não podemos cair no aposto da arrogância de achar que leitura é “dispensável”."--Vivi 18:47

obrigada!!!!! nesse particular, muita gente confunde, pios pensam que "já que a leitura não é essencial para sermos feministas, então é dispensável"... ora ora isso é uma escolha pessoal: ser uma feminista com o devido conhecimento histórico da luta da mulher pela mulher OU ser apenas mais uma entre tanta medíocres, o que é bem mais fácil para a maioria.

mariah disse...

Adorei o movimento Católicas pelo Direito de Decidir.

Vivi disse...

” Contudo, não podemos cair no Oposto da arrogância de achar que leitura é “dispensável”. (e não Aposto..hahaha)..
Vixe, tá ruim a escrita aqui.....mas acho que deu para entender né Lola...rs
bjos

Anônimo disse...

ah Vivi, pra quem sabe interpretar o que lê, um "a" mal colocado ou um "o" faltante, não altera a essência do texto... e quem implicar com isso é "de menos".

Anônimo disse...

e passamos a viver melhor, muito melhor.

e passou a se sentir melhor?

Anônimo disse...

Lola, nada a ver com o conteúdo do post em si, mas ADOOOro as imagens que vc acha no Google para ilustrar o post. É divertido, muitas vezes sarcástico e irônico com o conteúdo do post mesmo..O que não se diz com imagens tb não...!?

Anônimo disse...

Anônimo disse... 19:34
e passou a se sentir melhor?

>>>rs... rs...
vc don't give up, no matter what... tanta persistência assim flatters me ATT*... and yes, I feel sooooo much better, can't you say? no, you can't... otherwise you'd occupy yourself with something/someone else than to follow me in ev'ry detail. XoXoXo

*ATT = all the time/o tempo todo

Anônimo disse...

ninguém está defendendo o não-ler, a não-informação. estamos defendendo que alguém que não VIVE para o feminismo, que não estuda por obrigação na faculdade, que não trabalha com isso, que não cresceu num lar feminista, PODE, SIM, SER FEMINISTA, DEFENDER O FEMINISMO, TER POSTURAS E FALAS FEMINISTAS. ler é importante até pra sanarmos dúvidas, mas não é ESSENCIAL para entender e identificar o machismo.

Anônimo disse...

"perda de tempo" é não fazer nada para mudar. perda de tempo é endossar críticas fúteis a aparência de outras mulheres (pq não pode falar da sexualidade, mas do cabelo arrepiado pode né? que vergonha essas feministas dando entrevista pra revista com o cabelo arrepiado, queimando a imagem do feminismo tsc tsc)

mulheres ainda são avaliadas pela imagem na hora de conseguir um simples emprego. isso é absurdo. completamente absurdo e desigual.

homens HORROROSOS são respeitados, enquanto mulheres se matam de fazer plástica e tratamentos estéticos e mesmo assim continuam sendo chamadas de mocreias na hora que se candidatam a qualquer coisa ( como se o mundo fosse um eterno concurso de miss)

Anônimo disse...

olha, vocês são, como dizem por aí, intelectualmente desonestas. ninguém está pregando contra a leitura. a lola é um ótimo exemplo de pessoa que lê, indica várias autoras e não é arrogante e elitista.

Anônimo disse...

vc don't give up, no matter what... tanta persistência assim flatters me ATT*... and yes, I feel sooooo much better, can't you say? no, you can't... otherwise you'd occupy yourself with something/someone else than to follow me in ev'ry detail. XoXoXo


não entendi nada!

Anônimo disse...

acabaram-se as brigas e desavenças por questão de guarda-roupa...
==========

aposto que ele fez uma economia danada. Sobrou mais pro uísque DELE!

Anônimo disse...

21:26, qual a literatura made in brazil ou ong feminista
brasileira que a lola indicou?

Anônimo disse...

para uísque não pq a coisa aqui é cachaça mesmo... que americano diz cashaska... e obrigada pelo seu empenho sobre minha vida... o que eu quiser deixar vc saber, eu deixo. Axé!

Anônimo disse...

Anônimo disse...
não entendi nada!
17 de abril de 2012 21:44

>>> traduza aqui
www.tradukka.com

não confundir com
www.traducca.com

Anônimo disse...

>>> traduza aqui
www.tradukka.com

não confundir com
www.traducca.com


?????

Anônimo disse...

e obrigada pelo seu empenho sobre minha vida... o que eu quiser deixar vc saber, eu deixo. Axé!


????? +1

Anônimo disse...

Uma feminista gostou deste post! :)

Anônimo disse...

"sil", de silmara? o mascu que ficou falando de lady macbeth e nao sabe escrever o nome "daquela bichona inglesa"?. ah tá, agora entendi.

Anônimo disse...

ah, entao o recalque é esse? o fato da lola nao indicar ongs e autoras BRASILEIRAS? ah, tá. entendi.

Luciana disse...

obrigada anonimo de 7 de abril de 2012 01:56 pelo retorno.

Pois é. n tenho certeza absolut se sou feminista, mas adorei as feministas q conheci virtualmente. Me completaram e me dão uma sensação de grupo mto legal.De união.

Odeio do ouço dizerem q feministas são lesbicas, gordas, mal amadas,sapas, etc. Sinto como se falassem d amiguinhas minhas =) e nunca escuto calada.

Hj ja dizem: nao vou comntar tal coisa na sua frent pq sei q vc é feminista! Melhor assim.Apesar q o termo feminista nunca tem um tom de boa coisa.

Anônimo disse...

???
qta indagação sobre nada!!!!

Anônimo disse...

Uma vez igualadas aos homens, as mulheres se tornam seus superiores.
Sócrates

Carol M disse...

O problema não é dizer que "feministas são lesbicas, gordas, mal amadas,sapas, etc", o problema é acreditar que esses adjetivos são necessariamente pejorativos.
Podem até ser pra quem fala, mas qd derrubamos nosso preconceito interno contra eles, não nos ofendemos.

Clarinha disse...

Lola, obrigada pela resposta.

Eu vi esse cartaz na UnB e depois no Facebook. Achei que fosse realmente de um movimento de meninas feministas da universidade. Posso ter entendido errado!

De toda forma, obrigada pelo esclarecimento. Agora eu posso dizer que sou feminista ;)

Luciana disse...

carol, o q n gosto é da generalização. Feminista= gorda,mal amada,lesbica.

Gordas,mal amadas e lésbicas existem em todos os lugares e grupos.Também não gosto do uso do termo "gorda' pq ele vem sempre como um defeito,assim como os outros 2 adjetivos.

Renata disse...

Lola, não tem a ver com o teu post, mas tem a ver com machismo: http://wp.clicrbs.com.br/davidcoimbra/2012/03/23/novas-maes-novos-pais/
Gostaria que tu comentasse esse post. Um abraço!

Coletivo Flores Crew disse...

Lola, vc ahazou gata! ser feminista é lutar, unir e ir contra a opressão, e não oprimir, nem se oprimir!!!

Anônimo disse...

Lola, concordo com você. Todos têm direito de serem feministas, não existe etiqueta. Ser feminista, independente de arcabouço teórico, pode inclusive promover a vontade por leituras mais aprofundadas com o passar do tempo. Desconfio que seja este o meu caso. No entanto, os detratores do feminismo, estes sim, deveriam constituir uma orientação teórica mais elevada antes de formular críticas regadas de senso comum.

Dionea disse...

Lola, eu gostaria muito de ler mais sobre feminismo sem ser em blogs. Tem bibliografia recomendada por você? rs

lola aronovich disse...

Aqui, Dionea, tem uma montanha de livros, muitos deles disponíveis online. APROVEITE!