sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A CARA DA PROFISSÃO MÉDICA

Esta semana eu (e mais um monte de gente) fiquei chocada com a notícia sobre a recepção aos médicos cubanos. Aqui mesmo onde moro, em Fortaleza, foi tirada a foto abaixo, que correu o Brasil: um médico cubano, negro, é insultado por manifestantes do Sindicato dos Médicos do Ceará. A notícia diz que os cubanos foram chamados de "escravos" e "voltem pra senzala".

Alguém por favor avisa esses manifestantes (na foto, essas), médicos ou estudantes de Medicina, pela imagem todos brancos, que não é possível chamar um negro de escravo impunemente? 
Porque, sabe, durante séculos os negros foram escravos. É totalmente diferente eu, branca, dizer "Trabalhei feito uma escrava ontem", de uma pessoa negra falar a mesma coisa. Meus antepassados não foram explorados, torturados, mortos, trazidos em navios negreiros para sobreviverem, em média, vinte anos (a expectativa de vida de um escravo negro). Se bobear, meus antepassados exploraram negros, valendo-se de uma ciência e religião racistas que tentavam justificar essa exploração. 
É terrível demais ver uma imagem dessas, de médicxs achando tudo bem chamar um negro de escravo. Essas são as mesmas pessoas, provavelmente, que são contra as cotas raciais (e sociais também). Porque elas acreditam em meritocracia, e sentem-se bem crendo que mereceram vestir um jaleco branco. Só que quando você acredita que "chegou lá" por mérito, você tem que acreditar que os que não chegaram nem perto de "chegar lá" também mereceram. E, pra acreditar nisso, você terá que fingir que uma história de séculos de opressão nunca aconteceu. 
Escravos negros eram analfabetos. Não porque queriam, mas porque era contra a lei ensiná-los a ler e escrever. Eles eram escravos, não tinham nada. E, quando finalmente veio a abolição, que é bem recente (125 anos não são nada em matéria de história), os negros não foram indenizados pelos trezentos anos de exploração. Não. Eles foram considerados livres e prontinhos pra competir de igual pra igual com os brancos. Como pode haver igualdade de oportunidades se a linha de largada é tão torta?
Não vou nem repetir os indicadores sociais que apontam uma ampla distância ainda hoje entre a situação de brancos e de negros e pardos, porque imagino que até os racistas conheçam esses indicadores. Vamos falar só da área de medicina. Sabe quantos estudantes concluintes de Medicina no Brasil são negros ou pardos? 2,66%. Num país em que negros e pardos são maioria da população, como explicar uma estatística dessas? Será que negrxs não querem ser médicos, nem engenheiros, nem advogados, nem juízes, nem deputados e senadores, nem presidentes? 
E será que mulheres negras querem ser empregadas domésticas? A grande maioria das empregadas brasileiras é negra ou parda. No Recife, por exemplo, 81% são negras. 
Nunca vou me esquecer de quando contei a um grupo de alunos adolescentes brancos, da elite de Joinville, que uma mulher negra no Brasil ganha 50% menos que um homem branco, e eles responderam, com escárnio: "Mas também, teacher, são todas empregadas!" Nenhum questionamento deles sobre por que o serviço doméstico seja a terceira atividade que gera mais empregos para mulheres, ou por que uma profissão tão desvalorizada e que paga tão mal seja exercida por negras, ou por que o salário de uma empregada e de um, sei lá, médico, é tão díspar. 
Esta terça, uma jornalista do Rio Grande do Norte foi manchete por externar o preconceito de tantos brasileiros. Ela disse:
Pois é. Num país em que 97% dos médicos são brancos, e em que 60% das empregadas domésticas são negras, ver uma médica negra deve ter embaralhado a cabeça da jornalista. 
Só que Cuba não é esse país. A julgar pelas fotos dos médicos cubanos que desembarcaram no Brasil, parece que lá negras e negros têm oportunidade de chegar a ser médicos. Aqui, não. Isso é bom? Devemos ter orgulho da nossa educação elitista, do nosso racismo?

Tenho lido tanta idiotice sobre a vinda dos médicos cubanos... Algumas coisas só por eles serem de Cuba, lógico, o país mais odiado do mundo pelos reaças de qualquer lugar. Daí pros reaças dizerem que médicos cubanos são agentes comunistas disfarçados de empregadas médicas é um pulo. Dizem também que o Brasil estará financiando a ditadura de Fidel, e que a medicina cubana é péssima, porque, né, com nosso eterno complexo de vira-lata, acreditamos piamente que nada de qualidade possa surgir na América Latina. 
Li também que, se o médico fosse de Harvard, aí tudo bem ("eu até inventaria uma doença pra ser tratado por ele", disse um reaça). Outro afirmou que, se os médicos fossem suíços, não cubanos, eles certamente não precisariam fazer exame nenhum de revalidação, porque estariam automaticamente qualificados a dar aulas de medicina pros médicos brasileiros. Nenhum racismo nessa afirmação, por supuesto (ou você consegue imaginar um país mais branco que a Suíça?). 

Jamaicana é diretora do OPAS
Embora eu seja a favor da vinda de médicos de fora para atuar em municípios brasileiros onde os médicos daqui não querem ir, eu fico com um pé atrás com a brecha legal que pode ser aberta por profissionais que atuarão aqui estarem sujeitos às leis trabalhistas de outro país (o salário de R$ 10 mil será pago à Organização Pan-Americana de Saúde, que o repassará ao profissional; segundo o ministro Padilha, outros cinquenta países que têm convênio com Cuba também fazem isso). 
E fico receosa com notícias de que alguns municípios pobres e pequenos demitirão seus poucos médicos (que recebem R$ 30 mil mensais) para ficar com os médicos estrangeiros, financiados pelo governo federal. Porque aí cairia por terra o argumento de que a vinda dos médicos de fora não afetaria em nada os médicos brasileiros (se bem que 84% dos contratados pelo programa Mais Médicos atuarão no interior do Norte e Nordeste, e os médicos brasileiros não estão exatamente fazendo fila pra trabalhar em Coari, AM. E também porque as prefeituras que demitirem médicos perderão recursos). 
Mas é igualmente preocupante, pra mim, ver médicos brasileiros boicotando o Mais Médicos, ou ver o presidente do Conselho Regional de Medicina de MG dizer que vai mandar a polícia onde tiver um médico cubano, "como fazemos com um charlatão ou um curandeiro", e que orientará "seus médicos" a "não socorrerem erros dos colegas cubanos".
É também revoltante ver matérias de médicos que burlam a lei e não trabalham. Ou que há muito mais estudante que faz Medicina pra ganhar bem do que pra atender à população. Ou que um dos gritos de guerra de médicos que se manifestaram diante do Ministério da Saúde foi "Somos ricos, somos cultos. Fora os imbecis corruptos". 

Mas nada disso foi mais chocante que ver médicxs branquinhos gritando "Voltem pra senzala" pra médicos negros. Porque "voltar pra senzala", num contexto em que nem 3% dos médicos brasileiros são negros, quer dizer voltar pra onde mesmo? Pruma profissão como a de empregada doméstica? Essa sim tem mais a cara da trabalhadora negra, é isso que você está dizendo?

94 comentários:

Anônimo disse...

Essa é a praga de país que me dá orgulho...

Boas idéias para ajudar a solucionar o problema esses médicos filhinhos de papai não querem nem tentar ter.

Mas para bolar frases ofensivas de duplo sentido é dois toques.

Lord Anderson disse...

Eu tenho ressalva e muitas a como o programa mais medicos vem sendo conduzido, mas não da pra ficar indoferente a todo esse odio e raiva que tem sido vomitado pela classe medica (em grande parte) e muitos outros setores da nossa sociedade.

O proprio conselho de medicina que é tão lento pra apurar denuncias contra maus profissionais brasileiros esta aflito e ansioso para de algumar forma denunciar e prejudicar os recem-chegados.

E a fala dessa jornalista que ja começa com o "não sei se é preconceito"...se ainda não sabe tá dificil viu?


Infelizmente para quem tem preconceito de classe e raça, entender que o fato de pessoas com "cara de domestica" se tornarem medicos em Cuba, é algo a se admirar, é praticamente impossivel.

Anônimo disse...

Lola

Sobre a questao das prefeituras demitindo, ha muito terrorismo da midia nisso. Leia o post abaixo:

http://www.ocafezinho.com/2013/08/30/desmontando-a-pegadinha-da-folha/

Anônimo disse...

Lola, como ja disse em outros posts nao gostei da idéia do programa mais medicos,nao gostei porque acho que haveria soluções melhores ( planos de cargos e salários nacional para os medicos, com a possibilidade de ser promovido e mudar de cidade com o decorrer da carreira se assim desejassem- dai talvez os medicos aceitassem ir pras regiões longínquas)
Mas, ok, o plano de carreira nao aconteceu? O contrato de trabalho esquisito? ( sem vinculo CLT, sem ferias, sem 13o.etcetc...) ok, mesmo assim tem medico que aceitou vir pra cá?
Ok, deixemos que venham e que sejam muito bem recebidos,
Minhas ressalvas com relação ao programa nao sao contra qualquer nacionalidade de medicos, so acho que e uma medida tapa buraco e que nao resolvera muito.
Ainda tendo ressalvas, acho que os profissionais devem ser bem recebidos, e que NADA justifica as vaias e agressões contra os cubanos que desembarcaram em Fortaleza, por ex.Eles nao são culpados de nada, estao vindo aqui pra atender.Tenho vergonha de dizer que esses que vaiaram os cubanos são meus colegas de profissão.
Parece que houve ameaças de prefeitos de cidadezinhas de trocar medicos que ja estavam ali pelos do programa mais medicos,porque seria mais econômico pra prefeitura da cidade ( e claro, porque os gastos do mais medicos serão custeados com $$ federal e nao municipal) - porém li agora ha pouco, que os municípios que demitirem medicos para " trocarem" pelos cubanos serão descredenciados do mais medicos e isso sera rigorosamente fiscalizado pelo ministério da saude (?) - nao sei se sera assim, na pratica.
Quanto a jornalista que postou esse comentario no facebook, so espero que seja investigada pelo ministério publico por racismo,porque se esse comentario nao e racista, nao sei que outro nome isso tem,acredito que alguma associação de movimento contra o racismo, ou de afro descendentes, inclusive ja deve ter feito a denuncia,
Bem ,vamos aguardar e que sejam bem recebidos,uma coisa e nao concordar com o programa, e preferir outra solução, mas dai a agredir e boicotar os medicos que vieram trabalhar aqui acho demais pra minha cabeça.
Beijos !!!;))

Mariane disse...

Nojo destes médicos.

Estudar tanto pra ser tão idiotas. Que o pessoal de Cuba saiba que eles não representam o Brasil.

Hamanndah disse...

Racismo nojento!

Anônimo disse...

Não vou entrar muito na questão do programa Mais Médicos, mas na do racismo. É isso mesmo que você disse, Lola. Na escola do meu filho, por exemplo, que é uma escola de classe média alta em um bairro nobre de São Paulo, eu vi UM estudante negro. Já vi uns outros dois pardos, mas só. Imagina? Em uma escola com, não sei, uns 2 mil alunos, apenas UM é negro? Quando o vejo, ele até chama a atenção, tão díspar é sua presença ali.
Devido ao nosso meio social, não temos muito contato com pessoas negras. Meu filho, por exemplo, conhece duas: a faxineira que vem em casa duas vezes por semana e a avó de uma amiguinha da classe dele, que também é faxineira – trabalha no colégio. Meu filho ama essas duas pessoas; beija, abraça, diz que está com saudades. Conversa, brinca, quer contar o que fez na escola. Um dia, quando estava colorindo um desenho cheio de crianças como parte da lição de casa, percebi que estava colorindo todas as crianças de bege, ou “cor de pele”, como ele dizia. Aí eu perguntei: mas por que você não pinta elas com essas cores (mostrei o marrom, o preto)? Ele respondeu: "mas não tem crianças dessa cor. Pessoas dessa cor são só as que limpam as casas.” Juro, foi um choque pra mim. Porque ele não estava falando com preconceito, ele estava apenas constatando o que ele vê da realidade da vida dele. Ele não está acostumado a ver crianças negras: não tem nenhuma na escola (essa que eu citei estuda em outro período, meu filho não conhece), na aula de caratê, na aula de inglês. As únicas negras que ele conhece são faxineiras. Que tristeza! Eu, que me revolto com preconceito, que tento passar bons valores para meu filho, quase chorei quando ele disse aquilo. Expliquei que não era assim, que era apenas coincidência que as pessoas negras que ele conhecia eram faxineiras, que há muitas crianças negras, que são iguaizinhas a ele, vão à escola, gostam de brincar, deixam as mães loucas... rs. Ele entendeu e passou a colorir várias crianças do desenho de negros, super contente com a descoberta. Eu sou uma mãe presente, trabalho de casa para poder acompanhar o crescimento do meu filho, estou sempre junto nas tarefas e brincadeiras e cursos, e mesmo assim não tinha percebido o que meu filho estava captando do mundo. Mas o que fazer para mudar isso? É tão difícil. A realidade é tão triste e injusta. Eu senti uma enorme vergonha vendo todos aqueles médicos ofendendo os cubanos, não só com os xingamentos de “escravo”, mas com tudo. Imagine mudar para um país e ser recebido daquela forma? Se eles acham que o programa Mais Médicos é equivocado, errado, o que quer que seja, que se queixem com quem decide, com que criou o programa. É muito fácil hostilizar o mais fraco. É também muito cruel.

Leandro disse...

Questões impertinentes sobre a vinda dos médicos cubanos

1) Receberão algum percentual do salário que o governo brasileiro pagará diretamente ao governo cubano ou receber pelo trabalho é coisa de capitalista burguês?

2) Os médicos cubanos serão vigiados no Brasil por representantes do governo cubano ou do governo brasileiro? Se sim, quanto vai custar?

3) O governo brasileiro concederá asilo político àqueles que eventualmente decidirem permanecer no país? Ou fará como fez com aqueles pugilistas cubanos?

4) Senão, os médicos cubanos que para cá vieram ajudar o governo brasileiro a ajudar, o governo cubano irá prendê-los e deportá-los?

5) Os médicos cubanos que eventualmente conseguirem ficar no país e aqui constituir família poderão processar o estado brasileiro por terem trabalhado sem nada receber?

6) Os médicos cubanos que eventualmente conseguirem ficar no país ou fugirem para outro lugar poderão processar o estado brasileiro por violação dos direitos humanos perante algum organismo internacional?

7) No caso de uma eventual condenação pecuniária, quem vai pagar o valor seremos nós, a sociedade brasileira, ou a presidente e os membros do seu governo que participaram desse acordo com o governo cubano?

Anônimo disse...

Lola,

Sobre chamarem o trabalho dos cubanos de " trabalho escravo" , porque nao tem ferias , 13o, carteira assinada, etc: tem um texto muito bom do Sakamoto que diz que comparar com" escravidão" e exagero...ele cita exemplos de casos reais de trabalho escravo que ainda ( infelizmente ) acontecem no Brasil.
Nao acho bom o contrato de trabalho do mais medicos e eu nao aceitaria, mas concordo com o Sakamoto que chamar de " escravo" e demais.

Antonio Kleber Gomes disse...

Incrível, Lola. Texto muito bem escrito. Fico impressionado com o absurdo dos comentários feitos por esse povo. Parece a argumentação de quem é a favor do viaduto do cocó: comentários vezios, reaças, depreciativos, sem solidez alguma de argumentação.

Bela Campoi disse...

Alguns têm usado a expressão "máfia de branco" pra expressar o corporativismo dos médicos e sua ideias tortas. Eu tenho visto gente se revelar por conta desse debate: é incrível como o Mais Médicos incitou o ódio, o preconceito, a hipocrisia da elite. Eu tenho me chocado tanto, que me entristeço facilmente...

Bela Campoi disse...

Outro bom esclarecimento: os que atuarão no Mais Médico, por 3 anos, receberão uma bolsa, não é salário... Eu bem me lembro dos meus tempos de bolsista, mas jamais cabe a analogia à escravidão. E outra coisa, a atuação de médicos cubanos em mais de 50 países é a maior fonte de financiamento externo que Cuba recebe (mais do que o turismo) e isso banca as pesquisas de ponta e as universidades gratuitas onde gente do mundo todo estuda sem pagar. Outro ponto: não se pode entender Cuba sem considerar o embargo econômico que eles sofrem. É mesmo difícil entender o sistema deles se pensamos "with a capitalism mind"!! Eu estive em Cuba e admiro e apoio o sistema, mantenho amigos, mando roupa e café quando dá..rss.. Viva la Revolución!!

MCarolina disse...

Eu sempre fico surpresa ao ver um médico ou uma médica negra. Tem poucos mesmo. Não só médicos, mas a maioria das profissões bem pagas são brancas.
No colégio onde estudei, perto de onde você morava quando era adolescente, tinha 2 negros, e um era o Jairzinho, filho do Jair Rodrigues. Daquele colégio só saiu um médico negro da minha idade se a minha colega (a outra pessoa negra do colégio) tiver feito medicina. O que é muito muito muito bizarro é achar a inversão dessa situação uma coisa ruim. Metade do país é pardo ou negro. Finalmente esse pessoal vai ser atendido por alguém que se parece com eles, e vão se enxergar em uma profissão de prestígio. Talvez até pensem em estudar medicina. E uns idiotas sem noção vão lá gritar "escravos???". Dá vontade de matar. É algo que a gente até sabe que as pessoas pensam e falam, mas jogar assim para o mundo é muito chocante.
Quanto ao programa em si as notícias andam muito rápido. Já foi noticiado que o governo vai descredenciar quem demitir médicos brasileiros e que grandes jornais montaram uma farsa desse tipo de história, pois sua personagem principal foi demitida por acumular serviços ilegalmente e receber sem trabalhar. Novidade né? Enfim, depois disso tudo perdi TOTALMENTE a paciência com médicos brasileiros e seu mimimi sem fim. Tenho parentes médicos. Eles ganham muito bem, tem bastante trabalho, NÃO recebem sem trabalhar e moram em cidades grandes do sudeste. Estão super bem e não serão prejudicados. Espero que eles enxerguem a situação como ela realmente é, e pensem no bem estar de toda a população do país, de um modo geral.

Fernanda disse...

Por mim, baixava era Cuba inteirinha! Ai sim a gente ia fumar charuto que presta, beber mojito que presta, tocar, dançar e cantar musica que presta e fazer um monte de filho colorido! :D :D :D

Elaine Cris disse...

Infelizmente a maior parte da classe médica está fazendo um papelão nos últimos meses.
Não sei se eles se dão conta de que até então eram uma classe quase intocável, nunca questionada, mas devido aos últimos acontecimentos, parte desse respeito quase cego que se tinha pela figura dos "doutores" se foi pelo ralo.
Eles estão sendo mais vaiados pela população que os médicos cubanos nesse dia foram por eles e não querem se dar conta disso.

Patty Kirsche disse...

A classe médica está com medo de perder poder. E é o que tem acontecido mesmo... O que dizer dos vetos ao ato médico e do programa "Mais médicos"? E a classe fica interpondo recursos mirabolantes e não consegue impor sua vontade.

Não vou dizer que seja um problema de toda a classe profissional, mas que tem uma boa porção que é pedante, isso tem. Já fui terrivelmente destratada por vários médicos e médicas, principalmente ginecologistas.

Eu fui uma vez a uma festa da med em Pinheiros e fiquei estarrecida com o tratamento que alguns deles me deram, e isso porque ainda estavam na graduação. E lá na Unifesp é a mesma coisa. Graduandos dos outros cursos costumam reclamar que medicina tem vários privilégios. Fora que os trotes da med são sempre mais agressivos e nunca rola nenhuma punição. Eu cheguei a testemunhar um moleque careca e com a (pouca) roupa toda rasgada andando pelo Hospital São Paulo. Também vi meninas do primeiro ano amarradas a árvores nas ruas da Vl. Clementino com marcas de mãos masculinas feitas com guache na bunda, nos seios, na virilha...

O fato é que existe uma fantasia social aqui no Brasil de que entrar na med confere algum status ao indivíduo. Isso cria uma fantasia de poder, e esse poder não é só econômico. É simbólico também, totalmente abstrato. E é reiterado também nesse processo oligárquico da profissão. Ora, se começam a aparecer intrusos(as), a classe vê isso como uma ameaça. Ainda mais gente negra, que já se acostumaram a ver como "domésticas". Imagina se a empregada começa a pensar na possibilidade de estudar medicina também?

Vejo de forma muito positiva essa mudança de paradigma. Tomara que se incomodem muito ainda. Porque ver negros(as) na penitenciária nunca incomodou, né?

@dddrocha disse...

Nossa Lola, que porrada esse post.
Esse dia em que xingaram o médico fiquei com mal estar por muito tempo, é difícil aceitar que as pessoas pensem e hajam dessa forma.
Nossa sociedade é muito atrasada, preconceituosa em todas as vertentes e intolerante.
É de chorar mesmo.

Anônimo disse...

Pro Ministério Publico abrir um processo contra essa tal 'jornalista' não precisa que alguém de fora acuse formalmente?

Alguém se habilita?

bruna disse...

Lola, adorei esse post, muito sensato! Eu estava com saudade de ler os seus posts, sempre tão esclarecedores. Concordo com tudo, inclusive com relação aos direitos trabahistas dos médicos cubanos.
Quanto ao racismo da elite, me sinto profundamente envergonhada :(

Anônimo disse...

Sobre o aborto: http://elpais.com/elpais/2013/07/25/opinion/1374768574_819577.html

Raquel disse...

Nossa, parabéns por esse texto. Sou uma mulher negra e de classe média - amo seu bloguinho - e percebo claramente como a nossa sociedade é atrasada, principalmente a classe média mesmo. Sofro na pele desde que nasci... ou desde antes.
Tomara que os médicos cubanos sejam fortes, pois passarão maus bocados, infelizmente :P
Mais ou menos assim: os brasileiros amam tudo relacionado aos negros, menos os negros...

Anônimo disse...

Sou completamente contra ofenderem os médicos cubanos que estão vindo ao Brasil, pois a revolta precisa ser contra o governo, e não com os cubanos.

Além de ter sido algo desnecessário vaiar os cubanos, foi de uma infelicidade imensa vaiarem um negro. Com certeza tinha cubanos brancos e pardos chegando e que também foram vaiados, mas é a foto das vaias ao negro que é divulgada.

Será que vocês realmente acham que estão chamando os cubanos de escravos pela cor da pele?

É claro que não! É que as condições que serão oferecidas aso cubanos são muito diferentes das condições oferecidas aos demais médicos estrangeiros do programa.

É que parece ou não escravidão as condições oferecidas as cubanos???? Será pago uma quantia muito baixa em relação aos demais profissionais (inicialmente o Padilha disse que eles receberiam o mesmo que recebem em Cuba, ou seja cerca de 100 reais, além de casa e comida), não pode trazer a família, será realizado em local sem infra-estrutura, não podem escolher a cidade, etc.

Ninguém sabe ao certo as reais condições desse contrato, pois o governo está escondendo (por que será?), mas se for como na Venezuela, eles só poderão sair após as 19h com autorização de seu superior, só poderão se envolver amorosamente com pessoas comprometidas com o ideal revolucionário, não podem dar entrevistas sem autorização.

Os cubanos não puderam se inscrever no programa individualmente como os demais estrangeiros. Eles não têm essa liberdade!!

E já foi avisado que o governo brasileiro não concederá asilo!!!!

Jararaca

Anônimo disse...

Fui olhar agora as fotos dos cubanos desembarcando e negros estão longe de serem a maioria. Ninguém está se referindo aos cubanos como escravos por causa da cor da pele...

Se algum empresário brasileiro decidisse "importar" 4 mil costureiros bolivianos, pagar a eles menos do que o salário mínimo, sem direito a férias, folgas por doença, FGTS, etc, sem direito a desistirem do trabalho no meio do contrato, sem a possibilidade de trazerem suas famílias, com grande dificuldade de comunicação com a família (em Cuba a internet é restrita), dentre outras coisas, se isso fosse descoberto no outro dia os fiscais iriam lá libertar as pessoas de situação análoga à escravidão.

Médicos que foram "voluntários" em outras missões alegam que há reais voluntários, pois por menor que seja o salário, é melhor que em Cuba (lá os médicos não ganham nem 100 reais e grande parte trabalha de outra coisa como motorista, etc), mas que muitos são coagidos a irem para essas missões.

Jararaca

Anônimo disse...

Eu achei todas as recepções aos médicos estrangeiros extremamente inapropriadas. Tanto as a favor quanto as contra o programa. Palhaçada de todos os lados.

O fato dos médicos estrangeiros serem recebidos no aeroporto pelo ministro da saúde com todas essas honrarias deixou os médicos brasileiros ressentidos. Pode ser mimimi dos médicos, mas ficou parecendo que eles são as pessoas que irão salvar o país, enquanto os médicos brasileiros são um lixo e que não servem para nada. As condições de trabalho dos médicos são ruins e sofremos demais no trabalho. Não estou falando nem de sofrimento mimimi não, é de ver o povo sofrer e morrer por coisas evitáveis. Isso acaba conosco. Podem rir e não acreditar, mas a maioria dos médicos trabalha muito para o povo sim. Uns ou outros é que queimam o filme da classe toda. será que ninguém aqui teve uma boa experiência com médico?

Os médicos cubanos chegarem de jaleco e com bandeirinhas de Cuba é pura provocação. Não sei de quem foi essa idéia, se dos chefes deles cubanos ou dos marqueteiros do PT, mas foi prato cheio para tirarem fotos "lindas" dos nossos salvadores.

A recepção feita por alguns médicos, vaiando, não foi menos ridícula. Como disse, a revolta é contra o governo e não contra os cubanos. E por azar ainda vaiaram um negro, para polemizar mais ainda a situação.

Jararaca

Anônimo disse...

Anônimo das 19:58

Acredito que , como no episódio da menina que escreveu no Twitter uma frase ofensiva e racista contra os nordestinos em 2010, quando a Dilma ganhou a eleição, as próprias entidades contra o racismo ja devem ter feito a denuncia formal ao MP.No caso da menina que escreveu a frase racista em 2010, ela foi condenada no ano passado.

Thays disse...

sobre a demissão de médicos brasileiros: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/08/facebook-desmascara-denuncia-folha-medicos.html

Liana hc disse...

Horrível isso. Há uma questão muito forte de ego na reação da classe médica brasileira. É de se lamentar o tipo de recepção que os médicos cubanos receberam.

Unknown disse...

meu deus,que ridiculo.então não pode chamar eles pelo que são somente porque os antepassados dos negros sofreram?eles de fato são escravos do senhor feudal da ilha-presídio.
E outra, claro que cuba é odiada,afinal é a mais longa e sangrenta ditadura da américa.se voce defende cuba,me perdoe lola,mas a criminosa é voce.

Bruna S. disse...

Lola!

Te mandei um e-mail com o titulo "Reportagem sexista,jornalismo punheteiro" sobre uma matéria ridícula da ZH ( quem mais?). Quando vc puder dar uma lida, agradeço!

Unknown disse...

Oi Lola,

É muita idiotice dita sobre o assunto de fato.

Não acredito no "Mais médicos", o considero inócuo e uma medida que tende a reforçar o tema da precarização do trabalho. Mas uma coisa por si só já é positiva no episódio: o escancaramento de nosso racismo.

É importante que os branquinhos xinguem os cubanos e que todos fiquemos envergonhados. Isso é bom. Desde que nos envergonhemos e isso nos ajude a entender que precisamos combater com todas as forças o racismo.

Ppostei dois textos sobre o assunto no meu blog. Deixo os liks aqui:

1. "Mais médicos" é um programa escravocrata?

Abraços

Fernanda disse...

Gente, pega leve com a Lola que esse blog ta por um fio! Cambada de unknow da muléstia!

Anônimo disse...

é incrível ter gente achando q chamá-los de escravos e mandá-los de volta à senzala é uma crítica ao governo de Cuba e não racismo (como se nossos médicos estivessem preocupados com essas questões.. ) Esse post no fb da jornalista diz muito bem o que todo esse povo contra a vinda dos médicos quer dizer, mas tem medo.
A maneira que alguns brasileiros vem se comportando não é diferente das demostrações de racismo e xenofobia que vemos na Europa.. Mas, vamos acreditar que essas meninas da foto não estavam pensando no próprio umbigo e sim fazendo uma crítica linda contra a ''mais longa e sangrenta ditadura da américa'' como colocaram ali em cima, aham

Unknown disse...

Ops... um link ficou quebrado e o outro simplesmente não saiu. :(

Posto agora então:
1) A cara de médico dos cubanos, a cara de domésticos dos negros e negras e a cara de pau da classe média brasileira
http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br/2013/08/a-cara-de-medico-dos-cubanos-cara-de.html

2) "Mais médicos" é um programa escravocrata?
http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br/2013/08/mais-medicos-e-um-programa-escravocrata.html

Abraços

Anônimo disse...

Giambatista,

Queria muito ler seu texto sobre o programa mais medicos mas meu navegador nao abre o link!! Reparei que vc posta através do Google + , ao qual meu blog nao esta conectado...nao sei se e esse o problema :(

Anônimo disse...

Giambatista,

Consegui ler seus dois textos sobre o assunto, so nao consegui comentar lá no seu blog porque pelo que entendi, o meu nao esta conectado ao Google + , entao meus comentários vao por aqui:
Concordo com quase tudo o que vc escreveu, e apesar de gostar muito do governo da Dilma, nao achei o mais medicos uma boa idéia, pelas mesmas razoes que você.
Ainda digo mais, tem muito medico que trabalha num esquema " caixa dois" , nao reclama, mas vem reclamar da bolsa do mais medicos,(??!) no minimo estranho,
So nao concordo na maneira como vc escreve sobre a " classe media" .parece que classe media no Brasil e o vilão, quando na verdade nao e...os verdadeiros vilões daqui são pessoas muito acima da classe media,e que freqüentam lugares e tem acesso a coisas as quais a classe media jamais vai poder ter,..mas entendo que as pessoas da " classe media" ( pelo menos aqui de SP)vem criticando o governo atual que melhorou muito o poder aquisitivo em geral, principalmente das classes mais pobres, e nao sei por que, isso incomoda muita gente, quando ao contrario, deveria alegrar...bem, mas ai ja e outra discussão da qual nem entendo muito do assunto.
Gostei dos textos, parabens pela sua opinião.
Se quiser faca contato comigo através do meu blog, pois nao consigo comentar o seu.
Abraço !;)

Anônimo disse...

Desviaram a polêmica do programa "Mais Médicos" para um suposto racismo e fecharam os olhos para temas como a precariedade do sistema de saúde no Brasil, a precariedade dos vínculos médicos, a exploração dos cubanos, etc.


A dificuldade de fixação de profissionais médicos no interior é um problema crônico e que não ocorre só no Brasil. Diversos países desenvolvidos como a nossa presidenta gosta de citar atraem médicos estrangeiros e muitos vão para esses locais. O que a presidenta e o ministro Padilha se "esquecem" de dizer é que há regras para a revalidação de diploma nesses países.

Como disse, o problema da falta de médicos no interior é antigo, assim nada justifica tomar medidas abruptas. Eles tiveram MUITO tempo para fazer algo planejado e não o fizeram. Se fazem algo hoje é com objetivos eleitoreiros, vide queda de popularidade da presidenta e a candidatura do ministro Padilha ao governo e São Paulo.

O programa é tão mal feito que qualquer prefeitura pode se cadastrar pedindo médicos. Ora, qual prefeito não vai querer médicos pagos pelo governo federal???? A prioridade não deveria ser dos locais sem médicos? Tinha vaga na idade brasileira com o maior IDH!

Divulgaram inicialmente que o objetivo era levar médicos para cidades sem médicos, onde nenhum quer ir, e que por isso estava justificado permitir que estrangeiros e brasileiros que se formaram no exterior trabalhassem sem a revalidaçao dos diplomas. Mas vocês viram para onde foram esse pessoal? Capitais e litoral. Se podiam escolher lugares "bons", é óbvio que sobrariam os locais piores. E era isso mesmo que o governo queria: mostrar ao povo que os médicos não quiseram ir para o interior e com isso justificar a vinda dos cubanos, que já estava planejada há tempos.

Jararaca

Fábio disse...

Em 2014, o orçamento federal da saúde será de 100 bilhões de reais, e problema da saúde no brasil nunca foi recurso, mas si má gestão.
Agora com as medidas de cunho ideológico, disfarçadas de humanitárias
( como de costume) vemos o porque : Sucatearam a saúde de proposito, para implantar este nefasto bolivarianismo no coração do país, cria-se a dificuldade, para vender a “facilidade”, e a educação e a próxima, ja esta na mesa da presidentE, o projeto "mais professores"
Os escravos cubanos que vieram e ainda virão para o Brasil já estavam de malas prontas muito antes de o governo anunciar o tal “mais médicos”.

Isso porque o contrato com a Venezuela terminava e os genocidas da ilha-latrina estavam desesperados para arrumar algum lugar para desovar seus escravos e, evidentemente, embolsar a “mais valia” de seus “médicos” (na verdade trata-se de agentes de saúde).

A bola da vez, segundo as diretrizes do Foro de São Paulo foi o Brasil, que se comprometeu com 6.000, dos quase 26.000 que estavam na Venezuela e que são exportáveis pelo governo comunista. No final, como o governo do PT teve que abrir vagas para brasileiros e outros estrangeiros (o plano original era contratar apenas cubanos, mas a grita foi grande e o governo teve que dar os dedos para não perder a mão) virão apenas 4.000, ao menos nessa primeira etapa.

Mas isso é só o começo: o plano é chegar a pelo menos 20.000 escravos.

Funcionará assim: como a saúde EVIDENTEMENTE não irá melhorar com os 4.000 escravos cubanos, até porque o problema da saúde NÃO É FALTA DE MÉDICOS ou verbas, mas sim de ESTRUTURA e ORGANIZAÇÃO, o governo do PT, ainda ano que vem, no apagar das luzes do mandato da Wanda, irá mandar buscar na ilha-prisão os outros 16.000 escravos.

E aí ficaremos com 20.000 escravos do PCC (Partido Comunista Cubano – qualquer semelhança NÃO É mera coincidência…). Como cada médico rende LÍQUIDOS R$ 8.000, ou US$ 3.300 dólares mensais para o governo cubano, isso será o suficiente para manter uma ajuda anual de quase (3.300 X 20.000 X 12) US$ 800 MILHÕES para os carcereiros da ilha.

Uma bela ajuda para equilibrar as contas de um país que só negocia com o exterior charutos, açúcar e propaganda comunista.

L. G. Alves disse...

Tenho tantas perguntas a fazer a respeito disso tudo. Por exemplo: por que cubanos e não portugueses? Espero que sejam submetidos a testes para saber se podem exercer a profissão aqui porque já basta o sofrimento que nossa gente passa com vários dos nossos médicos e do sistema de saúde deficiente. Soube que até traficante de drogas se inscreveu no programa. Deixo aqui um texto interessante que li recentemente: http://saladamedica.wordpress.com/2013/08/27/o-que-o-salada-pensa-sobre-o-mais-medicos/

Anônimo disse...

Lola e demais meninas,se estes médicos cubanos quiserem romper com o acordo entre governos, e seguir seus caminhos, viver com o fruto sua força de trabalho proletária, o que eu considero um direito sagrado do ser humano, será que eles terão acolhida no brasil, ou correm o risco de serem deportados de volta a Cuba ?

Anônimo disse...

Lola o que vc achararia de ter 60% do seu salario de professora, retido pelo governo federal ?

Anônimo disse...

Lola!! A história de que Prefeituras demitiram médicos brasileiros para substituir por estrangeiros é mentira! Dê uma pesquisada, isso foi forjado.

Só pra expressar meu ponto de vista: concordo que o Governo incentive a vinda de profissionais de fora, MAS acho essencial (1) revalida e (2) aplicação da lei brasileira no nosso território. Não acho adequado abrir mão da nossa soberania seja para qual for o país ou entidade estrangeira.

Também fico dividido com essa história de racismo. Moro em SC e conheço pessoalmente dezenas de médicos. Em momento algum eles expressaram qualquer racismo, a "escravidão" a que eles se referem é o regime cubano que se apropria de tudo que eles têm (calma, não sou reaça... me considero de esquerda mas não acho o socialismo cubano nenhum modelo a ser seguido =P). Honestamente não sei se a manifestação das "patricinhas" da reportagem teve cunho racista ou se foi oportunismo midiático, mas, com base nos médicos que conheço, eu não iria presumir racismo por parte deles. Não quero nem imaginar alguém agindo motivado por diferença de cor de pele em pleno ano 2013.

Unknown disse...

O inimigo número 1 do comunista é o sujeito bem sucedido.

É por isso que ele odeia tanto o mérito e o talento individual. Recalque puro.

Unknown disse...

Oi Maria Valéria,

Meu blog está conectado com o Google Plus mesmo mas tenho impressão que dá pra comentar mesmo sem conta no plus. Mas é só impressão. Não tenho certeza. :(

Fico agradecido pela visita, pela leitura, pela tentativa ainda que frustrada de comentar e satisfeito por você ter gostado dos textos.

O caso da classe média é algo que merece uma discussão mas profunda mesmo. Sou daqueles que não enxergo o conceito de classe média com a capacidade de consumo das pessoas. Aquele negócio de classe A,B,C,D,E tão vendido pela grande mídia e até mesmo pelo governo com o lance de "nova classe média" esconde o conceito sociológico do termo.

Tenho um marcador que trata do tema das classes sociais no blog. É o
http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br/search/label/classes%20sociais

Mas acho que vale uma postagem específica sobre o assunto.

Abraços

Anônimo disse...

LG Alves

adoreis texto que você indicou,comentei no próprio blog da medica !;)) bela reflexão,

Mihaelo disse...

Este blog da Lola nos permite ver como o Brasil está cheio de racistas,sexistas e reacionários horrorosos.
3000 reais(cerca de 1300 CUCs) é uma fortuna em Cuba, já que lá os preços são em pesos cubanos(que valem 24 vezes menos que o CUC que é exclusivo para estrangeiros).A passagem de trem de La Habana para Santiago(850km) custa apenas 30 pesos(apenas 3 reais) para os cubanos, é muito baratíssimo, mais barato que uma passagem de ônibus urbano no Brasil.Mas para os estrangeiros esta mesma passagem de trem custa 30 CUCs( cerca de 75 reais), e ainda assim é bem mais barato que custaria uma passagem de trem para a mesma distância, se existisse trem no Brasil.Mesmo pagando em CUCs, eu comprava bem mais barato do que compraria no Brasil, na Europa ou na América do Norte. Os médicos dos outros países não têm esta vantagem.10000 reais na Europa é um salário modesto, já que no capitalismo os governos não fornecem moradia e nem alimentação como ocorre em Cuba.E aqui no Brasil, os médicos cubanos também receberão moradia e comida do governo brasileiro. Portanto eles terão três mil reais limpos para economizarem e voltarem a Cuba e poderem comprar eletrodomésticos, computadores e móveis que são vendidos apenas em CUCs.
E também nas periferias das capitais os médicos brasileiros não querem trabalhar. É por isto que também nas capitais, alguns médicos serão alocados.
Ou seja, não se pode comparar realidades diferentes com a medida de nossa realidade!! A humanidade não é unificada, como querem fazer crer os neoliberais capitalistas.
Os professores das escolas públicas que ganham apenas 1500 pilas para trabalhar 40 horas, gastam mais da metade de seus salários de ESCRAVOs(isto sim é trabalho escravo) com moradia, já que os governos capitalistas se negam a fornecer moradia para os trabalhadores mal remunerados.

Anônimo disse...

Giambatista,

Consegui comentar lá com meu Google +,!! Acho muito valido aprofundar a discussão sobre as classes sociais, porque o conceito que tenho ( ainda) e exatamente esse passado pela mídia com base no poder aquisitivo.!!
Obrigada pelo retorno.um abraço !;))

Anônimo disse...

Lola,
Uma idéia que li recentemente em algum lugar, seria fazer o sistema de saude do Brasil como no Canadá , 100% publico,
Isso ao menos evitaria casos como o vídeo que vc postou , de cara bater ponto e sair do hospital para atender no particular.
Claro, demandaria gastos,investimentos,mas o resultado compensaria, em minha opinião,
" ahh mas nao e meu perfil atender gente de baixa renda" - sinto muito, você escolheu atender pessoas, se quiser somente clientela rica preste vestibular pra outra area que nao da saude.
Claro que estamos falando de países com realidades diferentes, ne? Nem se compara Brasil com Canadá,mas foi uma idéia que alguem sugeriu e da qual gostei,
Bj

Duda Jorge ♫ disse...

Como são perguntas impertinentes, não precisam de respostas, então também são retóricas? Com certeza, fiquei confusa com seu "comentário", não entendi se foi irônia ou se as perguntas são sérias.

Anônimo disse...

@Mihaelo
Então por que não pagar apenas os 3.000 que cada médico vai receber? para onde vão os outros 7.000?

Duda Jorge ♫ disse...

Tenho quase 30 anos, e só conheci 3 médicos do SUS que deram bom atendimento. A minha antiga pediatra que já faleceu, um cirurgião plástico que hoje é chefe do setor de queimados do hosp. Tatuapé e uma endocrinologista quase recém formada, dois anos de experiência apenas, que atende em um AMA especialidade.
1 médico com atendimento humano por década, assim fica difícil acreditar na boa índole da classe médica.

Roxy Carmichael disse...

eu nao vou nem comentar mais esse tema porque me deprime. prefiro falar de outra coisa que é: quanto riso, quanta alegria ler um post seu lola! gosto muito dos guest post, mas me enche de alegria ver vc escrevendo de novo por aqui. um beijo!

Duda Jorge ♫ disse...

hahaha quantas vezes o senhor(a) sem nome viajou pra Cuba?? É a mais longa e sangrenta ditadura da América? De qual livro vc tirou isso, ou jornal, ou site, sei lá de onde vc tirou isso? Porque são justificativas dos militares para o Golpe de 1964 no Brasil, pintaram o monstro e as pessoas passaram a temer, assim como criança tem medo das histórias do bicho papão, homem do saco e outras lendas que os pais contam para manter seus filhos quietos e obedientes. Você ainda é essa criança quieta e obediente que acredita em monstro? Escravos, com certeza não sabe o que é escravidão, e sua mente capitalista, neo-liberal jamais conseguirá entender o que é o sistema socialista, uma vez que nunca houve um país comunista de fato. E não é porque um país usa discursos democráticos significa que seja, na América a maior ditadura disfarçada em democracia (sangrenta) é o país mais idolatrado por vc, pense um pouco e quem sabe adivinhará de qual nação estou me referindo.
Já questionou em algum momento o por quê Yoani Sánches (opositora cubana) consegue falar mal do Governo do seu país, fazer palestras pelo mundo, ter um blog contestando a tal ditadura cubana e consegue voltar a sua pátria sem nenhum problema, e sair da "ilha presídio" sem problemas, enquanto a jovem soldado Chealsea Manning por denunciar inregularidades em seu batalhão no Iraque foi presa e torturada psicologicamente durante dois anos e agora foi condenada a prisão por 13 anos? Oras, cadê a democracia?? Afinal, as denúncias eram sobre assassinatos e torturas a civis iraquianos. E quantos dos assassinos e torturadores foram presos? Isso é ditadura sangrenta.
ACORDA!!!!! Acredite aquela criança medrosa tem que ficar no passado, vai atrás de fatos, pesquise, converse COM TODOS e não um grupinho fechado, leia, viage, enfim saia do seu mundinho, vc pode mais!!!

Unknown disse...

Maria Valéria,

Não é só o Canadá não. França, Inglaterra e Cuba são exemplos de países com saúde 100% pública. Saúde não é mercadoria, não deveria ser pago, não poderia ser pago. Mais médicos sim! Mais médicos, mais enfermeiros, mais hospitais, mais clínicas, mais farmácias, mais medicamentos: Tudo público, gratuito e de qualidade!

Saúde pública para todos para que todos possam ter saúde! A vida acima do lucro antes que o lucro acabe de vez com toda vida!

Abraços

Rê_Ayla disse...

50 anos de "I have a dream" em 28 de agosto... e tínhamos médicos cubanos sofrendo preconceito ao chegarem ao Brasil ("cara de empregada", é o que dizem).
Martin Luther King se revira no túmulo.


De repente, a única coisa que falta de verdade – e muito! – em nosso país, é a vontade política. Mas é mais fácil continuar nesta tentativa miserável de desviar o foco das atenções do descalabro completo com a saúde pública para os médicos – uma desfaçatez que poucas vezes me indignou tanto.

Aos cubanos, o céu; aos brasileiros, a fogueira da inquisição; aos políticos, os votos. Parabéns Brasil.

E assim, de repente, todos esquecem que essa urgência com a saúde existe a décadas... e que só PSDB e PT, juntos, já tiveram 18 anos à frente do governo para fazer alguma coisa de fato... e a urgência continua se arrastando...

Mas tudo bem, a culpa é toda dos médicos.

Unknown disse...

Anônimo pergunta: "Por que não pagar somente 3000? Para onde vão os outros 7000?".

É pertinente a pergunta mas isso nem de longe pode ser o problema no caso do Mais Médicos. Muitos enfermeiros, técnicos, atendentes, seguranças e um largo etcétera em todo o sistema público são terceirizados. O governo não paga diretamente a eles. Paga a uma cooperativa ou outra empresa que retém boa parte do valor pago. O próprio governo abate o imposto sobre o serviço prestado. O valor repassado sempre é menor, muito menor. E ninguém acha isso estranho entende?

Dependendo do tipo de empresa um imposto de até 27% pode ser abatido sobre o serviço prestado. É errado? Não necessariamente. O governo paga, mas não chega à empresa, nem muito menos aos trabalhadores que prestam o serviço a essa empresa.

Para desmistificar alguns argumentos sem noção que estão sendo espalhados sugiro a leitura do texto "Mais médicos" é um programa escravocrata?" http://devehaveralgumlugar.blogspot.com.br/2013/08/mais-medicos-e-um-programa-escravocrata.html

Abraços

Anônimo disse...

Era fã do seu blog. ERA. Achei que você tinha inteligência o suficiente para separar o joio do trigo. Essa postura racista e preconceituosa não é generalizada no meio médico, meio este em que eu convivo. Toda profissão tem gente que fala o que não deve e faz o resto passar vergonha. Porque uma jornalista falou que as médicas cubanas tem cara de doméstica eu vou generalizar e falar que todos os jornalistas são uns racistas safados? Não, óbvio que não. E quanto à questão de 'médicos de fora indo trabalhar onde os brasileiros não querem', leia mais. Ninguém quer trabalhar onde não existe o mínimo de estrutura. Enfim, é bater na mesma tecla.

Anônimo disse...

Maria Valeria qual é o seu blog?

Anônimo disse...

www.comtodaaminhaalma.blogspot.com


Anônimo, nao repare que esse ano ta meio vazio de conteúdo...por conta de varios acontecimentos, tenho postado mais piadinhas,musicas,em vez de textos reflexivos, como postava antes.
Mas seja benvindo lá, para fazermos contato :)

rafaela disse...

Antes de comentar, acho importante dizer que tenho parentes cubanos. Um primo meu, brasileiro, se apaixonou por uma cubana; casaram-se, tiveram filhos (já estão adultos), vêm ao Brasil frequentemente e querem continuar morando em Cuba.
Também acho importante dizer que fiquei com nojo dos meus "colegas" que receberam os médicos cubanos com vaias.
Dito isto, expresso minha preocupação com o desrespeito que esse governo tem demonstrado com os médicos. Brasileiros, cubanos, etc. Uma bolsa de 10.000 (no caso dos cubanos, nem isso) para provavelmente ficar à disposição 7 dias da semana 24 horas por dia (em lugares que só têm um médico pra todo mundo) e sem direito trabalhista algum. Está correto isto?
Eu já trabalhei em Programa de Saúde da Família numa cidadezinha do Rio. Nesse esquema - contrato verbal, sem direitos. Quando fiquei grávida me deram um belo pé na bunda (não me mandaram embora, mas disseram que não iam me dar licença maternidade, que eu tinha aceito o trabalho sabendo que o esquema não era regido pela CLT etc). Eu, uma contratada da Prefeitura, tive que botar meu rabinho entre as pernas e voltar pro Rio, pra ficar mais perto dos meus pais - sabia que, se tivesse qualquer problema na gravidez -como acabou acontecendo- não poderia nem ter uma licença. Achei melhor estar junto da família.
Hoje não aceitaria um emprego desses, porque felizmente tive outras oportunidades. Na época ainda escutei de muita gente: aceitou porque quis, aceitou sabendo etc. "Aceitou porque precisa trabalhar" não passou pela cabeça de ninguém.
Creio que muitos (todos?) os cubanos aceitaram porque PRECISAM. Mas acho a proposta de trabalho aviltante. Estão sendo tratados como trabalhadores de segunda categoria. Vejam, eu não os estou chamando disso; estão sendo tratados como.

Só pra finalizar, Lola, fico muito chateada com algumas generalizações. Conheço muita gente (eu inclusive) que quer ser dignamente remunerada por seu trabalho, mas trabalha COM amor, sim.

Um abraço (e por favor, não exclua o blog... dê-se férias, sei lá, coloque por um tempo só os guests... discordo de muita coisa aqui, mas este bloguinho -como vc chama- já me ajudou muito, já me fez amadurecer bastante, inclusive no meu feminismo, e no combate a preconceitos que eu nem sabia que tinha...)

Roberta disse...

Sabe, Lola, nem formei uma opinião sobre o "Mais médicos", mas fiquei com muita raiva dessa classe médica que briga com unhas e dentes para que os estudantes de medicina brasileiros não tenham que passar pela tal revalidação (ou o equivalente à prova da OAB) que eles querem impor aos médicos estrangeiros. Os estrangeiros têm anatomia diferente da nossa? Pra quê essa hipocrisia?

Anônimo disse...

Mais uma ressalva com relação ao mais medicos: cada cidadezinha onde nao tem nenhum medico vai chamar SO UM medico, ou vai ter o bom senso de por pelo menos dois? Sim, porque se for so um, ele vai ficar a disposição 24hs/ 7 dias, com todo mundo batendo na porta da casa dele, sem poder descansar,comer ou mesmo ir ao banheiro...( ja vi esse filme antes) .A população qdo ta doente n quer saber se tem um so pra atender 5 mil hab, eles querem ser atendidos e ponto final ( isso melhora um pouco depois q vc cria vinculo , eles passam a te conhecer melhor e compreendem q vc tambem e humano, q tambem, come, q sozinho nao da conta de tudo) ..mas ate lá,..,se o cara for o único medico da cidade, que se prepare psicologicamente e boa sorte,o bom senso mandaria colocar pelo menos 2 em cada cidadezinha,bj

Anônimo disse...

Gostei muito do post... Percebo também esse tipo de comportamento, evidentemente, mais "contido" em minha prática profissional. Sou enfermeira e, na minha profissão, o número de mulheres negras é bem maior (eu também sou negra). Sinceramente, em alguns momentos senti vontade de desistir, de mudar de carreira, mas acredito que nada disso iria de fato me deixar feliz.

Anônimo disse...

Trabalho no SUS numa cidade de médio porte do interior desse Brasil. E reitero que a questão de uma melhora significativa da saúde pública passa muito mais por melhor gestão do que mais dinheiro. Uma das coisas que mais me deixa indignada é essa postura de certos médicos de trabalharem no serviço público e na iniciativa privada. Não que isso em si seja ruim, mas na prática basta comparar os contratos para ver que a carga horária não é cumprida por uma questão básica da física, que ainda não permite estarmos em dois lugares ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo, sabemos que esse tipo de médico depende do SUS para criar clientela para seu consultório particular, ou alguém acha que basta abrir um e colocar uma plaquinha que chove paciente? Sou a favor de um plano de carreira, de melhores condições de trabalho, sim, sem dúvida. Mas sou a favor também de vergonha na cara de parte dessa classe que se considera acima dos reles mortais... como diz uma colega: quando morrerem, vão feder do mesmo jeito. Obrigada pelo texto, Lola.

Ronaldo disse...

Escravos negros não eram necessariamente analfabetos. Os malês (como se chamavam negros muçulmanos no Brasil) por vezes sabiam ler e escrever, só que em árabe.

De qualquer forma, na época colonial, a maior parte dos senhores de escravos eram analfabetos também.

Anônimo disse...

Bem, eu tambem sou da opinião que ouvi dos meus pais, que se o medico que resolveu fazer consultório particular ( e nao ha nada de errado nisso) dedicase 2 horas de sua semana para atender a população carente, todos sairiam ganhando,
Existem alguns que fazem isso, ou que atendem alguns pacientes que nao podem pagar sem cobrar mas sao poucos e acho louvável.
Outra coisa que achei louvável foi a atitude de alguns colegas medicos que são professores universitários.: abriram uma clinica particular em Heiiopolis (bairro de favelas em SP cobrando 40 reais a consulta ( o mesmo valor que os convênios pagam ao medico), o que a vantajoso para o paciente carente ( que consegue pagar 40 reais) e para o medico, que atende sem a intermediacao dos convênios e sem toda essa burocracia pra poder solicitar o exame que bem entender, sem o auditor do convênio negar o exame.
Pelo que li dessa clinica,e muito bem equipada,com aparelhos e todos os recursos necessários,nao sei como foi custeado ou financiado..
Se achar o link da clinica de heliopolis volto aqui pra postar depois.

Anônimo disse...

Segue o link sobre a clinica de heliopolis, vale a pena conferir

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,medicos-do-sirio-e-do-einstein-abrem-clinica-particular-em-heliopolis,903810,0.htm

Williams disse...

A elite intelectual, a mídia, o governo e todos os demais entusiastas criaram o termo 'diversidade', um termo politicamnete correto para encobrir políticas racialmente discriminatórias. Via de regra, tais políticas exigem que as universidades, as empresas privadas e as burocracias do governo formem seus quadros de acordo com a proporção de cores e etnias existentes no país.

Por exemplo, se os negros formam 40% da população, então eles devem formar 40% dos estudantes universitários, 40% dos professores, 40% dos gerentes de empresas e 40% dos funcionários públicos. Por trás dessa visão de justiça está a ignara noção de que, não fosse a discriminação, todas as cores e etnias estariam igualmente distribuídas em termos de renda, educação, ocupação e outros critérios.

Não há absolutamente nenhuma evidência, em nenhum lugar do mundo, de que a proporcionalidade estatística seja a norma. Ainda assim, grande parte de nossas leis, de nossas políticas públicas e do nosso modo de pensar partem do princípio de que a proporcionalidade é a norma. Vejamos agora algumas diferenças raciais e vamos pensar sobre suas causas e possíveis curas.

Nos EUA, ao passo que 13% da população é formada por negros, estes representam 80% dos jogadores profissionais de basquete e 65% dos jogadores profissionais de futebol americano, sendo que, em ambos os esportes, os negros são os jogadores mais bem pagos. Em contraste, os negros representam apenas 2% dos jogadores profissionais da liga americana de hóquei sobre o gelo. Logo, não há diversidade racial no basquete, no futebol americano e nem no hóquei. Tais esportes em momento algum atendem aos critérios de 'igualdade racial'.

Mesmo no que diz respeito a conquistas esportivas, a diversidade racial está ausente. No baseball, quatro dos cinco recordistas de home-runs são negros. Desde que os negros entraram nas principais ligas de baseball, das 8 vezes em que houve mais de 100 bases roubadas em uma temporada, todas foram feitas por negros. O que o Procurador Geral da Justiça dos EUA, senhor Eric Holder, deveria fazer a respeito da falta de diversidade racial nos esportes? Por que as elites intelectuais não protestam? Será que é porque os proprietários desses multibilionários times profissionais de basquete, futebol e baseball são pró-negros ao passo que os proprietários dos times da liga de hóquei e os donos das grandes empresas são racistas relutantes em colocar negros em altas posições e com altos salários?

Dentre as questões de diversidade étnica, há uma que foi completamente varrida para debaixo do tapete: os judeus americanos representam menos de 3% da população do país e somente 0,2% da população mundial. Todavia, entre 1901 e 2010, esses judeus ganharam 35% de todos os prêmios Nobel que foram concedidos a americanos, o que significa que eles ganharam 22% do todos os prêmios Nobel já distribuídos.

Se, para a turma que advoga a diversidade, a sub-representação é uma "prova" de que há discriminação racial, o que eles sugerem fazer para os casos de sobre-representação? Afinal, se uma raça está sobre-representada, então isso pode significar que um grupo de pessoas está se apossando daquilo que, "por direito", pertence a outra raça.

Há outros exemplos globais de desproporcionalidade. Por exemplo, no Brasil, no estado de São Paulo, mais de dois terços das batatas e 90% dos tomates produzidos foram cultivados por pessoas de ascendência japonesa.

O moral da história é que não há, em nenhum lugar do mundo, evidências de que, não fosse a discriminação, as pessoas estariam divididas ao longo de todas as atividades produtoras de acordo com suas porcentagens na população. Diversidade é um termo elitista utilizado para dar respeitabilidade a atos e políticas que, em outros contextos, seriam consideradas racistas.

Anônimo disse...

A idéia de clínicas populares é interessante, nas esbarra em um problema: o povo nao tem dinheiro para fazer exames e comprar medicamentos depois.

O Brasil está cheio dessas clínicas populares, e geralmente o dobo é um não médico explorando um médico. Se a consulta é 40, repassam 20 ao médico.

bruna disse...

Lola! Tem cada comentário sem vergonha aqui hein?! Viu como seu bloguinho é importante...ainda tem muita gente enganada e ignorante que precisa de um empurrãozinhompra se dar conta de coisas simples - como a questão do racismo, por exemplo -, e os médicos que comentaram aqui vieram com esse papinho cínico de que estão preocupados com os médicos cubanos e com a população. Que trabalham por amor. Isso, infelizmente, é exceção, e não regra. Os médicos só começaram a se "preocupar" com a população quando viram seu poder ser ameaçado. Eu não sei se isso é negação da realidade ou mau caráter mesmo.

Mihaelo disse...

Anônimo das 12:40

O restante do dinheiro, o governo cubano utiliza para financiar cursos universitários,moradia e alimentação para dezenas de milhares de latino-americanos e africanos e para centenas de milhares de cubanos, já que em Cuba não existem universidades privadas bem como também lá não há hospitais e clínicas privados.É tudo 100% financiado pelo governo(saúde,educação,esporte,moradia e alimentação), o que como já observamos no capitalismo não ocorre, já que na maioria dos países a saúde é privatizada portanto as pessoas têm que pagar do seu próprio bolso pelo atendimento médico bem como pela moradia e pela alimentação.
E não existe esta história de que os médicos são contratados informalmente.Contrato emergencial é regido pela CLT. Até os(as) soldados(as) das Forças Armadas e das polícias têm direito a férias e a licença-gestante!!! Apenas na iniciativa privada se contratam pessoas para trabalharem informalmente sem direitos trabalhistas e sem contribuição previdenciária e portanto sem direito a aposentadoria.
O que os médicos ficam revoltados é por não serem contratados via concurso público, o que lhes garantiriam o regime estatutário e aumentos trienais(o famoso plano de carreira que somente estatutários têm direito).

Anônimo disse...

Mihaelo, vc nunca ouviu falar em RPA (recibo de pagamento de autônomo), contrato administrativo ou PJ (pessoa jurídica)? Esses são os principais modos de contratar médicos sem direitos trabalhistas.
É raridade médico sem contratado via CLT.

Anônimo disse...

Depois tem gente que enche a boca para falar que Brasil é país multicultural, aceita todo mundo. Aham, sei.

rafaela disse...

1) Alguém comentou que os médicos vieram aqui com "papinho cínico"dizendo que "trabalham por amor".
Eu disse que trabalho COM amor e preciso de remuneração. Trabalar POR amor é trabalho voluntário. Ser médica é a minha profissão.
2) Num outro comentário foi dito que os médicos precisam do SUS para formar clientela pro seu consultório partícular. Isso é um equívoco. O paciente atendido pelo SUS provavelmente vai querer continuar a ser atendido pelo SUS, não vai pagar consulta.
Atendo pessoas que não poderiam pagar consulta, caso eu tivesse consultório. Não tenho e não sei se um dia terei, mas certamente não é entre meus pacientes do SUS que vou conseguir "clientela". São pessoas, em sua maioria, bem pobres,e continuarei atendendo essas pessoas gratuitamente.

As tais generalizações...

Abraços

Anônimo disse...

Anomino das23:21

Essa clinica popular de heliopolis foi totalmente montada por medicos, e nela ha exames disponíveis, inclusive os mais sofisticados.
Nao sei se ha remédios, mas o remedio o paciente pode pegar em qualquer posto de saude próximo da sua casa ou do seu trabalho.o SUS e universal.Eu mesma ou qualquer pessoa posso pegar remedio em qqer posto, desde q apresente receita medica.
Pode ser q existam clinicas populares montadas para explorar os medicos,mas essa que citei foi montada por medicos, entao nao e o caso ! Abraço :)

Thiago disse...

Alguns pontos:

1) Sou favorável a vinda de médicos cubanos e achei deplorável a manifestação no Ceará.

2) Ainda assim sou contra cotas raciais e acho ridículo a senhora associar uma coisa a outra.

3) Pessoas brancas, asiáticas e de todas as etnias tem antepassados escravos. Italianos, a menos de 80 anos atrás, trabalhavam em lavouras brasileiras em condições que hoje seriam chamadas de análogas a escravidão.

Anônimo disse...

Engraçado que certas coisas nao mudam...nao e somente " mais medicos" , o correto seria " mais dentistas, mais enfermeiros, mais fisioterapeutas" tambem e por ai vai.
Saude nao se faz exclusivamente com medicos.
To cansada de ver paciente com problema dentario mais especifiico , que nao consegue tratamento , e depois fica com seqüela,pois a prefeitura so banca o básico ( carie e extração ), to cansada de ver paciente com problema ortopédico " relativamente simples " ( ex, entorse de tornozelo )e sem conseguir vaga com fisioterapia, conclusão, nao cicatriza direito e fica com seqüela, mancando pro resto da vida.
Os profissionais recem - contratados vao lá pra tratar verminoses, hipertensão, diabetes? Ótimo, melhor tratar ao menos isso do que nao tratar nada, mas ha que se pensar na equipe multiprofissional para tratar outros problemas de saude em que o medico sozinho nao tem conhecimento técnico para tratar, mas que deixam seqüelas tao tristes como os outros.

Anônimo disse...

Se a tal clínica popular de Hrliopolis oferece exames incluídos nesse preço de 80 reais por consulta, ela é subsiadiada.
Apesar de ilegal tem cidades nas quais as farmácias do SUS não liberam medicamentos para receitas particulares.

Nuba6of9Kau disse...

Nenhum médico merece ganhar 30mil reais por mês. Não tem sentido nisso

Rafael disse...

Não pensei que viveria para ver cearense xenófobo.

Ok, existe preconceito contra nordestino, não vamos negar, mas aqui no RJ só vejo "estrangeiros", sejam daqui do br mesmo ou de fora, sempre bem acolhidos.

Isso está mais parecendo com a relação israel/palestina, onde o perseguido do passado é o xenófobo de hoje.

Muito triste.

Anônimo disse...

O que mais me impressionou nesse caso é que ninguém foi preso por racismo.

Anônimo disse...

Anônimo 09:09

Para ser preso por racismo, e necessário que haja uma denuncia e um processo via MP
Dei o exemplo da menina que xingou nordestinos no Twitter, em 2010, quando da vitoria da Dilma,ate me equivoquei, pois achava que tinha sido alguma entidade /ONG anti - racismo que fez a denuncia,porém relendo agora parece que foi alguem do próprio MP que viu a noticia na mídia e denunciou,
Para crime de racismo, e necessário que haja uma denuncia formal, um processo criminal, e so depois da sentença do juiz saberemos se a pessoa sera presa ou nao,
Abraço ;)

° Emy ° disse...

Aí Lola, muito obrigada! Você exprimiu toda a minha angústia e revolta nesse texto!

Anônimo disse...

http://www.jfsp.jus.br/assets/Uploads/administrativo/NUCS/decisoes/2012/120516preconceitomayara.pdf

Sentença condenando a menina que xingou nordestinos nos Twitter.
Nao sou profissional da area do direito, mas algumas pessoas( da area) com quem conversei me disseram que a juíza foi muito complacente e que poderia ter dado uma pena maior,O MP recorreu porque achou a mesma coisa,
Nao sei se a sentença da juíza esta correta ou se ela poderia ter sido mais rígida, mas pelo menos fica de exemplo para que as pessoas pensem duas vezes antes de sair escrevendo tudo o que vem a cabeça, sem medir consequências,em nome da " liberdade de expressão"

Abraço

donadio disse...

Aos que acham que chamar médico cubano de escravo é uma crítica à ditadura cubana, pergunto: e a parte sobre "volta pra senzala"? Não me parece crítica nenhuma; é simplesmente "escravo, volta pro teu lugar". E isso, senão é racismo, é uma imitação de primeiríssima qualidade.

Aos que reclamam das generalizações - de fato, toda generalização é em princípio equivocada (com a única exceção desta que acabei de fazer). Mas não vamos confundir as coisas. A jornalista que tuitou uma asnice racista não o fez em nome das entidades de classe dos jornalistas, e, ao que eu saiba, estas não saíram a público em defesa do sagrado direito dela de zurrar o seu racismo. Infelizmente, as entidades de classe dos médicos estão incentivando manifestações que descambam para o racismo, não estão sendo capazes de evitar o racismo nas manifestações, se é que estão tentando, e não estão tomando - até onde eu tenha visto - posições públicas claras se desassociando desse racismo. Então é diferente. Nem todo médico é desonesto, elitista, incompetente, ou racista. A maioria com absoluta certeza não é. Mas falta às entidades médicas a energia para punir médicos racistas, incompetentes, ou desonestos - energia que sobra para conclamar a classe médica a descumprir seu juramento, recomendando que não corrijam erros de profissionais "estrangeiros" (leia-se cubanos). Então os médicos não são todos racistas, elitistas, desonestos ou incompetentes. Mas estão todos um bocado mal-representados.

donadio disse...

Quanto às questões impertinentes do Leandro,

1) Receberão algum percentual do salário que o governo brasileiro pagará diretamente ao governo cubano ou receber pelo trabalho é coisa de capitalista burguês?

Sim, receberão algum percentual. Quanto? Não sei. Teria de ler o contrato (sabe, aquela coisa sagrada que está acima da lei) para saber. Não é meu esporte predileto.

2) Os médicos cubanos serão vigiados no Brasil por representantes do governo cubano ou do governo brasileiro? Se sim, quanto vai custar?

Ao que eu saiba, eles não serão "vigiados". Quem, por exemplo, "vigia" os médicos brasileiros?

3) O governo brasileiro concederá asilo político àqueles que eventualmente decidirem permanecer no país? Ou fará como fez com aqueles pugilistas cubanos?

Eles provavelmente serão repatriados.

4) Senão, os médicos cubanos que para cá vieram ajudar o governo brasileiro a ajudar, o governo cubano irá prendê-los e deportá-los?

Eles estando no Brasil, estarão sujeitos às leis brasileiras, aos acordos binacionais que permitiram a sua vinda, e ao contrato que tiverem assinado. Se descumprirem o contrato, os acordos, ou as leis, estarão, como todo estrangeiro com visto temporário, sujeitos à deportação. Se for o caso, serão presos e deportados pela polícia brasileira. As autoridades cubanas não têm jurisdição aqui; no máximo a embaixada e os consulados cubanos podem exercer seu jus sperneandi.

Para pedir asilo não basta querer, é preciso estabelecer a existência de algum tipo de perseguição política. Se algum deles puder demonstrar que é politicamente perseguido em Cuba, então cabe a figura do asilo. A ser, como em todas as outras situações, analisado caso-a-caso. Simplesmente "ser cubano" não cria uma regra geral aplicável a tudo e a todos.

5) Os médicos cubanos que eventualmente conseguirem ficar no país e aqui constituir família poderão processar o estado brasileiro por terem trabalhado sem nada receber?

Não. Eles vieram para cá sob as regras de um determinado contrato (que a justiça brasileira já decidiu, mais de uma vez, que não é ilegal). Não se aplicam a eles, portanto, regras de outro contrato. Por exemplo, eu sou servidor público estatutário, não tenho direito aos benefícios da CLT. Os empregados celetistas, em contrapartida, não têm direito aos benefícios da Lei 8.112.

Eu disse "não", mas processar, na verdade, eles podem. Não vão é ganhar.

6) Os médicos cubanos que eventualmente conseguirem ficar no país ou fugirem para outro lugar poderão processar o estado brasileiro por violação dos direitos humanos perante algum organismo internacional?

Da mesma forma que na pergunta anterior, a tentativa é livre. Mas duvido que seja bem-sucedida. No caso dos que ficam no Brasil, não creio que seja inteligente, ou revelador de um bom caráter, processar o país que os acolheu. No caso dos que fugirem para o exterior, teriam que processar o governo brasileiro no exterior. Dependeria das leis desse terceiro país. Mas duvido muito que tivesse resultado.

7) No caso de uma eventual condenação pecuniária, quem vai pagar o valor seremos nós, a sociedade brasileira, ou a presidente e os membros do seu governo que participaram desse acordo com o governo cubano?

Como não é um ato pessoal da presidente, nem dos membros do governo, mas uma ação de Estado, proposta pelo Executivo, respaldada pelo Judiciário e pelo Legislativo, a conta seria paga pelo Estado. Se em determinado momento o Ministério Público entender que cabe ao Estado o direito a ser ressarcido, poderá entrar com processo contra os agentes públicos relevantes. Mas também teria cabido ao Ministério Público ter arguido a constitucionalidade da medida, e, até onde eu saiba, não o fez - provavelmente porque acredita que ela é constitucional.

E, de qualquer forma, nós, a sociedade brasileira, já estamos pagando - e caro, com nossas vidas e saúde - a falta de médicos nas pequenas cidades. Ou só é parte da sociedade brasileira quem mora em cidade grande?

Roberto Lima disse...

Lola,

Já fazia um bom tempo que eu não postava aqui, mais específicamente desde o episódio da menina que dizia se chamar Niemi e que forjou uma doença e uma pseudo-morte para não ter problemas depois que casou. Afinal, nem todo maridão é compreensivo.
Quem lembra, sabe que sou médico. Eu sempre estudei em escolas públicas, e se não fosse pela Universidade Federal, eu não seria médico, porque não tinha dinheiro para pagar faculdade particular . Na verdade, eu tinha que escolher entre almoçar ou pegar o ônibus, porque o dinheiro que eu tinha não dava para as duas coisas. Se eu almoçasse, tinha que voltar a pé para casa. E o "almoço" era um bolinho de carne no pão com um refrigerante pequeno. Trabalhei com várias coisas que poderiam ser feitas à noite, de madrugada e fins de semana. Artesanato, desenho de apostilas e para revistas...foram muitos anos de trabalho, estudo e pouco sono. Após formado, as coisas melhoraram em termos financeiros. Mas eu cheguei a uma conclusão: médico não fica rico, quem fica rico é empresário. Donos de hospitais, donos de clínicas, donos de empresas de planos de saúde. Porque o médico mesmo, ou trabalha com um salário pequeno ou como autônomo, com uma renda aparentemente maior, mas que na realidade é menor do que quem´é assalariado.Está certa a Dra. Rafaela, que citou um emprego sem registro e que não lhe dava sequer o direito à licença maternidade. Ser médico implica em pagar vários impostos e taxas próprios da profissão, além dos impostos normais. Mais ainda: se é especialista, é obrigado a participar de congressos e simpósios com taxas caríssimas, para poder manter seu título , pois isso é obrigatório. Assim, um médico tem uma despesa mínima mensal que pode chegar a mais de 5 mil reais ao mês ! Isto não vi ninguém escrever ainda. Um "salário" de dez mil reais , sem direito a férias , 13º ou FGTS, acaba sendo menos que um salário de um funcionário administrativo de uma empresa. Isso sem contar o fato de que, se o infeliz quiser tirar férias, o que deveria ser direito de todo mundo, simplesmente deixa de receber. Não ganha absolutamente nada. E o SUS ? Paga sete reais por uma consulta ( SETE REAIS! ) , e com três meses de atraso. Um internamento de um paciente grave ? Quarenta reais em média. No ano passado, houve um concurso para médicos, onde o salário inicial era de R$ 1.700,00 por mês( mil e setecentos reais , isso mesmo). Um outro concurso, que exigia mestrado (!) oferecia R$ 2.400,00 ao mês... uma Universidade Federal propôs cortar pela metade os salários dos médicos professores...creio que foi nessa época que os médicos fizeram diversas manifestações , com greves , desligamento de planos de saúde e coisas similares.
Se o médico brasileiro ganha 20 por cento do que ganham os médicos de outros países como os EUA, há países onde isso está pior. Países em crise financeira, com o desemprego aumentando.
Se a saída do médico para se manter é trabalhar 80 horas por semana, o que é frequente, não dá para dizer que há desemprego por aqui, e sim falta de estrutura e remuneração adequada, afinal os governantes em geral ( prefeitos, governadores e presidentes) preferem torrar o dinheiro público em banquetes, festas, eventos diversos em vez de investir em saúde e educação.
Os médicos de qualquer país são bem vindos na minha opinião. Nunca fui discriminado em outros países, e não aceito que discriminem alguém por sua origem, raça, ou outro critério. Essas meninas que vaiaram os médicos cubanos não têm a mínima noção de ética. E certamente nunca passaram dificuldade em suas vidas.

Anônimo disse...

Donadio,

Gostei muito do post das 13:25.

Anônimo disse...

Roberto Lima,

Tambem sou medica e quero parabenizar você pelo comentario.

Fui ver seu perfil, mas pelo que vi você nao tem Blog? Se quiser fazer contato,entre no meu! Gosto de conversar e de fazer amizade com pessoas que escrevem como você,
Um abraço,

Anônimo disse...

Lola,

Vc viu um texto daquele tal de " Ponde" que saiu no UOL hoje e ta cheio de gente postando em rede social???

Eu fico feliz quando vejo uma pessoa defender medicos, mas esse texto dele , ao contrario de me dar alegria,me deu nojo
Nunca vi um texto tao racista na minha vida
Se for pra me defender assim, pode deixar que me defendo sozinha, dispenso as besteiras que ele escreveu.
Vai lá dar uma lida, o texto ta no UOL e circulando por ai,e se puder poste sua opinião ( que ja sei qual vai ser ) sobre isso.

Sarah Luna disse...

Sinceramente, os médicos cubanos deveriam ser aplaudidos pela coragem, pois é sabido que o sistema de saúde de Cuba é infinitamente melhor do que do Brasil. Imagino que eles são em sua maioria negros devido terem a oportunidade proporcionada para aqueles que estão dispostos, de estudar medicina em seu país. Logo se vê a discrepância, pois, aqui isto é "privilégio das elites".
Tenho um pouco de pé atrás com esse programa, vejo como um tapa buraco que, os gastos poderiam ser investidos na melhoria das condições de trabalho nos postos, hospitais, etc. Além de, investimentos na educação pública. Mas, até que deu uma sacudida nos d medicina e a sociedade em geral, para pensarmos na elitização da medicina.

Anônimo disse...

A maioria dos médicos cubanos é negra? Não parece.
A maioria dos cubanos é negra?

Sarah Luna disse...

*conselhos de medicina

Anônimo disse...

Pois e, aqui em Campinas ( 1 milhão de habitantes) so conheço 2 medicos negros.
Tambem nao acho esse programa o ideal,e nem que foi a intenção " trazer medicos negros", mas que foi um belo tapa na cara desse povo racista ver que em outros países negros tambem tem oportunidades de serem medicos, lá isso foi.
Aqui no Brasil so se admira e aplaude negro se for jogador de futebol ou sambista, ta na hora de darmos oportunidades aos negros de se destacarem em outras áreas,

Anônimo disse...

Sinceramente é inadmissível em pleno século XXI, ver que o ser humano evolui moralmente tão pouco, vivemos em um país onde a grande massa, mesmo sem saber possui ascendência negra, façam uma revisão em suas árvores genealógicas.Isto só demostra que conhecimento e sabedoria nem sempre caminham juntos.