terça-feira, 21 de janeiro de 2014

GUEST POST: VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA, A DOR QUE FICA

A Gabriela é autora deste relato sobre uma forma de violência muito comum, e que precisa ser denunciada: a violência obstétrica
Ser tratada com dignidade durante o parto é direito básico de toda mulher que dá à luz. Mas uma em cada quatro mulheres relata maus-tratos durante o parto. Gabriela é uma dessas quatro. 

Minha perfeição pequenina está completando dez meses. Meu maior orgulho, meu amor, minha alegria! Mas não consigo falar dela sem lembrar do nosso primeiro dia juntas aqui, fora de mim. Levei dez meses pra conseguir escrever sobre como eu me senti naquele dia e como eu sofri por isso nas semanas e meses seguintes.
Tenho 22 anos, moro em Manaus, sou casada e tenho uma filha. Nossa gestação foi tranquila, sem transtornos, eu e meu marido curtimos muito cada fase dela. Eu tenho um plano de saúde, fiz minhas últimas consultas do pré natal pelo convênio, mas como ainda estava na carência, já estava certo que meu parto seria feito num hospital público.
Durante a gestação eu passei a maior parte do tempo lendo sobre o desenvolvimento do bebê na barriga, enxoval, primeiros cuidados com o bebê, conversava bastante com outras mães, mas não me informei sobre o parto. Minha mãe teve dois partos naturais hospitalares e desde sempre eu soube que também queria um parto natural, por saber que era o melhor pra mãe e pro bebê. Não me preparei pra isso porque pensava que por ser algo natural, bastava ir ao hospital na hora certa e o meu corpo e a natureza fariam o resto. 
Eu não tinha medo da dor, mas tinha muito medo de ser maltratada na maternidade, já tinha ouvido muitos relatos tristes e tinha medo de sofrer nas mãos de uma equipe ruim, mas nem passava pela minha cabeça procurar uma equipe humanizada. A única certeza que eu tinha é que eu queria o meu marido ao meu lado o tempo inteiro. A ideia de ter uma cirurgia estava completamente fora de cogitação, a médica que acompanhava o meu pré natal me incentivava a ter um parto natural e me garantia que não havia nenhuma indicação de cesárea, que eu e a Paulinha estávamos saudáveis.
Até que um dia (37 semanas e seis dias) eu comecei a sentir uma dor de cabeça muito forte, diferente, que me impedia até de raciocinar direito. Lembrei de um dos artigos que havia lido que falava que isso podia ser sinal de pré-eclâmpsia, falei pro meu marido que precisava ir ao médico e resolvemos ir ao hospital do convênio. Quis ir até lá por ser mais próximo. Fui lá pensando em passar na emergência, aferir a pressão, talvez tomar um remédio e voltar pra casa, mas não foi bem assim...
Passei com um clínico, minha pressão estava 14/9, e fui encaminhada pro centro de obstetrícia. A plantonista nem olhou pra mim e já foi falando pro meu marido: "O senhor tem que sair agora, não era nem pra ter vindo até aqui. O hospital não permite homens nessa sala pra preservar a privacidade das mulheres." Detestei a médica desde o primeiro momento, eu detesto ficar sozinha, principalmente em hospitais. Eu era a única gestante naquela sala, mas não protestei, ele se despediu de mim e saiu.
Antes de eu ser colocada em observação, a médica pegou a minha ficha e começou a reclamar do meu plano de saúde, pegou o telefone e ligou pra alguém de outro setor: "Dá uma olhada nesses dados e vê se esse é um daqueles planos cheios de carência. Se for, já sei que vou ter dor de cabeça com essa daqui."
Algum tempo depois veio a enfermeira-chefe e disse que tinha ordens de fazer a minha transferência: "Ela não pode ficar, o plano tá na carência e ninguém pode fazer nada por ela, o marido tá atrás de dinheiro agora e acho que não vai conseguir tão cedo. Vamos preparar pra transferir."
A médica disse que não autorizava a transferência: "Se ela sair daqui vai acabar entrando em convulsão na ambulância e eu não quero ninguém me cobrando por isso. Não autorizo, deixa ela aí, daqui a pouco eu entrego o plantão e o próximo que pegar decide o que vai ser feito com ela."
A enfermeira ainda tentou convencê-la, não lembro de tudo que foi dito, mas lembro bem de quando a médica falou: "Isso não é problema meu, a culpa é do pessoal da recepção que deixou ela entrar nesse estado." Comecei a sentir medo. 
A médica fazia comentários desagradáveis pra mim, falando do tamanho da minha barriga, que era muito pequena: "Isso não é barriga de 37 semanas, seu filho tá desnutrido, mas adolescente é assim mesmo, fica sem comer e nem pensa que pode matar o filho de fome". Ela disse que se ela fizesse o parto, aquilo ia virar moda: "é o que todo mundo quer, chegar aqui passando mal e ganhar um parto de graça." Eu não respondia nada. Ela desconfiava de pré eclâmpsia, mas achou estranho que eu não estava inchada, pediu um exame de sangue e continuou esperando alguém entrar em contato com o diretor pra dar uma ordem sobre o que seria feito comigo.
Uma enfermeira vinha aferir minha pressão e monitorar os batimentos da Paulinha de tempos em tempos. Minha pressão continuava a subir e aquele mal estar só aumentava. Acho que nunca senti tanto medo quanto naquele dia, pensei que não ia mais sair de lá e que ia perder a minha pequena.
A enfermeira aferiu a pressão outra vez e chamou a médica, que já estava com o resultado do exame: "Vou ter que tirar a criança porque senão as duas vão morrer, ela já tá em sofrimento, não dá mais pra estabilizar a pressão e vamos ter que interromper a gestação por aqui."
Interromper a gestação? Tirar a criança? Meu Deus, como eu detesto essa expressão, pra mim é algo muito frio, indiferente! Não era aquilo que eu imaginava pra chegada da Paulinha. A partir daquele momento, senti como se eu já não estivesse mais lá. Senti um desespero tão grande, nunca me senti tão só quanto naquele dia. É como se eu tivesse entrado no automático, não questionava, não recusava, apenas fazia o que me falavam.
Fui trocar de roupa, colocaram a sonda, a enfermeira aplicou um remédio, eu fui pro centro cirúrgico. Eu senti frio, medo, vergonha, me senti exposta e abandonada. Não fazia ideia de onde estava o meu marido, não sabia o que ia acontecer comigo e com a Paulinha, não sabia se veria a minha pequena, se sairia de lá com ela... Tudo foi tão rápido, exatamente como eu temia, eu sozinha num hospital, longe do meu marido, com uma médica ríspida que não me passava segurança e só aumentava o meu medo. 
Aplicaram a anestesia, a enfermeira me ajudou a deitar e tudo começou. É estranho descrever o que eu senti. Acho que porque eu simplesmente não senti nada, nem física nem emocionalmente. Foi como se eu estivesse em outro lugar, bem longe dali. Levantaram aquele pano, amarraram os meus braços e tudo começou. Fiquei com medo que machucassem a Paulinha, nós estávamos sozinhas e eu nem podia ver o que ia acontecer. 
Os comentários da médica continuaram: "na próxima reunião com a direção eu vou reclamar, não tá certo, admitir alguém nesse estado e sobrar pra equipe médica? Culpa do pessoal da recepção, quero ver quem vai pagar essa conta, não sou paga pra fazer caridade pra grávida. Aposto que esse aqui vai ser PIG [Pequeno para a Idade Gestacional] e vai pra incubadora". 
Senti quando fizeram o corte, quando mexeram dentro de mim, é algo tão estranho! Ouvi e senti quando jorrou o líquido, continuaram mexendo e eu podia sentir que faziam uma pressão enorme, a mesa balançava, até que tiraram a Paulinha e eu pude vê-la de longe, tão pequena, ela nem chorou, só resmungou. Ouvi quando a médica disse: "PIG, eu nunca erro."
Paula nasceu com 37 semanas e seis dias, com 2.386 g e 45 cm.
Pedi pra vê-la de perto, a pediatra trouxe "pra dar um cheiro na mãe", eu quis tocá-la, mas os meus braços estavam amarrados e ela foi levada. Tive medo que fizessem algo ruim com ela. Enquanto me costuravam eu falei pra médica que não enxergava mais nada do lado esquerdo, ela disse que isso era comum e depois de alguns dias voltaria ao normal, quando a minha pressão ficasse estável.
Fui deixada na sala de recuperação por um bom tempo, queria ver a minha pequena, acho que delirei naquela hora, tremia de frio, não parava de perguntar por ela, pelo meu marido, queria saber onde e com quem ela estava. Depois de um tempo fui levada pro quarto. A Paulinha demorou a subir, o protocolo é manter o bebê no berçário por algumas horas, mesmo se ele estiver saudável precisa ficar longe da mãe em observação. Perguntei por ela e pelo meu marido várias vezes e só me diziam "fica quietinha e não fala nada por causa da cirurgia, sua filha tá segura no berçário." 
Ela foi trazida, segurei ela no colo, tentei colocá-la pra mamar, mas não consegui. Queriam levá-la de novo, mas pedi pra ela ficar lá comigo, deitada em mim. Meu marido veio nos ver, foi bem rápido, logo pediram pra ele sair. Ele foi embora e pouco tempo depois minha mãe veio ficar conosco.
No dia seguinte, as duas mulheres que estavam comigo no quarto receberam alta, o pediatra e a obstetra foram conversar com as duas, deram orientação sobre os testes que precisavam ser feitos no bebê, amamentação, cuidados durante a recuperação da cirurgia, entre outras coisas. Pedi pra falar com a obstetra, queria perguntar se a minha visão voltaria ao normal, ela disse que precisava ver outras pacientes e voltaria à tarde.
O dia passou, ela não voltou. Eu ainda não tinha leite, não pude amamentar e deram complemento pra Paulinha. Fiquei frustrada. Nós receberíamos alta na noite seguinte, depois de falar com a médica, mas pela manhã uma enfermeira disse que já podíamos ir embora, porque o quarto precisava ser desocupado. Não via a hora de sair de lá, mas fiquei chateada por não poder tirar as minhas dúvidas com ninguém e por ter certeza que não fui bem tratada.
Cheguei em casa e vi que o meu cartão de gestante estava em branco e o cartão da Paulinha tinha informações incorretas (amamentação na primeira hora de vida, entre outras coisas).
Durante as semanas pós parto fiquei na expectativa de acordar e ter a visão do lado esquerdo de volta, mas isso não aconteceu. Já fui em três oftalmologistas e soube que por causa do aumento da pressão eu sofri uma atrofia nos nervos ópticos. Não tem reversão.
Eu levei um tempo até me sentir próxima da minha filha novamente. Tive depressão pós parto, sofri muito nos primeiros meses, sentia uma angústia enorme ao lembrar de tudo e só conseguia chorar, me culpar, ficava tentando me convencer de que tinha sido uma boa experiência, às vezes me forçava a parecer feliz e satisfeita na frente dos outros. 
Eu não me sentia boa o suficiente pra ser mãe, confesso que cheguei a pensar em desistir de mim mesma, vivia esgotada física e mentalmente. 
Aquele dia era pra ter se tornado uma boa lembrança, mas deixou marcas ruins. Hoje eu, meu marido e minha filha somos muito unidos, aos poucos eu comecei a me abrir com ele e pude ouvir o que ele sentiu. Nós dois sofremos muito por aquele dia, por ele ter ficado longe de nós duas, sem poder fazer nada, sem saber o que acontecia lá dentro. Ele esteve sempre presente durante a nossa gestação, nas consultas, exames, e no dia mais importante, ele foi excluído. 
Quando nasce um bebê, nasce também uma mãe, uma família. E o acolhimento que a mãe e o bebê recebem nesse momento faz toda a diferença, deixa a família marcada pra sempre, pode ser motivo de alegria ou sofrimento. Por tudo que eu ouvi, vi e senti naquele dia, eu não consigo me contentar só porque no fim "deu tudo certo." Ninguém deveria ser desrespeitado desse jeito.
Quantas famílias sofrem ou já sofreram por causa de violência obstétrica? Até quando isso vai continuar?

229 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 229 de 229
Anônimo disse...

As mulheres idealizam demais o parto e depois ficam frustradas.
Minha cesárea foi eletiva, minha recuperação foi ótima, eu e o bebê passamos bem, tive leite em grande quantidade, etc.
Durante o procedimento eu, meu marido, a obstetra e o anestesista conversávamos tranqüilamente. Até o momento em que o anestesista avisou meu marido para preparar a máquina fotográfica porque já iriam tirar o bebê. Ouvi aquele chorinho lindo, alguns minutos depois o colocaram junto a mim e ele ficou lá conosco enquanto eu era suturada.
Sem stress. Sem precisar de silêncio na sala, música de fundo, doula, piscina, etc.
O nascimento do bebê é um momento único para a família, mas é a rotina GOs profissionais de saúde

Anônimo disse...

Anônimo das 10:57

vcs é que não querem entender,vão processar ela pelo que ela PENSOU em fazer não no que ela FEZ?
ela falou um monte de merda mas no fim fez o que tinha que fazer.

Anônimo disse...

o resultado do exame mostrou que se não fosse feito o parto lá na hora elas morreriam, melhor assim?

Gabriela disse...

Não li todos os comentários, mas agradeço a todos que me ofereceram apoio e entenderam a minha dor.
Esse relato foi escrito há sete meses, pouco depois eu comecei a denunciar tudo o que aconteceu (a denúncia foi encaminhada a ANS, CRM, MPE, ANVISA) e desde então tenho recebido mais apoio e obtive bons resultados.

Aos que questionaram a conduta da obstetra que acompanhou o meu pré natal:
A minha pressão nunca tinha subido, desde o início da gestação esteve sempre em torno de 10/7 e 11/7. Exames de urina ok, sem perda de proteína. Os únicos sintomas - dor de cabeça e visão embaçada - apareceram no início da tarde daquele dia.

Aos que defenderam a médica e disseram que ela fez o seu papel: não, ela não fez. De acordo com o contrato do plano, emergências obstétricas tem a carência de 24h e devem ser atendidas imediatamente. Em vez de fazer logo o "seu papel", ela escolheu esperar a autorização do diretor do hospital - que por sua vez pediu um cheque caução antes de autorizar qualquer procedimento. Durante a espera o meu quadro evoluiu pra pré eclâmpsia grave (constatado nos exames DHL, hemograma, tgo, tgp, bilirrubinas) e foi aí que ela decidiu pela cirurgia. Ela poderia ter administrado alguma medicação pra tentar estabilizar a pressão, mas preferiu esperar. Ela poderia ter me tratado de uma maneira melhor, mas preferiu ser grossa. A propósito, eu não fui a primeira a ser constrangida por essa médica, ela tem o costume de tratar mal as gestantes/parturientes há muito tempo.

O processo é contra o plano de saúde e o hospital, não contra a médica por erro médico.
Depois de tudo isso, a administração do hospital ainda sumiu com o meu prontuário e afirma que "os registros não existem, mas que a falta do prontuário não indica que houve falha no atendimento" (palavras do diretor do hospital).

Aqui em Manaus o movimento contra a violência obstétrica ainda está devagar. Casos de abuso físico e psicológico nas maternidades são comuns, mas a maioria acha que denunciar é perda de tempo. E eu procuro mostrar que não é, cada denúncia faz muita diferença. Os médicos se sentem à vontade pra tratar as parturientes de qualquer jeito justamente por causa desse pensamento "já passou, estão vivas, fique satisfeita e esqueça tudo. Mas não precisa ser assim.
A minha denúncia foi a primeira e eu me empenho em dar apoio às mulheres que ainda não sabem por onde começar.
Em breve será realizada uma audiência pública sobre VO na Procuradoria da República daqui, com representantes do conselho de medicina, secretarias de saúde e diretores de hospitais.

É só o começo, ainda temos um longo caminho a trilhar...

Anônimo disse...

Conversei com amigas que são GO e oftalmo

Sobre atrofia do nervo óptico :

Nao ha correlação entre hipertensão, pre eclampsia e atrofia do nervo óptico( somente se tiver sinais se hipertensão intra - craniana , o que nao sei se era o caso da autora )
E o embaçamento visual ( que costuma ser bilateral)muito comum no pos operatório.

Porém,:
- pelo fato de a perda da visão ser súbita e unilateral, era indicação de chamar um oftalmologista e / ou neurologista.




Ana disse...

O nível dos médicos brasileiros: mais da metade reprova no exame do Cremesp
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1401225-quase-60-dos-medicos-formados-em-sp-reprovaram-no-exame-do-cremesp.shtml

Anônimo disse...

Vocês não têm a menor noção do stress que é ser médico.
E médicos são pessoas, não são robôs!!!\

"Já pensou você tranquilo saindo de férias e tendo que prestar atendimento no avião?
Na praia?
No restaurante?

Mesmo se tiver se especializado em alguma coisa e não trabalhar com urgências há vários anos.

Já pensou como é chato todos os doentes da família e da vizinhança quererem a sua opinião?"

- a única parte desse comentário com a qual concordo e a que diz que médicos são pessoas e nao robôs,
Quanto ao resto: toda profissão tem um ônus,se vc nao aguenta o ônus da profissão que vc escolheu, escolhe outra.
Meu pai foi delegado de policia , e ja recebeu mais de uma vez carta anônima ameaçando de morte.ele tinha 2 opções : deixar de ser delegado ou dar um um jeito de lidar com o problema sem descontar nas pessoas que ele atendia, ele escolheu a segunda.
Professores tambem são interrompidos por alunos em festas, shopping, eventos, pra ' tirar duvidas ' ( professores , me desmintam se isso nao acontece e se nao e um saco); advogados idem,e por ai vai,
Falando de mim nesses casos: nunca me incomodei , nas poucas vezes que isso aconteceu.
Ja parei e ofereci ajuda pra uma pessoa que vi desmaiada na praia ( ninguém sabia que eu era medica, eu que me ofereci, recusaram porque ja tinham chamado o resgate), ja parei o carro pra ajudar a socorrer uma mulher que estava caída e acidentada na rua, ja me chamaram num hotel onde eu estava passando ferias ( uma turma de meninos tinha bedido demais e um deles estava com desidratação , foram muito bonzinhos,me chamavam de Dra, eu fiquei ate sem graça,rsrs,, fui no quarto e examinei o menino, nao tinha como medir a pressão, mas pelo menos aferi o pulso). Em avião, nunca aconteceu, e espero que nao aconteça,mas se ocorrer nao vou ficar calada e negar auxílio.
Enfim, de boa? Nao aguenta o ônus da profissão que vc escolheu,escolhe outra.simples assim,
E nao se iluda , porque todas as profissões tem seus momentos de enchecao de saco, faz parte.= p
E em minha opinião responder prontamente, mesmo que vc esteja de folga ou que te encha o saco, sempre te abrirá uma porta = p mas enfim , essa sou eu,
Abraços

Anônimo disse...

Porra, meu! E ainda tem babaca pra vir defender essa médica? Mesmo se não querem argumentos "humanitários" e sim técnicos, creio que "não se deve estressar uma pessoa em crise de hipertensão, ainda mais uma gestante de 37 semanas" parece um argumento forte o suficiente. Eu mesma já fui parar no hospital com pressão 16/10 durante uma crise de pânico. Será que alguém vai dizer que o psicológico não influi na pressão arterial?! Será que essa moça não perdeu a visão do olho por conta disso?

Julia disse...

A saúde nos EUA é uma merda! Eu trabalho com gringos e eles sempre elogiam o sistema de saúde brasileiro. Chupem, reaças.

Assisti a um vídeo de uma mulher falando mal do programa que o Obama queria implementar. É um stand up não intencional. Eu não conseguia parar de rir. Basicamente ela dizia que quem não tinha dinheiro tinha mais é que se fuder mesmo. Com outras palavras, claro.

Demorei pra acreditar que ela estava falando sério. Achei que era ironia.

Não consegui achar o link. Mas é uma idiota com a voz irritante. Os reaças devem saber de quem eu to falando.

Sara Cerqueira disse...

achei errado ela ir pro convênio, mesmo não tendo direito de utiliza-lo mais. e sinceramente, não me estranha o fato que, após essa constatação, a médica tenha se transformado num monstro.

mas por que uma pessoa se torna MÉDICA pra depois, mesmo em situações de alto stress, falar esse tipo de coisas pra pacientes? fez faculdade pra que?só pela grana?então que vá ser advogado/engenheiro. médica não.

o que ela vai ganhar aterrorizando um ser humano que está para expelir outro ser humano de dentro dele?

ou faz o parto ou não faz. se for fazer (mesmo que não tenha escolha), faça direito. não precisa ficar lambendo mãe e bebê, mas trate de forma educada e minimamente sensível (como ela trataria pacientes que estão doentes ou/e em situações de extrema sensibilidade).

Anônimo disse...

Gabriela, nao sei se você ainda vai voltar aqui, mas se voltar, saiba que me solidarizo totalmente com você.
Tinha lido seu post e ja comentei , mas depois que li seu comentário e seu feedback fiquei horrorizada.
(!!!) pois nao sabia que o diretor clinico tinha exigido cheque caução, muito menos que a colega medica sequer tentou baixar a sua pressão com algum remédio.

Apesar de ser medica, nao vejo como defender a minha colega nem o diretor clínico!! Absurdo !!!!

O Donadio postou isso aqui e o seu advogado ja deve ter explicado isso, mas de qqer forma :
"Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial

"Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte."

Você teve uma perda de visão irreversível , o que caracteriza lesão corporal gravíssima ( aula de medicina legal e código penal ); nao sei dizer se a lesão foi resultante da demora no atendimento por ' exigência de cheque caução ' ; mas se foi , o diretor clinico desse hospital merecia um processo criminal por lesão corporal , alem de infração do artigo citado acima,( talvez vc ja esteja fazendo isso )
Hoje a medicina ficou muito subdividida em especialidades, e nao se pode esperar que um especialista numa area saiba tudo de outra area,Porém, se nao sabe, no mínimo devia ter chamado o especialista ( podia ser oftalmo ou neurologista) pra avaliar o seu quadro.
Estagiei em GO em 97 / 98 e a pressão arterial pode ser abaixada com hidralazina na veia, com monitoracao continua em UTI, para evitar que uma pressão 14X 9 se transforme em pre eclampsia grave,Naquela época era isso que a a gente fazia, nao sei se a conduta mudou e nao conheço nenhuma justificativa para nao tentar a medicação na veia antes de fazer a cesárea, a nao ser que a gestante seja alérgica ao medicamento em questão ou que tenha algum problema cardíaco incompatível com o uso da medicação, o que nao era seu caso,
Se o problema era a transferência e medo de convulsionar na ambulância,existem ambulâncias UTI com medico presente, se seu convênio nao cobria podiam acionar o SAMU, que com certeza tem uma equipe que pode fazer a remoção com segurança,
Enfim, nao tem justificativa para terem te tratado assim, e nem vou comentar as infrações ao código e ética medica ( ja citadas pelo Donadio) porque seria chover no molhado.
Te desejo boa sorte e que vc venha aqui em breve dar notícias sobre a audiência publica, quem sabe transforma- la ate em post,
Beijo.

Anônimo disse...

Kkkkk, em quanto tempo vcs acham que chegaria uma ambulância do SAMU com médico??? E quando vcs acham que iria sair a vaga no SUS???
O pessoal que posta aqui não conhece a realidade do sistema de saúde brasileiro...
E só vai piorar. Nos últimos anos foram abertas inúmeras faculdades de medicina péssimas. E o governo já avisou que vai abrir mais!!! Algumas abriram em
Cidades pequenas e o treinamento prático é feito com os médicos da cidade, que nunca foram professores. Sei como funciona, a faculdade oferece uma quantia (cerca de mil reais por mês) para um médico deixarem alunos ficarem no posto com ele vendo as consultas...

Anônimo disse...

Cont. Não há recursos humanos e hospitais universitários suficientes para tantos alunos.

Anônimo disse...

Anônimo 23:46

Eu trabalho no sistema publico de saúde, unicamente SUS, nao tenho consultório, e sei muito bem como o SAMU pode demorar ( ou nao,dependendo do movimento que tem no dia)
Ainda mais se o SAMU sabe que tem uma GO de plantão no hospital , que o hospital privado tem condições de cuidar da paciente e so pediu a remoção por uma questão burocrática de convênio, ai e que ia demorar mesmo, pois ha urgências mais graves ( gente caída na rua,sem medico por perto, o que nao era o caso da autora , ela estava num hospital aparelhado e com medico !!)
Porém citei as alternativas para mostrar que nao ha desculpa para a paciente nao ter sido cuidada.Ainda que a medica optasse pela remoção / trasnferencia da paciente , ate que o SAMU o qualquer ambulância de serviço particular chegasse, ela tinha obrigação de cuidar dela sem negligenciar nenhum aspecto, ponto final.entendeu ?? Abraço .

Anônimo disse...

Pessoalzinho tá fantasiando demais com parto né? Quer ter filho em casa, com várias doulas, velas aromáticas, bebendo capuccino, música clássica, massagens, uvinhas na boca, que beleza né?

Mas na hora em que precisa de pessoas que ESTUDARAM ANOS E ANOS, de uma infra-estrutura PROFISSIONAL, EQUIPAMENTOS, MEDICAMENTOS e tudo aquilo que as "doulas" (ou deveríamos chamar de xamãs, já que muita coisa se aproxima de pura pajelança?) não têm capacidade de fazer, pronto, começam os trauminhas.

A médica foi uma grossa? Será mesmo? Essa é uma versão que foi dada. Qual seria a dela? A de estar em um plantão há mais tempo que um humano normal consegue suportar sem treino, tendo que receber no final desse plantão uma gestante em caso crítico, tendo que lidar com sim, os infames planos de saúde e suas igualmente infames carências e ainda tendo que BRIGAR para que mãe e nascituro não fossem transferidos. Ela é uma profissional e agiu profissionalmente, ou vocês acham que médico se apaixona por cada um dos milhares de pacientes que tratam? Quer um cafunezinho também? Tenha dó.

Lamento sim pela cegueira e CASO SEJA PROVADO CABALMENTE a relação disso com a pré-eclampsia, aí sim há de se falar em processar alguém. Do contrário, repito: draminha de mulher que fantasiou demais e não buscou se informar da realidade das coisas.

Ass: mãe de 3 filhas que também não fizeram o menor drama para terem meus dois netos, porque filho tem que quer e por algum lugar o bebê vai ter que sair. E não, não é bonito.

Anônimo disse...

Já falei isso aqui e vou falar mil vezes: MÉRDICO estressadinho e frustrado com o emprego, que fica fazendo burrada com a vida de outras pessoas e usa más condições de trabalho, QUE VÁ PRESTAR CONCURSO PARA O BANCO DO BRASIL em vez de ficar ALEIJANDO, MULTILANDO, MALTRATANDO, HUMILHANDO SERES HUMANOS que naquele momento são ou deveriam ser a PRIORIDADE MÁXIMA. É cada uma viu! Tomara que a autora processe quem puder e ganhe muito dinheiro.

donadio disse...

"Uma página da Internet contendo a legislação dos EUA é fácil de colocar o link, mas nessa mesma página ( é só ler )está claro que, em uma situação de emergência, a única obrigação do hospital é "estabilizar o doente" e depois transferir. "Estabilizar" significa simplesmente afastar o risco imediato de morte, mas não tratar a doença e nem salvar o paciente, apenas deixá-lo em condições de levá-lo para outro lugar."

É, é só ler. O que está escrito lá é o seguinte:

"If individuals do not carry health insurance, they are still entitled to hospital emergency care, including labor and delivery care, regardless of their ability to pay."

Ou seja, as pessoas, mesmo na maravilhosa Violencialândia, têm o direito a ser atendidas, incluindo atendimento ao parto (labor and delivery care), que é exatamente o assunto deste post.

"Porém, na prática, o que acontece mesmo é que os pacientes simplesmente são mandados embora porque não têm o Medicare. Existem milhares de relatos a esse respeito e mesmo filmes de Hollywood baseados em histórias reais sobre esse assunto. Grandes empresas, como o Wal-Mart, fazem planos de saúde tão ruins que não pagam uma mínima parte dos custos de um tratamento médico...mas é só estando nos EUA para ver ao vivo."

É... no país mais maravilhoso do mundo, onde nos dizem que, ao contrário do que acontece no nosso Bananistão, as leis são sempre rigorosamente cumpridas, ... as pessoas são postas para morrer na calçada, apesar de a lei explicitamente proibir isso.

Qual das duas versões a respeito da Gringolândia é a verdadeira? A de que lá as leis são cumpridas à risca, ou a de que lá o capitalismo impera deliciosamente solto, e a lei que se dane?

Anônimo disse...

Não consigo entender como alguém, mesmo depois de ler esse relato, continua defendendo a atitude dessa médica. A médica não fez mais do que a obrigação, sim, pré-eclampsia é uma das causas mais comuns de morte materna, sim, ela precisava de uma operação cesariana, mas não, ela não precisava ter sido tratada da forma como foi. Em não poderia ter ficado sozinha, sem a presença de uma acompanhante, não poderia ter ficado sem informações do que estava acontecendo, e não poderia ter sido separada de sua filha, apenas pq é precedimento do hospital deixar o bebê no berçário. A médica não tem o direito de tratar as pessoas dessa forma, ela não é melhor do que ninguém pq estudou tantos anos, eu tb estudei, a maioria aqui tb estudou, e nem por isso somos melhores do que ninguém! Médico não é Deus, é um profissional como outro qualquer.

Anônimo disse...

Na.boa vc é um babaca e deve ser filho de chocadeira.
com qual propriedade vc vem comentar aqui?? seu patético,?
quando vc puder gerar e dar a luz a um ser sua opinião vai ser valida até lá mimimi pra vc tbm

donadio disse...

"O nível dos médicos brasileiros: mais da metade reprova no exame do Cremesp
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1401225-quase-60-dos-medicos-formados-em-sp-reprovaram-no-exame-do-cremesp.shtml
"

Os que não passam no exame não poderão ser médicos, de forma que o "nível dos médicos brasileiros" é o nível dos que passaram.

Isso mostra mais é o nível das faculdades de medicina.

Anônimo disse...

A informação de que os alunos que nao passam no exame do CRM nao poderão ser médicos esta incorreta,
o aluno formado poderá exercer a medicina mesmo que tire zero na prova. - so nao poderá exercer a medicina caso nao faça o exame - se fizer,tanto faz se tirar zero ou cem, pode clinicar.

Por enquanto esse e o regulamento,nao estou dizendo que concordo com isso, estou dizendo que funciona assim.Nao e que nem a OAB.

Anônimo disse...

Sobre a prova do conselho de medicina :

http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=2600

Resolução sobre a prova de 2012 . Fonte : www.cremesp.com.br ( conselho regional de medicina do estado de SP )

Lembrando que essa prova esta sendo aplicada em caráter experimental pelo CRM do estado de São Paulo( nao sei se os outros estados aplicam tambem )

donadio disse...

"A informação de que os alunos que nao passam no exame do CRM nao poderão ser médicos esta incorreta,
o aluno formado poderá exercer a medicina mesmo que tire zero na prova. - so nao poderá exercer a medicina caso nao faça o exame - se fizer,tanto faz se tirar zero ou cem, pode clinicar.

Por enquanto esse e o regulamento,nao estou dizendo que concordo com isso, estou dizendo que funciona assim.Nao e que nem a OAB.
"

Que barbaridade... então pra que o exame? E por que o estresse todo a respeito dos médicos estrangeiros não terem de fazer o exame?

Eu agonizo, morro, reencarno e morro de novo... e não vejo tudo...

Anônimo disse...

Que barbaridade... então pra que o exame? E por que o estresse todo a respeito dos médicos estrangeiros não terem de fazer o exame?

Concordo.
Sou formada no ano de 98, e naquela época esse exame nao existia. Começou a ser feito em 2005/ 2006 pelo CRM de São Paulo ( ignoro em outros estados) em caráter experimental e facultativo.
De um ano pra cá tornaram obrigatório fazer a prova ( condicionando isso a ter licença pra exercer a medicina no estado de SP) ; mas nao existe nota mínima para aprovação.
Se o aluno se formar em outro estado e quiser exercer a medicina em São Paulo, precisa fazer a prova aqui primeiro.
Porém acredito que com o tempo o exame passará a ter uma nota mínima para aprovação e exercício da medicina. Se nao, pra que fazer o exame ???
Obs : meu pai e formado em direito, e em 69 , quando ele se formou, nao existia prova da OAB. Foi instituída alguns anos depois , nao sei quando. acho que com a medicina vai acontecer a mesma coisa.
Abraço .

Carlinha disse...

Esta faltando esses medicos emtemderem o quanto o psicologico afeta o fisiologico. Fato comprovado por vários estudos. Mas por algum motivo, já que a psicologia é outro ramo, o médicos tem dificuldade de aceitar.
Ninguem está pedindo pra médico nenhum pegar a paciente no colo ou segurar a mão dela quando ele estiver com medo. O que nós queremos é sermos tratados com RESPEITO. O médico tem o conhecimento mas não tem poder nenhum sobre o corpo alheio. Assim como saber mais sobre leis não da o direito a advogado nenhum processar essa médica pela Gabriela. Médico nenhum tem direito de tomar decisões sem o conhecimento do paciente (embora quase todos o faça). Aqui nos EUA durante uma aula de primeiros socorros eu fui instruida a pedir permissão da pessoa até pra fazer um boca a boca, estando ela mesmo inconsciente.
A médica deveria sim ter NO MINIMO informado a paciente do que estava acontecendo e o fato da paciente não ter tido mais acesso a medica durante sua estadia no hospital é negligencia. E ai o q vcs tem a dizer sobre isso doutores? E quando ela acusou a paciente de ser uma adolescente que não come e ser a causa da filha estar abaixo do peso? Em que parte da sua superior sabedoria no que diz respeito a cuidados médico estão essas informações? A paciente fez pre-natal e não era mais adolescente. Se você não sabe, doutora, com 21/22 a pessoa não é mais adolescente. E mesmo se ela fosse adolescente isso não justificaria seu comentário que pra mim foi bastante preconceituoso e por si só digno de um processo.
Queridos médicos que vieram aqui defender seus colegas, eu os entendo. Essa cultura de endeusar médicos e a imensa responsabilidade que é posta nos seus ombros os torna as vezes um pouco cegos. É quase como quando falam mal de alguém da família. Mas parem, pensem, prestem atenção nos erros cometidos e sejam justos contribuam pra melhoria da profissão para todos.
E só de quebra, eu acabei de voltar de um hospital nos EUA por causa de um virus que me pegou de jeito. Fui tratada com muito respeito e educação pela recepcionista, enfermeiras (que me trouxe um cobertor aquecido pois eu tive que vestir aquelas camisolas de papel e estava frio, detalhe, sem eu pedir) e pela médica que não só foi muito gentil como me explicou como melhorar meu quadro, o que eu estava fazendo de errado, me desejou melhoras e colocou seu telefone a minha disposição caso eu tivesse perguntas.

Digo mais uma vez, ninguém esta exigindo CARINHO mas sim RESPEITO.

Anônimo disse...

Lola, querida, nao queria deixar de dar minha opinião sobre o caso da grávida que foi obrigada a fazer cesárea, mas , nao queria fazer isso num tópico que nao tem nada a ver com o assunto,entao achei esse post apropriado.
Segue minha opinião, após conversar com minha amiga GO
1- em primeiro lugar, acho que seria bom parar de generalizar tipo" médicos se acham deuses, médicos são arrogantes , médicos inventam desculpas ' etc POR CAUSA dos mitos que envolvem o parto humanizado - explico : Em 97/98, eu, Maria Valéria , aprendi na faculdade exatamente o que se falou pra essa mãe : que nao se faz parto pélvico normal , nem parto normal com duas cesáreas anteriores..tambem aprendi sobre a ' episiotomia e tricotomia obrigatórias' , posição do parto. Etc.... TODAS as escolas médicas no Brasil ensinavam isso, e acredito que hoje ( salvo raras exceções ) acredito que ainda ensinem isso.Se alguns pontos do ensino estão equivocados,( e acredito que estejam, se no resto do mundo é de um jeito de no Brasil de outro) acredito sim, que esteja na hora de revermos esses conceitos.mas por favor, a culpa nao e dos médicos que se formam e aprendem assim! Que tal em vez disso dizermos ' vamos melhorar o ensino de GO nas faculdades de medicina ?' Dai sim, concordo !
Eu tenho uma conhecida GO que e ativista do parto humanizado, que sempre posta sobre isso no Facebook, ja a convidei pra postar aqui mas ela nao retornou,Vamos ver se um dia ela aceita, porque seria bom ouvir uma opinião médica contraria a da maioria dos médicos do Brasil.

2 - Lola, aqui vou fazer um pouco da parte de ' advogado do diabo ' quando ao promotor e a juíza.
Lola , eles nao são médicos !! A primeira função dos juízes e MP quando chega um pedido desses e resguardar a vida,
Isso e muito comum com testemunha de Jeová que se recusa a receber sangue correndo risco de vida., o medico pode e deve pedir autorização da justiça pra dar a transfusão,
Eu sou a favor da autonomia do paciente, mas nao de deixa - lo morrer. O paciente diz que prefere morrer ? Ok, dai vem alguém da família dele que NAO compartilha da crença religiosa e me processa por assassinato ou omissão de socorro..Se o processo pode vir de qualquer maneira, transfundindo ou não, eu prefiro ser processada por ' desrespeitar a religião ' do que por homicídio, os pesos e implicações dos dois processos são diferentes, concorda ?
Bom, mas voltando ao juiz : o juiz NAO e medico !! Ele recebe um laudo constando ' risco de vida ' pro paciente, entao ou ele autoriza o procedimento ou ele ta ferrado.nenhum juiz deixa uma pessoa morrer por isso,nenhum vai se queimar,a primeira coisa que o direito brasileiro protege e a VIDA, depois disso vem a autonomia, etc etc.
Muitas vezes nao ha tempo pro juiz pensar muito e decidir,
Comum isso em transfusões de sangue de testemunhas de Jeová, liminar pra internar alguém grave que nao conseguiu leito etc.entao o juiz acredita no medico , porque mais uma vez ele NAO e medico e nao vai questionar se o paciente precisa ou nao !!
Eles, juiz e MP tão cumprindo a função deles.
3- revendo o caso,o que minha amiga GO me explicou : fazer o parto nas condições dessa gestante , SIM, E MAIS ARRISCADO o normal do que cesárea, mas nao quer dizer que seja proibido.o GO pode fazer ? Pode? Pode se recusar a fazer ? Pode.!
O que entendo relendo o caso : que nao havia risco de vida iminente: o bebe nasceu bem , chorou....que ' sofrimento fetal ' e esse em que o bebe nasce bem ??
Se nao havia risco de vida iminente, a paciente podia e tinha direito de consultar uma segunda opinião,e nao seria necessário acionar justiça, etc.: em minha opinião um BO de preservação de direitos bastaria , se a intenção era so se resguardar de um eventual processo.
Eu achei que foi exagerado obrigar a cesárea, sim, mas muita gente com quem conversei discorda de mim, tanto pessoas do direito como da area medica.
Enfim, o que pra mim ta faltando e um debate sobre o ensino de GO no Brasil, que me parece estar desfasado em relação ao resto do mundo,
Beijos :)

Bárbara disse...

Deveria ter processado e dado bastante dor de cabeça para esses carniceiros.
Esse tipo de coisa acontece porque brasileiro é frouxo e preguiçoso.
Vários processos enfiados no rabo vão fazer esses carniceiros virarem gente.

Unknown disse...

Livia eu sofri coisas horriveis no meu parto gostaria de informações e se é tarde para processar o hospital e a medica vc pode me auxialiar meu email é joiceantunes2013@hotmail.com aguardo faz somente 6 meses o ocorrido

Anônimo disse...

Manaus é assim no sus e planecos de saúde.

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