sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ACABA HOJE, SUA ABÓBORA!

Cansadx de perder o bolão? Nosso software com voz de Scarlett Johansson te ajuda

Pessoas queridas, últimas horas pra fazer as apostas do meu tradicional bolão do Oscar. Elas se encerram hoje às 11:59 da noite, tipo abóbora, sabe? 
Eu fiz os meus chutes ontem de noite, e se tivesse que preencher os formulários de novo, não conseguiria. Porque teve muito chute mesmo. Só sei que fiz duas apostas totalmente diferentes, uma pro bolão pago, outra pro não pago. Pra falar a verdade, não boto muita fé em nenhuma delas. Creio que não será minha vez de novo. 
Agora, que ano imprevisível! Tá tudo bem embolado. Nem pra melhor filme tem favorito. E como as coisas mudam em um mês! Quando saíram as indicações, eu pensava que Trapaça tinha boas chances de ganhar melhor filme. Hoje, eu não diria mais isso. Tá entre 12 Anos de Escravidão e Gravidade
Um mês atrás, eu tava pensando que 12 Anos corria o risco de repetir o feito de A Cor Púrpura (ser indicado a uma penca de categorias e sair com as mãos abanando). Agora acho que 12 Anos ganha pelo menos três estatuetas. Quem pode não levar nada é Trapaça...
E será que Leo (minha torcida é por ele) terá gás pra ganhar do Matthew? Será que Amy (Amy! Amy!) consegue derrotar a favorita Cate? E a disputa entre Lupita e Jennifer, como fica? E só estou falando das categorias principais. Tem muitas outras pra acertar. 
Creio que será um Oscar de grande suspense, emocionante mesmo. E eu adoraria poder assisti-lo, mas não sei se em Fortim, onde passarei o Carnaval, teremos eletricidade, quanto mais internet. Tô muito arrependida por viajar amanhã, e não segunda!
Bom, como é o meu querido e dedicado Júlio César que está cuidando de tudo, não sei quantas pessoas apostaram nem nada. Mas apostem, tá, que este ano promete. E quem entrou no bolão pago e ainda não me mandou um comprovante, por favor, mande já. Amanhã o Júlio vai enviar uma lista com todas as apostas pra todos os participantes. Vou tentar colocar um link aqui no blog também. 
O chato é que nem vou poder comentar o resultado do Oscar e, principalmente, do bolão, na segunda. Talvez só na quarta... Mas vocês podem comentar à vontade. E que vença x mais sortudx! 
Qual dos dois?

O DESENVOLVIMENTO PESSOAL DE UM MOVIMENTO SEM ÓDIO

Você é um homenzinho triste e estranho, e sinto pena de vc

Faz um tempinho que não falo dos mascus. Na maior parte das vezes, eles servem como fonte de humor involuntário. Mas tem ocasiões em que rir é bem difícil
Por exemplo, a misoginia mascu segue em grande estilo. Esses são apenas alguns comentários mascus tirados de um único tópico de um fórum mascu (tudo sic):
- "Quanto mais as entendemos mais vemos que elas não são grande coisa ainda mais nesses tempos modernos aonde o pouco valor que a mulher tinha acabou, pois a mulher moderna nada mais é do que uma b*ceta f*dida cuja a única utilidade é extravasar a nossa libido".
- "Mulheres... Se não fosse pelo que tem entre as pernas, eu não daria nem confiança. Nada do que sai da boca delas é verdade. Do preço do sapato que ela acabou de comprar até a quantidade de caras pra quem elas já abriram as pernas.. É tudo mentira. A mulher perfeita seria aquela que não abra a boca. Só abra as pernas e vá embora. Infelizmente, desse tipo só conheço as GPs [garotas de programa]."
- "A mulher moderna se reduziu a uma b*ceta, é mesmo só um corpo para um prazer de momento, na melhor das hipóteses. Vão me acusar de misógino, mas cara, não consigo pensar muito além disso."
- "F*da-se do que os outros vão te acusar, que culpa que nós temos que as mulheres se deixaram guiar pela sua inveja e pela sua vileza e compraram as bandeiras do feminismo, elas que arquem com as consequências desse erro de calculo que só fez elas perderem valor."
Perder valor... Isso vindo de homens tão bem avaliados pela sociedade que não podem nem assinar com seu próprio nome. Precisam recorrer a avatares de superheróis. 
Este relato eu transcrevi de um podcast mascu. De vez em quando mascus promovem "encontros" em bares ou casas de prostituição de alguma cidade específica, em que vão de dois a dez (acho que é o recorde) mascus. Esta narrativa é de um "Encontro da Real" recente em SP. 
Fora do bar, na calçada, um rapaz que os mascus automaticamente tacharam como gay perguntou as horas pra um dos membros. Esta é a narração de um mascu num podcast: 
"Eu falei 'Quinze pras onze', e o cara: 'Ai, 'brigado'. Aí nessa hora nosso amigo Galo, acho que ele, ele chegou mesmo assim do lado do viadinho e falou: 'É hora de vc ir pra casa, pô'. E deu um, né, deu um empurrão nele, daquele jeito amigável tal [risos], foi numa boa, foi tranquilo, mas eu vi que até o gayzinho ficou meio excitado, deu um sorrisinho lânguido assim, e aí ele foi, saiu fora, saiu andando, mas com aquele sorrizinho, acho que ele gostou, acho que ele vai sonhar com o Galo essa noite.  E aí o Galo vai explicar a versão dele, o que que rolou, o que aconteceu." 
[Outro mascu:] "Aí pessoal, é o Rooster aqui falando, não foi exatamente assim, tá. O, o viadinho... A gente tava conversando aqui fora do.. do.. do bar do Tio Troll, né, tava tendo um papo, e o cara vira, o moleque, um molequinho, meu, magrelo, manja aqueles bem viadinho mesmo, chega e fala assim: 'Ai, vcs tem horas?' Ô meu, vai tomar no c*, né, meu. 
"A hora que eu vi, cara, a minha primeira reação foi o seguinte: eu dei um, um, um soco no ombro do cara, pra tirar o cara pra fora, né, de leve, não, de leve, não foi, não foi, não, não foi homofóbico, não foi homofóbico, falei assim, meu, ô, tá na hora de vc ir pra casa, vai embora, vai, corre, corre, vai, sai fora. Aí ele foi descendo né, ele até deu uma olhadinha pra trás depois, acho que ele tava querendo ver a bunda do Barão [outro mascu], mas é, é isso, cara, vc tem que não só discutir a Real, vc tem que viver a Real, esse é o negócio."
Mas o masculinismo não é um movimento de ódio. Não é homofóbico, não é misógino, não é racista, não é transfóbico, não tem nada de preconceituoso. Aliás, nem movimento é. É só um grupo pra desenvolvimento pessoal masculino. E, como se pode ver, esses rapazes são muito desenvolvidos.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

SÓ ATÉ AMANHÃ!

- Preciso voltar pra casa porque o prazo pro bolão do Oscar da Lola tá quase no fim!

Não se desespere que ainda dá tempo de participar do bolão. Mas é só até amanhã, antes da meia noite. Faça seus chutes no bolão pago e no 100% grátis. E tenha pelo menos um bom motivo pra (tentar) assistir à cerimônia do Oscar no domingo. 

GUEST POST: A REPRESSÃO SEXUAL DE TODO DIA

Relato da M.:

Meu nome é M., tenho 22 anos e sou estudante universitária. Pertenço a uma família religiosa e extremamente conservadora. Não gosto de simplificar minha sexualidade a rótulos prontos, mas ter tido relação com homens e mulheres ao longo da minha vida (sem preferências) explica um pouco do que sinto. Me apaixono por pessoas.
Sempre tive uma relação boa com a minha família, até meados de 2010.
Nesse ano, meus pais descobriram sobre mim e nem preciso dizer que a casa veio abaixo: depois de uma discussão exaltada, apanhei, ouvi o quanto minha vida é nojenta e passível de culpa, além de ter sido obrigada a me afastar da minha relação para tirar um tempo para "pensar". 
E ouvi diversas hipóteses que podem explicar a minha não heterossexualidade: quando era pequena, não brincava de boneca e preferia desenhar; também não gostava de usar aqueles vestidos empiriquitados por atrapalhar nas brincadeiras e não gostava de brincar de casinha, e sim de cientista. 
Passei todos os dias da minha adolescência e da vida adulta me lamentando e tentando escapar do controle da minha mãe.
Infelizmente, estudo de noite e passo o dia trabalhando, ganho pouco e não tenho condições de morar em uma república (cujos custos de aluguel são divididos e mais "suaves") e de me virar sozinha com alimentação e com as contas básicas. Por isso, tenho que depender de onde vivo, mesmo bancando todas as outras despesas. Mas um teto é impossível para mim neste momento. 
Às vezes, consigo fazer uns bicos e trabalho em dois períodos (além de ir para a faculdade) para dobrar o meu salário, mas parece que nunca saio da estaca zero. Fora que não é sempre que esses bicos aparecem e, por isso, não conseguiriam me sustentar, apesar de eu ter minhas economias (que ainda não são suficientes para nada). Além do mais, não quero ajuda financeira da minha namorada, que tem uma renda maior do que a minha. Tenho um senso de independência um tanto forte. 
Para mim, "ser ajudada nas despesas" acabou sendo sinônimo de "você é minha e eu posso fazer o que quiser com você".
Apesar de toda a situação conturbada da descoberta ter acontecido há um certo tempo, poucas coisas mudaram: meu pai já não fala mais nada; entretanto, minha mãe continua sendo a pessoa controladora que sempre foi.
Tudo o que ela faz é para sabotar minha sexualidade e minha relação. Joga na minha cara que moro no teto dela e que tenho de aceitar as condições que ela impõe, estipula toque de recolher e faz um terrorismo psicológico absurdo. Chegamos a um ponto em que minha mãe me pediu para eu escolher entre ela e a minha relação! Além de já ter me expulsado de casa e eu ter implorado para ficar, já que não tinha para onde ir.
No mais, toda essa situação estremeceu demais meu namoro (que tem já vários anos de existência). E tudo isso fez com que minha namorada ficasse insegura demais a meu respeito. Enquanto ouvi, de um lado, perguntas de quem era o homem da relação (é essa a sociedade patriarcal em que a gente vive, na qual é imprescindível a relação de um homem, senão não é relação), ouço, de outro, minha namorada questionando meu círculo de amigos, perguntando com quem tanto eu converso e querendo saber de tudo na minha vida. Até hoje nunca consegui falar de nada disso com ninguém, de detalhes do ocorrido na minha casa, do circo de horror em que vivo durante anos. 
Você deve receber centenas de e-mails como este por dia e nem sei se vai ter tempo para ler. Mesmo que não leia, só de transpor isso tudo para o papel está me fazendo bem. Sou uma pessoa fechada demais e acabo me sufocando com os meus próprios sentimentos. 
Bom, eu apenas gostaria de dizer, para não sei ao certo quem, que vou sair dessas amarras emocionais e psicológicas e vou viver intensamente quem eu sou. 
Tenho muito orgulho de mim. E gostaria de falar para todos os gays, lésbicas, transgêneros e para todos aqueles que não nasceram conforme as regras dos bons costumes desta sociedade do século XXI (que mais parece do século XVI) as seguintes coisas: não desistam, tenham sonhos, criem um alicerce, um objetivo de vida e lutem, lutem muito. Lutem para ter dignidade, lutem para ter respeito, lutem por seus direitos. Estou fazendo isso no que posso, mesmo com essa maldita condição financeira.
Li uma enxurrada de notícias sobre violências a gays, que me motivaram a escrever este texto. Especialmente uma em que um pai fez ameaças de morte ao namorado do filho em pleno shopping, no horário de almoço, e manteve o filho em cárcere privado, e ninguém fez nada. Ali, todo mundo foi omisso e todo mundo consentiu. Não só ali, mas nos inúmeros casos de agressões por dia, como naquele dos playboys que bateram no rapaz atravessando a rua ou naquele outro em que rapazes foram feridos com uma lâmpada, e em todos os estupros corretivos que acontecem sempre, mas que não são noticiados.
Desejo, do fundo do meu coração, que vocês reúnam suas forças e optem por sair de casa, e não por tirar suas vidas. Eu também vou conseguir.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

"MINHA IRMÃ ACUSOU MEU PAI DE ESTUPRO. O QUE EU FAÇO?"

L. me enviou esta dúvida em maio, e eu respondi nessa época também:

Olá Lola, tudo bem? Descobri seu blog há pouco tempo, e já li praticamente todas as postagens. Preciso dizer que, assim como vários outros leitores, mudei minha visão sobre muitas coisas depois de ler seu textos, e acho que por essa razão venho tentando me tornar uma pessoa melhor.
Aconteceu algo em minha família há um tempinho, que ainda não processei direito e até hoje não sei como lidar com a situação. Acho que preciso contar um pouco sobre como é a minha família pra que você possa entender o fato em si.
Tenho 23 anos, uma irmã de 20 e um irmão de 19. Meus pais se separaram há 5 anos. A dinâmica do casamento deles era a seguinte: minha mãe, professora universitária, sempre trabalhou das 7 da manhã até às 10 da noite pra que os filhos tivessem um ótimo padrão de vida. 
Do outro lado meu pai, com ensino médio, ganhava bem pouco e nunca contribuiu com as contas de casa, o dinheiro dele só tinha a finalidade de colocar combustível em seu carro (que foi comprado pela minha mãe) e gastar em bares com amigos e amantes. Ainda assim, mesmo dependendo financeiramente da minha mãe, ele era extremamente machista, batia nos filhos, "cantava de galo", como se diz. Os três filhos sempre morreram de medo dele.
Mas preciso mesmo é falar sobre minha irmã. Desde bem pequena ela tem comportamentos estranhos: dedurava os irmãos para que apanhássemos, fazia maldades gratuitas, mentia muito, não se dedicava na escola, batia na minha mãe, e outras coisas do gênero. Nunca nos demos muito bem. Minha mãe se preocupava com ela, e durante a vida toda minha irmã fez acompanhamento com psicopedagoga e posteriormente, com psicóloga. Até que ela resolveu não fazer mais terapia, e minha mãe acatou sua decisão.
Porém, há alguns meses, minha irmã decidiu fazer terapia novamente, e dessa vez realmente se dedicar a melhorar. Uma noite ela entrou no meu quarto, chorando muito, me pediu perdão por todas as coisas que havia feito de ruim comigo, e me contou uma bomba: meu pai a havia estuprado quando ela tinha uns 7 anos de idade, e isso teria acontecido uma única vez. 
No momento em que ela me contou isso, chorei bastante, a abracei, disse que poderia contar comigo, e que aquilo que havia acontecido não a definia, e não era culpa dela. Ela disse que queria contar pra minha mãe, mas precisava de ajuda pra isso, e eu disse que a ajudaria.
No dia seguinte fomos juntas contar pra minha mãe. Foi um dia bem triste... Minha mãe se culpando por não ter percebido, por minha irmã ter passado aquilo tudo sozinha, mas novamente minha irmã recebeu todo o apoio do mundo.
Porém, conversando com a minha mãe depois, começamos a perceber muitas incongruências no relato da minha irmã. 
De acordo com ela, meu pai havia ficado em cima da minha irmã e mantido relação sexual com ela no chão do apartamento onde morávamos. Lola, meu pai é um homem grande e bem gordo, ele a teria machucado muito. Além disso, quando éramos crianças, aos domingos minha mãe dava banho na gente, ela lavava e enxugava todas as partes de nossos corpos minuciosamente, já que durante a semana tomávamos banho sozinhos e muitas vezes criança não é lá muito higiênica. Minha irmã teria ficado muito machucada, e minha mãe teria visto algo.
Minha mãe resolveu então ir até a psicóloga da minha irmã pra ver o que ela achava disso tudo. A psicóloga disse que também se questionava, mesmo porque minha irmã já contou duas versões do estupro: na primeira, ela tinha 13 anos (nessa época, nós já não morávamos mais no apartamento onde isso teria acontecido). Na segunda, teria 7. E a terapeuta, que já atendeu tanto abusados quanto abusadores, diz que dificilmente nesses casos acontece apenas uma vez, como contou minha irmã. Por outros relatos dela, a terapeuta diz que ela pode ser mentirosa compulsiva, e que isso demanda tratamento.
Por tudo isso que expus aqui estou completamente perdida. Sempre tive uma relação dificílima com meu pai, mas ele nunca tocou em mim, sugerindo algo sexual. Tenho medo de acusá-lo, cortar relações com ele, e tudo o que minha irmã contou não ser verdade... Por outro lado, morro de medo de não apoiar minha irmã, não acreditar nela, se ela realmente tiver passado por isso. É claro que jamais vou mostrar a ela essa minha desconfiança, mas estou sofrendo com isso, já chorei muito e sinceramente não sei o que fazer. Gostaria muito da sua opinião.

Minha resposta: Difícil mesmo saber o que fazer. Mas por que você precisa fazer alguma coisa? Vc já apoiou sua irmã. Já chorou com ela. Ela está fazendo terapia. Não acho que no momento vc precise fazer mais alguma coisa.
E seu pai é separado da sua mãe, então você não deve vê-lo com tanta frequência. 
Pelo que vc conta, vc já tinha inúmeros problemas com seu pai muito antes da revelação da sua irmã. E é compreensível que vc o veja com tantas reservas. Ele foi um pai abusador. Ainda que sua irmã esteja mentindo e que ele não abusou dela sexualmente, ele batia em vcs, vcs tinham medo dele, ele não era nem bom pai, nem bom marido pra sua mãe.
Mas ser acusado de estupro é grave. Se alguém tiver que confrontá-lo sobre isso, será sua mãe ou sua irmã, não vc.
Acho que sua mãe agiu bem em conversar com a psicóloga. Pode ser sim que sua irmã seja uma mentirosa compulsiva, como sugeriu a psicóloga. Ou pode não ser uma mentira proposital, e sim uma fantasia (não no sentido d'ela desejar aquilo, mas de construir na sua mente que aquilo aconteceu). Ou pode ser que ela de fato tenha sido estuprada. De qualquer modo, sua irmã parece ter muitos problemas, e é fundamental que ela continue na terapia.
Entenda: você não precisa tomar um lado. Dê todo o apoio que sua irmã precise, não duvide dela, e não a chame de mentirosa de jeito nenhum. Mas também não fale com seu pai sobre isso. Não ainda.
Independente do estupro ter ou não ocorrido, é certeza que vc tem muitas coisas pra resolver tanto com seu pai quanto com a sua irmã.
Posso publicar seu relato tirando qualquer coisa que te identifique? É um caso difícil, e talvez as pessoas tenham outras sugestões.

Resposta da L.: Lola, impressionante como me sinto mais leve depois de ler sua resposta. Acho que você não tem a menor dimensão do quanto atinge a vida dos seus leitorxs, e principalmente das pessoas que te procuram com um problemão em busca de alívio e conselhos. MUITO obrigada, de todo o coração.
Pra mim ainda é extremamente difícil encontrar com meu pai, nas poucas vezes em que isso acontece, e conseguir conversar normalmente com ele, apesar de toda a repulsa e tristeza que o relato da minha irmã me cause. Por outro lado, é aquela questão né, é difícil apontar o dedo e acusá-lo de algo que não tenho certeza que aconteceu...
Pode publicar sim Lola, será muito bom ler as sugestões de seus leitorxs. Mais uma vez agradeço, e pode acreditar que toda essa energia positiva que você emana, volta pra você com toda a certeza.