segunda-feira, 29 de setembro de 2014

DOIS DEPOIMENTOS DO PAÍS QUE PROÍBE O ABORTO

Todos os dias, todos os direitos. Mural na Argentina

Ontem, 28 de setembro, foi Dia Latino-Americano e Caribenho pela Descriminalização e Legalização do Aborto. 
Uma data dessas é importante porque o aborto é legalizado na maior parte dos países do mundo, principalmente nos mais ricos, mas aqui na América Latina, Caribe e também na África -- justamente em continentes tão miseráveis, e tão religiosos --, as mulheres não têm direito sobre o próprio corpo. Brasileiro tem complexo de vira-lata, vive falando que "lá fora tudo é melhor", que aqui nada presta, mas na hora de copiar leis que funcionam no exterior (leis que não aumentam o número de abortos e que salvam a vida das mulheres que abortam), aí ele é contra. Mas só é contra até a hora que ele, ou sua esposa ou namorada, engravide sem querer
Publico hoje dois depoimentos recebidos este mês. São dois entre as dezenas de emails que recebo de mulheres desesperadas procurando ajuda para abortar. E eu me sinto muito mal por não poder ajudá-las. Eu me sinto muito mal por elas terem que se esconder, porque seriam vistas como criminosas, assassinas. Eu me sinto muito mal por várias não saírem vivas das clínicas clandestinas. 
Eu me sinto muito mal por religiosos e conservadores poderem julgar moralmente mulheres que eles sequer conhecem. E eu me sinto muito mal em viver num estado supostamente laico que se guia pela moral distorcida desses religiosos e conservadores. Moral distorcida por quê, você pode se perguntar. Porque considera que um embrião de algumas semanas ou um feto de alguns meses é infinitamente mais valioso que a mulher que o gera.
Hoje, se o aborto fosse legalizado, ele não mataria mulheres. Os "pró-vida enquanto o feto está no útero, depois apoiam a redução da maioridade penal" continuam colocando imagens de bebês de oito meses "abortados", sem a honestidade de dizer que a enorme maioria dos abortos acontece até os três primeiros meses ou que acontece sem cirurgia, só com remédio
Manifestação em SP "Somos todos
Uruguai", pela legalização da
maconha e do aborto
Seria maravilhoso se o Brasil fosse um modelo para a América Latina em matéria da liberdade das mulheres, como é o Uruguai. Quero um governo que tenha a coragem de legalizar o aborto. Enquanto isso, brasileiras seguem sofrendo e morrendo. Fiquem com esses dois relatos. 

Este, da A: 
Oi Lola, eu amo o seu blog, e hoje queria desabafar sobre algo que aconteceu comigo há dois anos. Queria explicar para algumas pessoas como é complexo o aborto e não tão preto no branco como acham.
Aconteceu assim: eu tinha um filho de um ano e na época, minha mãe tinha acabado de se separar, e eu estava desempregada com depressão em um relacionamento falido. Voltei para a casa da minha mãe para ajudá-la e aconteceu. Engravidei de novo. Lembro exatamente o dia que foi, porque não tínhamos relações sexuais frequentes, e lembro que não queria, e o pai do meu filho falou: "Cala a boca que quero desestressar do trabalho". Lógico que vão se perguntar como eu fiquei com um traste desses... Sei lá, ausência de autoestima, mais a depressão. Sabe o poço? Estava no fundo dele. 
E bem no início descobri a gravidez e começou o perrengue. Não queria aquele bebê, não tinha a menor condição financeira e principalmente emocional. O pai do meu filho ficou enrolando pra comprar o Cytotec. Tomei duas vezes [atenção: o Cytotec não deve ser tomado via oral; o comprimido deve ser colocado na vagina -- ou não] e nada aconteceu, então o desespero foi aumentando. Ele contou pra minha mãe e expliquei pra ela, sei que ela não concordava mas entendia os meus motivos. Já a solução da minha melhor amiga era eu dar a criança para outra pessoa. Tão simples, tão menos traumático... Até parece. Pode parecer egoísmo, mas é mais fácil lidar com o luto do que com o abandono. 
Até que fui na primeira clínica: era uma casa residencial, o médico com um cordão de ouro parecendo mafioso. Deitei. Ele balançou minha barriga e falou: não faço com esse tempo (eu não estava com 3 meses ainda). Eu lembro que coloquei minha roupa aos prantos, e tudo passava na minha cabeça, pensei até em me matar. Finalmente achei outra clínica. Essa mil vezes mais estruturada, com várias mulheres, cada uma com sua história, enfermeira no início de carreira, laqueadura do SUS que deu errado, falha de contraceptivo... Na fila, pensei: se der errado deve ser um sinal de Deus. Deus não veio.
Eu entrei na sala e fui sedada. Quando acordei, falaram: "Avisa quando você for operar que você se mexe muito mesmo com anestesia geral". Acho que era a culpa. Quando saí grogue, a mulher virou pra minha mãe e disse: "Não segura ela até chegar na esquina, tente sair o mais normal possível". Eu nem sei como não caí na rua. Cheguei em casa e minha mãe falou: "Queriam aumentar o preço, e mandei te tirar de lá, que eu dava um jeito de criar, não te chamaram?" Claro que não! Eles querem dinheiro, que se foda se você se arrependeu. 
Depois reparei que estava com uma marca de mão roxa no braço e outra mão na perna. Me seguraram na hora do aborto. E eu não lembro de nada. Só lembro que acordei chamando o meu filho. O pai do meu filho nem olhava pra minha cara.
Eu queria desabafar com alguém e nunca consegui. Minha mãe mudava de assunto e a amiga ficava calada. Passei uma semana chorando direto, um mês com aquelas marcas. Ninguém me acolheu, nem antes nem depois. Não ofereceram mais que o silêncio ou palavras de condenação. Ajuda? Nem sei o que é isso. 
Em dezembro ele(a) faria dois anos. Sempre penso no que aconteceu, choro escondida, quando vejo alguma matéria relacionada ao aborto lembro também. Não sei se o que fiz foi certo ou não, sei que do jeito que foi feito não foi. Se eu faria de novo? Claro que não. 
É uma marca eterna, mas defendo a legalização, nenhuma mulher merece passar pelo sofrimento que passei. Talvez se fosse legalizado, o trauma teria sido menor, ou se eu tivesse falado com algum psicólogo, eu teria desistido. Nunca vou saber. O conservadorismo não me deu essa oportunidade. 
Se eu espero o perdão de Deus? (que por acaso eu acredito). Não. Eu sei que ele sabe o que passei e o quanto sofri. Por enquanto tento me perdoar. E é isso, um assunto tão complexo não pode ser discutido com tanta superficialidade. De pré-julgamentos o mundo tá cheio. Obrigada por ler! Estou mais aliviada.

Este, da L.:
Me descobri feminista. Na faculdade, numa roda com outras colegas, nos descobrimos todas feministas e fundamos um coletivo. Como feminista, saí em marcha das vadias gritando pela legalização do aborto. Mas nunca pensei se eu mesma faria, só achava que as pessoas tinham o direito de escolher. 
Vim de uma família da classe trabalhadora. Meus pais faziam o impossível para que tivéssemos educação, e que diferente deles, pudesse ocupar uma vaga na universidade e "vencer na vida". E eu era a filha de ouro deles, enquanto adolescente ficava mais em casa que na rua e estudava muito. Porque queria uma federal. E foi com muita dificuldade e esforço que entrei numa universidade pública. Meus pais se desdobraram outra vez para me manter na faculdade, consegui uma bolsa, mas não custeava metade do que era necessário para me manter.
Quando me declarei feminista, descobri a liberdade sexual e tive dois parceiros na faculdade. Porém, há um mês descobri que estava grávida, estou na metade do curso. E não foi falta de cuidar, chegava a ser neurótica com métodos contraceptivos. E foi assim que descobri também que métodos contraceptivos falham. Camisa estoura e pílula do dia seguinte não resolve. Eu estava grávida e não tenho ideia de como lidar. 
O meu parceiro -- não tínhamos um relacionamento, éramos amigos que queriam transar -- havia acabado de iniciar um relacionamento com outra menina. E de imediato me disse que não queria um bebê, que iria atrás de médicos e clínicas. Mas ele não carregava nada em seu corpo, nenhum ser crescia sem consentimento dentro de seu ventre, então não se mostrou tão desesperado como eu. E foi assim que me deixou só procurando formas de interromper a gravidez. Eu não podia querer esse bebê, meus pais mal me sustentam e eu não trabalho, como poderia querer esse bebê?
Pesquisei na internet e descobri o aborto medicinal, com remédio, o método mais usado. Fui atrás e sendo um remédio proibido no Brasil caí em dois golpes. Tentei duas vezes e nenhuma funcionou. Fui atrás de clínicas pelo Brasil inteiro e não consegui nenhuma notícia. Eu ainda estou em busca, mas não tenho a menor ideia se será possível.
Ele não parece tão desesperado. Filho da classe média alta, tem a mãe apoiando que façamos o aborto porque não quer isso pro filho, mas juntamente com ele não encara isso como um problema dele, é um problema meu ter um feto dentro de mim. A vida dele provavelmente não vai mudar muito, por ele não faz muita diferença, porque embora ele disse que pretenda assumir -- agora que estamos sem saída -- não tem se mostrado muito presente. 
Eu tenho que lidar com o fato de que preciso sustentar a mim e uma criança, preciso conciliar isso com faculdade e um trabalho. Ele já abortou essa criança, eu tenho que lidar com o fato de que tenho um ser crescendo dentro de mim. Provavelmente vou ter que sair da república que moro, porque não dá pra dividir um bebê com outros jovens. E ainda preciso encarar meus pais e dizer que falhei. 
Eu queria querer esse bebê, queria poder amá-lo como fui amada por meus pais. Mas exatamente agora não consigo. Exatamente agora ele representa tudo que eu planejei pra minha vida e falhei. 
Se o aborto fosse legal no Brasil, eu provavelmente não estaria dormindo chorando todas as noites. Eu não estaria agora tendo que escolher entre a vida que queria seguir e a que terei que seguir. Infelizmente, por não conseguir um médico ou uma clínica, a opção que tenho é prosseguir com a gravidez. Eu achei que seria fácil interromper a gravidez, li tantos depoimentos sobre mulheres que embora pagaram muito caro, encerraram em uma clínica e com médico esse problema. 
Eu com 20 anos tenho que lidar com tudo isso. Quisera nós feministas termos alcançado essa conquista, quisera tantas mulheres não se sentirem como me sinto agora. Invadidas, sós. 

195 comentários:

Doula disse...

Sou feminista, luto pelos direitos das mulheres, mas sou contra a legalização do aborto. Caso alguém tenha interesse, segue o link explicando melhor o meu posicionamento:
http://diariodeumadoula.blogspot.com.br/2014/09/ser-contra-legalizacao-do-aborto-dentro.html

Gle disse...

Acho que eu enlouqueceria, fato. Só isso que consigo dizer quando penso num ser sendo gerado dentro de mim. Sempre que leio os Guest Posts me coloco no lugar dessas pessoas que sofreram e sofrem essas consequências psicológicas. Lembro de um sonho que tive, em que descobri que estava grávida. Acordei totalmente desesperada!

Acredito que o melhor que podemos fazer é segurar as mãos dessas mulheres e fazer o possível para ajudá-las. Foda-se que é ilegal. A nossa saúde em primeiro lugar! Aliás, nós deveríamos ter um país preocupado com a nossa saúde. Mas não! É mais fácil julgar e chamar as mulheres de assassinas do que dar apoio à elas. Já foi visto que o número de mulheres que abortam no Brasil é enorme e os governantes fecham os olhos para isso. Eu prefiro pensar no aborto como um caso extremo, não como um método contraceptivo. Tenho certeza que como nesses casos citados, grande parte das mulheres não engravidaram porque queriam ou porque não se protegeram. Acredito que os métodos contraceptivos falham e que mulheres morrem diariamente por conta de abortos clandestinos. Já chega disso! Precisamos evoluir!

Se existisse alguma forma de ajudar essas mulheres a não ser com o voto, eu ajudaria. Enfim! Deixo aqui meu carinho e torço para que elas encontrem o melhor caminho sempre e sigam o seu coração, independente de qualquer coisa. Aliás, não se sintam culpadas! Culpa é um sentimento muito ruim que não deve ser cultivado. Tenho certeza que logo vocês conseguiram seguir sem este sentimento! Anamastê :)

Sara disse...

Ontem estive, junto com minha filha , no Ato organizado aqui em São Paulo contra a criminalização do aborto, e vou continuar a ir em todos q eu souber, pois acho fundamental q a mulher tenha direito ao aborto legal e seguro.
A descrição dos seus sentimentos de impotência Lola quando é procurada por garotas e mulheres q necessitam conseguir um aborto e vc não pode ajuda-las, é a mesma q eu já tive, e é muito dolorido.
No protesto q participei falaram muito sobre mulheres pobres e de toda a dificuldade q elas encontram nesse momento, e ninguem duvida disso, mas a verdade é q mesmo aquelas q tem acesso a educação e situação econômica mais privilegiada, tb encontram muitas barreiras pelo fato do aborto ser um tabu na nossa sociedade e ainda por cima considerado crime.
Eu não consegui ajudar a menina q me pediu ajuda, por ter engravidado mesmo tomando anticoncepcional, que teve seu efeito cortado por um antibiótico, e não foi lhe dito q isso poderia acontecer, a verdade q mesmo amigos médicos NÃO nos ajudaram, por medo de se comprometer (e talvez por serem contra).
A história dessa menina foi radicalmente mudada em função dessa gravidez inesperada e forçada.
Tudo bem q ela esta tentando ser feliz, até se casou com o pai da criança, e espero q ela continue assim, mas o fato é q não era uma escolha dela, e q seus planos de vida foram todos mudados.
Na minha juventude acompanhei o caso de uma grande amiga, q aos 17 anos passou por um aborto, sem nem almenos poder contar para seus pais (q eram extremamente rigidos na sua criação), e tb eram outros tempos, onde o machismo era muito grande, e era impensável uma mocinha de família engravidar (muitas naquela época se matavam por isso), a única ajuda q ela teve foi a minha, q tb era da mesma idade q ela, só eu sei todo o desespero e dor q ela passou, e quanto tempo ficávamos chorando abraçadinhas tentando nos consolar, lembro q dei meu salário e economias pra q ela fizesse o aborto, e a familia dela jamais ficou sabendo, e o namorado nessa hora desapareceu.

Anônimo disse...

"Sou feminista, luto pelos direitos das mulheres, mas sou contra a legalização do aborto."

Por favor devolva sua carterinha de feminista, você é uma vergonha para todas nós.

Lara disse...

As vezes sinto que do jeito que nosso país anda é quase impossível que o aborto seja legalizado, só andamos pra trás quando se trata desse assunto.

Imagino que um plebiscito seria uma boa solução já que nossos políticos são covardes demais para fazerem qualquer coisa, mas tenho medo de que o conservadorismo vença nas urnas.E enquanto isso todos os dias morrem mulheres por lhes ser negado um direito mínimo que é o de ter autonomia sobre seus corpos.

Lara

Anônimo disse...

Minha história foi exatamente igual ao segundo depoimento, família conservadora, entrei em uma Federal, 20 anos, "sogra" querendo se livrar... Fico triste por o mesmo esta acontecendo com outra mulher e sinto dizer que o tempo não esta ajudando a superar, meu filho vai fazer um ano e não sinto aquele amor materno... Prejudicou a minha vida profissional e pessoal já abriu mão de várias coisas na minha vida e o pior que não é por escolha e sim obrigação, é um peso tão grande que não consigo sentir amor por ele.

Anônimo disse...

Anônimo do 12:28, peço encarecidamente que vá se ferrar. Sou feminista e tb sou contra o aborto. Me processe.

Unknown disse...

Doula, deixei um comentario no seu blog. Ver uma pessoa tão articulada como você defender o aborto, me deixa muito triste...

Sabe o que você escreve não é novo, é o de sempre. "O embrião é um ser humano"
Não, não é!Ele é um projeto de ser humano, EU sou um ser humano!! Que deveria ter minhas vontades respeitadas.

Depois vc fala que traz consequencias para saúde mental da mulher. E vc acha que ter um filho CONTRA sua vontade não traz consequencias? Sejam elas mentais, finaceiras, etc? Filho é sempre complciado, contra a vontade então?

E depois vc fala que o aborto não diminui a morte materna. Puxa, pode até ser.. mas a Jandira não teria morrido. Nem minha vizinha. E quantas outras?

No fim você fala que não mandaria uma aborteira a prisão , mas sendo contra o aborto você está torturando psicologicamente TANTAS mulheres que as vezes preferem até morrer do que terem um filho.

Normalemnte os "pro-vida" ficam la, com o papo besta deles, e eu só penso "bando de idiota", enem me dou o trabalho de responder. Mas com você me deu vontade de conversar, porque não é possivel uma doula querer que mulheres tenham filhos - ó coisa sagrada!- sem quererem. Não é possivel que uma doula prefira que uma mulher enfie um cabide na vagina do que ter a liberdade de ir numa clinica, tomar um remédio e pronto. Não é possivel que uma doula prefira ver mulheres morrendo, e profundamente infelizes por causa de um filho não desejado....

Por favor, me diz que eu entendi errado.

Abraço

Anônimo disse...

Encarar a responsabilidade não dá, o importante é se livrar do problema e seguir com a vida, o importante é que o curso superior não pode ser interrompido, que os planos de carreira não podem ser interrompidos, então que se interrompa um ser humano!Dá muita tristeza isso.
Rafael

Anônimo disse...

**Anonimo das 12:28 claramente querendo confete.**

Ai, que dor com esses depoimentos, especialmente com o segundo </3
Me dói muito porque estou num contexto muito muito parecido com o da moça (22 anos, ralei muito pra passar numa federal, família da classe trabalhadora) e, só de me imaginar na mesma situação, dá um frio na espinha.

É foda. Tenho um namorado maravilhoso e já passamos pelo "susto" de talvez eu estar grávida, mas era só susto mesmo, porque fiz o teste de farmácia errado (era minha primeira vez fazendo um teste desses), depois refiz direitinho e deu negativo.

Depois dessa, fui mais cuidadosa ainda com nossos métodos contraceptivos (pílulas anticoncepcionais e camisinha). Mas mesmo fazendo tudo certinho, sempre bate um medinho na hora de esperar a menstruação descer, pois nunca se sabe, né :(

Mesmo que nós já tenhamos conversado sobre isso algumas vezes e sabendo como iríamos proceder, não dá pra dizer que "ah, whatever", porque é sim uma situação muito delicada, que eu não contaria pra minha família e que eu teria muito medo de que isso me impedisse de seguir com meus planos..

Moças, sintam-se abraçadas. Talvez não ajude muito, mas é tudo o que eu gostaria de fazer agora com vocês..

Anônimo disse...

Anônimo 29 de setembro de 2014 12:28

eu NÃO SOU feminista, sou a favor do aborto e de outros direitos que ainda são negados as mulheres ou lhes "dado" em parte, acho deprimente, um retrocesso, e falta de união que ALGUMAS feministas não saibam respeitar as opiniões das outras mulheres, a mulher PODE SIM ser feminista e não concordar com aborto e ninguém tem o direito de julgar isso, isso não torna ninguém menos feminista.
respeito pelo outro é fundamental, e exatamente pela falta do mesmo, que muitas mulheres não se unem ao feminismo ou o abandonam, as atitudes de algumas pessoas sem educação compromete todo o movimento pq infelizmente a maioria das pessoas não sabe separar e julga todo feminista com 'mal comida' e por aí vai. por favor aprendam a conviver com opiniões diferentes ou em pouco tempo vocês, e me refiro aquelas ALGUMAS. terão as "carteirinhas' de todas.
ela tem todo direito de ser contra, o que ela não pode é querer impedir que o aborto seja legalizado só pq ela não concorda, pq nesse caso ela cairia no mesmo erro que vc, não respeitar o outro, e não reconhecer onde começa o direito dela.

mila

Anônimo disse...

"Anônimo do 12:28, peço encarecidamente que vá se ferrar. Sou feminista e tb sou contra o aborto. Me processe."

Isso não existe. Qual o próximo? Homossexual contra criminalização da homofobia? Me engana que eu gosto. Se você acha bonito ficar se declarando feminista e ao mesmo tempo não levantar as bandeiras do movimento, beleza mas eu tenho vergonha de gente como você. Deixa eu advinhar, você é religiosa, né?

Anônimo disse...

Que situação difícil, se ver tão só numa hora dessasdeve ser terrível. Eu pensei que houvesse informações suficientes online, temos muito trabalho pela frente, então.

E, olha, eu tento respeitar todas as opiniões, mas entender que uma feminista se posicione contra o aborto....não consigo, como se pode ser feminista e dar mais importância à vida de um embrião do que a da mulher?

Leila

Anônimo disse...

Sempre tem um pra dizer "não aborte! o feto não pediu pra estar ali!"

Poxa, a mãe também não pediu, e aí?
Por causa do "erro" (que MUITAS MUITAS vezes não é culpa do casal, muito menos só da mulher), a mulher tem que assumir as consequências sozinha.

Ficar grávida, parir, interromper os planos, cuidar, ser perfeita 24h, porque uma camisinha inventou de estourar ou porque ninguém avisou pra a coitada que antibiótico corta o efeito do anticoncepcional.

Será tão difícil entender que nenhuma mulher pensa "não vou tomar anticoncepcional, nem usar camisinha, nem pílula do dia seguinte. Se eu engravidar, eu simplesmente aborto" ?

Aborto não é procedimento simples, é uma medida pra uma situação extrema, onde cada mulher tem suas razões pra optar passar por tudo isso ao invés de parir e dar pra adoção. Que dificuldade de ter empatia!

Luiza Original disse...

Se embrião é ser humano... então você, Doula, também é contra inseminação artificial, obviamente? Porque os embriões não-utilizados, caso os pais não desejem guardá-los, são descartados. DES-CAR-TA-DOS.

Mas eu não vejo nenhum pró-vida esbravejando em frente a essas clínicas que ganham bastante dinheirinho com isso.

Vocês são pró-vida? Beleza. Ótimo pra vocês. Mas será que dá pra ser pró-vida em TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS? Pelo menos tenham peito para admitir que não, mulher estuprada não pode abortar; que não, mulher gestando anencéfalo não pode abortar; não, mulher em risco de morte não pode abortar; não, in vitro é errado e não pode acontecer, não. Não, não, não. Fica muito feio pra vocês serem contra o aborto num caso e a favor no outro.

Lara, plebiscito não é o caminho para questões "polêmicas". A maioria dos brasileiros é profundamente ignorante. Do analfabeto ao PhD. As chances desses dois darem a mesmíssima resposta reaça são enormes. Então, não, nada de pebliscitos ainda. Temos é que lutar para barrar projetos malucos e pela aprovação dos nossos próprios.

Anônimo disse...

Anônimo das 13:42,

Se sou ou não religiosa é uma questão pessoal minha. Tenho uma opinião contra o aborto, e isso invalida todas as minhas outras ideias e lutas feministas? sério? Achei que o feminismo fosse um movimento plural, que comportasse diferentes posições, mas acho que me enganei

Mally Pepper disse...

"Sou feminista, luto pelos direitos das mulheres, mas sou contra a legalização do aborto."

Não, vc não é feminista. O feminismo diz que a mulher é dona do seu proprio corpo e por isso mesmo ninguem tem o direito de ficar cagando regras sobre a vida dela. Se vc não é capaz de respeitar esse simples princípio, então sorry, vc não é feminista.

Anônimo disse...

Já abortei e foi super tranquilo, mas é o tal negócio:

1. eu tinha dinheiro para pagar uma boa clínica, que se vocês quiserem saber nem é clínica, é um médico dentro de uma famosíssima maternidade de SP que atende no hospital mesmo

2. eu tinha apoio do marido e tranquilidade pelo curto tempo de gestação (percebi logo que tinha acontecido alguma coisa)

Então dois dias antes do procedimento passei numa consulta, ele me examinou, ali mesmo foi combinado o preço, voltei dois dias depois bem cedinho e em jejum, fui pra sala cirúrgica, me deram um negocinho na veia e me mandaram contar até 10. Quando abri os olhos eu já estava com um absorvente externo, a sala vazia e só uma enfermeira me esperando. Tudo certinho, não sentir dor nenhuma, não precisei tomar nenhum analgésico ou antibiótico depois. Entre o contar até 10 e abrir os olhos não demorou mais que vinte minutos. Na minha memória, foi uma piscada. Fechei os olhos grávida e abri os olhos não-grávida.

É esquisito fazer aborto, ainda mais se você tomava cuidado, mas nem achei esse fim de mundo todo não. Acho exame ginecológico muito pior. Fiz o aborto sem ver nada, sem sentir nada antes/durante/depois, estava calma, marido ali do lado então só se eu inventasse um trauma pra ter, pra pagar de arrependida, coisa que não sou. Nunca derramei uma lágrima por esse aborto, pelo contrário, foi uma decisão muitíssimo acertada e eu falo abertamente sobre ele. Porque existe uma coisa de toda mulher ter que se fazer de arrependida em vez de assumir que não só não ficou com trauma como lhe restou um imenso alívio; eu não, falo mesmo, antes do crime prescrever eu já falava que quando a coisa é feita do jeito CERTO não é esse terror todo.

Pena que nem todas as brasileiras podem ter o mesmo privilégio que eu tive.

Anônimo disse...

"Sou feminista, luto pelos direitos das mulheres, mas sou contra a legalização do aborto."

Vc não é feminista nem aqui nem na China, bjos.

Anônimo disse...

Ser contra o aborto é perfeitamente ok

Ser contra a LEGALIZAÇÃO, que é uma questão técnico-jurídica, só se justifica por ranço religioso ou ignorância incompatível com o feminismo.

Mally Pepper disse...

Pra tal Doula que escreveu o texto no blog contra o aborto, deixei esse recado e reproduzo aqui também:

Vc diz no blog da Lola que é feminista, mas é contra a legalização do aborto. Sorry, mas vc não é feminista por uma razão muito simples: está se achando no direito de dizer o que as outras mulheres devem ou não fazer com seus corpos e o feminismo é contra isso. Fim. Vc manda no seu corpo e na sua vida, mas no MEU CORPO E NA MINHA VIDA QUEM MANDA SOU EU E NEM VC, NEM NINGUÉM TEM O DIREITO A DAR PITACO.

Agora me responde uma coisa: onde o EMBRIÃO se desenvolve e retira nutrientes? No corpo da mulher. Dentro do corpo da mulher. Dentro do útero dela.. Deu pra entender? Não importa se ele escolheu ou não estar ali. O corpo continua sendo da mulher e, portanto, ela TEM SIM PLENO DIREITO de decidir se esse embrião pode ou não continuar dentro do seu corpo vivendo e se desenvolvendo as custas dos seus nutrientes.

Além do mais, se a mulher não escolheu engravidar, se não é fruto da sua livre e espontânea vontade, então me dá uma única razão lógica e plausível de ela ser OBRIGADA, FORÇADA e COAGIDA a continuar essa gestação sendo que ela não pediu e nem desejou isso. Sim, porque se o aborto for criminalizado, é exatamente isso que irá acontecer. Ela será FORÇADA a dar continuidade a uma gravidez CONTRA a sua vontade.

Só porque ela fez sexo? Então vc acha que só porque a mulher transou, ela tem que arcar com essa gravidez indesejável custe o que custar, doa a quem doer, mesmo as custas do seu próprio sacrifício? É isso que vc quer?

Sim, porque é muito fácil lançar leis pra decidir sobre a vida das OUTRAS pessoas sendo que são elas quem irão arcar com as consequências, não vc. Se uma mulher engravidar contra a vontade e for OBRIGADA a levar essa gestação adiante, será ela quem vai ter que criar essa criança, alimentar, ter sua vida e seu corpo totalmente alterados por causa disso enquanto VOCÊ e sua vida permanecerão totalmente inalterados.

Vamos combinar uma coisa: cuida da sua vida enquanto as outras mulheres cuidam da vida dela. Se vc realmente não quer que elas abortem, então faça algo pra ajudá-las a criar essas crianças ou então encontre um bom lar adotivo pra elas. Vc é a favor da vida desses embriões? Se importa com eles? Quer que nasçam? beleza. Mas entenda que nascer por si só não é suficiente. Essas crianças vão precisar de roupa, comida, abrigo, atenção, cuidados, escola, médico e um monte de outras coisas. Vc vai dar tudo isso? ou o seu negócio é apenas que elas nasçam e o resto que se dane?

afinal, simplesmente se achar no direito de EXIGIR que elas levem adiante uma gravidez indesejada, mas não fazer nada pra ajudar e ainda dizer que elas devem se virar sozinhas porque "se elas transaram, então tem que se lascar e pronto" é, no mínimo, uma falta de respeito monumental com essas mulheres, suas vidas e sua autonomia.

Anônimo disse...

"Se embrião é ser humano... então você, Doula, também é contra inseminação artificial, obviamente? Porque os embriões não-utilizados, caso os pais não desejem guardá-los, são descartados. DES-CAR-TA-DOS.

Mas eu não vejo nenhum pró-vida esbravejando em frente a essas clínicas que ganham bastante dinheirinho com isso"

Pois É, eu não vejo "pró-vida-do-feto-e-apenas-dele" fazendo escândalo em frente às clínicas de reprodução assistida que fazem FIV e a consequente, ainda que não autorizada, REDUÇÃO EMBRIONÁRIA. Se alguém aqui não souber o que é isso, a tia explica: fertilização in vitro é um processo feito por ciclos e é caro. Pra agilizar, os médicos implantam diversos embriões ao mesmo tempo porque nem todos vingam, mas supondo que implantou seis e vingaram os seis, uns 4 vão morrer. Introduz-se uma comprida agulha com solução salina e vão matando um a um os embriões considerados excedentes. Tem videozinho no youtube mostrando direitinho como se faz.

Então é assim: matar 4 pra ser mãe de dois, pode. Matar um pra não ser mãe de nenhum, aí é assassinato do fetinho loiro que vai descobrir a cura do câncer.

Anônimo disse...

Lola, sobre o Cytotec:

De fato, ele não pode ser engolido. Mas se a mulher introduz na vagina, ele pode deixar resíduos e se essa mulher precisar de atendimento médico depois, isso vai dar problema. O ideal é deixar o comprimido dissolvendo na bochecha, é ruim mas não deixa rastros materiais visíveis a olho nu no canal vaginal. É possível detectar o medicamento fazendo exames de sangue p.ex. mas nenhuma pessoa é obrigada a produzir provas contra si ou autorizar que produzam, então é falar não e não, negar que o aborto foi provocado e ameaça chamar a polícia se resolverem não te atender, até pq omissão de socorro é crime. Chama sem medo.

Fernanda disse...

Estou vendo um monte de gente entrando no blog da Inês e escrevendo ofensas... eu leio o blog dela e não acho que ela seja feminista, pelo menos ela nunca disse ser... acho que quem escreveu esse primeiro comentário nesse post, é outra doula, que é feminista e usou o texto da Inês para explicar o seu posicionamento.

Mally Pepper disse...

E complementando meu post anterior, Doula, não importa quais são as razões pra vc ser contra o aborto. Elas podem ser pessoais, religiosas ou o que for. Não importa. Sabe por que? Porque suas razões são SUAS, não minhas ou de outras mulheres.

O que vc pensa sobre isso é irrelevante porque vc não tem direitos sobre meu corpo ou o das outras mulheres. Simples assim. Vc é contra o aborto? Então não aborte. Eu te garanto que se o aborto for descriminalizado, ninguem vai te obrigar a fazer aborto caso vc engravide, pode ficar tranquila. Se vc quiser continuar a gravidez, vai fazer isso porque é direito SEU e ninguem tem nada a ver com isso.

Então, mais uma vez: cuida da sua vida. Isso não é um insulto ou uma resposta atravessada. É um fato. Vc não tem o direito de decidir sobre a vida dos outros. A não ser que vc pague as contas dessas pessoas e resolva seus problemas e obrigações. Vc vai fazer isso com as mulheres que quiserem abortar? Certamente não. Então não queira se achar no direito de mandar na vida delas porque vc não tem essa autoridade. Na minha vida vc não manda e se tentar fazer isso, vai ter sérios problemas.

Lidiany CS disse...

Esses relatos foram muito tristes.
Imagino os emails que vc deve receber Lola... :(

Anônimo disse...

anônimo das 14:11, por favor não leve em consideração pessoas que não sabem respeitar e entender outras posições. vc está coberta de razão, e isto não invalida sua atuação, gente assim tem em todo o lugar e movimentos.

mila.

Anônimo disse...

Queria saber da suposta doula qual sua opinião sobre o aborto em caso de gravidez decorrente de estupro.

Anônimo disse...

A """""""""doula""""""""" é contra o aborto porque não quer ficar sem emprego, tadinha.

Anônimo disse...

Lola, você está na página do facebook chamada:

A favor da despenalização do aborto

https://www.facebook.com/abortonaoecrime?fref=photo

Sara disse...

Ser contra o aborto é perfeitamente ok

Ser contra a LEGALIZAÇÃO, que é uma questão técnico-jurídica, só se justifica por ranço religioso ou ignorância incompatível com o feminismo.

anon 14:37hs (2) PERFEITA COLOCAÇÃO...

Anônimo disse...

Lola, não sei como vc responde esses emails mas gostaria de contar minha história e minha posição. Não vivo no Brasil, agora, mas sim num pais onde o aborto tampouco é legal. Nunca fiquei grávida sem querer, por isso não julgo quem precisa recorrer a essa medida. Sou francamente a favor da legalização mas, hoje, se alguma amiga/filha etc viesse me pedir opinião eu diria para não fazer (pelo menos enquanto for ilegal). Digo isso pelo seguinte: na primeira vez que fiquei grávida tive um aborto retido (qdo o embrião não se desenvolve, mas o corpo também não elimina o embrião morto). Eu então me internei num hospital, para fazer a curetqgem. É processo de um dia, interna de manhã e aí vem uma enfermeira e coloca dois comprimidos na vagina. Daí vc fica no quarto de hospital acompanhando (para ir ao banheiro tem que chamar enfermeira, etc.). Eu fiquei num quarto sozinha e tranqüila, vendo TV por algumas horas, até que começou uma cólica horrível. Nisso, já era quase hora da curetqgem. Me levaram para o centro cirúrgico, me deram aquela anestesia na espinha e fizeram a curetagem. Depois que o efeito da anestesia passou é o médico me revisou fui para casa com receita de anti inflamatório e analgésicos e recomendação de repouso. Imagino eu que este procedimento deve ser bem similar a um aborto feito dentro da lei. E olha que o trauma nem tem como comparar pq no meu caso o embrião já não tinha vingado. E eu jamais recomendaria a alguém passar por algo assim num lugar que não fosse um hospital. Deve ser muito cruel e perigoso. Imagino como deve ser horrível estar numa situação dessas (uma gravidez não desejada) e não quero colocar mais trauma em ninguém, mas queria só deixar minha impressão.

Unknown disse...

Não quero cassar carteirinha de feminista de ninguém, mas considero aborto uma das questões fundamentais, pilares, do feminismo. É sobre a agência da mulher sobre o próprio corpo, não consigo compreender quem se diz feminista e é contra o aborto. Me parece muito contraditório.

Aline J disse...

olha, Doula, minha amiga, eu odeio fazer o estilo "vou confiscar sua carteirinha de feminista", mas se você é contra o aborto, não há como negar, você não é feminista. Ser contra o aborto vai contra o que o feminismo diz. E o que o feminismo diz é que cada mulher tem o direito da escolha: Se quer trabalhar, se quer somente ser dona de casa, se quer abortar e se não quer abortar. Canso de repetir isso aqui no blog, mas um embrião não tem cérebro, nem vida e nem porra nenhuma. Os próprios médicos já disseram que são a favor do aborto até o 3 mês. Por isso, como alguém citou, sim, também acho que você seja religiosa, porque isso é coisa de religioso.

Vamos colocar assim:
Se você é contra, é simples, não faça, mas não cague nas escolhas das outras.

Anônimo disse...

Eu, se estive no lugar da moça do segundo caso, pois moro no estado de São Paulo, faria aborto legal mentindo.
Simples assim. Imoral, mas menos imoral do que parir um filho obrigada.


Anônimo disse...

tem um projeto de lei no portal e-cidadania colhendo assinaturas para legalizar o aborto. se elas chegarem a 20 mil, o senado é obrigado a discutir o assunto! assine aqui:
https://www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=29984

Gle disse...

Sabe qual é o problema do aborto? É o tabu!!! Ninguém discute, ninguém fala, ninguém conversa sobre isso numa mesa de jantar. Por que? Porque é polêmico, porque a porcaria do país "laico" em que vivemos, não nos dá oportunidades de discutir e ENTENDER o que é a tal "legalização do aborto" que todas nós feministas dissemos. Fala-se a palavra ABORTO e de 10 mulheres, 1 não torce o nariz. A gente aprendeu desde criança que aborto é crime, que é errado, que é TIRAR UMA VIDA, oi?!
E a mulher? Jura que todas nós vamos querer abortar se for legalizado? Em quaisquer situação? NÃO! Até porque a intenção é abortar em último caso, naquele em que puts, a camisinha estourou, o anticoncepcional furou... enfim! O feminismo existe para arrancar esses tabus, pra gente discutir pontos de vista e não pra se matar e ter a razão sempre.
A Lola tem esse blog lindo pra gente se expressar, trocar experiências, etc. Não venha me dizer que você é feminista, Doula. Você não é. Porque provavelmente vc não se comoveu com essas histórias relatadas nesse post como nós. Porque você pensa apenas no seu umbigo e muito provavelmente você não sabe o que é se sentir desesperada e sem chão, com um feto na barriga.

Anônimo disse...

Eu não acho válido confiscar carteirinha de feminista porque ela é contra o aborto. Nem o tipo de insulto que está ocorrendo contra a Doula ai.

Mas realmente, creio que comparar os direitos de um feto ou embrião (e está vivo sim, uma vida da espécie homo sapiens) com a da mãe, que está viva E é um ser humano, com autonomia, consciência, direitos e deveres legais e o pacote completo é má fé ou valores religiosos. Não precisa nem ter a religião, só os valores.

Também acho de uma hipocrisia monstra mostrar esses estudos sobre a saúde psicológica das mulheres que abortaram. E das mães? Tem? E sobre depressão pos-parto, burning out por stresse, arrependimento de ser mãe, etc...nada? Nada né...mãe tem de ser o ser perfeito e iluminado pelo amor radiante, que se doa por inteiro.

No texto da doula tem outro ponto que creio interessante, porque é comum na argumentação contra ao aborto. O homem não aparece, em momento nenhum. É quase como se fosse uma imaculada concepção as avessas, só que em vez de virgem, a mãe é puta (pq afinal,abriu as pernas). E tem de se lascar por isso. O homem...bom, ele é homem. Maternidade e compulsória, mas paternidade é opcional. Mesmo se o homem, que nao tem nenhuma mudança no corpo acontecendo, nao quiser apoiar, criar a criança, etc...pra ele tá tudo certo. Puta é a mulher que aborta.

E eu já abortei. Sou mãe, abortei, não tenho traumas nem arrependimentos. Foi a melhor decisão que pude tomar, para minha vida e a minha família. E fim.

Anônimo disse...

lola, é triste ver a doula sendo atacada pq não concorda com 1 assunto. a maioria aqui está crucificando, tbm é triste ver sua falta de atitude em tentar apaziguar os ânimos, ela tem direito a discordar e todos devemos respeitar isso.

mila.

Anônimo disse...

"Sim, porque se o aborto for criminalizado, é exatamente isso que irá acontecer. Ela será FORÇADA a dar continuidade a uma gravidez CONTRA a sua vontade."

Malagueta, o aborto JÁ é criminalizado no Brasil, e as mulheres JÁ são forçadas a dar continuidade a gravidez contra a vontade.




Para a guest do segundo depoimento, que ainda está atrás do misoprostol: querida, estive na mesma situação que vc este ano, tentei com diversos chás e não consegui interromper, e só com 14 semanas (quase 15) consegui o citotec. Nem tente pela internet porque mais de 90% é golpe, é muito triste que pessoas se aproveitem deste momento de fragilidade para dar golpes, é muito lixo humano.

Eu consegui no centro da cidade, com um panfleteiro daqueles multiuso: compro ouro, corto cabelo, vendo lingerie, sabe? Perguntei se ele sabia quem vendia ali no centro e ele tinha contato com as prostitutas e me arranjou. Era falsificado, mas funcionou pra mim.

Tente também nas farmácias pequenas, falando direto com o farmacêutico, nunca com os balconistas, escreva o nome em um papel e diga: Olá, vc tem este remédio? e mostra o papel com o nome "misoprostol". Se ele disser que não é só tentar na próxima farmácia. Mas sabe, é muito comum ter em pequenas farmácias de bairro. Vai custar entre 400 e 700 reais.

Eu precisei de 6 comprimidos apenas, via sublingual (deixa dissolver 4 embaixo da língua e depois de 4h deixa dissolver os últimos 2). Espero que este comentário te ajude. Ainda dá tempo amiga, não perde as esperanças, to aqui torcendo por ti. Se o bunda mole não está se mexendo pra conseguir o remédio, junte suas últimas forças e vai atrás deste jeito que te falei que vai dar certo!

boa sorte!!

Anônimo disse...

"É processo de um dia, interna de manhã e aí vem uma enfermeira e coloca dois comprimidos na vagina. Daí vc fica no quarto de hospital acompanhando (para ir ao banheiro tem que chamar enfermeira, etc.). Eu fiquei num quarto sozinha e tranqüila, vendo TV por algumas horas, até que começou uma cólica horrível. Nisso, já era quase hora da curetqgem. Me levaram para o centro cirúrgico, me deram aquela anestesia na espinha e fizeram a curetagem. Depois que o efeito da anestesia passou é o médico me revisou fui para casa com receita de anti inflamatório e analgésicos e recomendação de repouso. Imagino eu que este procedimento deve ser bem similar a um aborto feito dentro da lei."

Nem remotamente similiar.

O aborto pode ser feito de duas formas: medicamento ou curetagem

Em países onde é legalizado, como Portugal p.ex., a primeira opção é sempre a medicamentosa, que é segura até a décima segunda semana de gestação (3 meses, embora dê perfeitamente pra fazer mais que isso, porém eleva o risco de complicações). Toma-se dois tipos de comprimidos diferentes, a pessoa vai pra casa, tem cólicas normais (resolvidas com um Advil da vida), ocorre a expulsão do material uterino e ela volta dali uns dias para o hospital só pra ver se deu tudo certinho. Se não deu, aí se faz a eliminação do que sobrou no útero.

E curetagem de aborto não precisa de ráqui não, é só a sedação, meia hora acabou.

Quando a gravidez é mais avançada aí realmente não é tão simples, mas nos lugares legalizados as mulheres já estão mais naturalmente atentas à janela da lei (Portugal, como citei, 10 semanas). O preço do aborto português = sessenta reais. O preço do aborto brasileiro, clandestino, em clínica que pode ou não ser um açougue: 5, 6 mil reais.

Entenderam porque o aborto NUNCA vai ser legalizado aqui?

Raven Deschain disse...

Fuck it all.

Lola, conheço uma pessoa que vende os medicamentos por um valor legal e sem golpe, mas ela não aceita divulgação pela internet. Se vc quiser te passo um email e quando alguém te pedir vc repassa meu endereço. A pessoa me pedindo passo o email dela.

Ninguém deveria ser obrigada a ter um filho sem querer e nem sofrer desse jeito com um aborto.

Anônimo disse...

"Eu precisei de 6 comprimidos apenas, via sublingual"

Quanto maior o tempo de gravidez, menos comprimidos serao necessarios, ao contrario da crença popular

Sara disse...

http://cts.vresp.com/c/?AnistiaInternacional/614344a305/496a9c2e58/99f763d683

Esse é um link para um abaixo assinado contra a barbárie q esta acontecendo em El Salvador onde todos os tipos de aborto foram CRIMINALIZADOS, e é por isso q vou continuar me manifestando, pois se nós mulheres, não protestarmos, iremos para o mesmo absurdo caminho.


María Teresa Rivera não sabia que estava grávida até que um dia, na fábrica de tecidos onde trabalhava, sentiu uma necessidade urgente de ir ao banheiro. Minutos depois, foi encontrada por sua sogra, caída no chão e sangrando.

Ela sofreu um aborto espontâneo. Por isso foi sentenciada a 40 anos de prisão por homicídio doloso.

Nos casos de risco de vida da mãe, os médicos não podem fazer nada até que a mulher inicie uma hemorragia e esteja à beira da morte. Na maternidade de um hospital público, uma médica disse à Anistia Internacional: "O que poderia ter sido uma cirurgia simples se transforma numa cirurgia de alto risco.”
Em El Salvador, mulheres e meninas que engravidam em consequência de violência sexual não têm outra escolha além de levar a gestação adiante, ou se submeter a um aborto clandestino. A violência cometida inicialmente contra a mulher ou a menina é, de fato, agravada pelo Estado com sua decisão de proibir a interrupção da gravidez.

Unknown disse...

Descobri que abortaria quando pensei estar grávida.
A decisão já estava tomada antes mesmo de acontecer. Por sorte foi alarme falso, mas meu namorado da época se mostrou extremamente contra e infeliz com minha escolha.
Hoje ainda tomaria a mesma decisão. Só terei um filho quando quiser tê-lo, porque métodos contraceptivos falham.

Daniela disse...

Tristes demais esses depoimentos, triste demais não sermos donas de nossos corpos...

Por outro lado, nesse momento da minha vida estou vivendo uma situação completamente inversa à das meninas do post. Estou tentando engravidar há dois anos e não consigo. É muito triste tbm.

Por mais que tentemos ser racionais, a sensação é de injustiça, sabe? Tantas mulheres que engravidam ser querer, pensam em abortar etc, e eu até agora não pude realizar esse sonho.

Ai ai...

Força pra nós e luta, luta sempre pelos nossos direitos sexuais e reprodutivos!

Sara disse...

acho q o link q postei não entrou corretamente.

https://anistia.org.br/entre-em-acao/peticao/pelas-mulheres-e-meninas-de-el-salvador/

lola aronovich disse...

Raven, fuck it mesmo. Por favor, manda pra mim seu email, que eu passo pra próxima que me pedir ajuda. Sei (imagino) que algumas das mulheres que me pedem ajuda são conservadores e mascus disfarçados, querendo me incriminar. Mas eu nunca digo nada, até porque não conheço clínica nenhuma, nem nenhum endereço pra se comprar Cytotec. Eu nunca deixo um pedido de ajuda sem resposta, mas só envio algumas informações gerais, uns links pra como fazer aborto com Cytotec (os mesmos que coloquei no texto). Parece que agora o Women on Web voltou a funcionar no Brasil, é verdade? Enfim, fiquei sabendo que no Chile -- país em que o aborto é proibido em todos os casos, até nos de estupro e risco de vida pra gestante -- as feministas organizaram uma espécie de Disque Aborto, dando algum tipo de assistência pra quem procura ajuda. E é completamente legal. Por que não fazemos algo assim aqui no Brasil? Eu tô pra ver os religiosos, conservadores, misóginos mandarem alguma feminista pra cadeia por apoiar o aborto. Sério mesmo, desafio vcs, seus crápulas. Façam de alguma feminista uma mártir, pra gente finalmente conseguir alavancar a discussão sobre legalização do aborto no Brasil. I dare you. I doubledare you.


Mila, estou meio ocupada, sabe? Não tenho tempo pra ser babá em caixa de comentários. Como eu já falei N vezes, não casso carteira de feminista de ninguém, nem de quem se diz contra a legalização do aborto. Pelo que entendi, a doula não se disse feminista. Ela é pela humanização do parto e é contra a legalização do aborto. Direito dela. Perda nossa.

Maria disse...

12 anos de um governo supostamente de esquerda e nem uma linha foi movida para avançar na questão da legalização do aborto. Pelo contrário, quando a ANS fez uma portaria para aumentar a verba do aborto legal e assim tentar viabilizar o procedimento que já é garantido em lei para as mulheres, bastou a bancada evangélica chiar para a PresidentA revogar a portaria e não se falar mais nisso... Ou seja, se não mudou nada em doze anos, não será nos próximos quatro que irá mudar...

Anônimo disse...

O argumento "Vc éé contràa o abortuuu pq ja nassseu" é muito entristecedor e me faz pensar: Como certos seres humanos evoluíram tão pouco?

Se eu tivesse sido abortada, eu... Teria sido abortada e não estaria aqui, companheiros. Se minha mãe tivesse escolhido me abortar, seria escolha dela, eu me sentiria horrível vendo-a obrigada a me parir. Eu não lembraria de nada, eu não sentiria dor nenhuma. Eu simplesmente não existiria e nem teria conhecimento de que eu fui abortada.

Menos, tá? Próximo argumento inútil.

Anônimo disse...

menina que precisa fazer um aborto, procure um gineco particular e diga que foi estupro, mas que vc nao quer prestar queixa. quem sabe ele nao te ajuda?

considere tambem ir ao uruguai!

Raven Deschain disse...

Lola, se me permite a correção: A indicação dos comprimidos é que seja SEMPRE sublingual. Não importa a quantidade. Por inserção vaginal, eles podem levar até 4 dias (!) pra dissolverem. E realmente, dependendo do período de gravidez podem ser quatro comprimidos. Mas essa é a dose mínima recomendada. O ideal, é que se a mulher for comprar mesmo, ela compre 6. E não recomendo cytotec. A quantidade de falsificações é enorme. Recomendo genéricos, como o Apotex.

E gente, pera. É muita desinformação. Na boa, tomei os comprimidos, me deu cólica, desceu, toquei a vida.

Ninguém vai sangrar até morrer. Nem morrer de dor. Nem desmaiar. Nem ver feto na privada. Inclusive, num país lindo como o Canadá, as mulheres vão ao posto de saúde, tomam os mesmíssimos comprimidos que eu tomei e vão pra casa. Assim. Sem acompanhamento nem médico enchendo o saco. Por que os casos de complicações são muito, mas muito raros. Houve inclusive uma pesquisa que demonstrava que 100% das mulheres acertaram sobre o sucesso (ou não) do procedimento, sem precisar voltar ao atendimento. E concordo com o anon aí encima. Em um país aonde o aborto é um "negócio" tão rentável, ingenuidade achar que será legalizado. Mas a gente vai a luta.

Tudo o que eu falei tá no Woman On Waves. É só ler.

Me parece que a esses pró vida, legal mesmo vai ser quando a mulher voltar a fazer abortos com cabides, porque aí se ela tiver bastante medo de morrer, ela vai parir. O que essas antas esquecem, é que tem mulher (eu, inclusa) que tem mais medo de parir do que de morrer.

Anônimo disse...

" Parece que agora o Women on Web voltou a funcionar no Brasil, é verdade?"

Voltou e somente importar esses medicamentos para uso próprio, uso pessoal, sem revender, não é crime.

Anônimo disse...

"Por mais que tentemos ser racionais, a sensação é de injustiça, sabe? Tantas mulheres que engravidam ser querer, pensam em abortar etc, e eu até agora não pude realizar esse sonho."

Se você não for racista, em seis meses já está em adaptação com uma criança que precisa ser adotada assim que entrar na fila de adoção e passar pelos procedimentos, que são simples e levariam bem menos de dois anos. Se você não for racista. Se quiser menina branca do olho, azul, aí é outra história.

Engravidar não é o mesmo que ser mãe.

Anônimo disse...

lola, creio que vc não entendeu minha posição.
sei sim que vc é ocupada mas não é vc quem regula os comentários ? exatamente por isso que imaginei que teria interesse em "regular' como o pessoal se põe contra, ninguém tem que concordar mas não deve ser atacado, logo pedir um pouco de humanidade pra com alguém que visita teu blog e se dá ao trabalho de comentar seria bom, pq ela poderia aderir ao movimento e ajudar em causas que precisam de apoio.

mila

Anônimo disse...

"Pelo contrário, quando a ANS fez uma portaria para aumentar a verba do aborto legal e assim tentar viabilizar o procedimento que já é garantido em lei para as mulheres, bastou a bancada evangélica chiar para a PresidentA revogar a portaria e não se falar mais nisso... Ou seja, se não mudou nada em doze anos, não será nos próximos quatro que irá mudar..."

Pois é, e ainda tem gente com a AUDÁCIA de chamar a Dilma de "feminista".

Mas anotem aí... no instantinho que ela for ex-presidenta, ela vai começar a defender a legalização do aborto e da maconha.

Kah disse...

Tenho muita dificuldade em entender todo o mimimi sobre aborto. Sêmen também poderia virar um lindo bebezinho, mas não se tem uma lei proibindo a masturbação, tem?

Anônimo disse...

"menina que precisa fazer um aborto, procure um gineco particular e diga que foi estupro, mas que vc nao quer prestar queixa. quem sabe ele nao te ajuda?

considere tambem ir ao uruguai!"

Em primeiro lugar, ela teria que ir a um Centro de Referência para esse aborto legal. Não é necessário fazer boletim de ocorrência ou coisa parecida e nem todo estupro deixa marcas no corpo da mulher. PORÉM, ela é avaliada por uma junta de médicos e psicólogos e será confrontada várias vezes na sua história.

E dependendo do tempo de gravidez, não fazem mais.

No caso do Uruguai, só cidadãs podem fazer, estrangeiras que não residem a certo tempo no país não podem.

Anônimo disse...

Lola...
Sério, é tanta contradição que eu nem sei mais. Embrião é vida ou não é? Como algo sem formação pode ser vida?
Desculpa a ignorância, mas eu já li tantas coisas diferentes que tá dando nó no cérebro.

Raven Deschain disse...

Mandei Lola. Então, do Woman on Waves, não sei. Vou confirmar lá, mas seria excelente. O valor que elas cobram é sensacional.

Quero ver mascu conseguir mandar alguma feminista pra cadeia. Não consegue, até porque até provar... Haha no máximo se eu tiver com os comprimidos na mão podem dizer que é tráfico. No máximo! Hahahaha

Ahhh meu amor é da Notyourmari, mas Mallagueta casa comigo? *-*

Anônimo disse...

moça do segundo depoimento, não desista.
se não é de sua vontade ter o filho, tente não desistir.
Já que a família do pai tem melhor condição financeira e não quer que isso "prejudique" o filhinho, faça o possível pra que eles te ajudem ao menos a encontrar uma clínica.
Sei que não é uma idéia muito legal do ponto de vista moral, mas você pode considerar denunciá-lo por estupro pra pedir o aborto na lei. Isso sim estragaria a vida do filhinho querido deles. Como disseram acima, é imoral sim, mas menos imoral do que ter filho obrigada porque o bunda mole não te ajuda.

Também dá pra considerar ir até o Uruguai... Não tem ninguém que possa te emprestar esse dinheiro??

Força pra você. Espero que você consiga.

Anônimo disse...

"Tenho muita dificuldade em entender todo o mimimi sobre aborto. Sêmen também poderia virar um lindo bebezinho, mas não se tem uma lei proibindo a masturbação, tem?"

Se a mulher produzisse o sémen, esteja certa que absolutamente tudo a respeito dele seria rigidamente regulamentado.

Raven Deschain disse...

http://www.womenonwaves.org/pt/page/2812/brazil

Não voltou. Aqui tem maiores informações.

Raven Deschain disse...

Gente. Como falaram, no Uruguai tem que morar a certo tempo lá. A opção mais próxima, e nem precisa de visto, seria o México.

Maaaas pra isso precisa de grana, passaporte e tempo.

Anônimo disse...

"Direitos individuais"
"Governo não devia se meter no meu corpo"
"Minha individualidade"
"Minha privacidade"
"Meu direito de escolha"

Incrível como estão, sem querer, incorporando o discurso da Direita.

Daiane disse...

por falar em complexo de vira-lata, eu nunca tive isso, mas depois do que eu vi no debate de ontem... Senti uma enorme vergonha de morar aqui.

Anônimo disse...

menina, não se assuste com o comentário do anônimo das 17:44

se existe clínica particular no brasil, onde o aborto é ilegal, não vai ter no uruguai um milhão de clínicas que atendam estrangeiras? só googlear que acha sim.

anônimo, não precisa provar nada ao médico particular, é tudo só entre vc e ele. se ele comprar a história, comprou. ou vc acha que as riquinhas filhinhas de papai fazem como? se arriscam em clínicas ilegais ou perdem tempo atrás de registros? nem pensar. aborto é um procedimento tão simples que até a menina ali falou que fez no consultório mesmo.

registro só se for na rede pública, e mesmo assim recomendo que pesquise antes a necessidade.

Anônimo disse...

Sobre o Woman on Waves, depois que se preenche o questionário você é encaminhado para um atendimento por e-mail de um médico. Aí entra a hora da doação. Se você assumir o risco do pacote, eles mandam sim. Só não vai ser automático, tem que falar antes por email.

Sara disse...

"Tenho muita dificuldade em entender todo o mimimi sobre aborto. Sêmen também poderia virar um lindo bebezinho, mas não se tem uma lei proibindo a masturbação, tem?"

Se a mulher produzisse o sémen, esteja certa que absolutamente tudo a respeito dele seria rigidamente regulamentado. {2}

é exatamente o q eu penso ....

Graciema disse...

Sem querer aonde? Confundir libertários, que acham que tudo se resume a questões particulares, inclusive economia, serviços, etc, com respeito a liberdade individual E um Estado atuante não cola. Sinto informar que a esquerda e um pouquinho mais que um estado planificado que regula pelo bem do estado a vida de seus cidadãos.

Carol NLG disse...

Eu acho que, provavelmente, nunca faria um aborto. Mas estou numa situação super privilegiada, financeiramente estável, em relacionamento estável, etc.

E sou COMPLETAMENTE a favor da legalização. Simplesmente porque o fato de que EU, euzinha, não faria um aborto não se transporta pro resto da humanidade. Não sou tão egoísta/egocêntrica pra achar que a minha realidade e desejos se aplicam a todos.

Dá pra ser feminista e ser contra o aborto, pessoalmente? Claro que sim. Desde que você entenda que ser contra o aborto pra você não pode se transportar pra outra. Desde que você tenha uma coisinha chamada empatia e entenda que outras mulheres podem ter desejos/sentimentos/necessidades diferentes. E que precisam ser respeitadas. E acolhidas. E protegidas. E não criminalizadas.

Anônimo disse...

Todos querem copiar as coisas " das europas " , mas quando o assunto e legalização do aborto, " nas europas " eles são atrasados.
...


Preguiça de comentar mais pq muitas de vocês ja disseram o que eu penso.

Anônimo disse...

Pra mim, aborto é uma daquelas questões completamente no brainer. Tem que ser legalizado, ninguém é obrigado a fazer/querer/gostar.

Só não tô acreditando que tem gente dizendo pra menina acusar o cara de estupro. Se acusar alguém injustamente não é problema o suficiente pra você, pelo menos pense nas pessoas que fazem denúncias verdadeiras e já não são levadas à sério. Vocês querem mesmo aumentar aquele argumento babaca das denúncias falsas? Esse é o tipo de coisa que só faz mal: pra menina, pro coitado do garoto e principalmente pras vítimas verdadeiras.

Anônimo disse...

Verdade, anon da 18:13. Aborto é uma pratica essencialmente direitista, que visa a liberdade individual e as decisões sobre a própria vida.
Qualquer esquerdista coerente diria que aborto é nocivo ao desenvolvimento da nação e da sociedade, que é uma decisão que vai contra o interesse coletivo.

Anônimo disse...

Como funciona a questão da vida na cabeça das feministas:

Até 10 semanas de gestação= Amontoado de células, como um cravo ou uma espinha.
Com 10 semanas e 1 dia, vem uma varinha magica e PIMBA, vida.

Anônimo disse...

"Tenho muita dificuldade em entender todo o mimimi sobre aborto. Sêmen também poderia virar um lindo bebezinho, mas não se tem uma lei proibindo a masturbação, tem?"
-
Um espermatozoide precisa fecundar um óvulo, para iniciar uma vida nova.
Portanto não se preocupe, nem masturbação, nem menstruação e aborto.

Anônimo disse...

O ser humano deveria ter o direito de nascer, ou isto e muito reacionário para vocês?

Elen disse...

Feministas cobrando honestidade? Ah é,porque vocês são campeãs em honestidade,só que não.

Começa pelas estatísticas tiradas sei lá de onde de mulheres morrendo por aborto,é sempre 200 mil,500 mil,hoje mesmo vi uma no facebook afirmando que 800 mil morriam abortando,piada né? Se são clandestinos,de onde vieram esses dados?
Não sei como ainda tem mulher no mundo,se quase 1 milhão morre todo ano.

Meu corpo,minhas regras... O feto está dentro da mulher,se alimenta dela,mas não é uma extensão do corpo da mulher,não vai viver lá eternamente,tem outro dna,outra ser humano,então abortando você está fazendo algo a outra pessoa,esse mimimi de meu corpo não cola.

Todo mundo é contra até que engravide.

É,porque todo mundo aborta!? como nasce gente todo ano,agora fiquei na dúvida.
Meu pais engravidaram de mim "sem querer",ou seja,cagaram e andaram para preservativos e mesmo assim não me abortaram,nem pai sumiu ao saber da gravidez.
E essa é a realidade,MUITA,MUITA gente engravida por irresponsabilidade e não por falha dos contraceptivos.
Se preocupam tanto com saúde que nem lembram de DST mas abortar é cuidar da saúde,isso só faz sentido para vocês.

Aborto é crime mas mulheres abortam então vamos legalizar!

Legal,pedofilia é crime mas pedófilos abusam de crianças,vamos legalizar!
Roubo é crime mas assaltantes roubam,vamos legalizar!

Anônimo disse...

Anônimo das 18:13... Você tá falando sério????

Acha mesmo que a defesa da liberdade individual é um discurso direitista? Sim, é verdade que muitos direitistas também defendem a liberdade individual, sabe por que? Porque esta é uma pauta BÁSICA. Direitos humanos não foi inventado por Marx. Marx se debruçou sobre a questão econômica e social (sabe, aquilo que diz respeito ao COLETIVO), mas jamais questionou as liberdades individuais, pois isso já era consenso. A diferença entre direita e esquerda se dá no campo sócio-econômico, que diz respeito aos direitos de terceira geração. Liberdades individuais são direitos de segunda geração, e só setores muito conservadores e totalitários é que são contra. Estes se proliferam muito mais na direita, mas também existem na esquerda (e nem chamo de esquerda, para mim são aberrações, como a ditadura coreana).

Julia Niquet disse...

Eu defendo abertamente a legalização do aborto. Agora, acusar falsamente o namorado de estupro para conseguir um aborto legal é completamente absurdo, imoral e beira o absolutamente lunático.

Anônimo disse...

Mas voltando ao assunto... Fiquei também muito aflita com o segundo depoimento. Menina, corre atrás, ainda dá tempo! Vê as dicas que foram postadas aqui e não desiste. Tô torcendo por ti!

Eu fiquei grávida aos 18 anos do meu namorado na época. Guardei segredo, só ele e mais uma amiga sabiam. Quando descobri já estava com umas 7 semanas, eu pensava que tava com menos porque não sabia que gravidez se contava a partir da data da última menstruação. Fiquei procurando muito, praticamente sozinha, não consegui achar nenhuma clínica (sério!) até que ele conseguiu os remédios. Eu já estava com quase 12 semanas. Fiz como disseram pra ele, tomei dois e introduzi dois na vagina (pelo jeito fiz errado, né?). Fiz isso de noite, quando todos em casa já estavam dormindo. Fui pra cama. De repente acordo no meio da madrugada com fortes contrações. Fui direto ao banheiro, minhas pernas tremiam tanto que os joelhos batiam um contra o outro. Precisei de mais absorventes do que imaginava. Na tarde seguinte, sentia uma leve fraqueza, mas estava aguentando, o sangue já não vinha numa quantidade tao grande quanto antes. A sensação era de alívio, finalmente eu tinha conseguido e ninguém tinha percebido. Meu namorado insistiu que eu deveria ir ao hospital para ver se tava tudo bem, mas eu tinha medo. Medo de ser maltratada, de algum conhecido me ver, sei lá. Dois dias depois eu voltei a sentir fortes contrações, muito fortes. É que eu ainda tinha vestígios no útero e, felizmente, meu corpo estava se encarregando ele mesmo de expulsar. Foi quando eu tive certeza de que realmente tinha terminado. Não senti culpa nenhuma. Apenas medo de sofrer alguma sequela, porque eu ainda tinha desejo de ser mãe um dia. Mas isso foi afastado em exames ginecológicos posteriores, estava tudo bem comigo, felizmente.

Hoje tenho 32 anos. Sou casada há um ano e não tenho filhos. Eu e meu marido planejamos pra daqui a uns três-quatro anos. Sei que ficar adiando tanto assim é perigoso, pode ser que, quando decidirmos, já seja um pouco tarde do ponto de vista da fertilidade. Mas sabe, em nenhum momento eu fico remoendo aquele aborto que eu fiz aos 18 anos, mesmo sob a perspectiva de que eu posso não conseguir ter filhos no futuro. Foi a melhor coisa a se fazer naquele momento e cada vez mais eu tenho certeza disso quando olho para esses últimos 14 anos e penso nas coisas que eu não teria feito se tivesse com um filho. O que eu remôo, isso sim, é o fato de ter engravidado, no meu caso foi realmente descuido (a camisinha tinha acabado mas o fogo não... então acreditamos que "gozar fora" resolveria porque eu "calculava" que não tava no período fértil). Mas depois daí eu nunca mais abri mão da camisinha e comecei a tomar pílulas, mesmo não curtindo os efeitos colaterais.

E essa é a minha história de aborto. Não foi legal, não foi tranquilinho, mas também não foi traumático e cheio de culpa.

Verô! disse...

Um monte de mulheres engravidam e tem aborto espontâneo sem nem saberem que estavam grávidas, é que aborto espontâneo é muito comum. Como é assassina a natureza, né? Une as gâmetas sexuais e depois permite que o embrião não se forme, horror! Horror!

O embrião ainda não é um ser humano, é um ser humano em potencial, pode se tornar um ser humano, mas enquanto embrião e feto não é um ser humano. A existência humana em toda a sua beleza e complexidade vai muito além de um conjunto de células. O que a ilegalidade do aborto faz é condenar milhões de mulheres à grave risco de morte, mulheres essas que já são seres humanos. Que vida os "pró-vida" estão defendendo mesmo? Interessante perceber que vejo poucos desses pró-vida ajudando a molecada que está nas ruas abandonada à própria sorte, as vezes esses são os primeiros a aplaudir quando um menino de rua é executado, ou amarrado nu num poste depois de ser espancado. Me respondam, "pró-vida", que vidas vocês estão defendendo enquanto vociferam por um embrião e celebram a morte de um pobre na favela? Que vidas vocês defendem quando dizem "bem-feito" para a Jandira Magdalena dos Santos?

Ah, me poupem…

Anônimo disse...

Elen, vai se foder. Que comparação mais cretina, volta pra tua bíblia.

"Aborto é crime mas mulheres abortam então vamos legalizar
Legal,pedofilia é crime mas pedófilos abusam de crianças,vamos legalizar!
Roubo é crime mas assaltantes roubam,vamos legalizar!"

Primeiro, o aborto é questão de saúde pública, sua demente. Se não quer abortar, não aborte. A questão é que vocês "pró-vida (E a mulher que se foda)" só são pró 'vida' de feto e quando nasce, olha só! Se não quer, dá pra adoção, porque tá sobrando espaço, né? Aposto que você nunca chegou perto de orfanato.

Pedofilia atinge a criança.
Assalto atinge um indivíduo.
Aborto atinge alguém? O suposto bebê? Se você acha que feto é bebê, sinto pena de você...

Anônimo disse...

Os " pro - vida " estão se lascando se a mulher que tem uma gravidez indesejada esta morrendo , por dentro ou por fora, ou ambos

E quer saber ? Cansei desse argumento tosco " você e a favor da legalização do aborto porque ja nasceu, você preferia ter sido abortada "?
- resposta : graças a deus eu fui muito desejada ( o meu nascimento ) , muito amada pela minha mãe e pelo meu pai, e sou ate hoje.
Mas se a minha gravidez tivess sido indesejada, se eu tivesse sido um fardo para ela, eu preferiria mil vezes ter sido abortada do que ter vindo ao mundo pra ser criada por alguém que nao me amasse.
Tem aquela musica famosa, sabe ? " eu nao pedi para nascer ....tenho direito a ser feliz e a nao querer morrer" ....música de comercial de tv do fim de ano da década de 90, mas que diz tudo.
Sem mais ne, gente. Boa noite.

Anônimo disse...

Sem entrar no mérito da questão " ser feminista ou não ser " , li alguns textos do blog da Doula e so posso dizer : discordo.

Tem citações ali de médicos espíritas que se dizem contra a legalização do aborto , Ok, direito deles. Mas ninguém e obrigado a compartilhar da crença do espiritismo, nem de qualquer outra..
Tem uma citação ,que acho perigosa , vc fala de " banalização do ato sexual " - o que seria exatamente banalizar o ato sexual ? Nao consigo imaginar o que seria isso
E você coloca como se " a escolha de fazer sexo tivesse como consequência a possibilidade de gravidez indesejada , e que esse risco deveria ser assumindo e levado ate o fim " - isso quer dizer o que , que por ex, eu nao quero ser mãe nao tenho o direito de transar ? Ou se transar e acaso os métodos contraceptivos falharem ( sempre fui chata, rigorosa com método anticoncepcional , exatamente pelo pavor de ENGRAVIDAR ) eu tenho que " viver com as consequências e me virar com um bebe que nao desejei "?
.
De verdade, espero que você abra sua cabeça um dia.

Augusto A. disse...

Aborto é questão de saúde pública? Se é, então não é questão de autonomia. A mulher não poderá abortar se o número de abortos legais levarem as mulheres a morte mais do que sua proibição. Isso é possível? Ora, se o Brasil quebra, talvez a nossa medicina fique tão reduzida de modo que os abortos legais levem mais a morte do que o seguimento normal da gravidez. Ou seja, proibição do aborto para reduzir a morte de mulheres.

Aborto é autonomia e liberdade, não questão de Estado. A mulher tem de ter o direito de pôr sua vida em risco para evitar gravidez indesejada. Quem vê a vida como um princípio objetivamente absoluto é um idiota. Não respeita a subjetividade de quem sabe que há vidas que não valem a pena viver.

Patty Kirsche disse...

Só gostaria de avisar que no site "Women on web" há orientação para colocar o misoprostol debaixo da língua. Por essa via tem a vantagem de não haver restos na vagina em caso de internação. https://www.womenonweb.org/

Luiza Original disse...

Tá, Elen(o)

Vai lá protestar nas clínicas de fertilização, vai. E depois, vai carpir um roçado. Tá precisando.

Patty Kirsche disse...

Olha, vou dizer mais uma coisa. Eu não acho que os pró-morte pensem que a gente vai ter bebês com medo de ir pra cadeia ou morrer, não. Eu acho que eles realmente sabem que mulheres vão morrer fazendo abortos, especialmente as pobres e negras, e que é justamente por isso que lutam pela criminalização do procedimento. É um genocídio perverso institucionalizado.

É por isso que eu falo: Aborto não é negociável. Nós somos cidadãs e pagamos impostos; nossos direitos reprodutivos devem ser garantidos pelo Estado e ponto final.

Jamile disse...

em uma discussao na ~rede social do mal~sobre a legalização do aborto, um rapaz falou uma série de impropérios. Em um deles, disse que a a mulher é culpada pela gravidez pq ela escolhe fazer sexo, absurdos atrás de absurdos e, como todo bom machista conservador, não aceitava de qualquer forma ser contrariado http://naocurtiacheiofensivo.blogspot.com.br/2014/09/quem-e-voce-no-facebook.html

Anônimo disse...

"Lola...
Sério, é tanta contradição que eu nem sei mais. Embrião é vida ou não é? Como algo sem formação pode ser vida?
Desculpa a ignorância, mas eu já li tantas coisas diferentes que tá dando nó no cérebro. "


Vou responder : existe uma matéria chamada Embriologia,, ensinada no primeiro ano da faculdade de medicina omde me formei, e em vários cursos da area de biológicas,
Se qualquer pesoa procurar ler e se informar um pouquinho sobre embriologia humana-, vai ter a reposta.
Nao vou entrar em detalhes, mas pelas aulas de embriologia ,e pelo conceito que tenho de " vida " , na minha opinião um embrião pode ser considerado " vida " sim.
Mas nao porque considero um embrião " vida " que acho que deveria ser crime fazer um aborto - desde que esse embrião tenha no máximo 12 semanas de vida ( quando ainda nao tem sistema nervoso formado, portanto nao sente dor )- sou contra legalizar o aborto para gestação mais avançada do que isso,
Em vários países desenvolvidos o aborto e legalizado no primeiro trimestre,exatamente com base nesses estudos e na embriologia humana,
Agora, se o dilema for moral," ohhh nao posso acabar com uma vida , mesmo que esse embrião nao santa dor , nem fome,nem nada !" , mas isso deveria ser escolha individual e nao classificar como criminoso quem pensa diferente
So para refletir : no Brasil existe o conceito de morte cerebral , autorizando a desligar aparelhos e doar órgãos quando o coração ainda bate ( portanto ha vida !) mas nao existe mais atividade cerebral.
Acho extremamente incoerente, permitir no mesmo pais a retirada de órgãos para doação em paciente com morte cerebral e chamar de criminoso quem elimina um embrião que nem cérebro tem ...! Entao ambos são crimes ou estamos usando de dois pesos e duas medidas....
Minha humilde opinião ;))

Patty Kirsche disse...

Gente, uma info que eu acho legal compartilhar... A Women on Web tem enfrentado problemas para enviar os remédios para o Brasil; aparentemente as encomendas têm sido interceptadas. Será que tem gente roubando os comprimidos para vender? Só uma hipótese.

Outra coisa, pra quem tem condições de viajar, elas mandam os remédios para Uruguai, Argentina e Colômbia.

Elen disse...

Tem razão a comparação é cretina mas só assim para rebater o argumento cretino de vocês.
E outra coisa que vocês adoram dizer é que pessoas só são contra por causa de religião,sério que tem gente que engole isso?
Eu não tenho religião e sou contra,assim como já vi gente religiosa dizendo que é a favor,é muito incoerente mas é a favor.
Tem razão mais uma vez,feto nada tem a ver com bebê,nem humano é,depois de nove meses nasce um pombo...
Essa foi boa,um aborto não afeta o feto HUMANO(podem negar a vontade mas é humano em sua fase inicial,está vivo,se desenvolvendo e não é uma extensão da mulher)é a mulher que é abortada.Mais uma pérola.

Se a mulher não abortar,duas vidas serão poupadas,simples.
Não interessa se vocês não tem religião(já que insistem que é só por isso),é uma vida e ninguém tem o direito de acabar com ela.

Agora é saúde pública? Porque nisso o estado tem que se meter,vocês não dizem mmimimi meu corpo,minhas regras,ninguém se mete?
E querem que isso seja custeado pelo estado e ao mesmo tempo que eles não se metam.




Elen, vai se foder

Te desejo o mesmo.

Elen disse...

So para refletir : no Brasil existe o conceito de morte cerebral , autorizando a desligar aparelhos e doar órgãos quando o coração ainda bate ( portanto ha vida !) mas nao existe mais atividade cerebral.


Realmente não há diferença nenhuma,impedir que um ser nasça e livrar um ser humano,que já nasceu,viveu e teve morte cerebral de ficar vegetando.
Um feto sem cérebro não está vegetando,simplesmente não se desenvolveu totalmente.

Admirador Secreto disse...

A história da L achei patética. Ela apenas colheu o fruto de sua "liberdade sexual" conquistada na faculdade. A outra infelizmente se fudeu, coitada, mas ela vai superar isso tudo.

Anônimo disse...

Lola eu conheço uma clinica na zona sul do RJ que as vezes funciona, como faço para mandar para a L? Não queria divulgar nos comentários pq qlq pessoa pode ler


Mimis

Gle disse...

Gente, esses dias enviei um texto por e-mail para a Lola falando sobre o Espiritismo e o Aborto. Já que esse assunto entrou nesse post, vou deixar aqui o que lí e o que interpretei a este respeito. Sou espírita e busquei fundamentação nos livros de Allan Kardec pra isso. Lembrando que este foi o meu entendimento . A quem interessar possa:

Existe um livro chamado Livro dos Espíritos que é tipo um "perguntas e respostas" do Espiritismo, onde as perguntas são feitas por Médiuns para os Espíritos e eles respondem. Veja essas abaixo e suas respectivas respostas:

344. Em que momento a alma se une ao corpo?

— A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para tomar determinado corpo a ele se liga por um laço fluídico, que se vai encurtando cada vez mais, até o instante em que a criança vem à luz; o grito que então se escapa de seus lábios anuncia que a criança entrou para o número dos vivos.

346. Que acontece ao Espírito, se o corpo que ele escolheu morrer antes de nascer?

— Escolhe outro.

353. A união do Espírito com o corpo não estando completa e definidamente consumada, senão depois do nascimento, pode considerar-se o feto como tendo uma alma?

— O Espírito que deve animar existe, de qualquer maneira, fora dele. Propriamente falando, ele não tem uma alma, pois a encarnação está apenas em vias de se realizar, mas está ligado à alma que deve possuir.

354. Como se explica a vida intra-uterina?

— E a da planta que vegeta. A criança vive a vida animal. O homem possui em si a vida animal e a vida vegetal, que completa, ao nascer, com a vida espiritual.

357. Quais são, para o Espírito, as conseqüências do aborto?

— Uma existência nula e a recomeçar.

358. O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção?

— Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento.

359. No caso em que a vida da mãe estaria em perigo pelo nascimento da criança, há crime em sacrificar a criança para salvar a mãe?

—É preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.

Resumidamente, no meu entendimento, a Doutrina Espírita não é a favor do aborto por ele tirar a oportunidade de um Espírito que já foi designado àquele corpo encarnar, mas ela não considera um feto um ser vivo. E essa última pergunta me consola, onde diz que é preferível sacrificar o ser que não existe a sacrificar o que existe.

Beijos!

Anônimo disse...

Esse ano vão se eleger vários "pastores" e vários candidatos que trocam qualquer coisa por "apoio". Legalização do aborto? Não nos próximos quatro anos, com certeza.

Anônimo disse...

Este ano meu filho faria 8 anos. E eu era exatamente assim, antes de precisar abortar desesperadamente eu era contra. A gente sempre é contra até acontecer com a gente, não é mesmo? Tive a sorte de fazer num ambiente decente - e caro - mas a humilhação de ver um estranho contando o dinheiro na sua frente e passando caneta pra ver se era falso nunca vai sair da minha cabeça. Nunca me arrependi, e se, o aborto fosse legal e seguro eu não teria passado noites sem dormir, dando socos na minha barriga, desesperada até achar um lugar decente. Há algum tempo vi que o lugar onde eu fiz foi descoberto pela polícia e fechado.
E antes que alguém me julgue, o pai era meu namorado, eu usava anticoncepcional, mas falhou. Só quem já fez um aborto sabe o quanto é traumático, uma decisão difícil a ser tomada. Quem fala que se legalizar todo mundo vai fazer só pode ser um completo idiota.

Anônimo disse...

Eu fico passada com a "dificuldade" (ou seria conveniência?) que as pessoas tem de compreender o conceito de senciência.

Um embrião está vivo? Lógico que está!!! O coraçãozinho bate (ai que pieguice da p***)??? Bate...
MAS ELE NÃO É SENCIENTE!!! Senciência é a capacidade de sentir e reagir ao mundo ao seu redor...
Mulheres são sencientes... é eu sei, "difícil de acreditar"... mas elas são!!!
Enquanto um embrião ou feto não for senciente não há motivo racional para não permitir um aborto...

Mas como sempre, aborto não se trata de racionalidade, se trata de controle e punição. Se trata de colocar a mulher no seu devido lugar, e nada mais efetivo pra se fazer isso do que a maternidade... especialmente a maternidade forçada...
E o texto da Doula só deixou isso ainda mais claro...
Eu achei essa frase aqui "fantástica" - (...) Possuir um útero saudável e praticar o ato sexual trará sempre a possibilidade em potencial de se gerar uma vida (...).
Ou seja - não quer engravidar? fecha as pernas...

Só mais um adendo: já percebi que algumas militantes do parto humanizado só são a favor da autonomia das mulheres em (por elas) determinadas circunstâncias...


Jane Doe

Unknown disse...

Desculpe, mas o que tem a ver o a interpretação do Espiritismo ou de qualquer religião a respeito do assunto? Vivemos num Estado (supostamente) Laico. As leis devem ser feitas de acordo com este preceito, não ser baseado em diretrizes religiosas. O caminho é buscar o aconselhamento da ciência, e o Conselho Federal de Medicina já emitiu resolução apoiando a legalização do aborto. O que falta mais?

Anônimo disse...

Já é legal no Uruguai, n]ao é?? É aqui do ladinho, será que é muito dificil abortar lá?
Aqui a luta continua, mas sempre fico pensando nisso pq morro de medo de ficar gravida e sempre fico pensando quais são minhas opções.

Thaís disse...

Estou lendo os comentários a respeito da doula que diz que é feminista, mas é contra o aborto. O que eu não entendo é como pessoas que se dizem pró-escolha condenam uma mulher simplesmente porque ela não acredita que o aborto seja a melhor solução. Vcs são pró-escolha, desde que seja a escolha que vcs querem?

Acho perfeitamente plausível uma pessoa ser a favor de um movimento, mas não concordar com absolutamente tudo. Eu própria me considero católica, mas não aceito tudo o que a igreja fala. Isso é parte de ser uma pessoa pensante.

Eu não concordo com a doula, sou totalmente a favor da legalização do aborto, mas não vou confiscar carteirinha de ninguém por não pensar exatamente igual a mim. Isso seria ser tão ignorante e opressor quanto religiosos fundamentalistas.

Achei que o feminismo fosse um movimento plural. Não um bando de pessoas infantis criando caso por uma pessoa pensar diferente delas.

Anônimo disse...

Elen, por menos recomendável que seja espalhar seus genes por aí, você tem o direito de não abortar. Fique calma, porque ninguém vai invadir sua casa e te arrastar à força pra uma clínica de aborto se você quiser ter seu filho. Aborto legalizado não significa que todas vão ser obrigadas a abortar. Significa que quem quiser abortar (e faz o aborto de todo jeito, mesmo com você espernenado, fazendo birra e gritando que a mulher que aborta é feia, boba e cara de mamão) não vai morrer nem ser presa se fizer isso. Entendeu? Mas eu sei que gente como você não se importa com a vida de mulheres pobres, então deixa eu te dar um argumento que faz sentido pra teu tipo: com o aborto legalizado, é menos bolsa-família pra distribuir e menos pobre nascendo. E aí, vai apoiar a descriminalização agora?

Mally Pepper disse...

Eu não sou espírita, mas já estudei um pouco essa religião e entendo por que eles são contra o aborto, já que tb acredito em reencarnação, existência do espírito e vida após a morte.

Durante um tempo eu até fiquei meio assim indecisa exatamente por acreditar que fazer aborto interrompe a oportunidade de alguém que precisa reencarnar. Mas acontece que eu não sou bicho, sou um ser humano. Não podem decidir sobre meu corpo à minha revelia.

Se eu não planejei a gravidez, então espírito nenhum tem o direito de querer usar meu útero pra reencarnar, porque eu não autorizei isso. E se eu não autorizei, me vejo então no pleno direito de interromper essa gravidez que foi decidida e encaminhada sem nem ao menos eu ter sido consultada.

O simples fato de eu ser mulher e ter um útero saudável não me torna propriedade de ninguém, não dá ao pessoal do lado de lá o direito de fazer o que quiser comigo.

A necessidade de um espírito em reencarnar não pode passar por cima do meu direito de decidir sobre meu corpo e minha vida, porque se eu tiver um filho tudo irá mudar e quem terá que arcar com as consequências será eu, não o pessoal do lado de lá que parece gostar de brincar com as nossas vidas.

Quem é espírita vai me desculpar, mas as vezes é essa a impressão que eu tenho. Afinal, é muito fácil planejar a reencarnação de alguém, dizer que essa pessoa vai passar por isso e aquilo. Afinal, é ela quem vai se ferrar aqui em baixo, não eles.

Luiza Original disse...

Tá, Eleninho. Vai protestar contra o óvulo encontrado pelo espermatozóide nas clínias de fertilização. Tá dando vergonha alheia de você.

Anônimo disse...

Os argumentos favoráveis são lindos, direito de escolha e liberdade são temas bonitos, mas no fundo, quem aborta quer é se livrar de responsabilidades, e se é assim, que digam com franqueza, sem enfeites, não é vergonhoso não querer um filho, preferir outro caminho ao de ser mãe, masque assumam a razão REAL, que é não querer compromisso e ponto.

Mally Pepper disse...

Anonimo das 13:45, ninguem aqui está mascarando as razões de abortar porque isso nem está sendo discutido, caso vc não tenha notado.

Não importa por que a mulher está abortando. As razões dela são dela, não suas ou minhas. Simples assim. Estamos discutindo um direito, algo que vc desdenha agora mas pode precisar um dia.

Acredite, tem muitos casos de pessoas contra o aborto que mudaram de opinião depois que precisaram. É muito fácil falar que jamais vai fazer isso, posar de forte e valente quando o problema é com os outros. Quero ver vc manter essa mesma valentia no dia em que isso te acontecer.

Se bem que no caso de vc ser homem, o problema ainda vai continuar com a mulher, não é mesmo?

Mally Pepper disse...

O que eu não entendo é como pessoas que se dizem pró-escolha condenam uma mulher simplesmente porque ela não acredita que o aborto seja a melhor solução.

Não entende? Deixa a titia explicar. A mulher não querer abortar por achar que não é a melhor solução pra ela é uma coisa. Achar que as outras não podem ter o mesmo direito é outra muito diferente. Deu pra entender?

Ela não quer que as OUTRAS mulheres abortem, quer decidir sobre o corpo dessas mulheres, se acha no direito de querer que elas sejam forçadas a levar uma gravidez indesejada adiante.

Ela é contra o aborto e acha que mulher nenhuma no mundo deveria fazer.

Vc pode tomar decisões sobre seu corpo e sua vida, é direito seu. Mas não pode achar que pode decidir sobre o corpo dos outros. Quem luta contra a descriminalização do aborto está fazendo exatamente isso: tentando decidir sobre o corpo e a vida de outra pessoa.

Anônimo disse...

Eu sou daquelas que fala que nunca faria um aborto, mas claro né, marido ganha bem, eu ganho bem, nunca fui estuprada, ninguém passa fome na minha casa.

Mas em tese, talvez tirando o caso do estupro, é 99,9999% de chance que não faria. Nem tenho um super sonho de ser mãe, mas tenho lá minhas convicções íntimas.

Porém sou total e absolutamente a favor da legalização, porque é um absurdo que não seja legalizado. Fico vendo os argumentos da turma do contra e mesmo os disfarçados de (pseudo) ciência ou preocupação social, o que eu vejo é gente regulando o que entra e o que sai da vagina de uma mulher, e acabou. Se não fosse assim, essa gente aí que se diz pró-vida não acharia ok abortar em caso de estupro, certo? Que culpa o feto tem de ter um pai bandido? Mas se nesse caso pode e no sexo consensual não, então a vida do feto é o que menos tá contando aí. É a mulher que dá o peso dessa vida, então ela que decida ora essa! O resto é churumela religiosa pra inglês ver, porque na hora do aperto e na privacidade das 4 paredes, a verdade é que cada um faz o que bem entende.

Anônimo disse...

Anônimo das 13:45.

Eu assumo, não quero compromisso e pronto. Agora você aceita?
Tenho 37 anos e nunca engravidei, mas se engravidar não exito em fazer um aborto. Não está nos meus planos e não mudarei minha vida por causa do fetinho que tem vida.

Gle disse...

Elaine Pinto, bem no início do texto disse: A quem interessar possa. Se não te interessa, beleza. Direito todo seu!

Mallagueta, te compreendo. Até ler e interpretar essas questões, me dividia muito pq SOU A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO , mesmo com minha religião sendo contrária. Porém, encontrei nesses trechos que expus a resposta e o entendimento que sempre quis. "A união (alma ao corpo) começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento." Ou seja, um ser que ainda não nasceu, não tem uma "alma" formada e por isso não vai reencarnar, como você mesma diz. achei bacana refletir sobre isso e queria dividir aqui. De qualquer forma, obrigada por você ter sido sincera e comentado sem "rejeições".

Obs.: Não estou querendo fazer ninguém aqui virar espírita não, só abri um outro ponto para opiniões/discussões.

Anônimo disse...

Anonimo 13:45 : se eu quiser ser mãe , assumir responsabilidades , compromissos ou não , são escolhas e problemas exclusivamente meus .ninguém tem nada a ver com isso .

Anônimo disse...

Eu nem discuto se a pessoa é contra ou a favor do aborto, pra mim é tipo perguntar:

- Você gosta de azul?
- Eu gosto, e você?
- Ah eu gosto de vermelho.

E fim.

Agora ser contra a legalização me faz desconfiar do caráter do sujeito.

Anônimo disse...

é triste ver que a pessoa é privada de concordar ou não, ou segue tudo que as feministas pregam ou te xingam. podem xingar muito, é por isso que muitas mulheres estão se posicionando contra o feminismo, vçs mais parecem um grupo de ódio. enquanto não aprenderem a conversar e respeitar quem pensa diferente nunca vão alcançar nada.
eu apoio a doula em seu DIREITO a opinião, concordo com a thais, e nunca mesmo que entro pro feminismo, não quero deixar de pensar por mim pra concordar obrigada com vçs.
pior ainda é ver a lola, que tem o maior peso na voz. deixar isso correr solto. esse blog deixou de ser o que era já tem um bom tempo, infelizmente.

mila.

Anônimo disse...

" "A união (alma ao corpo) começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento." Ou seja, um ser que ainda não nasceu, não tem uma "alma" formada e por isso não vai reencarnar, como você mesma diz."

Até porque da concepção pode "nascer" uma bela mola hidatiforme.

Elen disse...

Anon de 11:43

kkkkkk É inacreditável,qualquer um contra aborto é automaticamente religioso e rico.
Querida,eu moro em uma comunidade no Rio e o problema das pessoas daqui é que não usam o cérebro para pensar um segundo antes de transarem e lembrarem da camisinha e pílula.
Apesar de todos saberem como se evita gravidez estão pouco se lixando.
É melhor fazer campanhas sobre responsabilidade no sexo exaustivamente até tomarem vergonha na cara do que matar um ser que nada teve a ver com a burrice dos pais.

Raven Deschain disse...

Ah vou fazer um anônimo gozar:

Não quero ter (mais) filhos porque não quero responsabilidades. Quero ter dinheiro pra comer no zapata em vez de gastar -literalmente- e merda. Quero poder sair no dia e horário que me der na telha. Quero dormir a noite toda e comer chocolate sem dividir com ninguém. Quero estudar, escutar rock bem alto e assistir tv sem choro nem birra nem cocô.

Quero poder ir pro shopping sem precisar sair cheia de coisa porque criança se suja, precisa mamar, comer e enche o saco pra caramba.

E principalmente, quero que qualquer mulher, tendo as mesmas razões que eu ou não, tenha a mesma liberdade.

Anônimo disse...

Maria Valéria e demais,

Justamente,esse é o real argumento, não querer assumir a responsabilidade, se vive bem com isso, se é assim que deseja, que assim seja, ninguem tem nada haver com isso. Concordo. Mas se quiser ter o bebe, não vai correr atrás do pai, afinal ele também tem a escolha de não querer ser pai, coisa alias que muitos já fazem.

Elen disse...

Anon de 11:43

E você recebe bolsa família? Minha tia recebia,uma ajuda incrível do governo: 70 reais!!Eles se esbaldavam com tanta grana...
Isso quando vinha porque sempre ficava uns 3 meses sem nada.
E agora meu primo é maior de idade e não recebe nada,agora o estado está se fudendo para eles.
Isso é apenas esmola para não ter que resolver os problemas reais.

ANTI-MOFO disse...

"E foi assim que descobri também que métodos contraceptivos falham. Camisa estoura e pílula do dia seguinte não resolve"

Descobriu que merda fede!

Tem gente que adora correr de carro, mas carros quebram e batem, pessoas morrem.

Tem gente que pula de para-quedas, mas - ó, novidade - algo pode dar errado e a pessoa pode morrer.

Toda atividade envolve riscos, e fazer sexo pelo tesão é também uma forma de divertimento que implica em riscos diferentes.

Depois que fez, assumam o que fizeram. Mas é pedir demais pra pessoas tão "Modernas", educadas na base de que podem fazer tudo sem arcar com nenhuma consequência. A geração dos mimados do final do século XX.

PS - Sou ateu, antes que falem besteira.

Anônimo disse...

Concordo com a Mila,desisti do feminismo por isso e outras coisas.
O discurso bonito de respeito as escolhas e as diferenças,sempre vai pro ralo,feministas são tão intolerantes quanto aqueles a quem combatem.

Anônimo disse...

Todo mundo que está desistindo do feminismo e não está com passagem marcada para viver no Irã é POSER FAROFA

Anônimo disse...

"Querida,eu moro em uma comunidade no Rio e o problema das pessoas daqui é que não usam o cérebro para pensar um segundo antes de transarem e lembrarem da camisinha e pílula."

Aborto - menos gente morando em favela e dependendo do governo

Povo nem se cuida e vai querer cuidar de filho?

Sara disse...

mila 15.54 tb penso q o feminismo deva ser inclusivo, e tb como vc, faço criticas a pessoas irascíveis q por motivos ideológicos, sociais, raciais, religiosos e até sexuais façam descriminação contra outros q desejam defender o feminismo, até ai concordo com vc.
Mas veja bem são bem poucas as pessoas aqui q se posicionam contra quem seja por qualquer motivo CONTRA O ABORTO, o que nos colocamos FRONTALMENTE CONTRA, e de pessoas que por serem contra o aborto querem CRIMINALIZAR a mulher q recorre ao aborto, até que pessoas assim não participem das lutas das mulheres que reivindicam esse direito, tudo bem, mas ser a favor de leis que restringem o direito da mulher abortar, e consequentemente se traduz em mais mortes de mulheres, me desculpe mas q porra é essa de feminismo???

Raven Deschain disse...

Se vcs desistiram do feminismo por causa de um motivo tão bobo como divergência de pensamento, o feminismo de vcs não era tão bom assim, pra começo de conversa...

Mas enfim...

Na vida, vcs devem desistir de bastante coisa neh? A mãe não concorda com a gente, nem o chefe, nem o cobrador do ônibus... Vida difícil essa de vcs...

Anônimo disse...

Documentário recente mto bom sobre aborto "Clandestinas" https://www.youtube.com/watch?v=AXuKe0W3ZOU&list=UUlEJZ7o4fvuO4LgEgxb5_PQ

Anônimo disse...

Anonimo querido , se eu engravidasse pode ter certeza de que a ultima coisa q eu faria seria " ir atrás do pai " ....tome cuidado para não tirar conclusões acerca de pessoas q vc não conhece !

Anônimo disse...

aff que horror, tem pessoas no mundo discordando de mim, to desistindo aqui do planeta e indo pra Marte, flw

e se alguém discordar de mim lá, vou mudar também

mas primeiro vou terminar meu toddynho enquanto assisto Thundercats

Anônimo disse...

As criancinhas que estão desistindo do feminismo vão se desalfabetizar, lutar na justiça para voltarem a ser relativamente capazes e abrir mão do uso de contraceptivos, da carteira de motorista, do direito ao voto e casarão sob a determinação de seus pais? Não? Puxa, que pena.

Anônimo disse...

É isso aí, Anti Mofo! Quando você sofrer um acidente de carro, nem pense em ir até o hospital, porque você sabe que andar de carro tem seus riscos.

Anônimo disse...

Ah, Elen, então ao invés de rica e preconceituosa você é do tipo "moralista-que-se-dane-essa- vagabunda-safada"? Pra você, se uma mulher fez sexo ela deve ser punida com um filho pra criar? Sério, porque com a criança você não se importa. Que interessa se o bebêzinho fofo nasceu de pais irresponsáveis que não se cuidam e, provavelmente, não vão cuidar dele, né? Que interessa se o moleque tá crescendo sem amor, sem estrutura, sem educação, com mãe indiferente e pai ausente, né? Que importa se vão abandonar a criança na rua, negligenciá-la emocionalmente,jogar ela de lado e maltratá-la, ou até mesmo abusar dela, né? Me enganei mesmo, gente como você não é do tipo reaça rico, é do tipo que não se importa com a criança desde que ela nasça pra punir a vadia que fez sexo. Você não liga pras crianças, não se importa com a "vidinha inocente"; quem se importa de verdade com crianças JAMAIS ia querer que elas nascessem pra ter uma vida de m@#da, com pais de m%$da, numa sociedade de m%&da e que vai tratar a pobre criança como se fosse m@%da.

Anônimo disse...

Maria Valéria,

Não falei especificamente de você,mas de modo geral,porque em realidade o aborto é sim uma fuga da responsabilidade e das consequencias de colocar uma criança no mundo, salvo as devidas proporções, o que muitos pais fazem com os filhos vivos, alias, no meu entendimento, não dá para discutir aborto sem discutir também PATERNIDADE responsável.De outro ponto, importante ressaltar que o aborto também pode ser utilizado em politicas de eugenia, mas esse é outro assunto.

Raven Deschain disse...

Anon, vc tá falando de uma coisa que grande parte dos homens já fazem. Paternidade responsável? Vc tá de brincadeira? Mulheres demais desejam desesperadamente um aborto justamente por esse conceito ser inexistente, vide o segundo caso. E mesmo que o cara venha com "ahh mas é meu rebento, eu assumo" e mesmo que ele realmente o faça, no fim das contas, quem se fode é a mulher (e a futura criança). Então, na boa, foda-se a paternidade. A gravidez continua sendo no corpo de uma mulher.

Ou de um homem trans, mas aí é assunto pro próximo post.

Anônimo disse...

Malagueta Pepper falou tudo e mais um pouco.

Quer ter filho, tenha, ninguém vai te obrigar a abortar, mas não se meta com o meu útero.

Anônimo disse...

Gente, muita calma nessa hora.
Acho que e possível sim, se engajar em uma luta e não querer se engajar em outras.

Eu era radicalmente contra cotas,ate um ou dois anos atras.

Eu era contra virem médicos cubanos pra cá, pois bem,cuspi pra cima e caiu na minha testa : no meu local de trabalho , tem três cubanas do mais médicos. As três são ótimas, trabalham,super bem , e tem nos ajudado muito ( sím, aqui em Campinas, cidade de um milhão de habitantes, no centro da cidade faltam médicos e tivemos que importar os cubanos )

Eu era contra a legalização do aborto, ate os 22 anos - nessa idade vi acontecer com duas pessoas que eram próximas.

Entao, tudo tem seu tempo. Apesar de discordar dos argumentos da Doula ( e expliquei acima) , espero que um dia ela abra a cabeça .

Eu demorei a abrir a cabeça em muitos assuntos, outros nem tanto e acho que alguns ainda nao abri... Vamos com calma que assim so temos a ganhar .

E por favor, vamos combinar que espiritismo nao tem nada a ver com o assunto - quer dizer, tem para quem e espírita e compartilha da crença. Quem nao e, nao e obrigado a seguir,

Raven, adoro seus comentários , mas nao concordo em você justificar o porque de nao querer ter filho pra um bando de gente que nao vai entender ,e dar murro em ponta de faca - quero dizer :, se eu, você , fulana, nao queremos ter filhos pra viajar e gastar o $$ que seria da escola dele viajando, no shopping, porque nao gostamos de criança, ou porque queremos fazer uma viagem de três anos pra Patagônia, ninguém tem nada a ver com isso.... E irrelevante,São escolhas nossas e nao devemos explicações a ninguém
Mal e mal,as únicas pessoas a quem devo satisfação da minha vida são meus pais, e nem pra eles eu tenho que explicar tudo, eles sabem perfeitamente disso. , e apóiam !:))
Beijos !

Mally Pepper disse...

Eu acho hilário, simplesmente hi-lá-rio ver uma mulher falando que desistiu do feminismo. Aí eu me pergunto: será que ela desistiu dos direitos conquistados pelo feminismo? Será que ela abriu mão de decidir quantos filhos quer ter, do direito de trabalhar fora, delegacia da mulher em caso de agressão, votar, estudar, etc? Será que elas abriram mão disso tudo? Tô pagando pra ver.

Nãaaooooo! Elas apenas desistiram porque, oh tragédia! Elas se acham no sagrado direito de meter o bedelho na vida e no corpo das outras mulheres e as outras feministas não concordam com isso. Que horror! Calamidade! Fujam pro Afeganistão!

Meninas, deixa a titia Mallagueta explicar uma coisinha pra vcs: uma das premissas básicas do feminismo, algo importante que o movimento prega e não abre mão é exatamente o direito da mulher de ser dona do seu corpo e decidir se quer ou não ter filhos. Deu pra entender ou querem que a titia desenhe bem colorido, com borboletas e passarinhos cantando?

Pois é. Se o feminismo defende a autonomia da mulher sobre seu corpo, é claro que a maioria das mulheres que seguem o movimento vai discordar totalmente quando uma aparecer se achando no direito de mandar no corpo da outra. Poxa, isso é tão simples!

Anônimo disse...

"É isso aí, Anti Mofo! Quando você sofrer um acidente de carro, nem pense em ir até o hospital, porque você sabe que andar de carro tem seus riscos."

Isso aí, eu não quero o dinheiro dos MEUS IMPOSTOS sendo usados para tratar essa gentinha que anda de carro sabendo dos riscos.

Mally Pepper disse...

Perguntinhas que nunca foram respondidas por nenhum pró-vida. Sério, elas nunca foram respondidas por ninguem, nenhumzinho, nada, zero. Vamos ver se alguem aqui terá condições de responder.

1 - Quem te deu o direito de interferir no corpo e na vida da outra pessoa?
2 - Se vc faz tanta questão que essa criança nasça, por acaso vai fazer algo por ela?
3 - Vc vai alimentar essa criança, educar, pagar escola, médico, roupas, etc?
4 - Vc participa ativamente de alguma campanha de planejamento familiar?
5 - Vc trabalha no desenvolvimento de anticoncepcionais mais eficientes? Está fazendo algo pra que esses anticoncepcionais estejam disponíveis a toda população?
6 - Vc oferece a mulheres carentes alguma ajuda ou auxílio pra que elas possam ter seus filhos e criá-los decentemente?
7 - Vc faz alguma coisa pra que pais irresponsáveis ao menos paguem a pensão pra que a criança não passe fome?
8 - Caso vc não possa cuidar da criança, vc a encaminha pra um bom lar adotivo?

Sabe, existem pessoas que não aceitam animais abandonados nas ruas. O que elas fazem? Acolhem esses animais em suas casas. Tb existem pessoas que são contra a degradação do meio ambiente, logo se esforçam em campanhas, reciclam, evitam sujar e causar grande impacto.

Tb existem pessoas que ajudam crianças abandonaas, idosos, gente com deficiencia, etc. Tudo isso porque elas veem algo errado e querem fazer sua parte pra melhorar as coisas.

Agora a última pergunta: o que vocês, pró-vida, fazem pra mudar essa realidade? Vcs não querem que as mulheres abortem. Tá. Mas o que vcs fazem a esse respeito além de cagar regras na vida delas? Nada. Certamente nada. Vcs não fazem porcaria nenhuma, mas adoram ficar sentadinhos aí atrás do computador dizendo o que elas devem ou não fazer dos seus corpos e vidas, dizendo que elas devem ter o filho, arcar com as responsabilidades, blábláblá, quem mandou abrir as pernas, mimimi... mas é só isso que vcs sabem fazer.

Então, crianças, vão cagar suas regrinhas idiotas lá nos quintos dos infernos! E nem me venham cobrar respeito, porque ao querer dizer o que eu e outras mulheres devem fazer com seus corpos, vcs tb estão faltando com o respeito! Estão desrespeitando meu corpo, minha autonomia, não perguntam se eu tenho ou não limitações, não ligam pra nada! Então, se vcs não me respeitam, eu tb não tenho obrigação nenhuma de respeitar vcs.

O choro é livre.

Anônimo disse...

Anônimo 20:36 fez o melhor comentário ate agora

Rolando de rir -:D

Anônimo disse...

Mas ah se o pai foge das responsabilidades de um filho que fez... vira persona non grata em qualquer rodinha feminista.

Elen disse...

Mais argumentos idiotas,não acho que só a mulher tem que cuidar do filho,o homem também.
Você é mais uma que paga de vidente,qualquer criança que não for abortada será tratada como lixo?
Pode acontecer de ela ser desejada e mesmo assim ser maltratada.
Pode chorar a vontade,o feminismo diz que não mata ninguém,apoiando aborto,piada.


Anônimo disse...

Não me lembro de ter te elegido pra comissao de cagação de regra sobre o feminismo. Tbm nao lembro de ter te visto tomar posse.da polícia feminista com o poder de caçar carteirinhas

lola aronovich disse...

Eleninho, vc fala igual a um mascuzinho...

Anônimo disse...

",porque em realidade o aborto é sim uma fuga da responsabilidade e das consequencias de colocar uma criança no mundo, salvo as devidas proporções, o que muitos pais fazem com os filhos vivos"

Ma ma ma mas... se essa gente não tem responsabilidade nem pra cuidar dela mesma, pra que é que você quer as crias por aí?

"Querida,eu moro em uma comunidade no Rio e o problema das pessoas daqui é que não usam o cérebro para pensar um segundo antes de transarem e lembrarem da camisinha e pílula.
Apesar de todos saberem como se evita gravidez estão pouco se lixando.
É melhor fazer campanhas sobre responsabilidade no sexo exaustivamente até tomarem vergonha na cara do que matar um ser que nada teve a ver com a burrice dos pais."

De novo, se você sente tanta ojeriza por essa gente, quer que eles procriem gentinha e gentinho porquê? Se não cuidam nem do próprio corpo, vão cuidar de cria?

Raven Deschain disse...

É óbvio que daí a criança já nasceu neh 21 e 25, anta.


Ah eu sei Maria Valéria. Mas é que não resisto a uma treta. Hahaha

Anônimo disse...

Olá.

Primeiramente, quero dizer que sou a favor da legalização do aborto.
Mas me surgem algumas dúvidas a respeito do agente capaz de decidir sobre isso. Em primeira instância, me parece muito óbvio que a decisão é da mãe, pois o corpo é dela e é dentro dela que se desenvolve o feto.
Mas em segunda instância, não me parece tão simples assim. Pois, na grande maioria das vezes, a decisão pelo aborto não se deve a uma questão física (não quero um ser se alimentando dos meus nutrientes, não quero parir ou passar por uma cesárea, não quero ficar nove meses sofrendo os incômodos de uma gestação) e sim a uma questão social (não quero/não posso criar um filho). E, nesta questão social, em um mundo ideal, a responsabilidade é dividida tanto pelo pai quanto pela mãe. Logo, a decisão pela continuidade da gestação não deveria passar também pela opinião do pai? Digo: se a mãe quiser abortar, na minha opinião, ela deve abortar, mesmo que o pai seja contra. Agora minha dúvida é quando a mãe quer ter o filho e o pai não quer. É justo que a decisão fique só com a mulher? Digamos que os dois transaram e a camisinha estourou. o cara foi correndo comprar a pílula do dia seguinte, a mulher tomou, mas não funcionou. A mulher agora se descobre encantada com a possibilidade de ter um bebê. O homem não, ele não deseja esta criança. Mas é claro que, nascendo, ele não vai fugir da sua responsabilidade, pois é um homem, não um moleque, sabendo que tem um filho dele no mundo é óbvio que ele vai assumir esta paternidade, não apenas financeiramente mas emocionalmente. Mas ele realmente não quer isso para si e diz para a mulher, francamente, que ele não deseja ser pai neste momento. É justo que a decisão do futuro deste homem fique somente nas mãos desta mulher? E naqueles casos extremos em que golpistas engravidam de propósito (mentem dizendo que tomam pílula ou pegam o sêmen que ficou na camisinha e introduzem na vagina) de alguém famoso ou rico só para extorquí-lo? Em um mundo ideal seria justo que este homem entrasse na justiça para que ela abortasse?

Esta é uma dúvida muito sincera que tenho, juro que não é pergunta retórica. Sei que o princípio da autonomia do corpo deve ser respeitado, mas seria este um princípio absoluto quando o que está em jogo é também a consequência de se vincular eternamente alguém a outro alguém? São dois seres humanos (homem e mulher) que têm direito ao exercício de suas liberdades individuais...

Se, por exemplo, num caso super hipotético, a gestação não se desenvolvesse no corpo da mulher. Digamos que, assim como peixes, fetos se desenvolvessem em ovos fora do corpo dos pais. Depois de chocado, seria a mesma coisa: os pais seriam legalmente responsáveis pela criança, devendo prover alimentação, educação, creche, amor, talvez abandonar projetos pessoais para se dedicar à criação daquele filho, enfim, vínculo eterno. Presumo que muitos pais prefeririam interromper o desenvolvimento daquele ovo. Como se daria esta discussão?

Anônimo disse...

Foda-se a paternidade Raven?Crianças têm direito à convivência com o pai,mas não é esse o ponto aqui, o ponto é o aborto, assim sendo, cabe ao homem também o cuidado contraceptivo, ele tem que saber das consequencias do sexo e assumir a responsabilidade também, se ambos não quiserem, que abortem, problema deles, mas não venha com esse papo de liberdade de escolha, salvação de mulher pobre, etc, etc, etc, as pessoas abortam para não ter de assumir a criação de um infante.

Anônimo disse...

" Agora minha dúvida é quando a mãe quer ter o filho e o pai não quer. É justo que a decisão fique só com a mulher?"

Sim, porque é a mulher quem vai arcar no corpo com a gravidez e se ela não quiser se submeter a um aborto, ninguém pode obrigá-la (exceto em lugares como o Brasil p.ex., onde vale a lei ainda do engravidou, tem que parir)

Quando homem engravidar, pode palpitar sobre sua própria barriga.

E o homem que não quiser "levar golpe", faça vasectomia ou sexo com outros homens.

Anônimo disse...

"Ma ma ma mas... se essa gente não tem responsabilidade nem pra cuidar dela mesma, pra que é que você quer as crias por aí?"

Sou especialmente contrária ao uso do argumento "mais aborto, menos pobres" até porque a realidade simplesmente não é essa. Fala-se de criminalidade também. Até o povo do Freakonomics foi obrigado a admitir que a redução da criminalidade que tanto aludiram veio de outras frentes. Contudo, estudando somente esse argumento do "essa gente não se cuida e você quer que ela tenha filhos?", sou forçada a concordar com o raciocínio até porque ele vale para qualquer pessoa, independente da classe social ou condição financeira.

Acho muito esquisito virem com o papo de "a pessoa é uma irresponsável que não se cuida" e que uma gravidez vai ensinar-lhe uma lição. Isso não tem a mais ínfima correspondência com a realidade. Tanto que em lugares mais carentes as pessoas fazem filhos no lote e não necessariamente porque quiseram essas crianças, mas porque até para uma mulher bem-nascida (como eu) que tem plano de saúde caro (como eu) não conseguem uma laqueadura mesmo cumprindo todos os requisitos legais, que são simples: 25 anos de idade OU dois filhos vivos. Já ouvi que tinha que ter três filhos, que só mulher casada pode fazer, que isso e aquilo, mesmo eu pacientemente levando a lei aos médicos, eles se recusavam e quando confrontados, escapavam dizendo que temiam processo. Existe uma imensa resistência na classe médica para isso, injustificada, já que ninguém pode ser condenado por seguir rigorosamente o que a própria lei determina.

Homem consegue vasectomia mais fácil, porém não livre de preconceitos. Conheço vários rapazes que fizeram os procedimentos fora do Brasil, porque aqui foi recusado também, especialmente para os que não tinham filhos ou eram solteiros.

E notem: não estou falando de SUS. Se estivesse falando, a situação seria bem mais dramática.

Mas voltando ao argumento, "essa gente irresponsável não se cuida e por isso precisam assumir a responsabilidade". Ora, aborto é assumir a responsabilidade de NÃO querer o seguimento de uma gravidez. É um processo médico, de certo modo invasivo, dentro do corpo da pessoa, que está arcando com o ônus da sua escolha - a de abortar. Ter filho não é o único deslinde possível em uma gravidez e uma vez consubstanciada, não há mais que se falar em "cuidou", "não se cuidou", mesmo porque a lei brasileira nem faz essa separação: engravidou, vai parir.

Quem é contrário à legalização e usa esse argumento do "não se cuidou" só está encontrando mais uma forma de regular a vida alheia, já que na própria você faz o que bem entende e se tiver dinheiro e motivação, pode abortar sem ninguém te julgando.

Pra mim, não faz a menor diferença a mulher abortar uma ou três vezes, cuidou ou não cuidou, falhou ou não falhou. Não quer o filho? É ela quem vai assumir essa responsabilidade no deslinde que ela desejar, e não eu. O resto é moralismo besta que só serve pra matar mulher.

Anônimo disse...

Sim, porque é a mulher quem vai arcar no corpo com a gravidez e se ela não quiser se submeter a um aborto, ninguém pode obrigá-la (exceto em lugares como o Brasil p.ex., onde vale a lei ainda do engravidou, tem que parir)

Que lástima de resposta, a criança gerada terá direitos ora, inclusive ao nome do pai,terá de ser alimentada, cuidada, e dessa responsabilidade não há fuga. Quanto à vasectomia e sexo com homens,francamente, que resposta ignorante á uma pergunta legítima.

Anônimo disse...

"Quando homem engravidar, pode palpitar sobre sua própria barriga."

Mas aí é que está. Por isso que digo que, numa primeira análise a decisão seria exclusiva da mulher. Mas analisando mais profundamente, não é apenas uma questão de barriga. Porque o bebê não vai "incomodar" só durante 9 meses. Filho é pra vida inteira, tanto pra mulher quanto pro homem. Não é uma decisão sobre "no corpo de quem o feto está" (não há dúvidas de que é da mulher)e sim sobre "quem vai ter que mudar de vida por causa disso" (aí são os dois, se estamos tratando de adultos cumpridores de seus deveres).
Falo isso porque recentemente tive um caso parecido no meu círculo de amigos. Um casal super querido que está junto há 2 anos. Os dois são ótimos, maravilhosos. Os dois combinaram que só vão ter filhos daqui a uns 8 anos. Ele, principalmente, não quer nem pensar em ter filhos agora. Está planejando passar 3 anos trabalhando no exterior e se especializando. Ainda não se formou, é duro. Ela ainda está se formando e também compartilhava desse pensamento. Tenho certeza que no dia em que eles forem pais, eles serão super-pais, daqueles que vão parar a vida durante uns dois anos para criar essa criança com muito apego. Daí ela se viu grávida. O que eles disseram é que ela ficou três meses sem tomar pílulas por causa de uns efeitos colaterais. E um belo dia a camisinha furou. Ele foi correndo comprar na farmácia uma pílula do dia seguinte. Mas ela não quis tomar, por causa dos efeitos colaterais, e disse que não is dar em nada, que a menstruação dela já tava perto. Ele implorou pra ela tomar, morrendo de medo, só faltou chorar. Ela o tranquilizou e disse mais uma vez que não tinha necessidade. Daí veio o positivo. O mundo caiu, mas blz, ela sempre disse que abortaria se isso acontecesse. Só que ela mudou de ideia e queria ter a criança. Ele mais uma vez implorou que ela abortasse, disse que ela é a mulher da vida dele mas que não dá pra ter um filho agora. Ela queria ter o filho e que se ele não quisesse ela iria criar sozinha, que ele podia fazer a viagem dele e ela não ia colocá-lo na justiça. Ele ficou muito puto, falou que óbvio que, a partir do momento que ele sabe que tem um filho dele no mundo, ele jamais vai deixá-lo sozinho. Claro que ele não ia viajar, nem deixar faltar nada. Claro que ele ira fazer questão de participar ativamente do crescimento e educação desta criança. Passar quantas noites em claro for preciso pra fazer dormir. Mas não era isso que ele queria naquele momento, e implorou para que ela refletisse, que ela o estava obrigando a ser pai num momento em que ele não queria, e que não adiantava dizer "eu liberto você desse compromisso e crio sozinha", que isso é o cúmulo e até ofensivo por ela insinuar que ele poderia ser esse tipo de homem que larga filho por aí. Por fim, ela acabou cedendo e fez o aborto numa clínica bacanuda. A relação deles não sei como tá, acho que um pouco estremecida mas tenho certeza que tudo vai se ajustar ainda.


"E o homem que não quiser "levar golpe", faça vasectomia ou sexo com outros homens."

Me desculpe, mas isso aí parece argumento do tipo: "não quer engravidar, faça laqueadura ou não transe com homens" ; "não quer sofrer assalto, não ande à noite por aí" ; "não quer ser estuprada, não aceite convite de um desconhecido" .... e "depois não reclama"

Anônimo disse...

Sim, porque é a mulher quem vai arcar no corpo com a gravidez e se ela não quiser se submeter a um aborto, ninguém pode obrigá-la (exceto em lugares como o Brasil p.ex., onde vale a lei ainda do engravidou, tem que parir)

perfeitamente

homem só vem com esse papo de "e os direitos de não ser pai" pra não pagar pensão, só isso, que aliás é direito do filho e não da mãe dele.

não quero ser pai = te obrigo a fazer um aborto
exijo ser pai = te obrigo a não fazer um aborto

a decisão é da MULHER por razões extremamente óbvias

Sara disse...

anon 10.05hs
Tb acho as questões q vc levantou muito importantes, EU não considero justo q um homem que tenha se precavido usando camisinhas por ex.e que tenha deixado claro para sua parceira q NÃO deseja ser pai, seja de alguma forma manipulado por uma mulher q deseje filhos, seja lá por quais motivos sejam.
Só que é uma situação muito difícil de ser resolvida, porque a realidade é que muitas mulheres engravidam acidentalmente, com preservativos rotos, anticoncepcionais falhos, e outros motivos, onde as tentativas de evitar a gravidez falham.
Mas acho q a justiça deveria contemplar homens que consigam provar q houve má fé da parceira, mas de qualquer forma obrigar uma mulher a abortar seja lá por qual motivo seja, se não for da vontade dela, não me parece justo.
Mas continuo achando q é uma questão juridica q deveria merecer uma solução.

Mally Pepper disse...

"Agora minha dúvida é quando a mãe quer ter o filho e o pai não quer. É justo que a decisão fique só com a mulher?"

Analisando friamente, é a mulher quem vai arcar com grande parte do ônus de ter um filho. Essa criança vai desenvolver dentro do corpo dela, trazer mudanças físicas, psicológicas, vai mudar toda a vida da mulher que terá de se adaptar pra criar esse filho.

É a mulher quem vai amamentar, educar, levar ao médico, escola, dar banho, cuidar e levar toda a culpa quando algo der errado. Ao pai restará o quê? Pagar um valor mensal que na maioria das vezes não cobre todas as despesas da criança e talvez, talvez, levar pra passear nos fins de semana e depois devolver pra mãe e continuar a mesma vida de sempre.

Isso, claro, se for um pai minimamente interessado em acompanhar o crescimento do filho, porque muitos não estão nem aí. Pagam porque tem medo de ir pra cadeia, mas estão cagando e andando se esse valor satisfaz as necessidades da criança, se ela precisa de mais alguma coisa, talvez alguém que se importe e dê um pouco mais de atenção...

Ah, e ainda não falei dos homens que só pagam a pensão quando tem vontade e atrasam vários meses, só pagando sob ameaça de ir pra cadeia e ainda assim muitos não pagam tudo o que deve. Tb tem aqueles que ganham muito dinheiro, mas o valor que consta na carteira de trabalho é pequeno, então eles pagam mixaria e não estão nem aí se essa mixaria paga a comida que o filho come.

Tb tem aqueles que desaparecem do mapa, como se tivessem sido tragados pela terra ou talvez mudado pra Marte. Então, quem vai ter que se ferrar sozinha com a criança? Pois é. A mulher. Logo, nada mais justo que a decisão de ter ou não o filho fique nas mãos dela.

Aliás, é por causa desse tipo de homem que muitas abortam, porque sabem que não terão o apoio do pai.

By the way, eu ainda estou esperando algum pró-vida responder as perguntas que fiz logo acima.

Anônimo disse...

"homem só vem com esse papo de "e os direitos de não ser pai" pra não pagar pensão, só isso, que aliás é direito do filho e não da mãe dele.

não quero ser pai = te obrigo a fazer um aborto
exijo ser pai = te obrigo a não fazer um aborto"

Exatamente. Não existe dificuldade em entender algo tão simples, a menos usando de uma imensa dose de má fé.

Anônimo disse...

“Just as the Supreme Court has said that women have the right to choose whether or not to be parents, men should also have that right.”

“Or, put another way, autonomous women making independent decisions about their lives should not expect men to finance their choice.”

Karen DeCrow, ativista feminista, ex-presidente da NOW.

Anônimo disse...

Mas ah se o pai foge das responsabilidades de um filho que fez... vira persona non grata em qualquer rodinha feminista.




Nao precisa ter rodinha feminista pra considerar o pai que nao assume persona non grata.
Conheço um caso real, de uma pessoa proxima , que o pai nunca quis saber do filho,nunca registrou, nunca chegou perto.
Depois de anoooooosssss ( filho com quase 18 anos ) o papai veio querendo se aproximar do filho , que óbvio , nao quis nem saber do " paizao "
Eu no lugar dele tambem nao ia querer o papai por perto, não.

Anônimo disse...

Gente , fala serio : furar camisinha, mentir que toma pílula , tudo bem, acredito que tem quem faça,
Assim como tem homem que mente que fez vasectomia,

Agora: pegar o sêmen de homens famosos pra botar dentro da sua vagina e gerar um herdeiro milionário ??? Fala serio, o espermatozóide nao sobrevive muito tempo fora do corpo humano, nao.
So se a mulher pegar a camisinha do " famoso " logo após o ato, e mesmo assim, olhe lá viu....
Falem serio : tem algum caso verídico que isso aconteceu ... Duvido ! ...prove que foi auto - inseminação e que nao houve uma relação sexual de fato com o famoso, quero ver pra crer.

Anônimo disse...

Ei, mulher, não quer engravidar?

Faça uma laqueadura, não transe ou faça sexo com outras mulheres.

Beijão

Ana Cíntia disse...

"prove que foi auto - inseminação e que nao houve uma relação sexual de fato com o famoso, quero ver pra crer."

Acho que a hipótese que foi levantada não foi de que não houve relação sexual. A hipótese é que houve sexo, o cara usou camisinha, deu aquele nózinho básico, jogou em qualquer canto e a mulher foi lá e pegou.

Mas enfim, a pessoa mesmo que levantou essa hipótese falou que é um exemplo extremo. O que ele quer mesmo saber é nos casos normais mesmo onde o homem não quer ter o filho.

Olha, falando POR MIM: pra mim, quando um não quer ter filho, dois não têm. Sério. Porque assim como acho super errado que digam pra mulher "agora que fez, vai ter que arcar com as consequências, sua vadia" , também acho errado dizer o mesmo pro homem (trocando o "vadia" por "cafajeste" né...)

Se ambos se cuidavam e por um descuido (seja lá de quem) ou por azar acontece uma gravidez, não é uma sacanagem que um dos lados aproveite a oportunidade para realizar seu grande sonho de ser pai/mãe? E de quebra obriga a outra parte a assumir sua responsabilidade nessa história, mesmo que contra a vontade? Eu acho que é. O único porém é que o aborto clandestino no Brasil é perigoso, então há um risco de vida para a mulher, e isso deve ser avaliado. Realmente neste caso, a mulher tem todo o direito de não querer fazer para se resguardar fisicamente. Mas na boa: em países onde o aborto é legal e feito de maneira correta, você tem mais chance de morrer ou se machucar gravemente dirigindo um carro do que fazendo aborto.

Unknown disse...

"Eu nunca deixo um pedido de ajuda sem resposta". Eu mandei um email a uma semana e escrevi em um post q vc deletou. Só precisava de orientação, mas muito obrigado mesmo assim.

lola aronovich disse...

Ahn, Samael, eu estava falando dos pedidos de ajuda para abortar. Esses eu nunca deixo sem resposta, mas mando uma resposta padrão, recomendando alguns links mas dizendo que não conheço nenhuma clínica nem site para comprar Cytotec (o que é a pura verdade). Infelizmente, nos emails em geral, eu deixo muitos sem resposta. Não é porque eu quero, é só que não tenho tempo MESMO. Eu não tenho uma equipe pra responder emails, não tenho tempo ilimitado pra internet, não vivo disso, preciso trabalhar. Mas também não sei por que tenho que dar explicações a vc. Uma coisa é pedir ajuda, outra é achar que uma pessoa que não te conhece tem a obrigação de te ajudar. Desculpe, mas não me sinto obrigada a nada em relação ao blog. Só de falar a verdade, mas isso é corriqueiro pra mim.

Anônimo disse...

Hoje em dia eu peguei um (mal) hábito de detectar pessoas que não deveriam ter nascido. Não é culpa delas terem sido concebidas e nascido sem um mínimo de infraestrutura, sem um mínimo de assistência, sem um mínimo de chance de escapar da miséria, do abandono, da trajédia, ou é?

Raven Deschain disse...

Eu tenho esse mesmo hábito horroroso, meia noite e cinquenta e quatro.

Gente, vcs ainda tão nessa discussão? Tipo... Surprise! Os homens já tem o direito de não ter filho. Eles o exercem todos os dias.

Mesmo o paizão lá, o cara foda, o maneiro, troca uma fralda por dia e posta foto no fb. Quem arca com todo o ônus (e bônus) de ter filhos, somos nós.

Então na boa, MESMO, foda-se a "paternidade" na questão da escolha sim. Porque homens já fazem essa escolha.

Ana Cíntia disse...

Eu tenho esse mesmo hábito horroroso, meia noite e cinquenta e quatro.

Gente, vcs ainda tão nessa discussão? Tipo... Surprise! Os homens já tem o direito de não ter filho. Eles o exercem todos os dias.

"Mesmo o paizão lá, o cara foda, o maneiro, troca uma fralda por dia e posta foto no fb. Quem arca com todo o ônus (e bônus) de ter filhos, somos nós.

Então na boa, MESMO, foda-se a "paternidade" na questão da escolha sim. Porque homens já fazem essa escolha."

Então eu posso dizer que várias mulheres exercem o direito de não serem mães ao entregarem o filho para os avós criarem ou jogarem o bebê na lata do lixo?

Gente, por favor: não existe direito de escolher não ser mãe ou pai depois que a criança nasce. Os homens que fazem isso estão ERRADOS e tanto não têm esse direito que muitos já estão sendo processados por isso.

Não dá pra justificar uma injustiça por causa do erro cometido por alguns (mesmo que esses alguns seja muita gente, a maioria até). É injusto sim que só UMA pessoa decida se DUAS vão ter um filho. Eu sou totalmente a favor do direito de escolha da mulher quando esta escolhe não seguir com uma gestação. É a vida dela e um feto não pode ter mais direitos do que ela. Mas não acho justo que a escolha de dar continuidade à gravidez e ter um filho parta só da mulher quando o homem (que tem tanto direito quanto ela) também é afetado. Não existe direito absoluto.

E não dá pra ficar nessa de que "os homens são todos uns cachorros" se estamos nos propondo a desconstruir o machismo. Existem muitos homens que pensam que trocar uma fralda por dia ou mandar uma pensãozinha faz deles grandes pais; nós sabemos que não são, e devemos esculachar e denunciar, sim. Claro! E muitos desses que fazem isso são aqueles que queriam ter o filho, que diziam "ah, amô, quero um meninão pra jogar bola com ele! quero uma princesinha pra ser a lindinha do papai!".

Mas não devemos ficar por aí supondo que todos são assim para justificar que nós devemos escolher por eles. Acho a citação da Karen deCrow que alguém postou aí em cima algo a se pensar. Assim como não quero que nenhuma mulher seja obrigada a ser mãe só porque a sociedade quer ficar regulando o comportamento dela e depois dizendo que ela é uma vadia de uma péssima mãe que não cria o filho com amor e dedicação suprema, também não quero que nenhuma mulher obrigue um homem a ser pai ( e, consequentemente, obrigue uma pessoa a nascer sendo filha deste cara) e depois constate que ele realmente não tem noção do que é ser pai de verdade.

Anônimo disse...

ATENÇÃO, claraaborto@hotmail.com É GOLPE ANTIGO!! NÃO CAIAM NESSA!!!

LOLINHA, NÃO DIVULGUE ESTES EMAILS, POR FAVOR!!! O QUE MAIS TEM É GOLPISTA NA INTERNET!

Anônimo disse...

Esse claraborto é golpista desde o tempo do ORKUT gente, por favor....

Anônimo disse...

mimimi e o pai mimimi pensão pensão pensão

qdo homem engravidar, ele não vai querer ninguém opinando na barriga dele e vai tacar a mãe no pau pra ganhar pensão do rebento

como mulher que engravida, ela q resolve se a criança vai ou não nascer. O choro (do bebê) é livre

Anônimo disse...

Para as doulas preocupadas com perda de emprego em caso de aborto legalizado, saibam que existe doula de aborto e nem é novidade:

http://nymag.com/thecut/2014/09/my-year-as-an-abortion-doula.html

Anônimo disse...

Mallagueta Pepper, saudades dos seus comentários na página A Favor da Despenalização do Aborto!

Anônimo disse...

Ana Cintia,

Nao sei responder sua pergunta. Acho um tema delicado e polêmico. Se um dos dois lados discorda sobre ter ou nao o bebe, quem decide e da a palavra final ? Na minha opinião ainda e a mulher.a vida dela vai mudar muito mais radicalmente do que a do homem, querendo ou nao.
Acho que em relacionamentos estáveis essas coisas ja devem ser discutidas antes : se por acaso acontecer um acidente e uma gravidez nao planejada o que NOS DOIS faremos ? Sim, os dois devem decidir em conjunto,
Em rolinhos ou casinhos acho meio esquisito você discutir com o ficante " se eu engravidar sem querer , o que a gente faz "? Eu ja sei o que eu faria se engravidasse de um rolinho / casinho . O que o cara quer ? Difícil ne....
Se um quer e outro nao,e acontece um acidente vai ser injusto pra um dos lados. ,nao tem jeito,Mas ainda assim, acho que tem que ter diálogo, nao pode ser batendo o pezinho " quero porque quero e pronto, to nem ai pta você "
Acho muito mais comum o homem dizer " se vira , nao quero esse filho, ou se vira , abriu as pernas agora vai deixar nascer " do que a mulher dizer " fez o filho comigo, agora vou te obrigar a ser o paizao do ano "
Mas isso achismo meu ok ?
Tambem acho tremendamente injusto o filho nao receber, no minimo,uma pensão do pai, afinal esse dinheiro nao e pra mulher, e pra criança,
Mas tambem nao adianta nada pagar pensão e nao querer ver a cara do filho.
Ja vi tanta coisa, ja vi caso que o cara nao queria o filho ( era rolinho/ casinho ) a, mulher quis ter do por fim o cara assumiu de boa, ja vi caso que o cara nunca quis assumir nada ( era namorado, depois da gravidez virou ex ) e os avós da criança quiseram pagar pensão e ter contato..... Ja vi de tudo um pouco.
Cada caso e um caso e se o casal discorda, sempre vai ser injusto pra alguém,ainda assim , acho que a palavra final e da mulher.
Bjs.

PS : se o aborto fosse legalizado no Brasil, essa discussão ficaria muito ,mais simples. Muitas acabam tendo o filho,que nao queriam , porque nao tem a opção de abortar, e por tabela o cara acaba " obrigado " a ser pai,...
Bjs

Anônimo disse...

Ana Cintia,
Mas mesmo assim a decisão é da mulher. Não tem como obrigar uma mulher a abortar. Quem faria isso? Uma juizx? O pai da criança? É um absurdo inadmissível.

Anônimo disse...

Poxas gentes, não adianta nada ficar discutindo se o aborto é certo ou errado, se o aborto é bom ou ruim, se o aborto é bonito ou feio, se é uma escolha ou um pecado. Isso é uma questão individual, e cada um pode (e deve) ter a sua opinião pessoal a respeito do tema. A única questão a se debater no coletivo deveria ser:

"a mulher que aborta deve ir para a cadeia?" (lembrando que uma em cada 7 mulheres já fez um aborto, possivelmente entre a nossa mãe, vó tia, irmã, prima, professora, melhor amiga, uma delas já o fez)

( ) SIM
( ) NÃO

E deu!! Independente se vc faria um aborto ou não no seu corpo, vc acha que a sua melhor amiga deveria ir para a cadeia por abortar? Que a sua mãe deveria ir? A vó? a Tia? a professora?




Julia disse...

Raven, te amo.

Mally Pepper disse...

não quero que nenhuma mulher obrigue um homem a ser pai

Tá. Então caso a mulher queira ter o filho, mas o homem discorde, o que deveria ser feito? Amarrá-la pelas mãos e pés e obrigar a fazer um aborto? É essa a solução? Ou simplesmente isentar o cara de quaisquer obrigações com a criança?

Já foi repetido ad nauseam que grande parte do impacto de uma gravidez recai sobre a mulher. Logo, ela tem sim o direito de decidir se continua ou não. O sujeito tem apenas que aceitar, já que a pensão (única coisa que ele terá obrigação de fazer) é pra criança, não pra mulher. Isso dói? Ofende? Nossa, que horrível a mulher ter poder sobre alguma coisa, não é?

Meldels, pra muita gente deve ser o pior dos pesadelos dar tanto poder a uma mulher enquanto o homem só pode aceitar o que ela decidir. Nãaaaooooo! TEM QUE ser o contrário! O homem decide e a mulher obedece.

São leis divinas e imutáveis, a ordem natural das coisas, o status quo. Quando uma pessoa tem esse pensamento, pra ela deve ser um horror quando o homem é quem fica sujeito as decisões da mulher, né? Coitadinhos, estão muito acostumados a estar a frente de tudo, a controlar o corpo das mulheres, tomar decisões (e ser obedecidos) que quando isso não acontece eles tem ataques gigantescos de birra. Oh, que dó! Vou chorar litros por eles. SQN.

Anônimo disse...

Eu sempre fui contra o aborto PARA MIM. Nunca engravidei sem querer porque sempre me cuidei muito. Até um tempo atrás, estava tentando o segundo filho quando me vi tendo que encarar a suspeita de uma doença hereditária grave no primogênito. Enlouqueci. E se eu JÁ ESTIVESSE grávida?
Como aceitar colocar mais um no mundo para sofrer? Antes mesmo de saber, fui pesquisar sobre maneiras de abortar. Eu tinha certeza. Não daria tempo de esperar o diagnóstico, os exames são demorados e provavelmente a gravidez já estaria muito avaçanda.
Felizmente, menstruei, não estava grávida. Voltei para a pílula e camisinha. Tempos depois, para minha maior alegria, descobrimos que meu filho tem a saúde perfeita. Essa experiência serviu para sentir na pele o desespero que uma mulher sente nessas condições, a solidão, o desamparo... aumentou o grau de empatia que eu já tinha.
Continuo sendo contra abortos tardios, ou como método contraceptivo. Mas reforcei meu pensamento de que a decisão deve ser só da mulher, no máximo com a opinião do pai da criança. Que o Estado e as religiões deixem nossos úteros em paz (até porque proibir não adianta nada, mesmo)

Anônimo disse...

Não faço parte de nenhuma religião, mas caramba, quanto absurdo! Quantas coisas não existem pra evitar uma gravidez hoje em dia? Muitas mulheres queriam ter o privilégio de engravidar e não podem enquanto outras se descuidam e acabam tirando a vida de um ser DELAS, que seria gerado dentro DELAS, tirando o direito dessa criança ver o mundo e colocando a própria vida em risco. Só porque vocês já nasceram vocês tem o direito de tirar a chance de vida de uma criança? existem outras soluções, por favor, não façam isso! Se tornem responsáveis pelo que fazem.

Anônimo disse...

Adoraria engravidar, faria qualquer coisa por isso, mas infelizmente a natureza não equipou as mulheres trans o suficiente rsrsrsrsrs sempre fico triste quando alguém fala de aborto, já me ofereci inclusive para criar o filho de uma menina que trabalhava comigo e engravidou, ela acabou fazendo o aborto e foi uma coisa horrorosa, o pai biológico não deu um real pra ela. Por mais que me corte o coração em ver uma mulher abortar, acho que cada uma delas sabe o que aconteceu pra chegar nisso e no fim, obrigar a ter um filho acaba sendo pior.

Anônimo disse...

Bom dia gente,
há dois meses, cai em 4 golpes na internet, ate golpe de boleto eu cai, comprei no site da woman on waves e achei que era golpe tambem mais há duas semanas atras chegou aqui em casa, ainda bem que tinha conseguido comprar aqui na cidade, ja estava desesperada com quase 12 semanas.
Quanto ao kit que comprei no site, resolvi vender na internet, divulguei em alguns blogs e o que chegou pra mim, acreditem se quiserem foi ameaças para remover meus comentarios da venda, pois iam atras da minha familia e espalhar p todos que eu fiz um aborto e vendo abortivos, um absurdo esses "vendedores", alem de aplicarem golpes, remedios falsos, bloquear no whats, ainda impedem quem realmente tem intenção de ajudar. PQ so quem ja passou por isso sabe o tao desesperador que é ver as semanas passando rapidamente, quem devia ter medo era essas vendedores de ser pegos pois isso se chama estelionato.
Este alerta serve para todas, sei que somos donas do nosso corpo e da nossa vida, mas meninas, nao comprem na internet, procurem um amigo, homem conhece bem essas coisas, ou amigo de um amigo q seja de confiança, com certeza algum lugar na sua cidade vocês vao conseguir, so não comprem na internet, ninguem é honesto. se tiver alguem q more perto de Belo Horizonte, eu conheco dois lugares, posso passar o endereço.
Fica o alerta, e boa sorte.
meu e-mail day.fagundesvieira@gmail.com

Morena30 disse...

Eu usei e deu certo, porém como demorou para chegar apavorei e comprei em 2 lugares e agora tenho sobrando, se alguém tiver interesse me manda um email morenacytotec@gmail.com, passo pelo mesmo valor que paguei.

Bruna disse...

Olá, tudo bem? você pode me dizer onde essa "clínica" fica? um telefone, endereço? se vc puder me mandar um e-mail ficarei extremamente grata. bruna_carolina96@hotmail.com

Anônimo disse...

isso nao é verdade. voce tem noçao do q é sair dando informaçao errada e principalmente num assunto como esse? menos de 4 pílulas até 12 semanas nao funciona. o uso vaginal das pílulas nao é o mais indicado, sua absorçao pode levar até 4 dias. por favor, minhas queridas, visitem o abortonanuvem.com, womenonweb, abortivo.org, conversem com a cameliasempre@gmail.com, tenham a maior quantidade de informçao CONFIAVEL possivel. o aborto em caso por medicamentos pode ser doloroso, demorado e pra mim foi traumático. jejum e dor sao coisas q nao combinam. mas ele é eficaz e seguro se feito com as pílulas verdadeiras e com o procedimento correto. e você, para de espalhar merda. flw

Anônimo disse...

isso nao é verdade

Anônimo disse...

por favor, visitem e leiam de cabo a rabo o womenomweb, abortonanuvem, abortivo.org, o aborto com menos de 4 pílulas muitas vezes é falho. espalhar esse tipo de informaçao é perigoso, principalmente num assunto como esse.

Anônimo disse...

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Anna disse...

Eu estava em uma situação ruim quando eu vim para os Estados Unidos para procurar emprego, eu tinha dois filhos para um pai que nunca se importou com a gente. Vendo o sofrimento foi demais para lidar com eu saí de sua casa com meus dois tipos e veio para os Estados Unidos para o pasto verde para ver se eu poderia conseguir um emprego. Passei o melhor tempo da minha vida limpando casas para pessoas e cuidando dos doentes apenas para poder alimentar e cuidar dos meus filhos. Um dia eu ouço meu empregador conversando com um homem no telefone sobre o cartão em branco e decidi fazer perguntas sobre este cartão e me deparei com uma empresa chamada unlimitedhackersnetwork. Eu entrei em contato com eles e eles me disseram todos os requisitos para obter o cartão que eu fiz Tudo isso correndo um grande risco para ver se terei uma vida melhor. Depois de alguns dias eu fui chamado por um homem que eu deveria vir para pegar um pacote em uma estação próxima, cheguei lá e realmente era um cartão. Desde então, tenho conseguido ter uma vida estável e sou realmente grata. Você também pode pedir ajuda hoje, dando-lhes uma chamada +15186358090 ou e-mail diretamente em unlimitedhackersnetwork@gmail.com

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Anônimo disse...

Raven, tudo bem?
Voce poderia me passar esse contato seu por favor?
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Tabata disse...

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