quinta-feira, 18 de setembro de 2014

GUEST POST: VALENTE, UMA NOVA PROPOSTA DE PRINCESA

Mãe (Rainha Elinor) e filha (Merida) nos traços de Raquel

Raquel Vitorelo fez sua pesquisa de iniciação científica pela PUC-SP sobre desconstrução dos estereótipos femininos em Valente (dá pra lê-la inteirinha aqui). Como ela é uma ilustradora de mão cheia, ela mesma enviou alguns desenhos.

Em todo lugar, vemos princesas. Nas mochilas das crianças, nos brinquedos, em filmes para todas as idades. Parte dessa obsessão está provavelmente ligada ao sucesso da própria Disney -– quando se pensa em princesas e contos de fada, logo se pensa no estúdio. Muita gente não sabe, mas a Disney deve muito de sua fama a Branca de Neve: Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem produzido pelo estúdio, lançado em 1937 com um êxito gigantesco. Um filme com uma excelência técnica impressionante, um marco na  história do cinema. E assim se criou um laço entre Disney e suas princesas que dura até hoje. 
E, em tanto tempo de relação e exposição, a verdade é que a imagem das princesas está desgastada. Embora continue sendo um sucesso comercial, principalmente com a criação da franquia Disney Princess em 2000, existe uma forte noção de passividade atrelada às princesas: sempre esperando para serem resgatadas. Em um mundo que começa a incentivar mulheres a serem independentes, uma princesa parece ser uma figura ultrapassada demais para nossas meninas. 
Até que surgiu no horizonte uma esperança ruiva e revoltada. Merida, a protagonista de Valente (2012), foi a primeira princesa da Pixar, comprada pela Disney em 2006. Aliás, mais do que isso: foi a primeira protagonista feminina da Pixar! Em quase 20 anos de filmes, a Pixar nunca tinha tido uma mulher ou menina como protagonista. Outra novidade é que a Pixar teria também sua primeira diretora mulher, Brenda Chapman, que desenvolveu toda a história de Valente inspirando-se na sua relação com sua própria filha. Desde o princípio, Valente tinha uma proposta promissora de subverter toda a imagem das Princesas Disney, e havia muitas expectativas em torno do lançamento do filme. 
Mas, é claro, houve alguns contratempos e várias polêmicas. Primeiramente, Brenda Chapman foi mais tarde afastada da produção de Valente por “divergências criativas”. Após o lançamento do filme, a Disney divulgou uma ilustração estilizada de Merida cheia de brilhos e maquiagem, completamente fora do personagem, o que enfureceu os fãs e a própria Chapman, que fizeram a Disney voltar atrás em uma petição. Outras discussões não envolvem a produção do filme, mas a recepção da mídia: alguns artigos especularam sobre a possibilidade de Merida ser lésbica. O que é interessante, porque todas essas discussões podem ser lidas e relidas através de autoras como Simone de Beauvoir e Judith Butler. 
Beauvoir fez sua célebre afirmação “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher” em 1949, e que até hoje continua muitíssimo atual. Dessa forma, é a cultura que constrói uma mulher, e não a biologia ou a economia ou o que quer que seja. É a civilização que faz com que a mulher seja entendida como o “Outro”, uma mera derivação passiva e fraca do homem, que por sua vez seria forte e perfeito. 
Já Butler é uma pensadora contemporânea que percebe que a cultura é tão determinista quanto a biologia. Gênero, então, seria uma performance. 
Tudo isso reflete e explica porque Merida, ao rejeitar tradições como o matrimônio e ter interesse por atividades físicas (que muitos consideram coisa “de menino”), seria um ponto fora da curva. Se Merida não quer se casar com seus pretendentes, se Merida quer ser uma arqueira, ela é mulher? Ela não é mulher? Ela é lésbica, ela é hétero? O que faz de uma mulher, mulher? Evidentemente, Merida é uma mulher –- ao menos uma jovem mulher, como entendemos neste filme -–, e toda essa confusão insinua o quanto a proposta de Valente foi, de fato, diferente e até progressista. Mas até que ponto? 
Foi então que decidi fazer uma análise, começando com mais questionamentos: o que é uma Princesa Disney? Como ela se constrói? Defini então as “Princesas Clássicas”: as três primeiras princesas da Disney são bastante semelhantes entre si, muito conhecidas na atualidade, e por isso definiram um modelo de princesa que ainda é seguido pela Disney. São elas: Branca de Neve (1937), Cinderela (1950) e Aurora (A Bela Adormecida, 1959). 
Talvez a maior característica das Princesas Clássicas seja o fato de elas serem marcadamente sonhadoras: é um atributo ressaltado em diversos momentos, quando as personagens expõem os seus desejos e frustrações, geralmente conversando com seus amigos animais. A importância dessa característica se expressa até hoje em alguns filmes de princesa: no website oficial de Enrolados (2010, Disney), Rapunzel é descrita como uma sonhadora que deseja aventuras. Claro que não há nada de errado em sonhar, pelo contrário; mas há uma diferença entre ser caracterizada como sonhadora ou determinada, e muitas vezes sonhar significa apenas desejar, sem necessariamente ter algum tipo de esforço em direção a esse sonho. 
E o maior problema das Princesas Clássicas seria, possivelmente, as outras personagens femininas, em especial as vilãs. Embora personagens secundárias não sejam o foco mais óbvio da pesquisa, as relações de amizade e poder entre os personagens são um fator importante que compõem uma história. Pois bem, é fácil notar que o antagonista desses filmes é invariavelmente uma mulher.
Todas são caracterizadas como vaidosas e poderosas, embora de formas diferentes. No caso de Branca de Neve e Cinderela, as vilãs são figuras maternas que invejam as filhas. Em A Bela Adormecida, por outro lado, a mãe de Aurora mal tem voz e sequer tem um nome, enquanto Malévola só amaldiçoou a princesa para atingir o rei (além de render um filme estrelado por Angelina Jolie ­-– afinal, contos de fadas ainda são muito rentáveis). 
Claro, há as fadas: presentes em Cinderela e A Bela Adormecida, elas são sempre senhorinhas atrapalhadas, mas boas. E, enfim, há os finais felizes, sempre selados por um casamento real, que garantem o verdadeiro amor e ascensão ou manutenção do status social da princesa. 
Esses são os principais pontos que Valente escolhe subverter, e na minha opinião, o faz de forma bem sucedida: o casamento não só é questionado o filme inteiro, como é completamente eliminado do final feliz. O final feliz é a relação restaurada entre mãe e filha, e tudo o que aprenderam uma com a outra. O casamento arranjado e a mãe severa representam a tradição opressiva que Merida questiona; por outro lado, tudo só se resolve quando Merida assume suas responsabilidades e reata o relacionamento com sua mãe, a Rainha Elinor, que acabamos conhecendo tão bem quanto a princesa. 
Mas algo a se criticar em Valente é que os conflitos são mais colocados como a diferença entre a tradição e a renovação, do que como uma questão de gênero. Ao olharmos para a sociedade do filme, vemos mulheres que servem como criadas, cozinheiras e dançarinas, além da Bruxa Carpinteira que vende um feitiço para Merida após muita insistência da menina. 
Já os participantes dos jogos do torneio, os líderes dos clãs, bem como os integrantes de suas respectivas comitivas, são todos homens. Assim, há uma clara distinção dos papéis sociais dos homens e das mulheres. Contudo, o fato de Merida rejeitar a obrigação do casamento e gostar de atividades que, em sua cultura, são vistas como masculinas, é entendido como uma questão apenas individual, e não coletiva. Merida consegue ser compreendida no final do filme, mas apesar de seu poder político enquanto princesa, nada faz para mudar a situação de outras mulheres do reino. 
É evidente que essa é uma opção de abordagem e que portanto é válida. Mas quando olhamos para outros filmes de animação, como por exemplo Como Treinar o Seu Dragão e sua sequência (2010 e 2014, Dreamworks), temos uma temática muito parecida -– o questionamento de tradições -– em uma sociedade cujos guerreiros são homens e mulheres. Embora Dragão seja protagonizado por um menino, o protagonista passa por situações análogas a de Merida por não corresponder às expectativas de sua sociedade, que neste caso se baseia em violência, um traço tido como masculino no nosso próprio mundo. 
Enfim, considero Valente um filme renovador, mas tampouco condeno as Princesas Clássicas, já que suas protagonistas são esforçadas e bondosas, e seus filmes tiveram sua importância. Mas felizmente é perceptível que o público tem um grande interesse por histórias protagonizadas por mulheres mais ativas. Apenas sugiro aqui que se problematize a questão de gênero como um todo, e não só como algo subjetivo e pessoal, porque não é. E que elejamos novas princesas sempre. 

62 comentários:

Unknown disse...

Odeio todas as princesas e adoro as vilãs. Fiquei em êxtase com a Angeline Jolie em Malévola.

Anônimo disse...

Os filmes da Disney mostra bem a realidade da sociedade, dá pra ver claramente uma mudança gradual de personalidades nas princesas. Ultimamente as histórias não estão mostrando mais o amor a primeira vista, o amor se tornou mais realista.
Também vemos princesas mais independentes em comparação com as primeiras, que esperavam para ser salvas, como por exemplo a princesa e o sapo, mulan, pocahontas, enfim a tendência é que os filmes retratarem cada vez mais mulheres fortes e independentes. Claro que ainda se tem muitas coisas a melhoras, mas já é um começo.

Sara disse...

Adoro a definição q a Regina Navarro deu dessas princesas tradicionais, são mulheres q, ou estão em estado de coma, ou em situação de total impotência.
Sempre gostei dessas historinhas "infantis" e quando minhas filhas eram pequenas, as levava a um antiga biblioteca próxima, onde elas tinham acesso a livros muito antigos de contos de fada, Grimm, Hans Christian Andersen, Esopo e muitos outros.
É inacreditável a diferença entre esses contos antigos e suas versões da
Disney, muitos desses contos mais se assemelham a filmes de terror, do que a essas historinhas adocicadas que vemos.
Como a autora tb fico feliz q tenham surgido outros tipos de mulheres retratadas nesses filmes, gostei muito de Valente, adorei Malévola, e vidrei na Frozen (até fiz minha última festinha de aniverssário com esse tema) KKKK.

Anônimo disse...

Lola, agora que está até sendo colunista da RBA coloca um estagiário para moderar e liberar os comentários.

Anônimo disse...

Valente não é princesa.

Anônimo disse...

Uma das princesas que acho mais mal aproveitadas hoje me dia é a Princesa Diana, também conhecida como Mulher Maravilha. Ela é princesa e superheroína! Não é Disney mas é quase tão antiga quanto a Branca de Neve do Walt Disney.

André disse...

Não creio que conte muitos pontos a favor de Merida ela ter recusado seus pretendentes. Afinal, eles são retratados como verdadeiras caricaturas: imbecis e feios. A impressão que fica é que ela os recusa mais por esses motivos.

Anônimo disse...

O problema é que o filme é bem ruinzinho, um dos piores da pixar.

"Uma das princesas que acho mais mal aproveitadas hoje me dia é a Princesa Diana, também conhecida como Mulher Maravilha. Ela é princesa e superheroína! Não é Disney mas é quase tão antiga quanto a Branca de Neve do Walt Disney."

Se você ainda não está sabendo vai sair um filme solo da mulher maravilha interpretada por Gal Gadot. E a personagem também terá participaçao de destaque no filme "Batman e Superman: Alvorecer da Justiça".

Anônimo disse...

E um pequeno adendo ao comment anterior, a mulher maravilha também vai aparecer no filme da liga da justiça.

Raven Deschain disse...

Vou bancar a advogada do diabo. Sou noventista então cresci com a Disney. Os vilões não são todos mulheres. E o Scar (tá, o Simba era rei dos leões, mas era rei!)? E o Jafar? Mas reconheço, a maioria era mulher mesmo.

Mas façamos um esforço de imaginação e nos perguntemos: Muda o que se a Merida for lésbica? Ou o Scar gay (boato que tb corre?). Credo, é uma paranóia com a sexualidade alheia que chega a dar arrepios. Sendo que nenhum dos dois que usei como exemplo tem foco em relacionamentos amorosos? Muda porra nenhuma... Eu hein?

Anônimo disse...

Minha sobrinha de 7 anos nasceu e mora nos Estados Unidos. Filha de brasileiros sempre se sentiu muito diferente e questionava sua beleza e o porquê de não ter "cabelos amarelos" como as princesas daquele mundo em que ela está submersa. Neste ano, quando fui visitá-la, ela estava totalmente absorvida por um filme chamado Frozen cuja protagonista (embora ainda seja loira, magra e de olhos azuis) é uma mulher que passou por um processo de auto-aceitação. Não cheguei a assistir ao filme, quem me contou a história foi minha sobrinha bastante empolgada com sua mais nova heroína.

Anônimo disse...

Por que quando uma mulher é independente tem que ser automaticamente lésbica? Nada contra, mas é que é SEMPRE assim. Basta uma mulher não gostar de casamento ou de atividades "femininas" que todo mundo já cai matando. Digo isso porque eu não sou lésbica, mas gosto de coisas consideradas masculinas e tenho ideias "masculinas" (Existe isso?), então pessoas como meu pai por exemplo, ficam dizendo que eu sou "sapatão enrustido" (sim, já começa por aí o preconceito, usando o termo 'sapatão'). Acontece que ser lésbica não faz parte de mim, ponto. E quando eu falo isso pra minha amiga lésbica que eu estou cansada das pessoas acharem que podem decidir minha sexualidade pelos meus gostos, ela meio que se sente ofendida.

Só acho que 'ser forte e tomar decisões' não devia ser coisa somente de mulher lésbica; Devia ser de toda mulher, seja ela hétero, bissexual ou transexual.

Eu não teria nada contra as princesas Elsa e Merida (Dois símbolos da independência no mundo da Disney) se elas fossem lésbicas, mas por quê as independentes têm que automaticamente serem lésbicas?
Eu não quero me casar, e tenho que ouvir coisas como "não querer casamento não é coisa de mulher, é coisa de sapatão". A pessoa consegue praticar duas coisas em um só comentário: Lesbofobia e machismo.

Raven Deschain disse...

Olha 14 e 31, concordo com o comentário acima. Se vc ainda não sabe o papel da Diana no Batman vs Superman será absurdamente ridículo. Ela estará "envolvida em um triangulo amoroso". Ah meu cu pra isso. A Diana? A Mulher Maravilha? Sério que foi isso que sobrou pra ela?

E por mal aproveitada tb entra o fato de TOOOOOODO MUNDO ter um filme próprio, MENOS as heroínas (tá tá Mulher Gato, já ouvi). As mulheres são sim, utilizadas de maneira besta pela industria pop. Só não vê quem não quer.

Anônimo disse...

As princesas da disney estão mudando seus comportamentos aos poucos, a Bela preferia ler livros a ficar "adorando" o Gaston, Jasmin mostrou que tinha autonomia a não se casar com quem ela não gostava , queria conhecer o mundo e não ficar sendo disputada como se fosse um prêmio, tem algumas personagens femininas que não foram classificadas como princesas principais da disney e alguns filmes nem ficaram tão famosos, mas possuem uma personalidade forte, como a Esmeralda (corcunda de notre dame), Kida (atlantis) e a capitã gato ( planeta do tesouro)

Raven Deschain disse...

E filme solo? Só acredito vendo. Há milianos que tão prometendo um dela (inclusive já vi 4 ou 5 atrizes cotadas pro papel) e um da Viúva Negra e até agora necas de pitibiribas.

André disse...

Raven Deschain,

Não consigo entender isso. Pode ser pelos motivos errados, mas o pessoal ia ver Transformers tanto pela Megan Fox quanto pelos robôs gigantes.

Anônimo disse...

Tem uma cena no filme da dama e o vagabundo que quando os donos tiveram um bêbê, a cachorinha entra em um quarto que tinha apenas mulheres e elas falavam para a nova mãe coisas do tipo " o casamento está fazendo bem para você, ate que enfim você se tornou mãe" e ai ela vai para o quarto ao lado que só tinha homens e que eles falavam " haha, você está cada vez mais cansado", eu sei que o filme é antigo, mas me pareceu esssa cena tinha uma certa ironia para a sociedade da epoca por causa da cara de confusa que a cachorrinha faz daquelas opiniões tão divergentes.
laisa

Raven Deschain disse...

André, não é difícil de entender que mulher não é só "ai, o fortão de olhos azuis ou o inteligentão misterioso?". Está errado sermos retratadas assim. E o papel da Megan Fox é o maior motivo de eu nao curtir tanto Transformers. Oxe papelzinho idiota. Quer um exemplo? Quando o Bumblebee é um Camaro clássico, velhão, ela nao quer andar naquela "piece of crap". Ele se ofende, se torna o Camaro novo (coincidentemente o carango mais desejado pelos mascus), aí sim ela se digna a entrar nele. Que raios de mensagem é essa pros adolescentes? Sabe a mina gostosa? Só vai rodar com vc se vc tiver um carro foda (não sei daonde tiraram que o clássico é menos foda que o novo, mas enfim)...

Gle disse...

Nunca curti princesas. Aliás, eu quebrava todas as "Barbies" e "Princesas" que minha irmã tinha, ou riscava a cara delas e arrancava os braços (hahahaha... pior que é sério! Hoje dou risada disso.).

Anon 15:35, passei infinitas vezes por essa situação, até mesmo quando criança... ouvia direto o tal do "mas isso é coisa de menino!!!". Eu que nunca tive papas na língua já soltava na cara da pessoa um "e daí? Eu gosto!". Minha madrinha, por exemplo, sabia que eu não gostava de rosa e muito menos de saia. Adivinha quais os presentes que ela me dava? ¬¬'
Tudo é motivo de piada até que você chega e diz: beleza, eu sou! Aí parece as pessoas tomam um banho de água fria e calam a boca. No fim, elas só querem ouvir vc dizer "sou sapatão mesmo, foda-se". Faz isso como um teste um dia.
Ninguém me chama mais assim, hahaha! (e se chamasse, de boas também. Ninguém paga minhas contas).

Unknown disse...

Ah eu acho Valente um desapontamento só. Pensa nisso, "o assumir das responsabilidades" da Merida é se entender com a mãe... Por meio de uma costura! (aff...)
Poxa vida... no meu mundo ideal para o filme, o urso da maldição leva todos os homens adultos e Merida precisa se entender com os ex-pretendentes, supostos pamonhas, e liderar um time para salvar o pai, com a ajuda da mãe.

Aí sim ela seria uma mulher forte e faria mais sentido todo o discurso sobre responsabilidade que a personagem deveria aprender.

Enfim, faltou ela assumir uma posição de poder forte e tradicional (afinal, não era para ela aprender que as tradições tinha algum valor?, mas não... tradição que se ensina para mulher é respeitar o trabalho doméstico...tsc, tsc...), algo que ainda está anos luz de acontecer com uma mulher nas animações da Disney.

E antes que algum troll apareça, não tenho nada contra trabalhos domésticos. Faço todos, cozinho, limpo, passo, até costuro. Só não acho que saber isso seja o 'diferencial' que me empodera ou que me faça ser uma pessoa digna e responsável que não tem problemas com a mãe (aliás, a minha é agricultora, tem pavor de cuidar da casa, que limpa só uma vez por semana, por que cuidar da horta e dos animais, é o que ela sempre gostou mais de fazer).

Anônimo disse...

O que eu acho interessante notar, é que as mulheres não só nos filmes, como em jogos e outras formas de entretenimento, são sempre figuras passivas. E isto infelizmente é no mundo inteiro.

A figura de um príncipe tem conotação de protetor, herói, rico, destacado, etc. Já a princesa, é sempre a donzela em perigo. Precisamos de mais mulheres como a Rainha da Geórgia nos filmes e séries.

Eu até entendo um filme histórico retratar passividade feminina, porque no passado era a regra. Agora, filmes modernos, eu discordo completamente e acho que só reforça esteriótipos de gênero.

Anônimo disse...

Eu adoro a Disney mas ela errou na mão mesmo, princesas auroras que não tem voz só beleza e sempre atras de um homem. No final que sempre diz felizes para sempre, acredite quem quiser.
Estou gostando das novos filmes tem esse, frozen, malevola.

Anônimo disse...

Não podemos esquecer de jogos vorazes tem um protagonismo feminino incrível, mas em sua maioria são gostosonas para o público masculino.
E também não temos que reclamar disso pois tem filmes como os Vingadores que quem assistiu ficou babando com tanto homem gato.

Anônimo disse...

off topic Lola o que você acha desse texto não sabia que feministas falavam isso...

Essa menina definitivamente lacrou nessa. Nunca entendi essa palavra de ordem e nunca concordei, obviamente.
Difícil concordar com esta bosta diante de tantas mulheres coagidas e forçadas a isto todos os dias.
Sexo anal não derruba o capital.

Escravas negras eram estupradas analmente por seus senhores para que eles pudessem "satisfazer suas necessidades" sem ter que se reproduzir com uma raça inferior.

Sexo anal não derruba o capital.

Mulheres são coagidas pela indústria pornográfica a praticarem penetração anal pra satisfazerem seus parceiros, independente se isso as violenta.

Sexo anal não derruba o capital.

Ou "vai tomar no cu" não seria usado tão frequentemente como forma de ofensa misógina.

Sexo anal não derruba o capital. Nem toda frase agressiva é subversiva. Esse grito é uma ode à manutenção da perpetuações de poder. É racista pouco empático com sobreviventes de estupro. E eu peço pra que vocês parem, por favor, de usá-lo.

Anônimo disse...

Raven, o filme solo da mulher maravilha já está encaminhado e como eu disse no comment acima já tem até atriz, a gal gadot. Se você der um search em Wonder woman gal gadot você já até encontra a mulher com o uniforme da heroina. E sim, filmes com heroínas no papel principal ainda estão engatinhando mas pelo menos já é alguma coisa.

Anônimo disse...

Para mim o filme "Valente" também foi uma decepção. Esperava que a Mérida realizasse grandes feitos, viajasse e vivesse grandes aventuras, dalvando vidas, ajudando as pessoas, etc. Mas, no final das contas, ela não fez nada: apenas desfez uma lambança (a maldição) que supostamente teria causado. Este também foi um ponto que não gostei no filme: a Mérida foi punida por ser da forma que era! E teve que passar o resto do filme tentando se redimir por ter feito tentado ser livre!

Anônimo disse...

"O que eu acho interessante notar, é que as mulheres não só nos filmes, como em jogos e outras formas de entretenimento, são sempre figuras passivas. E isto infelizmente é no mundo inteiro."

Tomb Raider. Jogo e filme. Mulher no comando, nem um pouco passiva.
Hunger games, livro e filme. Mulher no comando, também não passiva.

Então não é sempre.

Anônimo disse...

O que me incomoda mesmo é ver propagandas , de produtos de limpeza ainda falando que os produtos evoluíram com as mulheres.


Anônimo disse...

Lembro que minhas princesas favoritas sempre foram as mais diferentes do padrão, tipo Mulan e Pocahontas, e minha personagem feminina preferida era a Esmeralda do Corcunda de Notre Dame. Hoje eu prefiro zumbis, aliens e monstros a princesas, mas fico feliz de ver que as meninas estão aprendendo coisas melhores q ser bonita e arranjar marido. Uma coisa que eu gosto muito na minha série de zumbis favorita, Resident Evil, é que as mulheres são as personagens principais e ganharam muito destaque. Apesar de alguns foras no último filme, tipo arranjar uma filha pra Alice e o figurino totalmente inadequado da Ada Wong, ainda acho melhor ver um grupo de mulheres lutando juntas, conversando sobre sobrevivência e até mesmo resgatando os supostos heróis machões que um grupo de mulheres comprando sapatos, falando de homem e fazendo intriga contra as outras por causa de beleza ou macho. E eu ABOMINEI o papel da única personagem feminina de Transformes 4. Juro, só assisto pelos robôs mesmo, pq de resto... enfim, que as princesas mudem sim, e ensinem coisas que prestem às meninas.

André disse...

Raven Deschain,

Tem muita coisa ruim no personagem dela. Mas ela não se importou em andar (e até consertar) o carro velho. Só achou estranho que um alienígena todo hi-tech optasse por ser um poisé. Inclusive ela recusa continuar com o garanhão da escola e sua picape porque ele não deixou ela dirigí-la.
Mas me parece que haveria público para filmes com mulheres protagonistas, inclusive em papéis menos convencionais, como a Malévola. É incrível que os estúdios se recusem a ganhar dinheiro.

Raven Deschain disse...

É vdd anon. O indignante é um puta filme como Prometheus ou Gravidade por exemplo, nunca serem lembrados pq as protagonistas são mulheres.

O anon ali encima tem razão. Ainda tem a Bayonetta, a Jill (de Resident Evil), a Lady (de Devil May Cry). Nota: As duas últimas são coadjuvantes, mas tem bastante destaque. Não dá pra ver só o lado ruim tb.

Mas se mantendo nesse universo infanto juvenil... Recomendo muito Phillip Pullmann (A Bússola de Ouro), sempre trabalha com protagonistas meninas. Trudi Canavan (A Trilogia do Mago Negro), protagonista mulher, lutadora e boca dura. Jogos Vorazes, claro, também escrito por uma mulher.

Mas é td livro, pq não tenho mesmo o habito de ver filmes. A Disney ainda tá tentando, espero que chegue lá. Mas justamente por ter crescido com a Disney, amo demais os trabalhos deles. Só tento me prender no que eu considero melhor. Os mais antigos, como o citado Branca de Neve, acho um belo pé no saco. Mas a Bela e a Fera, que mostra como o amor pode der possível além das aparências, é uma coisa linda *-*. Ou a Princesa e o Sapo. É inovador. É uma visão romanceada do gueto americano que eu nunca tinha visto. E a Tiana é linda, trabalhadora... Nada de mostrar pretos como preguiçosos. Achei muito legal. E a Merida é linda. Ela tem cabelo cacheado gente. :3

Desculpem o comentário enorme.

Crl disse...

A.Disney esta passando por umas fase ótima, principalmente para as meninas.Frozen,o mais recente foi ótimo, e na minha opinião merecia um post só seu,tem muito para falar dele. Outro post interessante seria um que discutisse a progressão Disney,incluindo as mais recentes.

Raquel Link - BLOG ESCREVO POR COMIDA disse...

Eu acho toda a problematização da historias da disney é só a ponta do iceberg. Tem toda uma questão de se comandar a vida da mulher ,o corpo da mulher. de mandar no futuro dela mesmo.

Eu vejo isso agora como recém casada, o quanto minha sogra( e meu sogro) acreditam que minha vida é deles, porque casei com filho deles. quase como no conto de fadas. ou alguém acha que a cinderella ia ter alguma opinião quando aceitou ir pra aquele castelo?

Nós mulheres ainda somos poucos unidas. nossa representação apesar de ter 2 mulheres como mais votadas pra uma presidência do país, ainda somos lembradas pela bunda. pela beleza. instagram fitness faz mais sucesso que campanha presidencial é triste.

homem nunca se sujeitaria ser julgado por outro pelo seu aspecto físico. e nos ainda continuamos aceitando nos concursos de miss. que a LOLA pode me ajudar confirmar foi criado nos USA no mesmo ano que ia ser criado o voto feminino fizeram isso pra " distrair"'confere?

enfim, precisamos de muita mudança infelizmente ainda muito longe de serem reais, talvez minhas netas, ainda sejam chamadas de vadias por ficarem com o mesmo numero de pessoas que um garoto.

Unknown disse...

"Nunca curti princesas. Aliás, eu quebrava todas as "Barbies" e "Princesas" que minha irmã tinha, ou riscava a cara delas e arrancava os braços (hahahaha... pior que é sério! Hoje dou risada disso.)".

Adorei.

Anônimo disse...

Nunca simpatizei com desenhos melosos e cheios de embromação,tipicamente um conto de fadas.

Não bate com a minha visão pois sou realista demais e gosto da realidade na sua crueza e nueza sem retoques.

Não desprezo os desenhos desde que sejam realistas(até hoje não encontrei nenhum).

Há quem me chame de insensível por não seguir o velho costume de "menininha e mulherzinha".Termos toscos.

Anônimo disse...

Vou dar meu testemunho (hahaha):
Por motivos maiores que a minha vontade (profissionais) passei um tempo em um congresso evangélico apenas para mulheres. Pois bem, choveram críticas das palestrantes para a protagonista de Valente,uma menina que desafiou os pais,as tradições e teve a arrogância de questionar seu papel feminino!Como assim uma princesa caçar e atirar flechas?Além disso,segundo as palestrantes, o filme retrata os homens de maneira patetica,com a clara intenção de ridiculariza- los,tornando assim, o público infantil feminino em potenciais feministas!!! Maldita Disney!!!Outra parte do tempo foi gasta demonizando feministas (responsáveis pela destruição das famílias), homossexuais e outra religiões.
Tive medo de ser descoberta e virar manchete : Simpatizante feminista linchada em congresso evangélico!

Anônimo disse...

Em tempo: havia 2mil mulhetes lá! :0

Anônimo disse...

esses contos de fadas são a realidade,mulheres são mais frágeis e até hj acham que os homens tem obrigação de salvar uma mulher em perigo,incluindo as feministas.


e se o cara n faz é covarde e não tem humanidade kkkkkkkkk feministas me disseram isso,porque disse que não me arriscaria a enfrentar um bandido atacando uma mulher.
essa parte do machismo é conveniente,então,não tem problema.
se vcs são tão fodonas assim começem a se arriscar por homem desconhecido,tenham um pouco de humanidade e coragem.

Anônimo disse...

Como assim uma princesa caçar e atirar flechas?Além disso,segundo as palestrantes, o filme retrata os homens de maneira patetica,com a clara intenção de ridiculariza- los,tornando assim


eu vi o filme e é assim mesmo que retrataram os homens,pareciam um bando de babacas,sem cérebro,nisso estavam certas.

Claudio disse...

Essa história de princesa inventaram para que mulheres atraentes aceitassem homens inferiores (aqueles que nunca são escolhidos a primeira vista) como parceiros amorosos (tanto que eles se esforcem por ela).

A maior prova disso, que as 'realezas', as 'duquesas' / 'princesas' sempre são bonitas, já os 'príncipes' dificilmente são. Pior de tudo que a maioria das pessoas não enxergam que sofrem lavagem cerebral.

Laura disse...

Eu gostei mto do filme. Pode não ser perfeito na sua tentativa de quebrar estereótipos, mas pelo menos se propôs a tentar, o que é raro. Assim como o filme da Tiana (primeira princesa negra) tb pode ter seus problemas mas foi importantíssimo para que as meninas negras tivessem sua representação. Estou morando na California e qdo fui na Dineyland vi várias mini-Tianas fantasiadas, que antes do filme provavelmente não se identificariam com nenhuma das princesas que andam por lá.

Além disso, o fato de ser Mãe e Filha é super relevante e importante. Se olharmos pros filmes clássicos da Disney ou até mesmo livros infantis clássicos a mãe sempre morre antes que a história sequer comece. Toda a relação "maternal" vem, como o guest post falou, da madrasta invejosa. O que avança o estereótipo de que mulheres estão sempre em competição umas com as outras (até mães e filhas).

Esse artigo fala mto bem sobre o fenômeno da "Mãe Morta":
http://www.theatlantic.com/magazine/archive/2014/07/why-are-all-the-cartoon-mothers-dead/372270/

Julia disse...

Um dos aspectos que eu não gosto em Valente é justamente como os homens são retratados.
Será mesmo necessário que quando temos um filme que tenha uma personagem com um posicionamento feminista, os homens (e meninos) precisem ser retratados como completos idiotas?
E não tenho nada contra homens serem retratados como idiotas, o problema é que fica parecendo que uma coisa é consequência da outra.

Anônimo disse...

"E não tenho nada contra homens serem retratados como idiotas, o problema é que fica parecendo que uma coisa é consequência da outra."

hahahha adorei

Anônimo disse...

Diva

Para Anônimo mimizento e cabeça oca das 20:48

Contos de fadas FORAM realidade de uma época. Mulheres são mais frágeis que os homens só no sentido físico, veja se a maioria dos homens não fica a ponto de desmaiar quando cortam um dedo ou não fazem showzinho quando estão doentes!
Mulher pode estar com a pior gripe do Mundo que mesmo assim trabalha fora, cuida de casa e da família. Esta "fragilidade" de personalidade das princesinhas chatas são apenas para adestrar meninas pra que estas não enxerguem seu potencial, mas claro isso é muito pra cabeça de alguém como vc né?
Acho que qualquer SER HUMANO pode defender outra pessoa INDEPENDENTE do sexo dela!
Eu tinha vários links de mulheres que salvaram as vidas de HOMENS caso vc não saiba!
Uma menina de 8 anos (tá não é mulher no sentido de adulta, mas, é uma pessoa do sexo feminino) nos EUA fez respiração boca a boca no avô que tinha passado mal e ligou pra emergência.
No Brasil uma mulher salvou o marido que tentava o suicídio!
No Reino Unido uma mulher atirou um taser sobre um ladrão que tava socando um cara que ele tinha tentado assaltar.
Então não me venha com esta teoria ridícula que SEMPRE precisamos dos homens, porque TODO SER HUMANO precisa da ajuda do outro independente do que tem no meio das pernas seu mané!!!
Invés de cagar regras você busque a humanidade e coragem que com certeza NÃO TEM!!

Diva

Hinna San disse...

André, tem. Tb não entendo essa mania de não querer dinheiro de Róliudi.

Koppe, eu amo a Marvel demais. Em matéria de filmes eles ainda tão meio ~meh, mas nos quadrinhos: Sonho *-*. O que é a heroína muçulmana? Lindeza. Já a DC só regride. Eita ferro...


Raven com preguiça de deslogar dessa conta.

Anônimo disse...

"mas o pessoal ia ver Transformers tanto pela Megan Fox quanto pelos robôs gigantes."

Cheguei atrasada, mas com certeza, o povo ia ver tanto pela Megan quanto pelos robôs, que adoravam usavam shortinhos curtos e decotes. Eram robôs muito sexys. E a Megan que era o cérebro do filme. Estão vendo, a mulher é valorizada sim em Transformers! -ironic

Anônimo disse...

Fui pesquisar no google images essa da Amanda Waller, e é de matar! Transformaram uma mulher forte que metia medo em uma gostosona com decote que usa revólver (grande bosta). Piada isso hein -,-

Raquel disse...

"Valente não é princesa.

18 DE SETEMBRO DE 2014 13:29""

É sim, já teve até a cerimônia de coroação dela no parque. (parece ironia, mas não é).

André disse...

Anônimo 08:36,

Por isso que eu falei que iam pelos motivos errados. Mas o personagem dela, apesar desses problemas, tem mais profundidade que o do namorado dela. Mas o meu ponto é que filme com mulher protagonista também dá dinheiro.

Unknown disse...

Oi Lola,
Adorei o post. Ainda não vi o filme. Mas, já ouvi falar muito bem dele. Vou tentar e volto aqui para deixar minhas percepções a respeito.
Abraços querida.
Boa Sorte na sua nova empreitada.

Anônimo disse...

Ao contrário da maioria, adoro princesas, mesmo não me identificando totalmente com elas, desde pequena.
Sabia que não era só agradável, meiga, doce. Que tinha outras qualidades.
Mas, as qualidades das princesas me parecem ser depreciadas pela sociedade por serem consideradas femininas, quando na realidade, qualquer ser humano pode possuí-las e inclusive, são benefícias em muitas situações, não em todas obviamente. Há momentos que temos que ser agressivxs, competitivxs, achar nosso lugar no mundo
Há momentos na vida de todos nós que ser assertivx ou agressivx não adianta nada, engolimos um sapo ou outro nos relacionamentos de diversos tipos, pois não dá para brigar o tempo todo com todo mundo.É a realidade.
Me faz lembrar outra personagem feminina super atacada nos meios de internet pelos fãs de As crônicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin: Samsa Stark.
Ela é sonhadora, romântica, agradável, tem bons modos, sonha com o principe encantado. Até que a realidade se mostra duríssima com esta moça. Ela escolhe reagir usando sua habilidade social, suas boas maneiras, sua feminilidade, enfim e consegue se manter viva na história, até agora. Metem o pau nela, porque ela não tem o espirito de guerreira da irmã Arya, ou a bravura de uma das candidatas ao trono, Daenerys targaryen.
Ora, cada uma delas é admirável a sua maneira e encontraram dentro de si mesmas e de acordo com suas situações no espaço tempo da história, jeitos de se defender, de ir em frente e quem sabe o que o autor-deus reserva para cada uma? São minhas 3 personagens prediletxs.
Samsa,por ter características ditas femininas pela sociedade é escrachada por vários leitores. é tipo um cara falar que vai ser enfermeiro quando tem possibilidade de ser médico. Todo mundo vai questionar a escolha dele, porque enfermagem é coisa de mulher. Ora, o que interessa é ele ser bom profissional, ético e feliz. A diferença salarial entre médicos e enfermeiros já é grande por que a medicina é campo ainda majoritariamente masculino e a enfermagem feminina.
Isto tira o valor dxs enfermeirxs do mundo? não, sem essas pessoas o que seria de nós?
Então, vc pode até não gostar das princesas ou se identificar com elas, pois ningue´m tem que gostar de nada obrigada, mas acho que vale uma reflexão do porquê de não gostar tanto de algo.
Para nos distanciarmos da fragilidade, da submissão e não sermos vítimas, rejeitamos tudo o que é considerado feminino, será isto? vale pensar.
Carol H

Anônimo disse...

Só um adendo, acho as vilãs o máximo também, pois em geral são mais completas e complexas, e vemos nelas o nosso lado sombrio e aprendemos a lidar com este lado.

Carol H

roseanjos disse...

Nunca me passou pela cabeça a possibilidade da Merida ser lésbica.
Principalmente porque sempre fui moleca como ela. Geeente!!!

Anônimo disse...

As Vilãs são ótimas, mas vale lembras que na maioria dos casos seus motivos para quererem o mal das princesas se resume a: uma mulher mais velha com inveja da princesa mais jovem e bonita.
Ou, no caso de uma das minhas favoritas, a Cruela, querer fazer um casaco de pele rsrs
Enquanto os vilões homens (Jafar, Scar) geralmente querem o poder político.
Temos que pensar também a imagem que elas passam e se somente ter tiradas sarcásticas as fazem personagens mais "fortes" e feministas do que as princesas.

Anônimo disse...

o filme é focado no problema imediato de merida - rejeitar o casamento. não se estende ao reinado que terá, então não há espeço para trabalhar a reenção de outras mulheres. E sim, merida é hétero. ela se interessa por um bonitão de um dos clãs, mas como não é o príncepe, o realacionamento fica fora de questão. grande filme, mas não é o primeiro de princesas com empoderamento feminino ne final feliz sem o casamento. Mulan também vai por essa linha, mas trabalha com a negaçaõ do feminino na maior parte do tempo.

Aurea Beart

Anônimo disse...

a passos lentos a sociedade estar acordando ,eu particularmente nunca gostei das princesas da disney sempre gostei dos filmes considerados de meninos com aventura,lutas e pouco romance

Paula disse...

poxa, meu comentário foi censurado?? :(

lola aronovich disse...

Qual foi seu comentário? Vc comentou como Paula?

Tabby Kink disse...

Oi Raquel e Lola. Raramente comento, mas precisava aqui. Gostaria de lembrar que existem SIM princesas que não esperam, correm atrás e até impedem guerras. Gostaria de sugerir uma olhada no filme "Nausicaa - A Princesa do Vento" de Hayao Miyazaki. O filme é de 1984 e a protagonista está longe, muito longe de ser uma princesa submissa, feminina ou sonhadora. Ela é o ídolo das meninas mais jovens, além de corajosa e dona de seu destino. Em momento algum se fala em casamento e o final feliz está lá, mas não tem príncipe algum. A "vilã" é uma mulher forte também, mas não age por inveja. Sua motivação é outra. Sugiro de coração que se você tem interesse por animação e questão de gênero, dê uma olhada nos filmes de Miyazaki, que em sua maioria tem meninas como protagonistas. Como "Serviço de Entregas da Kiki", "A viagem de Chihiro", "O castelo animado", "Princesa Mononoke", "Meu Vizinho Totoro" entre outros. Filmes maravilhosos, eu garanto.
http://www.imdb.com/title/tt0087544/?ref_=nv_sr_1

Sara disse...

Uma historia q gostaria de ver filmada em desenho, seria de Boudica uma rainha celta, ela teve uma vida tão intensa e heroica, seria uma heroína real para meninas se espelharem.

Anônimo disse...

justamente. qdo vi o filme lembrei de boudica. é como se merida pudesse ser ancestral da futura boudica. é por aí

aurea beart

Anônimo disse...

Enquanto Sexóloga sempre digo que nascemos inteiras e prazerosas. E até certa idade até no força física somos iguais e até superiores aos meninos. O problema é cultural/educacional mesmo. Em comunidades onde trabalho homens e mulheres caminham lado a lado mais do quem bairros classe alta. São mais solidários e mais honestos. EU GOSTO DE MULHER FORTE POIS É ASSIM QUE SOMOS!
Mulher FORTE sempre encontra um AMOR de verdade para um um dia ou uma vida. Depende dela a escolha. E sempre são PRAZEROSAS independente de parceiros. Ela busca o próprio prazer. Essa é a verdade.