domingo, 2 de agosto de 2015

AMO HOMENS E MEU FEMINISMO NÃO TEM VERGONHA DE DECLARAR ISSO

Eu ia deixar esta breve mensagem no post anterior, em que a caixa de comentários foi invadida por posts do tipo "nenhum homem presta, homens não amam as mulheres, todo homem ridiculariza mulheres o tempo todo". Mas como é domingo e não tenho post pra hoje, transformo meu comentário num postzinho.

Ridículo esse ódio generalizado contra homens, gente. Simplesmente ridículo. Eu convivo com um monte de homens bacanas, divertidos, inteligentes, que querem mudar o mundo, que respeitam e valorizam as mulheres. 
Estou com 48 anos e toda a minha vida tive excelentes amigos e colegas homens (héteros, gays, bi, assexuais). E alguns amantes que foram gente boa também. Além do mais, os homens mais importantes da minha vida, meu marido e meu pai, são/foram (no caso do meu amado pai, que morreu em 93) incríveis e fantásticos. 
Agora, nenhum desses homens com quem convivi e convivo eram/são pessoas perfeitas, porque ninguém é. Mas quando erravam, tentavam melhorar e não repetir os erros. Também conheci (e conheço, embora hoje só pela internet) homens horrorosos. E mulheres horrorosas também. Gente que só quer destruir, que quer o mal. 
É verdade que a enorme maioria das pessoas horrorosas que conheço hoje, via internet, são homens. Eles me odeiam e me atacam não por eu ser a Lola, que eles nem conhecem. Me odeiam e atacam por eu ser feminista e por eles serem reacionários e misóginos que odeiam todas as feministas (e odeiam os feministas também).
É um fato incontestável que a enorme maioria das pessoas que matam e estupram são homens. Nem por isso vou concluir que todos os homens são reaças misóginos, estupradores e assassinos. Ou sequer que eu deva desconfiar dos homens incríveis que conheço. 
Além disso, meu feminismo visa combater opressões e mudar o mundo. E eu não vejo como fazer isso sem mudar também os homens. Porque tantos homens não nascem violentos e misóginos. Eles aprendem a ser assim. 
São socializados para o ódio, e, infelizmente, socializados numa educação e criação que muitas vezes inclui mulheres. Eu não quero combater homens em particular, quero combater o sistema. Um sistema que cria e alimenta homens (e muitas mulheres também) detestáveis. 
Sou contra qualquer tipo de segregação. Meu feminismo vê homens como colaboradores, parceiros, não como inimigos ou adversários. E não penso ou ajo assim para agradar. Penso e ajo assim porque não acredito que dê pra acabar com as opressões excluindo 3,5 bilhões de pessoas. Eu não quero excluir ninguém. Quero transformar. E não creio ser possível transformar todo um gênero se eu o visse de antemão como inimigo.

446 comentários:

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Anônimo disse...

Eu não li os comentários do post anterior todos, e não li ainda os deste aqui, mas eu digo uma coisa: o ódio aos homens é um lance que está em crescimento e a única coisa necessária pra provar isso é a caixa de comentários do post anterior, pensem se fosse um fórum de homens falando a mesma coisa de mulheres o quanto de mimimi que não sairia? Eu até estava flertando com o feminismo, mas sinceramente olha aquela maldita caixa de comentários, só olhem aquela merda gigante... tudo bem que não é novidade nenhuma que a maioria de vocês odeiam homens, mas falar aquele tanto de merda e depois fazer um post chamando pra apoiar o movimento de vocês? Só pode ser sacanagem, fazia muitos dias que eu não sentia um ódio tão profundo ao ler coisas na internet e isso aflorou minha misoginia, sinceramente por mais que qualquer homem tente compreender e de repente ser de alguma ajuda isso é impossível, só rolam ofensas e toda aquela merda daquela caixa de comentários (e eu duvido que essa daqui esteja diferente). Fodam-se vocês ai, vou voltar pro meu privilégio que tá muito mais de boa, que se matem entre vocês (com algumas exceções é claro, inclusive a lola é um ser de muita lucidez, mas que está cercada por pessoas definitivamente podres).....

AnonLivroAberto

Anônimo disse...

Que canseira, essa coisa de "mas nem todos _____". Quando se começa a estudar um movimento, isso não é implícito? Ou será que toda a vez que eu for no Blogueiras Negras eu vou deixar um comentário falando pra elas "não generalizarem, porque ó, eu sou branca e não discrimino, meu amigos brancos são maravilhosos, olha o ódio!"
E outra, até o desprezo da mulher para com o homem é diferente: geralmente, a mulher que despreza o homem só quer ser deixada em paz. O homem... Bem, os vídeos de sexo divulgados e os números de estupro estão aí pra quem quiser ver. E não, não estou dizendo que todos os homens são demônios e todas as mulheres são anjos.

Dan

Anônimo disse...

Muita gente aqui me representou, a anonima que fala aham senta lá Claudio a Dan.
E misandria está para unicórnios, assim como misóginia está para cavalos. Só se for medo de misandrica puxar o pé de noite né ,faz me rir.

E eu não acredito que eu tenho que ler, ei feminista para que tá feio e homem ofendido quando falam que ele é estuprador em potencial. Se vocês não conseguem controlar seus instintos, então só nos resta duvidar de vocês. Mas preferem bancar os injustiçados que procurar o real problema e tentar mudar.

E pra acabar de vez olha isso "isso aflorou minha misoginia -AnonLivroAberto" novidade gente! pelo menos um assumiu. Mas enquanto vocês tem o desprezo das misândricas, nós temos dicas de como nos estuprar em blogs e no youtube, QUE EU TIVE O GRANDE DESPRAZER DE VER. E vocês tão coçando o saco pra isso.

Tá muito claro aqui quem tem que parar, PARA que tá feio, tá feio há séculos. Mas os homi não para.

Mila disse...

Se tivesse como curtir o comentário da Caroline Oliveira, curtiria mil vezes, pq falou tudo.
Eu também já fui da onda de "educar os homens". Mas tem horas que isso realmente cansa. Quando eu vejo os cidadãos de bem até mesmo "homens que amamos" repetirem discurso machista; ou quando a gente se sente inibida de jogar um jogo online se identificando como mulher; ou andar com uma saia mais curta... Quando vamos perdendo as pequenas liberdades do dia-a-dia por opressões que não são vindas necessariamente de mascus, me pergunto realmente se basta educar os homens. Principalmente porque os considero seres racionais e não idiotas que precisam ser tutelados para não fazer merda. Poxa, respeitar o próximo não deveria ser um valor primordial? Ao invés disso, comemoramos quando um homem age sem ser escroto com uma mulher. O que deveria ser a regra vira exceção.
Hoje, com acesso À educação e informação, não é incomum ver homens tratando mulheres como lixo, até pior do que em outras gerações (aí que entra minha desconfiança com a liberação sexual feminina, até que ponto ela não está sendo usada contra as mulheres). Fica difícil ter esperança que os homens um dia vão mudar?

Vicky_ disse...

Welligton, um dos caixa alta foi sua.

Eu só uso "machismo" quando pessoas que não saibam o que é(a grande maioria), para facilitar o entendimento. Em sites feministas, uso com mais frequência "misóginia" por que é isso, odio às mulheres.

A parte mais recente da história da humanidade veio com o Patriarcado/Misóginia, para mim é idiotice dizer que só é misóginia matar e tortura na literal, o que conhecemos como machismo é puro ódio, está na mente de todas as pessoas, mas principalmente dos homens.

Ficar usando de exceções(hello, foram os homens que destruíram quase todas as tribos matriarcas e igualitárias) é tentar colocar um pano na frente do massacre, admitir sua misoginia interna é o primeiro passo para ser ter um sociedade minimamente decente.

Donna Nyckynha disse...

AnonLivroAberto,meu lindo

nao escute essa gente baixa.Seja forte.
pra o bem seu e de todos
:*

Anônimo disse...


Na hora de rotular mulher que transa no primeiro encontro de vadia ninguém tem pena, mas não querem ser generalizados ,querem fazer o que fazem e continuar tendo a fama do bom homem de família.
Então vai ter rótulo sim e se reclamar vamos distribuir rótulos.Percebi que eles se ofenderam pq o capuz serviu e tentaram inverter a situação , dizendo que somos nós que odiamos homens. A verdade é que o capuz coube direitinho em todos, mas as odiadoras somos nós.

Anônimo disse...

nao escute essa gente baixa? essa foi pra mim ,eu que sou baixa né, o cara se diz misógino e ainda leva passada de mão na cabeça de feminista. Eu falo umas verdades e sou baixa, eu pensei que iam concordar comigo, se nem as feministas concordam só lamento.

Vicky_ disse...

Mila, essa questão sexual, é em relação aquela pseudo revolução sexual. O plano era tipo:

"Permitam a pornografia, tornessem prostitutas, viva a poliamor cof cof principalmente se for eu com várias mulheres cof cof e assim alcançaremos liberdade sexual!!!"

Garganta Profunda era basicamente isso. A decada de 70 da pornografia foi um blacklash contra todas as mulheres. Por que mesmo consigamos fazer com que parem de espancar mulheres em locais públicos... Eles sempre teram a pornografia e a prostituição para nos humilhar e nos usar como objetos. Estando respaldados pela lei e "liberdade sexual individual"... ("É claro que ela gosta de ser espancada na frente de um monte de câmeras")

Donna Nyckynha disse...

D Stoffel

nao foi pra vc,foi pra geral.Pra geral q por ex ao inves de dizer "vc esta sendo misogino" vcs xingam "misogino".Olha a diferença.

Parece uma guerra.

eu acredito nas pessoas.

Anônimo disse...

Existe uma solução para o problema de vocês meninas, FIQUEM LONGE DE HOMENS, de todos eles em definitivo.

Vicky_ disse...

Força, D. Stoffel. Eles ainda não aguentam ouvir a verdade, indica que ainda há um looooooongooo caminho pra eles chegarem a algo que valha.

(Cê já usou um avatar da Sky Ferreira, não?)

Katia Silva disse...

Por que VC não fala quais foram os direitos do seu Pai Homem na separação?
Ele saiu sem nada ou teve que deixar a casa que talvez ele comprou ou construiu só pra sua mãe Mulher?

Anônimo disse...

Eu fico puta sabe, o cara vem aqui se diz sou misógino tem conversa com ele, TENTAM ENTENDER ELE mas se uma mulher diz sou misandrica ,nossa!!! vc não pode ser, não odeiei homens ,não são todos...
Quer dizer que parece o ódio masculino pela mulher é mais aceitável que o ódio feminino pelo homem, até nisso não temos igualdade.

E Obg Vicky ufa!

Anônimo disse...

ah sim eu gosto de avatar de mulheres com estilo rock, sei lá acho que combina!

Anônimo disse...

AnonLivroAberto


Siga o conselho da Anônimo Donna Nyckynha, que ela esta certa...

Anon 11:12

Nem todas as mulheres vão fazer o que você sugeriu aceita que dói menos...


Taty

Para que ta feio para você mesma, agora em que pais você vive? pois no Brasil nenhum homem perde todos os seus bens para mulher nenhuma com a separação, o que existe e uma partilha de bens, isso quando se trata de bens adquiridos durante a relação estável e quando não separação previa de bens, o que reconhecido pela lei.

Além disso nenhum homem constrói uma casa só para a mulher.


Jonas Klein

Unknown disse...

Na minha opinião, Radfem não passa de um sinônimo de mascus.

Katia Silva disse...

Sim Jonas mas na grande maioria das vezes A Mulher é a única grande beneficiária mesmo se Não ajudou a comprar e mesmo se Não ajudou a pagar o bem,ela tem Direito a 50% .
Já vi alguns casos assim acontecer onde a pessoa não deu um real e conseguiu na Injustiça bens que que ao meu ver não teria direito.

Fabiano disse...

Eu pessoalmente não acho que misandria seja um problema (pelo menos nunca senti isso no mundo real). Tampouco acho que uma caixa de comentários de um blog represente a sociedade. Vejo muito mais como uma forma de desabafo e oportunidade para extravasar sentimentos.

Anônimo disse...

Cada vez mais me aproximo do feminismo radical. Cada vez mais vejo a opressão maciça que sofremos apenas por sermos mulheres. Dói. Pra mim o pior é ser silenciada... ser desmerecida em meus argumentos, ser ignorada em minhas opiniões, única e exclusivamente por ser uma mulher. Ainda bem que só sou e.. ah não! pera... São TODAS!
e só pra endossar, gostaria de ter escrito isso:

"Tá passando da hora das mulheres discutirem o masculino como os homens discutem o feminino. Chega de baixar a cabeça aceitando estereótipos a absurdos. Chega de se justificar. Chega de passar a mão na cabeça dos homens. Homem nenhum passa a mão na cabeça de mulher. E mais uma vez, não estou falando de espaços masculinistas. Estou falando do mundo, da vida."

Obriagada, chega de feminismo bonzinho. Chega de abaixar a cabeça. EU NÃO ABAIXO MAIS. NÃO MESMO!!!
Gisele

Anônimo disse...

O ódio masculino pela mulher é constitutivo da masculinidade, é milenar, universal, base de todas as religiões, está disseminado e justificado pela filosofia, se manifesta em diversos aspectos culturais, mas quando eu quero entender PORQUE é assim, sou rotulada de misândrica e o meu questionamento fica sem resposta enquanto geral discute um ESPANTALHO inexistente que é essa tal misandria. As mulheres fazem de tudo para se RELACIONAR com homens. Mulheres gostam da COMPANHIA masculina, enquanto homens não. Fora do contexto sexual, a maioria dos homens não suporta a presença e a companhia feminina (esse tal Wellington mesmo é assim), mas sou eu a misândrica. Estou dizendo que é sempre assim, homens defendem liberdade feminina não como um valor em si mesmo, mas como uma facilidade para eles conseguirem sexo (a única coisa que querem das mulheres) e geral aqui vai falar de misandria. Em outros ambientes é assim, mas aqui imaginei que poderia discutir o que de fato impede RELACIONAMENTOS FRATERNOS entre mulheres e homens, que é justamente esse desprezo pelo feminino, mas não. Vamos todos malhar o espantalho da misandria. Como eu disse desde o post passado, as mulheres precisam estar esclarecidas sobre esse desprezo, pois só assim podem se proteger emocionalmente, pois as mulheres seguem amando, seguem desejando amizade, seguem desejando comprometimento emocioanl, seguem desejando parceria, embora quase nunca sejam amadas, nem mesmo fraternalmente. Mas eu desejar proteger mulheres dessa armadilha emocional é misandria. Então tá.

Anônimo disse...

Taty

Para com esse palhaçada, o cara entro numa relação estável sem fazer a separação de bens, isso nenhum homem obrigado a fazer, logo se tiver que fazer divisão de bens, cara que cale a boca e arque com as consequência financeiras da sua decisão...


Mila

O que você e muitas aqui parece que não entendem e que um erro por pior que seja, não justifica outro, e verdade que muitos homens erram e erram em muitas coisas no trato com as mulheres, mas transformar o feminismo num movimento de ódio não vai melhorar em nada o mundo, pois desta forma o feminismo jamais vai ter a aceitação da maioria da sociedade.


Jonas Klein

Anônimo disse...

E eis que nasce e se consolida o a versão feminina do masculinismo

Pontos chave

Não existe homem exceção

Não sinto ódio nem amor, apenas indiferença (pois amor e ódio são faces da paixão, do apego)

Não há dialogo com homem que dê resultado

Mesmo aquele seu companheiro/amigo/irmão tem um lado obscuro então fique ligada.

Apenas observo essa caixa de comentários.

Não nego que fico com uma pontinha de contentamento, os mascus bem que merecem essa kkk

Sandra

Anônimo disse...

Eu percebo que a misoginia se manifesta pessoal, cultural e socialmente como desprezo pela mulher. O ódio é o desfecho desse desprezo constitutivo, formador da masculinidade, e aparece em alguns contextos. Mulheres não sentem desprezo pelo que é identificado como masculino, mas homens sentem um desprezo indisfarçável por tudo aquilo que é relacionado culturalmente como feminino.

Panthro disse...

Que triste.

Anônimo disse...

Vai nessa.

Anônimo disse...

Sandra fez uma analise perfeita do que está acontecendo.

"temos que ter muito cuidado quando combatemos monstros, para não nos tronarmos um deles, porque quando você olha durante muito tempo para o fundo do abismo, o abismo olha de volta para o fundo de sua alma"

Friedrich Nietzsche

Anônimo disse...

Por que as pessoas sempre colocam nazismo em qualquer discussão?

Avenca

Anônimo disse...

Só os homens tiram vantagem? Sério isso? Sou mulher e já vi muitas mulheres tirando vantagem do machismo SIM.
Agora vamos entrar no argumento à lá terceira série de que foi ele que começou?
Não acredito nesse feminismo de bolha.

Avenca

Anônimo disse...

Não seja desonesto anônimo das 12:44.
Não generalize e não ache que o mundo é só o que você vê da sua janela.
Existem homens sim que são afetuosos com suas parceiras ou com qualquer outra mulher do convívio.
Como vamos mudar o mundo sem acreditar que o mundo pode ser mudado?

Avenca

Anônimo disse...

Nietzsche, um misógino notório.

Combater a misoginia é impossível, pois é combater a própria natureza masculina. A misoginia nunca será superada e isso é algo com que as mulheres terão que lidar, como sempre lidaram, desde o início dos tempos.

É triste, mas é assim que a humanidade é.

Anônimo disse...

Não. O arbítrio é de pessoas emppderadas. Sejam homens ou mulheres. Tirar o poder de agência das pessoas é tão ineficiente.
A socialização de PESSOAS é feita por PESSOAS. Homens e mulheres têm responsabilidade sobre isso.

Avenca

Anônimo disse...

Nietzsche que se foda

Anônimo disse...

taty, cala sua boca. Eh em 0,5% dos casamentos que a mulher tira vantagem com a separação. NA vida real eles separam, a mulher cuida dos filhos sem ajuda do pai, ou com uma pensão ridicula e fica na merda finaceiramente. Você anda assistindo muita novela.

E Stoffe, to 100% com você. Tem homem ofendido? Post para eles! Eles não entendem? Coitados, vamos explicar...

Eu vou falar: tive o melhor pai do mundo, meu marido me deixa até com inveja de tão lindo como ser humano ele é, meu vô italiano lavava banheiro da casa, numa época que homem não limpava nem a bunda. Logo sou cercada de homens maravilhosos. O que não me impede de ver que na vida real e fora da minha bolha, os homens detestam as mulheres SIM.

YAra

Anônimo disse...

A história da humanidade mostra que o ser humano não muda. A misoginia está aí, firme e forte, há pelo menos quatro mil anos.

donadio disse...

"o feminismo radical esta superando o feminismo moderado"

"Feminismo radical" não é o oposto de "feminismo moderado". É só o nome de um movimento, não a descrição do seu conteúdo. É possível ser feminista e radical sem ser "feminista radical". É o caso das feministas marxistas, por exemplo.

Donna Nyckynha disse...

Nietzsche nao conseguiu aceitar a rejeiçao.

Anônimo disse...

eu não quero ensinar um homem a não ser machista.
A idéia é que ele não possa ser machista nem que ele queira, nem que ele seja machista, nem que essa tenha sido a história e nem q ela tenha 4 mil anos de misoginia ou qualquer outro escambau de justificações sem fim... Isso tem que acabar. Pra isso precisamos lutar. E não existe luta sem armas...
chega de feminismo meigo e bem comportado, agradecido. Chega de justificações, explicações.
Gisele

Natasha disse...

Não sabem como me envergonho da minha misandria, que é tão nociva aos machos, um deles aqui vai ler que eu quero que eles se fodam e o cara vai entrar em depressão. Como eu sou má!
Mais algumas maldades nocivas : náo querer conversa com macho, nem amizade, nem relacionamento e me lixar para seus supostos sofrimentos.
Crueldade demais reconheço.

Agora quanto a misoginia nem preciso explicar o que já acontece a milênios.

Anônimo disse...

Confrades, vamos embora daqui.
As mulheres deste blog já estão maduras e empoderadas.

Vamos procurar algum blog de amélias, que são todas tontas, para oprimirmos e mantermos nossos privilégios... Aqui é impossível.

Donna Nyckynha disse...


anonimo das 13:11,amore mio

se foi pro meu coment eu lhe respondo:
é q passa essa impressao sim,pq a maioria dos homens nao tem pintos como eles.
E a gente nao inventou essa guerra portanto nao jogue as consequencias pra gente.

http://www.naomesmo.com.br/wp-content/uploads/2015/07/eu-nas-tretas.jpg

"numa época que homem não limpava nem a bunda'kkkkk achei deveras engraçado

kkkkkk eu rio muito dessa guerrinha rads x mascus kkkkkkk
http://www.naomesmo.com.br/wp-content/uploads/2015/07/eu-nas-tretas.jpg

Anônimo disse...

Eu não odeio homens como indivíduos. Aliás, "odiar" é uma palavra muito forte no geral.
Eu repudio é a masculinidade tóxica, a ideia ultrapassada do que significa ser macho, em nossa cultura.

Anônimo disse...

Homens, porque vocês odeiam as mulheres?

Anônimo disse...

Essa história de explicar mansamente e pacientemente para os homens sobre o feminismo e sua importância e como eles precisam entender e se engajar é perda de tempo, falácia, bobagem, é dar com os burros n'água. Porque? simplesmente pq mulheres são socializadas para cuidadosamente pisar em ovos ao discutir estas questões, discordando de homens de uma maneira muito gentil. Não porque mulheres são criaturas mais gentis do que homens. E sim porque nossa sobrevivência pode depender disso.

Zel.

Anônimo disse...

Essa vai para a mansidão feminina, fraqueza, falar baixo, se dar ao respeito, fechar as pernas, feminilidades em geral, ser troféu, ser doce, ser feminina, não retrucar, não transar com vários, não falar palavrão, ser casta (wtf??), ser bonita, ser gentil e meiga sempre com tudo e todos, deixar tudo sempre pra lá, "ah! mas homem é assim mesmo".... é o caralho!!!! e todos os outros blásssssss imbecis a que somos obrigadas há 4 mil anos....
https://youtu.be/4dUouPjuy4c

Anônimo disse...

Donna Nyckynha, se eles (Brown e Fassbender) com esses tais pintos espancam as suas companheiras, por que você continua insistindo que misoginia é "inveja do pinto dos outros"?

Mila disse...

Jonas,

Acho que vc não lê muito os meus comentários por aqui. Eu nunca defendi feminismo como movimento de ódio. Gostaria que me apontasse em qual comentário e post eu fiz tal defesa. Pelo contrário, já reiterei para uma comentarista que no meu feminismo não entra segregação, já tem racismo, homofobia e transfobia para isso.

Não disse que um erro justifica o outro. Só estou questionando se a estratégia de "eduquem os homens" está sendo realmente efetiva e até que ponto. Na verdade, há algum tempo eu tenho um questionamento sobre as estratégias de luta do feminismo. Leis estão bastando? Educação aos meninos? E em relação ao empoderamento feminino?
Como já apontaram, há milênios que estamos lutando contra isso. E a misoginia não vem somente dos mascus e está restrita ao ambiente deles. Ela está vindo cidadãos comuns que reclamam do trânsito e xingam a Dilma. É político? Não. Tá cheio de partido de ultraesquerda usando mulheres para atacar as feministas. Tem misoginia no movimento LGBT. Tem misoginia no movimento negro.
Homens não são toupeiras que precisam ser tutelados. Nem as mulheres. Respeitar o próximo deveria ser regra, no entanto, pq é exceção? Não se pode usar a desculpa da ignorância numa geração cercada pela variedade de informações. No entanto, a empatia não vem, nunca chega. Estamos esperando por ela há séculos. Minha crítica sobre isso é que às vezes estamos perdendo o foco em fortalecer e empoderar mulheres para que elas tenham autonomia e liberdade de fato, que sejam conscientes de seus deveres e direitos. Continuo perguntando: onde está o discurso de ódio na minha fala? Onde disse para as mulheres que a solução é odiar homens?

Anônimo disse...

"O feminismo não me ensinou a odiar os homens, mas ele me ensinou a parar de prioriza-los ao invés das mulheres.
Acontece que muitos homens acham que isso é o mesmo que ódio."

Eu concordo que o discurso de ódio vem aumentando demais nessa caixa de entrada e que xs amiguxs aqui tem que começar a ser mais sensatxs. Mas pra quem acha que misandria é uma coisa séria, a minha mais sincera risada.

Carol Pirlo disse...

Nessa história de "not all men", muitas mulheres já tiveram suas vidas destroçadas. Experiência própria.
Se eu odeio homem? Não sei. Tenho uma ótima relação com meu pai, meu padrasto e meus irmãos. Mas certamente depois de ser vítima, nunca vou voltar a confiar em homem a ponto de arriscar minha integridade física. Podem me chamar de misândrica e o krl a 4.
Não quero me envolver com homem tão cedo, eles tÊm as questões deles e uma estrutura inteira voltada para eles. Acho desperdício de tempo ficar pensando em como fazer para conquistar a empatia de homem ao invés de priorizar as mulheres. Parece que isso agora virou misandria.

Anônimo disse...

Para conhecer os homens prestem atenção nos homens. Observem. Escutem o que dizem quando estão relaxados, à vontade, quando são espontâneos. É nessa hora que eles mostram o que sentem e o que pensam de verdade. Mas as mulheres acreditam no que homem diz exatamente quando ele só diz mentiras, que é justamente no flerte, quando ele vai dizer E-XA-TA-MEN-TE o que a mulher quer ouvir pra poder comer a mulher. Lembrem-se que tem curso, livro, treinamento, exercícios que eles fazem pra enganar e ludibriar mulheres. E o que eles dizem nesse momento de flerte é simplesmente falso. Em compensação, o que dizem no churrasco, na roda de amigos, sentados em frente à TV... é nesse momento, de espontaneidade, de relaxamento, que eles dizem o que pensam de verdade. E é nesse momento que eles dizem o que pensam sobre mulheres, sobre o feminino. A única coisa que eu gostaria, ou melhor, as duas coisas que eu gostaria: entender porque existe esse desprezo do masculino pelo feminino e que as mulheres parassem de se iludir sobre o que homens sentem por mulheres (dessa forma sofreriam menos e seriam mais felizes).

Anônimo disse...

Uma mulher tentar conquistar a empatia masculina faz tanto sentido e é tão efetivo quanto tentar diminuir a temperatura no Sol abanando um leque aqui da Terra.

Thomas disse...

Esse ódio a homens é só na internet mesmo. Acreditem em mim, eu conheço e convivo com muitas feministas. Onde eu estudo praticamente toda mulher é feminista e tem muitas ativistas. Sou amigo de várias, amo elas, elas me amam e nunca escuto nada sobre ódio a homens.

Anônimo disse...

Dá um google em:

misoginia e pasquim
misoginia e ivan lessa
misoginia e millor
misoginia e fernando pessoa
misoginia e proudhon
misoginia e aristóteles
misoginia e santo agostinho
misoginia e pitágoras
misoginia e voltaire
misoginia e revolução francesa
misoginia e ...

a internet nos possibilita conhecer a verdade sobre os homens. Procure sobre seus autores, romancistas, filósofos, pintores, escultores... preferidos.

Como diria a Fátima Bernardes,

você vai se surpreender.

Anônimo disse...

Thomas

Será esta, mais uma semelhança com o masculinismo?

Sandra

Anônimo disse...

Mila

Ok vou dar uns minutinhos de atenção para você, que disse:

"Eu nunca defendi feminismo como movimento de ódio. Gostaria que me apontasse em qual comentário e post eu fiz tal defesa."

Você não precisa dizer isso diretamente, o que da entender para quem lê as entrelinhas do seu comentário e isso.

"Leis estão bastando? Educação aos meninos? E em relação ao empoderamento feminino?
Como já apontaram, há milênios que estamos lutando contra isso."

A Luta contra a misoginia não esta sendo feita a milênios coisa nenhuma, alguma coisa de e forma muita tímida vem sendo feita a partir do surgimento do feminismo, tão tímida que se você pergunta para 100 pessoas que estão nas ruas, eu não acredito que a metade sequer saiba definir o que e misoginia, e o desconhecimento sobre isso gera muitos problemas.

E só ter informação disponível não adianta, tanto que já foi provado que a maioria das pessoa nem sabe direito o que e feminismo.

O fato que questões de gênero ainda são muito pouco discutidas pela sociedade.

Agora eu concordo contigo, que foco principal do movimento feminista deve ser realmente o empoderamento das mulheres, mas se pode ver que não e atualmente, pois se fosse nos nem estaríamos discutindo o que foi dito neste post, pois ele nem escrito seria.

Jonas Klein

Anônimo disse...

Porque não existe ódio aos homens, Thomas. O que existe é um conhecimento mais efetivo e verdadeiro sobre a realidade masculina. Ódio aos homens é espantalho que homens malham pra que não se discuta o desprezo pelo feminino que é arcabouço da masculinidade. A mulher que conhece isso, esse desprezo constitutivo, e portanto que não nutre ilusões sobre sentimentos masculinos, se relaciona de forma muito mais tranquila e satisfatória com os homens porque não espera deles o que eles não são capazes de oferecer.

Anônimo disse...

Mulheres não odeiam homens. Mulheres gostam e querem a companhia masculina. Mulheres admiram homens. Homens é que não suportam a companhia feminina e nem admiram mulheres, além do óbvio contato sexual.

Anônimo disse...

"Sou amigo de várias, amo elas, elas me amam e nunca escuto nada sobre ódio a homens."
Não se engane, muitas sabem que a sobrevivência delas podem estar em risco ao demonstrar claramente seu descontentamento com o "biscoitinho" da sua atençãozinha e da sua opiniãozinha misógina sobre elas..... seu parvo.

Donna Nyckynha disse...

"Donna Nyckynha, se eles (Brown e Fassbender) com esses tais pintos espancam as suas companheiras, por que você continua insistindo que misoginia é "inveja do pinto dos outros"?"

nao estou falando d misoginia no sentido amplo da plavra,mas especificamente em sua vertente:a objetificação de partes femininas(nao esclareci nos ult. coment,esqueci)

eu disse q era a impressão q passa.

Mila disse...

Jonas,

Ainda aguardando onde eu defendi que o feminismo deve ser um movimento de ódio. Não tem um comentário que eu fale isso. Comento neste blog há anos e assumo as coisas que falo, não preciso falar nada oculto e escondido. Sério, aponte este "ódio" que só vc supôs até hj q eu sinto de homens. Fazer uma acusação desse naipe é, no mínimo, indelicado. Da mesma forma como você reclamou sobre comentaristas que te acusaram de ser machista e vc pediu provas, faço o mesmo. Afinal ninguém gosta de se sentir injustiçado.

Quando me referi "milênios" é uma hipérbole. Também não sou dona da verdade para determinar quando e onde surgiu a luta feminista. Dizer isso é assumir que as mulheres de uma hora para a outra passaram a lutar por seus direitos. E também minimizar situações em outras sociedades que não as ocidentais onde mulheres assumiam essa luta.

Não estou pedindo sua atenção. Só que quando sou acusada de algo que não sou e que é extremamente ofensivo aos meus valores pessoais, quero que me provem racional e materialmente.

Anônimo disse...

Homens, novamente a pergunta e não tentem mudar de assunto fracotes, porque vocês odeiam as mulheres?

Anônimo disse...

Thomas, você provavelmente só gosta da vagina delas e só. Espero que elas fiquem mais espertas e fiquem longe de você.

Anônimo disse...

Donna Nyckynha, imagino que você tenha conhecimento pleno sobre o tamanho do pinto de todos os homens a sua volta (sem julgamento moral, incredulidade mesmo) pra poder fazer uma análise dessas. Do contrário é fonte Instituto as Vozes me Disseram (aparentemente a instituição mais onipresente do mundo) e um bom tanto de preconceito.

Anônimo disse...

Não querendo ser daquelas que coloca a culpa de qualquer comentário sem noção nos mascus, mas tou achando que tem muito mascu que vem aqui postar coisa ridícula só pra atrapalhar a discussão, hein.

Thomas disse...

"Thomas, você provavelmente só gosta da vagina delas e só. Espero que elas fiquem mais espertas e fiquem longe de você."

Se fosse isso mesmo, qual o problema? hahahahaha santo conservadorismo....

Anônimo disse...

D. Stoffel:
Exatamente, to de cara até agora. O cara vem aqui, se declara misógino, por conta de uma reação completamente compreensível de um post e diz que quer mais é que as mulheres se fodam e... passam a mão da cabeça dele. Caralho. Esse foi o exemplo máximo de como a mulher ainda á servil, permissiva.
Mas vamos em frente. Não vamos nos desculpar por reagir. Eu decorei os nomes dos homens que comentam de forma empática aqui, de tão poucos que são, será que isso não diz muito sobre a sociedade em que vivemos? E já que estão citando tanto o "ódio aos homens" do post anterior, eu volto com a pergunta: algum deles mostrou indignação com a foto postada?

Dan

Roxy Carmichael disse...

modus operandi:
1. deixar comentários anônimos raivosos em blogs que se dedicam a uma militância política diferente da militância do sujeito (sujeito aliás que não cria seus proprios espaços de militância)
2. generalizar uma experiência pessoal
3. fazer uso de estatísticas imaginárias
4. vomitar ressentimento
5. fazer uso de essencialismos
6. fazer uso de maniqueísmos
7. apelar para um pessimismo paralisante
8. não dialogar com o contraditório, mas querer destruí-lo
9. não entender as potencialidades da diferença e buscar a homogenização
10. não cruzar importantes variáveis de distintas experiências sociais para entender a complexidade do mundo e, em vez disso, fazer uso de uma única "teoria" distorcida pra se moldar unicamente aos problemas e interesses próprios.

depois das dicas, silvio santos faz a pergunta de 1 milhão: quem é que utiliza esse modus operandi?
a) masculinistas?
b) feministas radicais?
c) seres do esgoto que comentam em grande sportais?

eu respondo que esse É o modus operandi desses três sujeitos políticos.

uma questão: a revolta do oprimido não deve ser jamais colocada em pé de igualdade com os mecanismos de opressão. daí que ninguém vai dizer que essa revolta por mais vinda do fígado que venha, poderá ser comprada ao aparato violento do opressor.

agora, discurso de ódio É discurso de ódio. sabe quando a gente diz que pra ser racista não é preciso pendurar um negro numa cruz e botar fogo e sim desumanizar o negro no discurso mais explícito e mais sutil no dia a dia?

ódio não é só quebrar lâmpadas na cabeça dos gays, é também negar que eles possuem uma orientação tão legítima quanto qualquer outra. é entender que ele pode ser filho, pai, amigo, marido, profissional, frequentador de restaurante, qualquer coisa, assim como qualquer pessoa com qualquer orientação sexual.

mas o que é que a gente tá vendo aqui? que o homem é ontologicamente mau. que ele não é humano. ele é um monstro programado pra degradar, odiar, humilhar. que ele NATURALMENTE odeia mulheres. e o pior não é nem isso. é que o reverso é igualmente falso e perigoso: a mulher é boa por natureza e cuidadora. pera aí, achei que esse era o discurso machista pra confinar as mulheres em casa cuidando das gerações passadas e das proximas gerações!

Roxy Carmichael disse...

continua:
o coletivo opressor não é formado por monstros e o oprimido, não é formado por seres elevados moral e eticamente. é formado por pessoas com todas as suas contradições!!! não lutamos porque as mulheres são mais justas e por isso merecerem estar no topo da hierarquia "educando" e punindo os homens, que são seres ontologicamente maus.

não, as mulheres não são mais justas MESMO. lutamos porque a igualdade é a única forma aceitável de viver em comunidade, em sociedade. lutamos para que os bons, os maus, os nem tão bons, os nem tão maus gozem dos mesmos direitos e deveres.

a única coisa que esse discurso de vocês faz é reduzir pessoas a uma caricatura. homens e mulheres! porque se usa uma leitura muito, mas muito limitada e distorcida pra entender o mundo. porque nao se quer dialogar, se quer destruir. esquecem que o mundo é heterogeneo e complexo, embora, seja regido sim por sistemas bem estabelecidos de poder. onde existe poder, existe resistência. o sistema de poder é sim bem estabelecido, mas ele é instável. e é por isso que o discurso do medo é disseminado com tanta facilidade. ao invés de ficarem nessa viagem de nazismo (comprando uma visão maniqueísta de hollywood do mau absoluto e da vitima total e denunciando que você só pode ser branco pq só tem essa referencia de opressão, curiosamente às pessoas brancas) , porque não se recupera por exemplo a luta pelos direitos civis nos estados unidos? protagonizada com muita garra e sangue pelos negros, mas com o apoio de muitos brancos, pois é o mesmo coletivo que tava ali obrigando os negros a sentarem no fundo do ônibus.

mas como é oprimida por um lado e privilegiada por outro, esquece que existem sim cruzamentos entre as identidades: as mulheres são oprimidas pelos homens, mas as mulheres brancas ganham mais que os homens negros. porque as mulheres brancas chegaram aqui como colonas e os homens negros como escravos. no post que a maju recebeu ofensas tinham MUITOS comentários racistas vindo de mulheres!!! dizer que mulher não pratica bullying, não é racista, não é classista é tão absurdo como quando os mascus dizem que eles são bomzinhos num mundo cheio de mulheres escrotas.

agora deixa eu só contar uma coisa pra vocês: vão lá perguntar pras mulheres negras se eles odeiam os homens? quem tem coragem de perguntar isso pra uma mãe ou uma mulher que tá lutando pra que o filho negro ou o marido não seja morto pela policia, não seja tratado sem dignidade pela imprensa em busca de um bode expiatório? as mulheres negras criaram uma associação pra lutar pelos direitos dos filhos delas e isso é uma questão totalmente feminista que passa batido pelas feministas brancas que não tem a capacidade de olhar ao redor e ver que o mundo não é o umbigo delas.

outra questão que alguém aqui levantou e acho importantíssima recuperar é: o oprimido tem que ter cuidado pra não lutar pra obter os privilégios do opressor e sim, pra destruir o sistema de privilégios. e isso parece óbvio, mas não é.

não quer "educar" homens? não eduque! eu particularmente acho duma arrogância isso de "educar". prefiro falar em diálogo porque respeito meus interlocutores. agora faça-me o favor de não levar o debate pra esses termos tão umbiguistas e infantis.


passar bem.

Anônimo disse...

Eu não vi nenhuma misandria aqui, apenas a realidade, que homens odeiam mulheres. Quem foi o estúpido que começou a falar de misandria aqui? Aff, esses homens que veem preconceitos contra eles em tudo.

Anônimo disse...

"Se fosse isso mesmo, qual o problema? hahahahaha santo conservadorismo...."

Se elas sabem, se têm consciência disso, problema nenhum. Só existe problema quando o homem simula um afeto fraterno que não existe, quando simula uma amizade irreal. Aí acho a maior sacanagem, porque as mulheres, de maneira geral, estão ligadas afetivamente aos amigos (existe engajamento emocional por parte da mulher).

Mas se elas são mesmo feministas, elas sabem disso, então estão seguras.

Anônimo disse...

Roxy, esse seu item 10. (os outros também) é certeiro. Ninguém mais quer pensar, é muito mais fácil tentar colocar tudo, mesmo que distorcido e desfigurado, em uma narrativa ideológica pronta, conveniente e confortável (na medida que esse "pessimismo paralisante" pode ser confortável).

Mila disse...

Anônimo das 16:50

Meu comentário foi acusado de "querer que o feminismo vire movimento de ódio" pelo Jonas, que até agora não provou nada, só se limitou a dizer que está nas "entrelinhas". E olha que nem falei que todos os homens odeiam mulheres, só me questionei sobre a eficiência de "educar os homens", pois acredito que eles não são criaturas imbecis que não sabem que é ético ter alguma empatia pelo outro. Alguns comentaristas aqui parecem ser binários: se vc é a favor da "educação dos meninos", vc é traidora, erotiza a própria opressão, quer biscoitinho de macho. Se deseja que o feminismo se foque nas mulheres, é misândrica e odeia homens.

Thomas disse...

Anônimo, eu acho difícil alguém conseguir fingir um afeto que não existe por muito tempo, uma hora a casa cai, principalmente se você convive diariamente com a pessoa.

Eu não preciso simular afeto por ninguém. Eu já admiti aqui que sou narcisista, se eu pudesse ficaria o dia inteiro pelado na frente do espelho cantando rock e me admirando. Se eu busco a companhia de amigos e amigas, é porque realmente gosto dessas pessoas.

E eu sou contra ficar pegando coleguinha de escola, só mistura trabalho com prazer quem tem auto estima baixa.

Anônimo disse...

Mila

Sem você afirmar nada abertamente não posso dizer com certeza que você defendeu que feminismo virasse um movimento de ódio.

Talvez você tenha se expressado mal mesmo.


Acontece que existem formas sutis de dizer as coisas, quando você não quer que as pessoas atravessem o rio cheio de jacaré, se você explodir a ponte você não precisa dizer para não irem para outro lado.

Os fortes vão entender...


Anon 16:09

Ta bom eu vou mudar de assunto.

Eu já disse repito não se pode generalizar, se todos os homens adiassem mesmo as mulheres, por acaso haveria alguma mulher que tem um bom relacionamento com um homem? claro que não, muitas aqui mesmo já admitiram que tem homens com os quais se relacionam muito bem.


Mas realmente tem homens que odeiam as mulheres, 1 por que muitos acham que todas são interesseiras (e tem muitas que são mesmo). 2 por achar que nenhuma mulher lhe será fiel caso ele tenha um relacionamento monogâmico com uma mulher(e mulher infiel não e pouco que tem por ai).

Eu já disse aqui monogamia não e bom negocio para as mulheres.

Tem outros, mas os dois maiores motivos que levam muitos homens a odiarem as mulheres são estes.

Agora eu te pergunto, como você não enxerga algo que tão evidente assim?

Jonas Klein

Anônimo disse...

Porque seria misandria falar que os homens odeiam as mulheres? Não é fato? Serio mesmo que agora estão taxando os comentarios de misandricos por estarem falando a verdade que os homens em geral demonstram todos os dias?

Lola Aronovich disse...

Clap clap clap, Roxy. Arrasou. Vou publicar como guest post. Só vou dar um tempo porque não aguento mais radfem vindo trollar aqui. A história que rola entre elas é que EU estou perseguindo elas, pobrezinhas. Não que elas vem aqui no blog há meses me xingar, xingar comentaristas mulheres, dizer que mulheres hétero têm Síndrome de Estocolmo, que erotizamos opressão (whatever that means), que toda penetração é estupro, que pra ser feminista de verdade tem que odiar homem. Pra elas, os ataques todos são apenas "discordâncias". E, óbvio, quase nenhuma se assume feminista radical. É igualzinho aos mascus. Quando vc diz pra um cara que obviamente é mascu que ele é mascu, a primeira coisa que ele diz é "Não sou!".
É um papelão só. Ficam ditando regras o tempo todo. Sororidade? Só entre elas.
E vc disse justamente o que eu queria dizer. Falamos o tempo todo que misoginia não é só matar, espancar, estuprar uma mulher. Que homofobia não é apenas sair quebrando lâmpadas na cabeça de gays na Av. Paulista. Que racismo não é só bater ou matar um negro. Que o DISCURSO importa, e muito. Por isso que a gente combate escrotos como Danilo Gentili. Até onde sei, ele nunca bateu, estuprou ou matou uma mulher. Mas não dá pra negar que ele é super misógino, racista, homofóbico etc.
Ficar pregando ódio aos homens dificilmente vai fazer com que alguma mulher mate ou espanque um homem, mas é o tipo de discurso que não leva a absolutamente nada. E, como vc disse, é um discurso baseado na "maldade natural do homem", coisa que não acreditamos. Nem radfems acreditam nisso, porque todas nós falamos em socialização, em educação. Só que quando se naturaliza alguma coisa, estamos dizendo que é impossível de mudar. E é mesmo essa visão que queremos adotar? Que não dá pra mudar nada? Que o melhor que podemos fazer é chorar juntas nesse muro de lamentações?
Faz uns meses li um livro da Badinter, RUMO EQUIVOCADO, que critica esse tipo de feminismo. Ainda vou escrever sobre isso. Porque é o tipo de coisa que não me desce pela garganta. Aquilo de cem mulheres numa convenção feminista falarem que ficaram com medo de uma mulher trans que apareceu por lá. Mesmo que fosse homem cis. Cem mulheres feministas!
Bom, melhor parar, porque obviamente todas as minhas palavras são analisadas exaustivamente. Elas não aprendem a discordar. Precisam atacar blogs feministas para... para que mesmo? Para dizer que seu blog não é feminista? E? Oferecem o que em troca? Não dá pra entender!

Anônimo disse...

A questão é que homens não dialogam. Visitem qualquer espaço neutro (não espaço feminista ou masculinista, espaço neutro) e publique algo que sinalize que mulheres são sujeito. A enxurrada de homens que aparecem para calar essa voz e recolocar a mulher como objeto é assustadora. Portais em que a média de comentários em posts políticos é de 70-80, recebem 300-400 até 800-1000 comentários essencialmente masculinos enquadrando a ousadia de se achar sujeito. Comentários que recebem em média 20 likes, quando enquadram essa mulher ousada que se acha sujeito recebem 1200 likes (um único comentário). Foi como eu disse, enquanto mulheres passam a mão na cabeça de homens, homens enquadram mulheres. Enquanto mulheres compreendem e desculpam homens, homens publicam textos e textos de como a mulher deve agir-pensar-sentir. Enquanto mulheres se batem para suavizar seu discurso, homens falam com uma segurança e uma propriedade que não deveriam ter sobre como as mulheres são-devem ser-podem ser.

Homens não dialogam.

Natasha disse...

Me poupe hein Roxy, outros sofrem opressão em determinadas coisas, então, não podemos ficar putas e querer distância de macho? Quem quer bater palmas para macho e ficar preocupadinhas com seus pobremas, fica a vontade, eu que não vou fazer isso. A mulher é a mais massacrada de todas, em toda a história da humanidade e isso não quer dizer que não existe mulher escrota, mas a quantidade de homem podre supera e muito o de mulheres.
Nunca vou ser estuprada por uma mulher, mulher nenhuma já me parou na rua para me xingar de graça, mulheres como eu, mesmo tendo asco de homem, não criam blogs para ficar insultando como fazem os mascus, mulher n humilha homem pondo o pau deles na net para todo mundo ver... o estrago que uma mulher podre causa é ridículo perto do que os homens fazem.
Li que alguém ai disse que foi largada porque emagreceu, eu já vi isso com uma colega e só prova como somos descartáveis e homem não sente amor algum, se o cara gosta de magra e a mulher começar a engordar, ou leva chifre ou um pé na bunda, se ele gosta de gorda e ela emagrece, vai rodar também. Só não vê quem não quer, ainda querem se iludir que pode ser diferente, mesmo com tantas provas esfregadas na nossa cara todos os dias.
Por mim eles que se fodam mesmo. Não vou sair por aí matando como os homens maravilhosos fazem, só ganham minha indiferença e desprezo. Tenho que conviver com eles, n tem jeito mas se tratar com educação recebe o mesmo tratamento, mas não fico de conversa fiada e nem dou confiança para macho, toda vez que fiz isso só me fudi.
Se ficar de graçinha mando tomar no cu sem dó, já chega de ficar mansinha perto desses trastes.

Anônimo disse...

Thomas, isso é o que você diz...

Natasha disse...

Ficar pregando ódio aos homens dificilmente vai fazer com que alguma mulher mate ou espanque um homem, mas é o tipo de discurso que não leva a absolutamente nada


Não leva a nada? kkkkkk Discordo Lola, agora pode não parecer porque fiquei meio alterada, mas minha sanidade mental e paz aumentaram e muito depois que taquei o foda-se para homem.

Mila disse...

Jonas, a gente só pode afirmar quando tem certeza. Afinal, pode ter sido um problema de interpretação seu, visto que interagi com outros comentaristas e só você entendeu errado os meus questionamentos. Eu reli meu comentário várias vezes e realmente não percebi onde eu incitei o ódio, tento ser o mais clara possível quando me expresso. Quando percebo falta de clareza, tenho humildade de reescrever o que pode não ter ficado claro.

Anônimo disse...

Homens devem serem interpretados pelas suas ações e não pelas suas palavras, e as ações sempre os condenam.

Anônimo disse...

Mulheres não criam blogs pra insultar homens (na verdade tá cheio de page de ~misandria~ no facebook - e se quer ver mulher falando de pinto em ambientes feministas é só acessar qualquer postagem sobre "vazamento" de fotos de famosos no Jezebel, por exemplo), mas vem no blog da Lola fazer exatamente isso. Se você resolveu ignorar homens, ignore! Nunca vi ninguém que ignora falando do objeto ignorado em qualquer oportunidade.

Roxy Carmichael disse...

eu tô acompanhando esse movimento totalmente orquestrado lola. e ainda que eu leia todos os posts e todos os comentários, às vezes nem comento porque o nível do debate tá realmente muito baixo. eu não tenho nem vontade de dar a minha opinião. mas diante dos absurdos aqui, não aguentei!!! e não tô falando de xingamentos. tô falando de reduzir tudo a uma caricatura, de diminuir sujeitos que possuem experiências e pontos de vista distintos, com argumentos que se embasam em estatísticas imaginárias, moralismos mil, psicanálise de botequim e tudo que há de mais raso na retórica. de reduzir importando uma dicotomia já super falida dos estados unidos pro nosso contexto que tem milhões de outras variáveis. de recuperar o pior da segunda onda do feminismo sem atualizar com uma crítica que já foi feita inclusive dentro do próprio feminismo!!!é inacreditável!

não acho que esse nível baixo seja "privilégio" do feminismo, mas acho que devemos lutar o máximo para tornar o debate mais amplo e mais profundo e evitar esse tipo de estratégia que divide, que estigmatiza, que reduz, que infantiliza o feminismo enquanto prática política e infantiliza as mulheres!

tô de saco cheio desse manual da militante pura! não acho que a revolução que aconteceu e tá acontecendo virá apenas de dissidentes separatistas radicais, mas virá em grande medida, de forma intersticial, virá de mulheres que estão sim subvertendo, negociando, e até reafirmando alguns aspectos do gênero e, estão à maneira delas obtendo pequenas conquistas pessoais e pequenas conquistas ali no entorno delas. e grupos de mulheres que negociam, subvertem obtendo juntas conquistas maiores. mulheres reais que estão fazendo escolhas, renúncias, que estão sofrendo, resistindo, lutando E gozando com homens, com outras mulheres, sozinhas!

estou ansiosa pra ler seus comentários sobre o livro da badinter.

deixo aqui um texto da marcia tiburi que me parece muito adequado pra essa ocasião: http://revistacult.uol.com.br/home/2015/08/o-feminismo-das-outras/

Roxy Carmichael disse...

anônima das 17:11

a revolução não será pela internet!
os portais refletem sim um fascismo que sempre existiu na sociedade brasileira,
mas são um meio com variáveis muito particulares.

Roxy Carmichael disse...

natascha: eu tô super à vontade

mas não tô afim de argumentar contigo que conseguiu inserir as 10 estratégias que listei que não só empobrecem o debate, como são estratégias mais comuns usadas pelos fascistas da pior estirpe anônimos nos portais internet afora. não gasto meu tempo com os facho da folha, vou gastar aqui pq?

Donna Nyckynha disse...

16:12

a media.santo google ajuda.


to com roxy e nao abro.

Natasha disse...

Nunca vi ninguém que ignora falando do objeto ignorado em qualquer oportunidade.

Tá sabendo muito da minha vida, vim falar sobre a raiva pelo homens num post sobre raiva de homens e isso é o mesmo que passar a vida falando disso? kkkk Menos, colega.
Esses sites de mulheres vazando fotos nunca vi e para vc ver como eles sofrerem nesse mundo, muita gente n deve saber e se sabe não dá mínima, pq quando é o contrário, já sabe o que acontece.

Eugênio disse...

Nossa, baixíssimo o nível desses comentários, chego a estar surpreso. Espero que sejam mais representativos da histeria da internet que do movimento feminista.

Anônimo disse...

Não achei essa pesquisa a que você se refere no Google, Donna Nyckynha. Você tem um link?

Unknown disse...

Gente, então, por favor, digam-me o que vocês sugerem. Roxy, qual é a sua sugestão? Pergunto de coração, você acha que o simples e puro diálogo com os homens funciona? Tenho a impressão de que se o diálogo fosse, de fato, tão eficaz metade dos problemas do mundo estariam resolvidos em um instante...

Você critica os exemplos pessoais, acha que estamos caindo em generalizações, mas se esquece que os guests posts tão importantes e comentados, aqui no blog, são nada mais do que exemplos de pessoas comuns. E sabe por que eles têm tanto sucesso? Eu sei, é porque há identificação! As pessoas se identificam com eles e acabam sentindo-se acolhidas e dispostas a falarem de suas próprias vidas. Estamos todos imersos num mesmo emaranhado cultural, essa cultura tão mista que é a nossa, e, justamente por isso, temos muitas vezes histórias parecidas.

Sabe, é complicado comparar a homofobia com a misandria. Não consigo enxergar como possa surgir o ódio a um indivíduo simplesmente por causa de sua orientação sexual, mas consigo entender o porquê de algumas mulheres odiarem os homens. Você não acha que está subestimando os acontecimentos da vida de muitas mulheres? Será que esse ódio não é uma forma de catarse?

Às vezes, esse ódio oriundo de muitas mulheres é um combustível para seguir em frente, para ter forças o suficiente para fazer com que o patriarcado ruía. Uma vez li em algum lugar, não sei se foi aqui, o texto de uma pessoa, no qual ela dizia que se permitia até a um cachorro odiar os seres humanos por causa de agressões, porém não era permitido a uma mulher odiar os homens. Sabe, eu não odeio os homens, mas não critico quem o faz, pois não vejo ninguém nem agindo diferente no cotidiano com os seres do sexo masculino. Se essa misandria gerasse agressões, eu seria a primeira a criticá-la, mas sabemos que isso não acontece.

Seres humanos são, nada mais que isso, humanos. Homens e mulheres erram; não há perfeição. Não vejo feministas santificando mulheres, vejo-as narrando fatos, pois, embora estejamos todos sujeitos a errar, dentro do nosso sistema patriarcal, os erros dos homens são mais nocivos, mais destrutivos, e para ver isso basta uma simples pesquisa no google, no qual todos verão estatísticas reais, não imaginárias.

Roxy, o mundo é sim dividido em opressores e oprimidos. O fato de um oprimido poder oprimir também outro indivíduo no seu microcosmo, não muda a opressão macro. O homem negro pobre que trabalha numa grande empresa, por exemplo, e que recebe muito pouco por isso, que tem também que lidar com o racismo velado ou escancarado da sociedade, não está isento de, em vários casos, oprimir uma mulher negra. Ele oprime, porém, nada mudo o fato de que ele também é extremamente oprimido. Sim, estou citando exemplos pontuais, pois eles retratam muito do que há no nosso Brasil.

Sabe, é complicado, complicadíssimo, aliás. Tenho a impressão que a defesa exagerada que muitas mulheres vêm fazer, aqui, dos homens, nada é mais do que fruto da socialização feminina, esse mal tão arraigado, que faz com que muitas vejam os seres do sexo masculino como indivíduos que precisam ser salvos...Isso não funciona e nada mais é do que uma releitura dos famigerados contos de fadas! Continuo achando que é o feminismo é das mulheres e para elas e que, através dela, conseguiremos nos empoderar, fazendo com que, consequentemente, os homens adaptem-se às novas circunstâncias. Só que não há como eu ter certeza do que digo, vejo no meu dia-a-dia que isso funciona; novamente,só tenho exemplos pontuais, esses fatos cotidianos que tão sendo tão criticados...

Enfim, adoraria que você me dissesse o que acha que deve ser feito. Desculpe-me, mas do jeito que você falou nos seus comentários, parece até que você é iluminada, e nós, comentaristas, somos a ralé, que defeca pela boca. Acredito que essa não tenha sido sua intenção, mas soou arrogante.

Boa noite.

Unknown disse...

Mila, fico feliz que você tenha gostado do meu comentário. Acompanho os comentários do blog e te acho, sempre, muita sensata; fico contente que uma comentadora que aprecio tenha gostado da minha opinião.

Anônimo disse...

Clap clap Carolina oliverira, roxy foi quem fez o post elogiando o mascutroll Fabio, EU nao acho ela sensata a Lola acha fazer o que.

Anônimo disse...

Caroline Oliveira, o que a misandria está trazendo para o feminismo? O que eu vejo nas páginas e postagens misândricas na internet é justamente um fim em si mesmo, a misandria não aumentou em nada a visibilidade das questões reais, práticas, das quais trata o feminismo. É só ver a desporcionalidade da reação positiva (e negativa) a comentários nessa linha comparado a outras questões que vão além do campo das ideias.
É isso mesmo o que você disse, o movimento vira uma "catarse" onde as prioridades se invertem no ofuscamento causado pelo "ódio coletivo", esse fenômeno que nós sabemos que é muito real e tem exemplos trágicos ao longo da história. Eu não estou dizendo que vai de fato se materializar essa violência misândrica, de forma alguma, mas o sentimento de ultraje e a "catarse" não é tão distinta daquilo que fez os alemães se sentirem roubados e invadidos pelos judeus; essa identificação ideológica de "um inimigo comum" é SEMPRE problemática.
E é extremamente desonesto supor que essa misandria é uma resposta individual a violências sofridas, até porque demograficamente é uma prática que tem sido adotada por meninas e mulheres mais jovens. Pode ser que sejam todas sobreviventes de abusos terríveis? Até pode, mas sejamos francas: dificilmente. E se for, você considera realmente positivo que se cure traumas com ideologia? Se for isso, o feminismo deveria incentivar terapia e aceitação, não ódio coletivo.
No mais, a tática utilizada, que não consegue gerar qualquer debate produtivo, foi muito bem descrita pela Roxy no comentário dela. Acho que se não quiser ter contato com nenhum homem nunca mais, é direito de qualquer um, mas transformar isso em discurso e pregação é algo que é bem difícil de concordar.

Anônimo disse...

Nao acho misandria é mais humor q elas usam, ironia, nao vejo discusso se odio , nem faria sentido Ai ja é femismo nao confunda.

Mila disse...

Obrigada Caroline. Também concordo com muita coisa que você disse, no seu segundo comentário.
Falando de experiências pessoais, eu também teria n motivos para odiar homens. Eu e muitas mulheres que passaram por coisas muito piores que eu. Não julgo as moças que preferiram se afastar de homens, afinal cada um tem a sua história e seus traumas. Eu podia odiar homens, mas não odeio pq sei que alguns deles estão abertos ao diálogo e se esforçam para ter empatia, da mesma forma que eu também supero o machismo, a homofobia, a gordofobia e o elitismo dentro de mim.
O problema tá aí. Há anos, as mulheres tentam diálogo, tentam conseguir direitos. Me entristece muito saber q precisamos aprovar certas medidas coercitivas pois precisamos "apelar" para que as mudanças ocorram. Cultivar o ódio é contraprodutivo, é claro, não vai nos levar a lugar algum. Mas continuarmos presas sempre às mesmas estratégias, desconsiderando a multiplicidade do indivíduo, também nos faz caminhar a passos de formiga.

Roxy Carmichael disse...

caroline,
eu te desculpo, embora não seja a primeira vez que você deixa um comentário julgando sem nenhum embasamento as suas interlocutoras aqui. incluindo a própria autora do blog, que é amplamente conhecida por sua transparência e pluralidade e você já veio "sugerir" (acusar mesmo, só depois que a própria se manifestou você veio com discurso mansinho de aprendiz) que estava censurando os seus comentários. respeito muito a sua opinião. agora gostaria que a minha opinião fosse igualmente respeitada e não fosse distorcida.

quando eu falei em diálogo, eu não falei em diálogo só com os homens. falei com o diálogo entre as próprias mulheres já que o feminismo é um movimento heterogêneo, à imagem e semelhança das mulheres, que são MUITO heterogêneas. existem mulheres mães, mulheres trabalhadoras, mulheres podres de ricas, mulheres negras. e o movimento deve, na medida do possível, responder a todas essas demandas. que veja bem, muitas vezes são contraditórias. quando a mulher de classe media brasileira saiu pro mercado de trabalho, ela não o fez porque exigiu o fim da divisão sexual do trabalho, sendo que ela dentre todas as outras mulheres, teria mais condições para exigir isso. ela simplesmente fez uso de um privilégio histórico outorgado às mulheres brancas de utilizar a mão de obra barata da mulher negra no âmbito doméstico. e quando começou o movimento pela valorização e regulamentação desse trabalho, muitas mulheres brancas acharam que estavam perdendo direitos de explorar o trabalho domestico por um preço simbólico. estou dizendo que as mulheres brancas são más? não. só que muitas vezes as demandas delas não só são diferentes, mas se chocam com as demandas das outras mulheres. e estou dizendo, especialmente, que existe uma sistema hierárquico DENTRO DO PRÓPRIO coletivo mulheres. além disso, existe uma colonização do feminismo branco dentro do feminismo como um todo que se manifesta em colocar uma demanda muito especifica das mulheres brancas, como uma demanda universal. as mulheres negras se insurgiram e se insurgem contra isso. não penso que isso seja negativo. não acho que homogenizar seja a saída. trata-se de descobrir a potência da diferença. trata-se de diálogo, de arranjos possíveis. esse é um ponto.

Roxy Carmichael disse...

continua: outro ponto é que o feminismo foi um dos responsáveis por colocar a máxima "o pessoal é político" na agenda. claro, o sistema de opressões tem seu braço ali no âmbito doméstico, no interior das famílias, traduzido na divisão sexual do trabalho: mulheres em casa cuidando dos futuros homens, e seus maridos, dominando o espaço público (e as mulheres). entender isso é COMPLETAMENTE DIFERENTE de catarse. sabe por que, caroline? porque a catarse é quando se coloca a razão de lado pra se extravasar. Li um dia algo muito interessante: as pessoas que defendem a redução da maioridade penal dizem que aqueles que são contra não seriam se a própria filha fosse estuprada. agora não depõe contra esse argumento o fato de que ele se baseia justamente numa situação em que é compreensível que o sujeito não esteja gozando das suas plenas faculdades mentais, ou seja em que não se está no âmbito da racionalidade? é preciso deixar a razão pra esse argumento fazer sentido. agora pense como seria legislar num país de 200 milhões de pessoas muito heterogêneas, deixando a razão de lado. sabe o que aconteceria caroline? vingança, que é COMPLETAMENTE diferente de justiça.
e não, não se trata de forma NENHUMA "de defesa exagerada dos homens"(gostaria inclusive que você desse um exemplo muito concreto disso, porque aqui novamente você faz um julgamento SEM NENHUM EMBASAMENTO).

Roxy Carmichael disse...

e não se trata de forma NENHUMA da "socialização feminina, esse mal tão arraigado, que faz com que muitas vejam os seres do sexo masculino como indivíduos que precisam ser salvos...Isso não funciona e nada mais é do que uma releitura dos famigerados contos de fadas!"

AQUI VOCÊ ESTÁ REDONDAMENTE ENGANADA.

eu não tô querendo dizer que não existam mulheres que não pensem a partir dessa lógica: que vão salvar um cara. eu tô falando que é um equívoco MONUMENTAL você entender militantes de um movimento político de mais de um século de existência, abrangente e bem sucedido, a partir dessa logica redutora.

sabe do que é que se trata?
da sociedade em que queremos viver. se trata de entender que as opressões estão interligadas. se trata de entender que as identidades não são únicas nem fixas e cada combinação traz uma questão específica: mulher branca, homem negro, mulher negra de classe média, mulher negra trans, homem branco trans, mulher branca homossexual, homem negro heterossexual e assim ad infinitum. se trata, portanto, de combinar distintas leituras: a que faz a critica da economia de mercado, a critica da supremacia branca, da heteronormatividade, do patriarcado e não, se fechar numa leitura única que serve APENAS aos seus interesses. essa critica foi feita dentro do próprio feminismo às feministas liberais do hemisfério norte que queriam apenas ser promovidas à CEO das empresas, enquanto não estavam realmente preocupadas com os efeitos do neoliberalismo para a maior parte da população mundial. efeitos nefastos de aumento galopante da desigualdade, de supressão dos direitos trabalhistas, de países inteiros subjugados aos interesses do capital transnacional. e pode saber que quem é mais afetado com isso são as mulheres pobres. é por isso que a onu fala em feminização da pobreza. porque a pobreza tem gênero sim. e tem raça.

Roxy Carmichael disse...

temos notado que a expansão do feminismo via internet tem sido acompanhada de uma dinâmica muito pouco produtiva que pra mim reflete a falta educação formal e a forma de cultura política que existe no brasil. isso acontece em maior escalas nos movimentos políticos anti-governistas, mas se manifesta também no feminismo. meu comentário foi sobre isso. não foi sobre negar a existência de oprimidos e opressores. foi sobre atentar para reduzir pessoas a CARICATURAS. e tá lá claro como cristal: existe sim um sistema de poder. você chegou a ler essa parte? disse ainda que é instável. e é por isso que o discurso do medo é disseminado: porque os privilegiados sabem que os sistema é instável e morrem de medo de ocuparem o seu lugar. e estão certos: boa parte dos oprimidos só quer mesmo ocupar o lugar do opressor. e sabe como identificar isso? quando aparecem discursos na linha "se os pretos sofrem com o legado nefasto da escravidão isso é problema deles, todo mundo é oprimido e eu não vou ficar aqui pensando nos "pobrema" dos outros." como se não houvessem mulheres negras. e como se estas mulheres não fossem maioria no brasil. como se garantir que os filhos dessas mulheres tenham um tratamento digno não fosse uma questão TOTALMENTE feminista.

na argentina, quando o terrorismo de estado tava sequestrando e matando 30.000 argentinos, as mães dos militantes (homens e mulheres) saíram nas ruas, quando era proibido se manifestar pra exigir a volta dos filhos desaparecidos. muitas morreram por causa disso. hoje elas se converteram na organização mais poderosa e respeitada de DIREITOS HUMANOS, num país que é referencia nas politicas de direitos humanos. porque enfrentaram um dos aparatos repressivos mais sanguinários das ditaduras latino americanas pra exigir a volta dos filhos.

porque se trata da sociedade em que queremos viver. E ISSO NÃO PODE NUNCA JAMAIS SER CONFUNDIDO COM A NARRATIVA MACHISTA DE QUE AS MULHERES QUEREM SALVAR OS HOMENS. não significa que vamos nos identificar com um vago "humanistas" sem entender opressões de raça, de gênero e de classe social. Se trata de entender que as opressões estão interligadas. e se trata de pensar o seu lugar na sociedade mulher (branca, negra, rica, pobre) e atuar a partir daí.

Anônimo disse...

Mais uma vez eu pergunto: porque os homens odeiam as mulheres?

Unknown disse...

Roxy, amanhã, eu volto para responder direito aos seus comentários. Estou com pressa agora e não quero respondê-los tendo feito uma leitura por cima, receio cair em equívocos. Amanhã, também respondo ao anon das 19:33.

Antes, quero esclarecer algo. Veja bem, aquele dia em que julguei a Samantha o fiz com certo embasamento sim, pois meus comentários haviam sumido; depois, no outro dia, um reapareceu. Julguei, acusei, enfim, como você quiser chamar, só que, depois, reconheci meu erro. Sabe, depois do erro, há duas coisas que podem ser feitas: primeira, insistir acreditando que não errou; segunda, assumir o erro e ir "mansinha" se desculpar. Eu fui mansinha me desculpar, acho mais sensato e não me envergonho disso, estou certa que não sou a única que erra por aqui.

Depois, vou reler os seus comentários anteriores, pois creio que não os distorci...Respeito a sua opinião, argumentar contigo e discordar não é desrespeitar os seus posicionamentos. Só não concordo com a forma que você expôs o que pensa, do jeito que você falou parece até que o pessoal só comentou merda...Mas, enfim, é seu direito achar de mim o que quiser; amanhã, volto para ler com mais atenção tudo que você escreveu.

Daniele disse...

Eu não li os outros comentários, mas queria estender aqui meu apoio e concordância ao texto! Inclusive, acredito que os homens também precisam do feminismo. Fico feliz em saber que não sou a única que ama os homens apesar de ser feminista. Obrigada!

Roxy Carmichael disse...

quando eu falo no gritante gap de educação formal e de cultura política no brasil (e que a gente tá pagando a conta disso e é altíssima), tô falando justamente de você anônima das 19h24.

você sabe ler um texto e interpretá-lo. mas preferiu distorcer o que eu escrevi pra alimentar o seu feminismo fundado no ódio. pra alimentar essa lógica da oposição binária bem característica, veja só de adolescentes da 5ª série (justo os menos maduros em termos de cultura política). e isso só ficou ainda mais claro quando você não dirige a sua critica diretamente à minha pessoa. a caroline botou a cara a tapa. você só fez uso do caminho aberto por ela. não se fez nem um pouco de rogada e fez uso dessa facilidade, se limitando a dizer: "é isso amiga, eu não acho ela sensata"

vou ter que me repetir: preferiu distorcer porque só assim é possível reduzir pessoas a caricaturas.

preferiu distorcer quando eu escrevi que havia algo de muito errado quando um doido machista estava reivindicando o desejo feminino, enquanto as próprias mulheres (ditas feministas) tavam AFIRMADO que a mulher não deseja, que é usada e degradada pelo sexo. quando as próprias mulheres estavam criminalizando o desejo feminino seja ele hegemônico ou abjeto.


Anônimo disse...

acho extremamente contraditório sim, feminista se relacionar com homem que dirá casar. e não venham com "ah radicalismo e blábláblá" porque dá no mesmo.

"olha eu odeio seu gênero, milito contra ele, digo que vocês são todos estupradores e opressores, mas gosto de você, amor".

Anônimo disse...

Olha, desculpa Lola, mas ultimamente seu blog está cheio de loucos. Antes eu ia no Yahoo para ler os comentários e dar risada e sentir vergonha alheia, mas agora eu venho aqui. kkkkk

Val disse...

Caroline Oliveira,

Do jeito que vc falou até parece que a Lola, Roxy e demais não acreditam no empoderamento das mulheres.

Eu acredito no nosso empoderamento de forma democrática, conquistado através dos movimentos sociais para mudarmos a CULTURA MACHISTA com a conscientização das pessoas que a reproduz (tanto os homens quanto as mulheres).

E por ser um movimento social, eu acredito que quanto mais pessoas aderirem a causa melhor, independente de raça, gênero ou orientação sexual. E no momento que eu vejo homens se assumindo como feministas ou pró-feministas, e agindo como tal, já vejo uma vitória no meio de tantas batalhas que temos pela frente.

E vc Caroline? Qual sua sugestão para alcançar esse apoderamento?




Anônimo disse...

Quem diria que uma caixa de comentários que começou tão ruim pudesse evoluir tanto?
Parabéns às debatedoras.

Vicky_ disse...

Não curto muito as músicas dela, mas gosto do estilo dela também!

Um dia ainda sigo esse estilo meio rock.

Anônimo disse...

Ué, homens fazem isso há milênios!!!! Homens desprezam mulheres, as acham inferiores e estúpidas, e se casam com elas desde sempre.

Anônimo disse...

Eu também acho extremamente contraditorio o homens que odeiam as mulheres, que escrevem artigos justificando o estupro e outras misoginias, se casando com mulherses.
Tipo o Aristóteles que já citaram, Freud que tinha esposa e varias filhas, esses mascus ai que se casam...

Douglas Benndorf Rodrigues disse...

Uma moça disse: "dizer que o que oprime a mulher e o machismo e não os homens, e como dizer que quem oprimia os judeus era o nazismo e não os nazistas"

Quem oprimia os judeus eram os nazistas, mas nem todos os alemães eram nazistas. Quem oprime as mulheres são os machistas, mas nem todos os homens são machistas.

É simplesmente errado (tanto no sentido moral quanto lógico) colocar todos os homens no mesmo grupo em todos os aspectos. Os conjuntos "pessoas machistas", "pessoas que estupram", "pessoas que matam", etc, não são iguais ao conjunto "pessoas com penis".

Anônimo disse...

Sai do anônimo então.

Eu tenho vergonha de responder comentário de ódio, por isso estou aqui também. =P

Anônimo disse...

Parabéns... textos lúcidos assim mereciam ser replicados infinitamente.

Efe Queiroz disse...

Como Luther King e o "...eu tenho um sonho..." Sensacinal o texto!

Anônimo disse...

Um texto assim jamais terá um equivalente masculino, pois o sonho masculino não é a comunhão entre homens e mulheres, mas um mundo em que as mulheres sejam escravas dos homens. Sintomático.

Anônimo disse...

eu não odeio mulheres, mas vocês já largam suposição em cima. depois reclamam. não sou um retardado masculinista e nunca escrevi artigo nenhum em lugar algum. um simples comentário irônico já te serve pra embasar tanta coisa?

eu nem passo perto de mulher, eu tenho é medo de vocês. não sou casado e nunca nem beijei uma mulher. tá feliz?

Anônimo disse...

Onde essas mulheres que não acreditam que diálogo, conscientização e negociação politica promovem a mudança estavam nos últimos cem anos?

Anônimo disse...

Para quem ainda não entendeu

https://feminismodialetico.wordpress.com/2014/04/18/misandria-tatica-de-militancia-e-protecao-psicologica/

Anônimo disse...

Exatamente, Natália.

A misandria serve para manter muitas mulheres seguras.
Como isso não é uma utilidade como algumas mencionaram aí em cima?

Anônimo disse...

Seguras em uma bolha? Utilizar de traumas e momentos de fragilidade de mulheres para ideologizar? Transformar traumas e fragilidade de mulheres em ódio? Isso é manter uma mulher segura?
E essa segurança é só para aquelas que são misândricas, as outras que se danem no patriarcado? Um pouco individualista essa tática de promoção de segurança, não?
No caso de homens homens negros, você vai odiar quem você oprime também (caso seja branca)? Ele pode te odiar de volta? Homens e mulheres trans podem te odiar? Crianças, deficientes, idosos, homossexuais, gordos etc. podem te odiar também (caso não pertença a uma dessas classes)?

Anônimo disse...

Mais, misandria virou sinônimo de empoderamento? Porque esse sim ajuda mulheres a evitar relações nocivas e protege psicologicamente.

Natasha disse...

Anon 23:34

Quem tá dizendo que é para todas odiarem homens? São vcs que fazem um post e que ficam de mimimi dizendo que n temos direito de odiar quem nos faz mal, mantenho distancia de macho e nem por isso vivo num bolha, me poupe.
Só lamentamos e achamos um absurdo essa ideia de que temos q ser compreensivas e amorosas com quem nos trata como lixo, mas como cada um faz o quer...


Outra ali desmerecendo o nosso sofrimento, por que tanto ódio, já que a maioria n sofre tanto assim? Sério:??????? kkkkkkkkkk Tem que rir.

Joane Farias Nogueira disse...

Acho risível quando falam de apartheid P nós. Quem criou o apartheid foi o oprimido ou o opressor? Como se tivéssemos poder P criar um.

Joane Farias Nogueira disse...

Avenca me fale um privilégio que machismo trouxe para as mulheres? É cada uma, viu?!

Joane Farias Nogueira disse...

Acho que quando um garotinho é ensinado que não pode demonstrar emoções, que não pode abraçar os colegas, que não pode usar saia, que não pode manifestar qualquer tipo de característica que a sociedade vê como feminina,
Essas mesmas características que eles usam P nós inferiorizar? Tô casando e andando P conflito interno deles enquanto tem um monte de mulher chorando por causa disso.

Anônimo disse...

TÔ CONTIGO E NÃO ABRO CAROLINE OLIVEIRA!!! CLAP, CLAP, CLAP, CLAP!!!!!!!!
Chega de quererem socializar a mulher para.... ser servil e subserviente à essa sociedade patriarcal tão doente, que nos enxerga menos q um nada. Chega de sermos silenciadas e ignoradas diuturnamente. Muitas preferem fingir que não percebem as manifestações de desprezo pelo feminino que são permanentes, constantes, tradicionais, universais. Chega, chega, chega!!!! comentário sensacional, me senti muito representada pelo que você disse, muito mesmo!

Gisele

Vicky_ disse...

"Misandria" é como o "racismo reverso" de séries estadunienses antigas. Não machuca, não fere, serve para avisar aos branquelos/homens que "Não, não está tudo igualitário, a luta só está no começo e vocês querem que digamos obrigado simplesmente por que dizem que nos deram alguns direitos"

Aliás, quando você sente que é capaz de ofender um machista, sente-se mais forte, porque aquela construção de ser boazinha com todo homem começa a ruir!

Não calem outras mulheres, elas também estão buscando uma existência digna!

Anônimo disse...

Ninguém tá falando de calar ninguém, muito menos de ganhar biscoito e passar a mão na cabeça de macho, a conversa é sobre a efetividade e o que tem se conquistado de positivo utilizando a misandria como TÁTICA e DISCURSO.
Cada um faça o que quiser da sua vida particular e conviva com quem achar por bem, mas feminismo é um movimento politico, não terapia de grupo ou sessão de expurgo.

Donna Nyckynha disse...

19:00

http://www.targetmap.com/viewer.aspx?reportId=3073

eu vejo a preocupaçao d vcs como uma grande balela.

Donna Nyckynha disse...

"muito menos de ganhar biscoito e passar a mão na cabeça de macho"

ja se contradiz aqui

vcs vomitam o q vem na kbça.é errado.a discordancia nasce aqui

Anônimo disse...

Você sugere que usemos as armas, que foram inventadas pelos HOMENS, para destruí-los? É isso mesmo??

AHHHH, QUERIDINHA, você está sendo muito ingrata com os homens, que inventaram tudo.

Anônimo disse...

Exatamente.

Até ia perguntar se vocês não conhecem mulher machista? Eu sou uma delas e tenho consciência disso. É uma eterna luta razão e emoção. Coloco meu namorado no chinelo quando o assunto é "chorar", ele nunca me viu chorando e eu já o consolei várias vezes. Sinceramente, todo mundo aqui diz alguma coisa interessante e real, mas todas elas juntas e somadas não abarcam a complexidade das relações. O machismo existe sim e só em eu ser essa doida varrida engolindo sapos e abacaxis e automatizando no corpo, enquanto meu namorado me ajuda, me acompanha, ME OUVE...

Tenho muito nojo da maioria dos homens, menos desse último dos homens. Eu posso ta equivocada, mas em 3 anos de relacionamento minha admiração só cresce. O jeito como ele pacientemente ajuda e colabora com sua mae no artesanato, com sua irmã nos trabalhos escolares... Eu estou aprendendo a ser uma pessoa melhor com ele. NÃO DÁ PRA GENERALIZAR TODOS OS HOMENS. Mas dá pra ensinar muita coisa aos patéticos que estão aos montes por aí. Legitimo em partes todos os comentários.

Anônimo disse...

UNIVERSAL é algo muito generalizador. E você sabe que isso é alienante. O assunto é denso, mas se não houver sensatez não se consegue avanços. Mesmo pequenos.

Anônimo disse...

Donna Nyckynha, esse mapa (equivocado, pois a média brasileira não é essa e não faz sentido a média australiana ser tão diferente da estadunidense e inglesa) demonstra o que? Que os europeus são mais misóginos que brasileiros, por exemplo?

Depois reclama dos outros que vomitam o que vem na cabeça.

Unknown disse...

Roxy, parece que você não entendeu muito bem o que eu disse, você disse aqui:

continua: outro ponto é que o feminismo foi um dos responsáveis por colocar a máxima "o pessoal é político" na agenda. claro, o sistema de opressões tem seu braço ali no âmbito doméstico, no interior das famílias, traduzido na divisão sexual do trabalho: mulheres em casa cuidando dos futuros homens, e seus maridos, dominando o espaço público (e as mulheres). entender isso é COMPLETAMENTE DIFERENTE de catarse. sabe por que, caroline? porque a catarse é quando se coloca a razão de lado pra se extravasar

Veja bem, eu concordo com tudo que você disse acima, mas não compreendi como você associou isso ao que eu disse. Eu falei que entendo a misandria como uma forma de catarse, como um "combustível" para que muitas mulheres sigam em frente; não critiquei a dinâmica das relações entre homens e mulheres.

Também não compreendo como a misandria pode culminar num feminismo de vingança. Não consigo entender, porque entendo o feminismo atual como um movimento que luta pela desconstrução dos papéis sociais do gênero e muito do que se odeia, no momento, é o papel que o gênero masculino anda representando, que é, sim, muito caricato. É importante que destruamos o patriarcado, sem ódio ou com ódio; veja bem, refiro-me ao ódio enquanto sentimento, não como agressões ou como qualquer atitude extremada e perigosa.

Você criticou a valorização de certas pautas feministas que ocorrem em detrimento de outras, como é visto claramente na invisibilização pela qual a mulher negra passa. Novamente, concordo com você, e isso é uma das coisas que mais me incomodam no movimento, pois é nítido que ele não contempla as diversas realidades da mulher; também sinto que há uma valorização extrema e idealização da sororidade, que acontece, de fato, muitas vezes, entre brancas de classes média, mas que não costuma contemplar a mulher negra e pobre.

Você disse isso:
e não se trata de forma NENHUMA da "socialização feminina, esse mal tão arraigado, que faz com que muitas vejam os seres do sexo masculino como indivíduos que precisam ser salvos...Isso não funciona e nada mais é do que uma releitura dos famigerados contos de fadas!"

AQUI VOCÊ ESTÁ REDONDAMENTE ENGANADA.

eu não tô querendo dizer que não existam mulheres que não pensem a partir dessa lógica: que vão salvar um cara. eu tô falando que é um equívoco MONUMENTAL você entender militantes de um movimento político de mais de um século de existência, abrangente e bem sucedido, a partir dessa logica redutora.

Roxy, em nenhum momento, eu disse que o feminismo se baseia na "salvação masculina"; por favor, releia o meu comentário. Se eu tivesse dito uma asneira dessa, seria o fim. Eu falei que muitas mulheres vêm aqui, no blog, defender os homens, isso é claro, e estou certa de que seja fruto da socialização feminina.

Unknown disse...

Você também disse isso:

e não, não se trata de forma NENHUMA "de defesa exagerada dos homens"(gostaria inclusive que você desse um exemplo muito concreto disso, porque aqui novamente você faz um julgamento SEM NENHUM EMBASAMENTO).

Eu fiz essa afirmação sem nenhum embasamento? Como assim? A gente está falando das inúmeras violências que as mulheres sofrem, da cultura de violência e estupro que nos assola e, do nada, aparece muitas vezes mulheres dizendo que seus filhos/maridos/irmãos são diferentes. E me diz dá para se afirmar isso baseado no quê? São as feministas mesmo que defendem que o estuprador não é um monstro, que o homem agressor também não o é. A gente sabe o poder que a cultura que nos imbui tem e, devido a esse poder, o homem é um agressor em potencial. Não dá para negar isso; a cultura do estupro, por exemplo, é tão forte, que muitos homens nem sabem que estupraram. Por tudo isso que eu disse, creio que vir aqui e bradar que o homem que está a seu lado é diferente é uma defesa exagerada.
Veja bem, não estou dizendo que os seres do sexo masculino são do mal, incorrigíveis ou qualquer coisa parecida; estou falando que o papel de gênero atribuído ao masculino é perigoso e deve ser combatido. O problema não é o homem, é a socialização que ele recebe. A mulher também recebe uma socialização ridícula, mas não vou falar sobre ela agora, pois estou com a pressa e o assunto é longo.

Enfim, eu concordei com muito do que você falou. Continuo achando que o feminismo é um movimento dê mulheres e para elas, não acredito que possa existir homens feministas, mas acho essencial que existam machistas em desconstrução. Eu teria muito mais a dizer, só que, infelizmente, estou com muita pressa, meus dias andam corridos. Desculpe-me se fui grossa em algum momento, e agradeço a exposição que fez de seus argumentos. Boa tarde!

Depois volto para responder os comentários de outras pessoas. Agora, estou com pressa. Até mais tarde.

Unknown disse...

Nem conheço esse blog, mas só devo dizer, parabéns Lola!

Que tristeza esses comentários só :(. Eu tento entender o que se passa na cabeça desse pessoal misândrico, acho que é algo do tipo (lendo alguns comentários) "Meu pai era horrível, e aí meus amigos fizeram algum comentário escroto, e agora sei que todos os homens são nojentos misóginos". O problema é que não funciona assim, algumas pessoas erram e não são horríveis, e outras falam coisas da boca pra fora também.

Alguns amigos as vezes soltam alguns comentários que podem parecer meio misóginos ao tratar mulheres como objetos sexuais, mas eu vejo constantemente mulheres fazendo isso também (sou homem, mas gay, então escuto os dois lados as vezes) e entendo que é algo normal em relação a sexo. Agora inferiorizar a mulher de alguma forma é escroto mesmo, mas é muito raro eu ver ocorrer, principalmente na vida real (tenho só um amigo que posso considerar que é misógino, infelizmente). Na internet tá cheio né.

Roxy Carmichael disse...

Caroline se você tivesse lido meus comentarios anteriores com atenção, coisa que claramente você não fez, teria visto eu dizer:

agora, discurso de ódio É discurso de ódio. sabe quando a gente diz que pra ser racista não é preciso pendurar um negro numa cruz e botar fogo e sim desumanizar o negro no discurso mais explícito e mais sutil no dia a dia?

ódio não é só quebrar lâmpadas na cabeça dos gays, é também negar que eles possuem uma orientação tão legítima quanto qualquer outra. é entender que ele pode ser filho, pai, amigo, marido, profissional, frequentador de restaurante, qualquer coisa, assim como qualquer pessoa com qualquer orientação sexual.

portanto, eu não considerei a possibilidade de mulheres agredirem homens fisicamente, a lola não considerou no comentário dela. agora me explica, de onde você tirou que só você estava considerando o ódio como sentimento, você poderia me explicar? porque o meu comentário dala em DISCURSO.

vamos trabalhar melhor a interpretação de texto? em nenhum momento foi dito que você criticou a dinâmica da divisão sexual do trabalho, até porque você JAMAIS falou disso! quem falou isso FUI EU, pra te mostrar que uma coisa é entender como a opressão ocorre no âmbito privado, o que DIAMETRALMENTE oposto à catarse, proposta por você. quando você entende, você pode trabalhar na conscientização, na proposição de leis, tanto para que homens participem da vida dos filhos (da mesma forma que mulheres, como por exemplo implementando a licença parental disponível às mães e aos pais como acontece na suécia), quanto para que os filhos e filhas desempenhem as mesmas tarefas em casa e sejam estimulados às atividades intelectuais da mesma forma.

Já a catarse é você ficar eternamente revivendo o trauma. E quando você está presa nessa lógica é MUITO DIFÍCIL você entender sistemas complexos de poder (que exigem que você saia do seu lugar e tenha uma visão bem mais abrangente, o que é IMPOSSÍVEL na catarse) e mais, pensar em opções viáveis pra resistir e lutar contra esses sistemas. A catarse no máximo leva a um arroubo de violência, daí falei em vingança, não querendo dizer especificamente que mulheres vão sair cometendo vingança, mas falando por exemplo na lógica do justiçamento, em que uma massa movida por catarse, lincha uma pessoa no meio da rua. Justiçamento é o oposto de justiça.

E aqui vou deixar uma frase do Lacan: o que você faz com o que fazem com você? Fica nessa se remoendo de ódio, revivendo o trauma ou vai pensar em como canalizar isso para ações concretas para melhorar a sua vida e a vida dos outros à sua volta?

Roxy Carmichael disse...

Você tem total razão quando faz essa radiografia do feminismo catártico. Agora entenda: você pode ver isso como combustível, eu vejo o oposto disso, vejo um fim em si mesmo e vejo como paralisia. Leis, ações concretas não são motivadas por catarse, por ódio, e sim, por empatia e por racionalidade. é por isso que critico tanto a dinâmica que aparece aqui nos comentários.

Por fim você continua sem apresentar um único exemplo concreto minimamente razoável pra sustentar sua critica às mulheres que supostamente fazem uma defesa exagerada dos homens. Eu continuo aguardando, porque o seguinte: estamos falando em um modelo de masculinidade que precisa ser revisto, e não sobre caricaturizar homens como monstros. essa lógica não serve a ninguém. não serve nem mesmo pra pensar formas de combater estupro porque justamente queremos apontar que estupro não é coisa de um monstro doido varrido e sim, de homens que foram socializados para não respeitarem a autonomia de mulher, e quereos criar soluções a partir desse entendimento, de é a socialização, não o mal ontologico.

quando mulheres falam que conhecem homens que não sã monstros nem muito menos potenciais agressores, elas estão dizendo: combatemos o modelo, não os indivíduos! somos socializados sim, mas não somos autômatas. tanto é que nós fomos socializadas para sermos passivas e submissas e estamos subvertendo essa socialização, sendo empáticas e cuidadoras sim, com outras mulheres e com outros sujeitos oprimidos, mas não estamos abaixando a cabeça pros opressores. o mesmo se pode dizer dos homens! eles foram socializados, mas não são autômatas, muitos estão sim repensando seus privilégios, agora, muitos não vão botar na balança e de repente entender que ainda que o machismo os afete negativamente,estão sendo beneficiados e não vão querer abrir mão disso.


Existe portanto um contexto e NÃO É DO NADA que as mulheres falam que existem sim homens que não são agressores, como você equivocadamente afirmou.

As mulheres que combatem o modelo estão sim muito preocupadas com "inúmeras violências que as mulheres sofrem, da cultura de violência e estupro que nos assola". Não é porque defendem uma forma diferente da sua de encarar o problema é que estão fazendo uma defesa exagerada dos homens e aplicando uma socialização feminina que remonta aos contos de fadas. Você está distorcendo e subestimando as suas interlocutoras que 1)você não conhece, 2) você não faz ideia da atuação delas no movimento feminista. Então desculpa, mas foi uma grande asneira o que você falou.

Roxy Carmichael disse...

E mais você não respondeu ao excelente comentário da anônima:
vamos incentivar nos negros (homens e mulheres) o ódio aos brancos (homens e mulheres) como combustível pra saírem da lógica da opressão racial?
ou se trata de advogar em causa própria: só às mulheres é permitido isso?
e não, legado da escravidão que gerou benefício pra homens e mulheres brancas e subalternidade pra homens e mulheres negras não se trata de uma opressão microcósmica. A sociedade brasileira foi FUNDADA na supremacia branca.
é por isso que eu defendo um feminismo que dialoga com outras leituras tão importantes quanto a leitura de crítica do gênero, ou seja um feminismo anti-racista e anti-economia de mercado. porque novamente se trata da sociedade que queremos viver. e essa sociedade não é lá em vênus só com mulheres.

Anônimo disse...

AFF essa roxy é sem noção, diálogo com quem não quer conversa é monólogo. admita que caroline oliveira foi melhor que vc, ou vai acabar ficando igual ao jonas.

Lola Aronovich disse...

Anon das 17:35, seu comentário é ridículo. E eu deveria apagá-lo, não respondê-lo. A Roxy escreve 50 livros de comentários aqui e vc diz que ela não está dialogando? Isso aqui não é fla-flu, não é "Uau, a outra foi melhor" (e vc não oferece um só argumento dizendo por que Caroline "foi melhor").
Continue, Roxy, eu queria transformar todos seus comentários nesta thread em posts!

Anônimo disse...

Lola você só apaga comentários quando ofendem quem você gosta. Meu comentário foi de alguém que percebeu que a Roxy está errada e quase todo mundo aqui concorda com a caroline, será que eu estou errada mesmo ,ou voces que acham que tudo se resolve com diálogo, se fosse assim seria perfeito,
desculpe mas não consigo ter essa visão afloreada da vida. A roxy fez parecer que ela queria ter o melhor argumento do guest post e não estamos aqui pra isso.

Lola Aronovich disse...

"Não estamos aqui pra isso". Pois é. Quem são vcs? A maior parte não tem nem coragem de assinar. Por que vcs estão aqui? Quem chamou? Só sei que meu blog vem sendo trollado por radfems há meses. Um bando de feminista ditando todos os dias o que "feministas de verdade" devem ou não fazer. Um manual de dogmas, o popular "caga regras". É só isso que vcs fazem. NUM BLOG FEMINISTA! Que tal continuarem fazendo o feminismo exclusivo (pra não dizer excludente) de vcs em espaços próprios? Por que trollar blogs feministas que não seguem a corrente de vcs? O que vcs ganham com isso?
Eu acho que vcs não têm muitos espaços próprios, ou pelo menos não conseguem grande repercussão nesses espaços, e por isso vem xingar outras feministas. E sim, estou dizendo xingar mesmo. Não só a mim como a comentaristas aqui que são feministas, queiram vcs ou não. Eu não fico dizendo que vcs não são feministas. Não casso carteirinha de ninguém. Mas é o que vcs fazem. E pra quê? O que vcs esperam alcançar com isso, se o feminismo de vcs é um clubinho para tão poucas iluminadas e se vcs são contra "educar" qualquer pessoa?
É o tipo de catarse que não chega a lugar nenhum. É um feminismo umbiguista que usa o ódio como ponto de partida e de chegada. Anda em círculos. Mas eu não vou aos espaços de vcs dizer isso, porque não me interessa criticar feministas. Por isso evito ao máximo criticar alguma feminista publicamente, porque já temos inimigos demais. Mas estou escrevendo na caixa de comentários do meu blog. E sem citar nome algum, até porque não parece que vcs têm algum nome.
Da minha parte, já cansei de esperar a mesma cortesia. Daí temos o feminismo radical, que gasta muito mais tempo criticando outros feminismos e ativismos do que criticando o patriarcado. Sinceramente? Parece a caricatura que os reaças fazem do feminismo.

Donna Nyckynha disse...

14:49

sendo veridico ou nao
de qualquer forma,pra mim,tanto faz o tam do pinto.

ta da prox presto mais atençao.

Anônimo disse...

Você que não entendeu não vim aqui trollar, disse que esse feminismo afloreado não funciona, só diálogo não funciona, as feministas morreram na fábrica tentando dialogar com eles. Nós não mandamos aqui, quem manda é quem tem poder e não temos muitas mulheres no poder , então até lá temos que impor respeito se não com esse feminismo açucarado amando ou não homens , eles continuam nos odiando e fazendo de gato e sapato a maioria.

Unknown disse...

Roxy, novamente, releia o meu comentário, eu disse que voltaria depois para responder às outras perguntas que me fizeram... Está na última linha do meu comentário, eu falei que voltaria; só respondi ao seu primeiro, pois vi que você elencou uma série de argumentos, resolvi iniciar te respondendo por consideração ao tempo que vc deve ter gastado.

Anon das 19:33, eu defendo o feminismo enquanto movimento de empoderamento feminino, não acho que a misandria tenha que, essencialmente, fazer parte do movimento. Na verdade, não acredito no "poder do ódio", não mesmo; eu gosto que tudo seja pensado da forma mais racional possível. Mas, agora, veja bem, eu, Caroline, não sou misândrica; não posso falar por todos e, mais do que isso, conheço bem o sistema patriarcal, por isso, eu JAMAIS julgaria uma mulher misândrica. Não julgo mulheres misândricas, entendo-as.

Não acredito que todas as misândricas tenham passado por traumas violentos, mas, como já disse, isso não muda o fato de que "no mundo real" a misandria não causa dano nenhum aos homens. Sabe, eu não acredito que estou aqui debatendo o "ódio aos homens", enquanto todas sabemos que o grande problema é o ódio às mulheres. Isso é patético! Vocês disse que a catarse faz com que as prioridas se invertam; nesse ponto tudo complica para mim, pois entendo a catarse como uma forma de trazer à tona sentimentos reprimidos, uma forma de purificação, só isso. Uma vez purificadas, essas mulheres misândricas podem direcionar a sua raiva para algo produtivo, podem fazer com que essa energia seja usada para fins mais nobres. Sim, o ódio é humano e pode ser canalizado de forma positiva.

Mas, de verdade, não acho que tem sentido ficar falando em misandria; na boa, é patético. Veja bem, o patriarcado roubou muito das mulheres e continua a roubar, comparar esse roubo real e que dizima ao sentimento que os alemães e, na verdade, grande parte da Europa, tinha pelos judeus é um descalabro.

Não sei o quão produtivo é combater traumas com ideologias. Não sei e ninguém aqui sabe, e eu te digo o porquê: acontece que cada ser humano arruma um meio de lutar contra aquilo que lhe assola, e acho que, desde que esse indivíduo não prejudique a si nem aos outros com sua crença, não cabe em mim nem a ninguém julgar.

Unknown disse...

Val, eu fiz um comentário há um tempo atrás, falando como, na minha opinião, podemos empoderar as mulheres e destruir o patriarcado, vou deixá-lo aqui para você lê-lo. É grande, bem grande.

Era um comentário que eu tinha dirigido a outro comentarista:
Phantro, achei excelente essa diferenciação que você fez entre aderir à filosofia feminista e fazer parte do movimento. Creio que o objetivo do feminismo, enquanto movimento, é, sim, a derrubada do patriarcado, pois, do contrário, não haveria razões para ele existir. O grande problema é como fazer com que o patriarcado desmorone, ou seja, quais as ações que, de fato, o derrubariam. Estou há semanas pensando nisso e pesquisando sobre, vou escrever qual é a minha opinião por enquanto; peço que leiam porque é a segunda vez que escrevo, perdi tudo na primeira rsrs, estou cansada já.

Primeiramente, é necessário que a mulher reconheça que está num sistema de supremacia masculina, daí a importância de blogs feministas, pois é, através deles, que podem ver que as histórias de abusos morais, físicos e sexuais se repetem, e que há um porquê nisso tudo. A mulher pode ver que está no patriarcado, entender o que a oprime e, mesmo assim, decidir não o combater; essa é uma escolha pessoal que deve ser respeitada. Nesse caso, há o apreço pela filosofia feminista, mas não há o combate, e, lembremos, sem combate não teremos sucesso.

O segundo estágio compreende o "ter postura", isto é, combater o machismo interno e o externo. Uma mulher que termina o namoro/casamento que tinha com um homem abusivo teve postura; ela, logicamente, precisa de uma rede de apoio feminista, pois, por causa da socialização que teve, pode ceder a abusos novamente. Mas, uma mulher casada com um homem que não faz nada e que acaba se sobrecarregando, ou que, pior, tem uma empregada doméstica, não está tendo uma atitude coerente.
A mulher que aceita inúmeras traições também é incoerente com o movimento porque ajuda a alimentar a cultura de "Ah, homem é assim mesmo". Da mesma forma, aquelas que fazem coisas, no sexo, que consideram degradante - conheço muitas assim - não têm postura também; assim como as que bradam que tudo é gosto pessoal...Enfim, os exemplos são inúmeros, citei alguns para sustentar o meu ponto de vista de que a primeira parte para estar no MOVIMENTO consiste na postura...(continua)

Unknown disse...

O terceiro passo para derrubar o patriarcado é o mais difícil e mais importante: empoderar mulheres em situação de vulnerabilidade. E nesse ponto é necessário a contribuição das pessoas de classe média. É necessário ajudar mulheres vulneráveis como as negras e periféricas, as que se prostituem e inúmeras outras. Para isso, é necessário ações concretas; muitas vezes, envolve grana mesmo, criação de ONGs, palestras em escolas,prestação de serviços gratuitos, enfim, por a mão na massa. Por isso, é necessário que o pessoal da classe média se mobilize.
Tem um blog muito bom que se chama À margem do feminismo e no qual a criadora, a Keli, fala mais de ações concretas para a derrubada do patriarcado.

No meio disso tudo, acho que os homens podem ajudar desconstruindo o próprio machismo, ou seja, basicamente, abrindo mão dos privilégios. Não dá para um homem se dizer a favor da causa feminista e ver pornografia, ou sair com prostitutas. Sinceramente, não conheci pessoalmente até hoje um homem que realmente desconstruísse o seu machismo, por isso, acho que a derrubada da supremacia masculina se inicia com as mulheres, que, uma vez empoderadas conseguem dizer não aos homens; estes, por sua vez, vendo que o mundo mudou, terão que mudar também.

Com os meninos, dá para tentar fazer diferente através da educação, só que não até que ponto esta é eficaz, já que o machismo da sociedade vai contaminar a criança de qualquer forma. Vou dar um exemplo pessoal para ilustrar o que disse: tenho um irmão de doze anos; esses dias, antes das férias, eu cheguei da escola e ele havia feito um bolo! Vejam bem, meu irmão de 12 anos fez um bolo! Ele lava louça também e me chama várias vezes quando vê comerciais na Televisão que acha que são machistas. Esse mesmo irmão disse o seguinte esses dias, quando minha mãe colocou uma legging colorida "Nossa, mãe, vc está agindo igual a piriguete da tia -----!". O meu choque foi gigantesco, eu conversei com ele, mas sei que é difícil; é complicado combater o machismo tendo a sociedade inteira para validá-lo. Por isso, ainda acho que a queda do patriarcado começa pelas mulheres, que mais sentem o peso dessa sistema.

Unknown disse...

Anon das 23:34, releia, por favor, o meu texto.

De onde vc tirou que eu disse que tem que haver só segurança para as misândricas e para as outras não? Sejamos sinceras, nenhuma mulher, por mais empoderada que seja, está segura...Nem sei o que te dizer.

Sabe, eu não pauto o ódio alheio, mas também não fico julgando o ódio oriundo de quem é oprimido. Só não quero ver ódio transformando-se em violência... Como já disse, sentimentos negativos podem, sim, ser canalizados em coisas produtivas e positivas.

Anônimo disse...

Feministas tomam conta de homens (e do mundo tal como criado e visionado por homens, realmente):

1. Quando elas dão mais crédito ou dão mais peso para o que é falado por um "feminista" que nasceu macho do que para uma feminista que nasceu fêmea – exatamente como o patriarcado faz;

2. Quando questões específicas para aquelas nascidas fêmeas são de menor significância, interesse ou importância para elas do que questões específicas para aqueles nascidos machos – exatamente como é a verdade das instituições patriarcais;

3. Quando elas escolhem alianças com homens que se auto-identificam como feministas ou pró-feministas à alianças com mulheres feministas;

4. Quando elas falham em prezar, defender e proteger espaços reservados especificamente para o restabelecimento, construção coletiva e libertação daquelas nascidas fêmeas e marginalizam mulheres dedicadas a estes;

5. Quando elas falham em distinguir entre essencialismo biológico e os contínuos descobrimentos, reflexões e interrogações sobre opressões únicas e específicas daquelas nascidas fêmeas sob a heterosupremacia masculina;

6. Quando elas marginalizam, silenciam ou atacam mulheres que se dedicam às questões e interesses daquelas nascidas fêmeas, exatamente como o patriarcado faz;

7. Quando elas defendem e protegem a criação da pornografia e prostituição e tráfico de mulheres (que elas podem chamar de alguma coisa diferente, exatamente como o patriarcado faz);

8. Quando elas vêem noções de irmandade e solidariedade entre mulheres como antiquadas, passadas e retro(ativas) e não protegem e defendem as comunidades de mulheres, comunidades lésbicas em particular;

9. Quando elas participam da rasura contínua do “L” em “GLBT” (QDA).

10. Quando elas não vêem nenhum problema com a liderança masculina e/ou a cooptação de organizações feministas, instituições, eventos e estudos e ignoram, silenciam ou atacam mulheres feministas que se opõem ao envolvimento masculino e à liderança masculina;

12. Quando elas endossam ou suportam a suplantação de programas, instituições e recursos de ‘estudos de mulheres’, com programas, instituições e recursos de estudos de “gênero”;

13. Quando elas falham em reconhecer e vigorosamente advogar por e mentorar jovens brilhantes nascidas fêmeas e encorajam e advogam por aqueles nascidos machos ao invés;

14. Quando elas minimizam a significância e importância do separatismo lésbico, separatismo do feminismo radical e comunidades separatistas de mulheres em geral, sua importância para o movimento de libertação de mulheres, e então participam em sua perseguição e eliminação;

15. Quando elas usam o termo ‘o que há no meio das pernas’ de uma forma a minimizar ou apagar a significância e o sentido das experiências daquelas nascidas fêmeas sob a supremacia masculina;

16. Quando elas rejeitam, silenciam ou apagam as vidas de mulheres feministas que são anciãs e falham em respeitar, honrar e defendê-las quando necessário;

17. Quando elas falham em reconhecer que mulheres são um povo colonizado;

18. Quando elas falham em investigar e iluminar os mecanismos, as dinâmicas e a história de colonização emocional, física, espiritual e histórica e a subordinação daquelas nascidas fêmeas por aqueles nascidos machos;

19. Quando elas desmerecem ou minimizam a significância da cultura de mulheres;

20. Quando elas participam das divisões no meio das mulheres feministas que são causadas de maneira contínua por homens auto-identificados feministas;

21. Quando elas são lesbofóbicas, separatista-fóbicas e radfem-fóbicas.

Heart

Unknown disse...

Roxy, quando eu disse que opressão de negros só se dá no microcosmo? Mostra-me, por favor, em que lugar está isso. Um dos nossos maiores problemas é o racismo; não sei de onde você tirou esse absurdo.

Tenho a impressão, e posso estar enganada, de que você é da área de humanas; sendo ou não, releia o que você escreveu nesse trecho aqui:
Você tem total razão quando faz essa radiografia do feminismo catártico. Agora entenda: você pode ver isso como combustível, eu vejo o oposto disso, vejo um fim em si mesmo e vejo como paralisia. Leis, ações concretas não são motivadas por catarse, por ódio, e sim, por empatia e por racionalidade. é por isso que critico tanto a dinâmica que aparece aqui nos comentários.

Atente-se a essa parte: Leis, ações concretas não são motivadas por catarse, por ódio, e sim, por empatia e por racionalidade. é por isso que critico tanto a dinâmica que aparece aqui nos comentários.
Agora, analisando a história da humanidade, acha mesmo que o que você falou confere? Faz sentido dizer que leis e ações concretas são motivadas por empatia e por racionalidade?! Nossa história é marcada pela violência. No nível que estamos agora, felizmente, temos mais condições de combater a parte violenta que aflora com facilidade no ser humano. Temos mais condições de fazer revolução sem barbárie, porém, não dá para negar o passado, e a violência, que não só é histórica, mas, que sim, faz parte do ser humano.

Você disse que tenho problemas para interpretar texto, insinuou que eu disse asneiras, enfim, eu falo uma coisa e você entende outra.
Leia isso que eu escrevi no outro comentário:

você dizendo: e não, não se trata de forma NENHUMA "de defesa exagerada dos homens"(gostaria inclusive que você desse um exemplo muito concreto disso, porque aqui novamente você faz um julgamento SEM NENHUM EMBASAMENTO).
eu dizendo: Eu fiz essa afirmação sem nenhum embasamento? Como assim? A gente está falando das inúmeras violências que as mulheres sofrem, da cultura de violência e estupro que nos assola e, do nada, aparece muitas vezes mulheres dizendo que seus filhos/maridos/irmãos são diferentes. E me diz dá para se afirmar isso baseado no quê? São as feministas mesmo que defendem que o estuprador não é um monstro, que o homem agressor também não o é. A gente sabe o poder que a cultura que nos imbui tem e, devido a esse poder, o homem é um agressor em potencial. Não dá para negar isso; a cultura do estupro, por exemplo, é tão forte, que muitos homens nem sabem que estupraram. Por tudo isso que eu disse, creio que vir aqui e bradar que o homem que está a seu lado é diferente é uma defesa exagerada.
Veja bem, não estou dizendo que os seres do sexo masculino são do mal, incorrigíveis ou qualquer coisa parecida; estou falando que o papel de gênero atribuído ao masculino é perigoso e deve ser combatido. O problema não é o homem, é a socialização que ele recebe. A mulher também recebe uma socialização ridícula, mas não vou falar sobre ela agora, pois estou com a pressa e o assunto é longo.

Veja Roxy, eu falo justamente do modelo de masculinidade que precisa ser revisto. Você só falou o que eu já havia dito, mas com outras palavras.

Tenho a impressão de que você não está entendendo mesmo o que eu digo; ademais, continua com um tom doutoral, e acaba fazendo o que falou que não faz: desrespeitar o seu interlocutor.

Nós discordamos em vários pontos, isso é fato, e acho que o melhor que podemos fazer é seguir discordando, mas respeitando o que a outra pensa. Agradeço a sua disposição em debater. Boa noite.

Roxy Carmichael disse...

anônima das 17h53:
beijonãomeliga!

Roxy Carmichael disse...

Caroline, olha só:
desrespeitar interlocutor é quando você chega com um argumento pronto e tenta encaixar a fala do outro neste argumento pronto, como você fez no seu primeiro comentário, ao dizer por exemplo, que eu estava subestimando o sofrimento das mulheres porque eu não concordo com esse modelo caricatural de homens monstros e mulheres vitimas totais, nem com discurso de ódio, nem com catarse.

Quer eu te mostre onde você sugeriu que racismo era opressão no nível microcósmico?
Foi aqui ó: "O fato de um oprimido poder oprimir também outro indivíduo no seu microcosmo, não muda a opressão macro."

Ou você falou isso totalmente fora do contexto e isso é uma falha grave da sua comunicação ou você falou isso porque eu falei que a mulher branca ganha mais que o homem negro porque a primeira chegou como colona e o segundo como escravo. Porque não há NENHUMA outra referência no meu comentário sobre a questão das opressões que os oprimidos impõem aos outros grupos de oprimidos.


Que a história da humanidade esteja recheada de violência, não implica que para formular leis e ações SUSTENTÁVEIS para garantir melhores condições para os descendentes desses que lutaram, perdendo a vida, inclusive, não seja necessário RACIONALIDADE e EMPATIA. Sem racionalidade, cairíamos naquilo que eu falei, vingança. E sem empatia seria impossível mobilizar pessoas em torno às demandas. E pessoas diferentes, porque quando estamos falando do nível macro, não estamos falando do pequeno grupinho que sofre o mesmo problema. E mesmo assim, ainda são instáveis, porque tem sempre muita oposição.

no mais: você entendeu que quando as mulheres dizem que conhecem homens que não são agressores, elas estão querendo dizer que os homens, embora socializados para exercerem a violência, não são autômatas? e que eles podem desconstruir, da mesma forma que nós, a socialização?
porque É este o dado novo que eu agreguei e que você ignorou: CONTEXTO.

a minha crítica foi que você classificou essa postura como algo fora de lugar e despropositado. conseguimos nos entender nesse ponto? conseguimos nos entender de que estamos comentando um post SOBRE a estigmatização dos homens dentro dos espaços de discussão e militância feminista (que é muito diferente de qualquer outro espaço social em que os homens não são estigmatizados). então minha jovem, se é assim, por que raios você tá chamando isso de defesa do nada e exagerada dos homens????

Roxy Carmichael disse...

mas ó, eu admito que esse trecho foi bastante ambíguo "O fato de um oprimido poder oprimir também outro indivíduo no seu microcosmo, não muda a opressão macro.", especialmente considerando que eu falei que existe um sistema de poder, com opressores e oprimidos, que antes de caricaturas, são pessoas com suas contradições e você entendeu que eu estava falando que não existia oprimidos e opressores.

admito que esse ruído tenha gerado essa interpretação equivocada do que você falou. especialmente porque no mesmo trecho, você aprofunda essa questão do racismo brasil, fazendo inclusive alusão a situações muito amplas, e não tão pontuais como você mesma qualificou. :-)

Val disse...

Boa Noite Caroline,

Eu também não estou entendendo o seu ponto. Pelo que eu saiba vc perguntou se o diálogo com os homens funciona. É isso?

Concordo com o procedimento que vc informou, a única coisa que eu não concordo é que não precisamos excluir do movimento os homens que se assumem feministas ou pró-feministas. Se os mesmos agirem como tal.

É óbvio que o diálogo por si só não vai funcionar com todo mundo. Claro! Quando usamos o termo "diálogo", estamos falando de conquistar tudo isso que você falou de forma não-violenta, dentro da democracia.

Olha o que eu entendi: Corrija se eu estiver errada, vc acha que o todos os movimentos feministas deveriam ter apenas mulheres como participantes, fazer valer suas reivindicações sem abrir mão de qualquer pauta. Não se deve discutir os termos com qualquer homem de posição política porque nós não queremos entrar numa especie de "acordo", nós queremos que nossas reivindicações sejam atendidas e vamos até onde for para conseguir.

É isso?

Por que se for isso eu concordo 100%. Qualquer homem que se diz feminista ele deve aceitar o feminismo como ele é e não tentar mudá-lo.



Unknown disse...

Roxy, adoraria poder responder, agora, direito aos seus comentários, mas, novamente, estou sem tempo. Amanhã, volto para lhe dar melhores respostas; provavelmente, só poderei entrar aqui depois das 17h. Falarei amanhã da questão da socialização, pois estou certa de que qualquer ser humano, seja ele homem ou mulher, pode subvertê-la de modo significativo. Acho que discordamos na maneira de fazer isso, mas, enfim, amanhã discorro sobre isso. Até mais!

Boa noite, Val. É quase nisso que você falou que acredito. Amanhã, quando tiver mais tempo, te respondo direito! Até mais!

Anônimo disse...

Olha, nesses 100 anos de feminismo pode-se dizer que todas as conquistas que tivemos foi baseada em negociação política e conscientização. Mesmo protestos são negociações políticas, não existe protesto em favor de "odiar um grupo". Por isso faz muito sentido dizer que essa abordagem se transforma em um fim em si mesma, ela não reivindica nada.

Anônimo disse...

Vamos parar de analisar a luta das mulheres e o feminismo individualmente? papai bonzinho, marido bonzinho, amantes bonzinhos? Sorte sua e de todas que passam pela vida sem nunca ter sofrido com o machismo misógino dos homens.

Vamos fazer uma reflexão? Conte de 1 até 15. Ao final da contagem uma mulher acabou de ser agredida por um homem no Brasil. É sobre isso que temos que focar e não sobre o quanto amamos os machos machistas.

Repetindo:
_ 15 mulheres são mortas por dia no Brasil por homens;
_ a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, por homens;
_ 50.000 mulheres foram estupradas ano passado. Homens estupraram mais mulheres do que cometeram assassinatos.

E mais a questão dos salários, dos abortos inseguros, da tripla jornada, revenge por, sites que pregam estupro, pedofilia, estupro corretivo de lésbicas...

Causas não faltam para a luta feminista. E sinceramente amar os homens no feminismo NÃO é prioridade.

lica disse...

Se a maioria das pessoas enxerga ódio no discurso, ou é Pq ele é um discurso de ódio ou é porque vcs não estão sabendo comunicar a ideia de vocês.

Anônimo disse...

1) Não é incoerente discutir ódio aos homens no feminismo já que parece ser uma característica em crescimento dentro dele.
2) Discutir misandria não implica ignorar a misoginia. Esse tipo de argumentação "devíamos estar discutindo outro assunto" é igualzinho à reaçada que postou a foto da criança faminta quando o pessoal comemorou a legalização do casamento gay nos Estados Unidos.
3) Algumas estão definindo o "feminismo afloreado e cheiroso" como se estivéssemos dizendo que, quanto um homem estiver te agredindo, você deve tentar dar uma aula de história pra ele. Não é isso. Diante de tentativa de agressão, de estupro, que se quebrem os pratos, voem as facas e disparem-se as armas. Diante de piadinha, listinha cretina, cantada, que se grite, bata o pé no chão e ameace processo. O que nós NÃO defendemos, o que achamos ilógico na estratégia de empoderamento, é reduzir todos os homens a "essencialmente maus" e segregar quem nunca te deu motivo pra tal. Já que caso contrário, da mesma forma, você não pode questionar quando um grupo de negros, idosos, deficientes se recuse a interagir com você e promova um discurso "para segurança" de que mulheres são essencialmente más e sem empatia, porque você não luta a luta deles da forma que eles acham correto.

Nina disse...

E se eu te dissesse que: "A masculinidade não pode existir sem a feminilidade. Em si mesma, a masculinidade não tem qualquer significado, porque ela é apenas uma metade de um conjunto de relações de poder. A masculinidade pertence à dominação masculina assim como a feminilidade pertence à subordinação feminina." Sheila Jeffreys

Isso é o que eu ouço quando pessoas bem-intencionadas dizem que a presença de mulheres atenua conflitos: não que as mulheres têm algumas habilidades especiais de resolução de conflitos (que nós temos, mesmo que apenas em comparação com os homens), mas que em um ambiente somente de homens, eles carecem de um elemento para colocar abaixo e estar acima. Que é quando eles tentam impor esse papel uns aos outros. Uma sociedade onde todos são "o homem" não funciona, e entra em colapso. Isso, obviamente, leva à tensão entre os machos. Um exemplo seria as prisões.

Leila disse...

Tem umas minas que adoram dar biscoito na boca de macho... Meninas: FODA-SE! Não aceito feministos. Ajudam muito não se envolvendo :)

Unknown disse...

Roxy, vou colar o trecho no qual falo da opressão:

Roxy, o mundo é sim dividido em opressores e oprimidos. O fato de um oprimido poder oprimir também outro indivíduo no seu microcosmo, não muda a opressão macro. O homem negro pobre que trabalha numa grande empresa, por exemplo, e que recebe muito pouco por isso, que tem também que lidar com o racismo velado ou escancarado da sociedade, não está isento de, em vários casos, oprimir uma mulher negra. Ele oprime, porém, nada mudo o fato de que ele também é extremamente oprimido. Sim, estou citando exemplos pontuais, pois eles retratam muito do que há no nosso Brasil.

Eu quis dizer, no trecho acima, que a opressão microcósmica não anula a macro; um indivíduo pode ser opressor e oprimido no seu cotidiano, porém nada muda o fato de que, se ele for negro, será extremamente oprimido por nossa sociedade racista. Talvez, anteriormente, eu tenha me expressado mal, mas, enfim, o que eu quis dizer foi que em nível macrocósmico existem opressores e oprimidos, sim. Veja bem, eu disse isso por causa desse trecho seu:

continua:
o coletivo opressor não é formado por monstros e o oprimido, não é formado por seres elevados moral e eticamente. é formado por pessoas com todas as suas contradições!!! não lutamos porque as mulheres são mais justas e por isso merecerem estar no topo da hierarquia "educando" e punindo os homens, que são seres ontologicamente maus.

Você falou que o coletivo opressor não é formado por monstros e oprimido, por isso entendi que estava se referindo às relações em nível macro, não às do dia-a-dia, porque realmente os relacionamentos pessoais são repletos de nuances, enquanto as relações sociais são pautadas em valores bem mais arcaicos e difíceis de serem combatidos, tais como racismo e machismo. O que não significa, é claro, que as relações pessoais não reflitam as sociais; isso ocorre e vemos todos os dias. Acho que concordamos nesse ponto, eu diria que houve uma falha de comunicação.

Quando falo que algumas mulheres vêm aqui no blog fazer uma defesa exagerada dos homens, afirmo isso me baseando no coletivo. Veja bem, acredito que há homens que combatem o machismo interno, isto é, o que vem de si, e o machismo externo, porém, creio que esses indivíduos são a minoria. E mesmo esses homens que buscam desconstruir o machismo estão sujeitos a graves falhas, o que é comum, já que somos humanos. Porém, a maioria dos homens é muito machista e não está disposta a mudar, e aqueles que tentam não ser machistas ainda estão mais sujeitos a erros graves do que nós, mulheres, que buscamos subverter a ordem também. Afirmo isso, pois os homens são constantemente bombardeados com propagandas, imagens de forma geral, que objetificam a mulher; ademais, há a pornografia, que presta o desserviço de colocar o sexo como uma relação de poder, enfim, há uma série de fatores que reafirmam, a todo o momento, o patriarcado. Nós sabemos que, por exemplo, é raríssimo encontrar um homem que não consome pornografia, e aí está outro problema, pois o pornô está pautando diversas relações sexuais. De qualquer forma, acho que nós, mulheres, somos mais conscientes sobre os efeitos danosos do machismo porque o sentimos na pele; queremos subverter a ordem, pois o patriarcado nos rouba muito; o homem, por sua vez, não pode saber o que sentimos porque não é mulher, alguns podem ter empatia, mas saber exatamente o que é ser mulher eles nunca saberão. Sabemos também que o machismo afeta o homem de forma diferente e lhe concede muitos privilégios, por isso muitos não querem subverter a ordem.

Unknown disse...

Baseado em tudo que eu disse acima, acho exagerado uma mulher vir a um blog feminista defender o homem com o qual convive; ela não sabe tudo sobre ele, não tem como saber como ele trata as outras mulheres, porque sabemos que é comum o homem machista tratar "bem" as mulheres de sua família, ou seja, aquelas das quais ele tem, muitas vezes, uma visão idealizada, e tratar mal as que julgam "impuras"/erradas. Conheço pessoalmente várias pessoas que colocariam a mão no fogo por seus maridos e as perderia, com certeza, se os conhecesse melhor. Acredito que há, sim, machistas em descontrução, mas o quanto um homem faz para mudar só ele sabe, não há como eu saber e, por isso, não coloco a minha mão no fogo por um sujeito que se diz feminista, por exemplo. Se ele está tentando mudar, que bom, está fazendo sua parte; se está desconstruindo o seu machismo, fá-lo-á baseado em sua consciência, não precisará de mulheres defendendo-o.

Enfim, creio que o diálogo funciona mais com mulheres porque elas sentem o peso do patriarcado mais pungentemente. É necessário empoderar as pessoas do sexo feminino para que elas consigam dizer não aos homens machistas, que, vendo a mudança pela qual a sociedade passa, terão que se adaptar ao novo. Reitero, creio que há, sim, homens que estão buscando mudar, mas estes são exceção, e não podemos ficar esperançosas nos baseando na exceção enquanto o que mais há são indivíduos machistas, sendo que muitos o são com orgulho, ainda.

Roxy, é claro que não somos robôs, podemos subverter a ordem atual, afinal o tempo mudou; parafraseando Camões "Mudam-se os tempos, muda-se a cultura"...Porém acho que o caminho pela frente é longo, e, se tratando de feminismo, a mudança se inicia com nós, mulheres, e, é claro, com as crianças, desde que bem educadas.

Unknown disse...

Val você disse isso:
Olha o que eu entendi: Corrija se eu estiver errada, vc acha que o todos os movimentos feministas deveriam ter apenas mulheres como participantes, fazer valer suas reivindicações sem abrir mão de qualquer pauta. Não se deve discutir os termos com qualquer homem de posição política porque nós não queremos entrar numa especie de "acordo", nós queremos que nossas reivindicações sejam atendidas e vamos até onde for para conseguir.

Exatamente, queremos que nossas reivindicações sejam atendidas e que não sejam pautadas por homens, afinal, somos nós quem sabemos o que nos aflige e o que mais precisa ser modificado. Creio que o que os homens podem fazer é desconstruir o próprio machismo e incentivar o seu ciclo masculino de amizade e, é claro, jamais tentar roubar o nosso protagonismo dentro do feminismo.

Roxy Carmichael disse...

Carol (tô íntima já)

Creio que concordamos em algumas coisas e discordamos muito em outras.
Os homens estão expostos ao machismo enquanto discurso publicitário que objetifica a mulher, enquanto as mulheres estão muito expostas ao discurso machista em publicidades voltadas pra elas por default, como por exemplo produtos de limpeza, cuidados com bebê. (com relação a pornografia eu tenho uma opinião bem diferente da sua, mas entendo que sim é um tema caro ao feminismo, eu me identifico com a linha que não quer erradicar a pornografia)

Todo mundo acha horrível, e com razão, a utilização do corpo feminino como objeto pra vender produtos pros caras, mas já notou que quase ninguém se indigna quando a mulher é usada pra vender produtos de limpeza e cuidado com as crianças, como se se assumisse que elas são as únicas responsáveis por isso? E sim os homens estão expostos a pornografia enquanto as mulheres estão expostas a novelas, livros, filmes, séries que colocam que a única forma de elas não só serem felizes, mas de terem legitimação é através de uma relação.

A questão da dominação masculina, na minha opinião e na do Bourdieu, é tão difícil de reverter não somente porque os homens não querem perder privilégios, mas muito em função de que a estratégia de permanência do patriarcado só se tornou realmente bem sucedida a partir do momento em que as mulheres internalizaram e naturalizaram o papel delas de tal forma, que elas próprias se encarregam de policiar as outras mulheres, doutrinar as filhas, estigmatizar aquelas que não agem de acordo.

Em alguns casos, o patriarcado precisa do menor esforço pra se propagar, porque a propagação já é realizada e com afinco pelas mulheres. Eu não tô dizendo que não existam estupros, assedios na rua, violência doméstica, feminicídio. E nem muito menos que as mulheres são responsáveis pelo sistema de poder que as torna subalternas e as vitimiza das mais distintas formas. Eu só tô dizendo que embora seja lógico que as mulheres são as principais vítimas, não é tão lógica a relação de que por isso, elas estão à frente do movimento pra subverter a socialização e empreender uma transformação completa na sociedade.

Eu sei que o meu contexto específico não é parâmetro, mas seguinte: conheço um montão de homem super inteligente que quer mudar o mundo como a Lola, e conheço um montão de mulher que não perde a oportunidade de policiar as minhas escolhas heterodoxas.

Voltando á questão da defesa exagera dos homens ao menos aqui nesses espaço eu continuo discordando frontalmente e continuo achando que você ignora o contexto em que as mulheres falam que conhecem homens legais aqui. Porque se você estiver acompanhando há meses a mesma caixa de comentários que eu, veria que houve uma invasão de meninas defendendo de forma extremamente intolerante a linha de feminismo delas, especialmente no que tange a caricaturizar homens como monstros e mulheres heterossexuais como acéfalas. É neste, e somente neste contexto, que se pode analisar o que as mulheres dizem sobre conhecer caras legais aqui nessa caixa de comentário. Em nenhum momento uma mulher apareceu aqui pra falar que conhece homens legais quando se discute cultura do estupro. E olha que eu acompanho esse blog há uns bons anos e é a primeira vez que acontece essa invasão totalmente orquestrada de mulheres de defendem o feminismo radical.

Val disse...

Boa Noite Caroline,

Viu como no fundo nós concordamos com aquilo que é mais importante. Mulheres Protagonistas sempre.

Única diferença é que eu acho que homens como apoiadores também ajuda (mas não é essencial). Ou seja, apoiar se concordar com nossas pautas e não ajustar nossas pautas para que os homens concordem.

E quanto ser exagerado esse post num blog feminista, eu acho que foi mais para responder a questão da generalização de que todo homem não presta. Generalização esta que pareceu ser o motivo de tanto ódio destilado em alguns comentários, como se fosse seres a serem exterminados.


Casal Motelier disse...

Lolinha concordo MUITO com seu post!
Tô com preguiça de ler todos esses comentários anônimos.
Beijo sua linda!

Anônimo disse...

Enquanto a Solanas tava presa e a Andrea Dworkin bufava em um canto, Betty Friedan e a NOW estavam negociando políticas reais para melhorar a situação das mulheres nos EUA. Essa história que de o que funciona é ódio e porrada só se comprova nos golpes totalitaristas.

Anônimo disse...

Ué, mas não é verdade? Se uma mulher compartilha valores machistas, então, na minha opinião, ela é machista sim. Oras, se eu compartilho valores marxistas, não soy marxista? Se eu me simpatizo com o feminismo, não sou feminista? Então, essa é a lógica que eu sigo.
E o machismo também afeta os homens (homossexuais, trans, cis e e heteros) quando prega o ideal do macho comedor que não pode ser fraco e chorar. Óbvio que afeta num grau muito menor do que afeta a mulher, mas afeta sim.
Bom, foda-se. Daqui a pouco vai ter gente me xingando, mas para certas feministas, só a opinião delas é válida. Minha opinião é essa e eu sou feminista.

Anônimo disse...

Caroline Oliveira, tenho duas perguntas para você baseadas em duas suposições que caso estejam equivocadas favor desconsiderar este comentário. As suposições são que você e branca e que você não se considera racista.

1) você acredita que a negação do racismo da parte de pessoas brancas e a sua própria desconstrução colabora com a causa negra?
2) você se conscientizou sobre isso com algum negro te chamando de lixo branco ou com educação e diálogo?

Anônimo disse...

A Roxy me fez ver uma nova nuance na discussão nesse último comentário: não é um discurso muito fácil esse de que as coisas só não mudam porque os homens não querem "perder seus privilégios"? Não é uma desculpa eterna pra ter um bode expiatório sempre que o feminismo falha ou não atinge seus objetivos completamente?

Roxy Carmichael disse...

olha eu me referi a questao da consciencia do oprimido, que é bastante complexa, nao só na opressao de genero, mas na de classe especialmente. aliás pensei justamente na opressao de classe e no problema da consciencia para escrever meu comentario, de que sim, a luta foi e será protagonizada pelas mulheres, e sim, elas que irá arrancar seus direitos roubados pelos opressores. mas pra mim a grande questao é: como as mulheres podem ter consciencia disso, primeiro da desigualdade e que elas estao no nivel mais subalterno e depois, a consciencia pra agir. nao pensei em nenhum momento e termos de bode expiatorio. e penso que nao é por aí.

Unknown disse...

Roxy, concordo com quase tudo que você expôs no seu último comentário. Citei a pornografia e as propagandas, mas sei que a manutençao do patriarcado ocorre através de mecanismos muito mais amplos. E é claro que a internalização do papel de gênero pela qual as mulheres passam faz com que muitas não estejam interessadas em modificar o status quo. Creio que isso ocorre não porque essas mulheres estejam totalmente confortáveis em seus papéis(embora algumas pareçam estar) e sim porque aceitar o gênero masculino como dominante faz parte da socialização pela qual passaram.

Estou certa de que tanta a socializaçao feminina quanto a masculina são extremamente danosas e entendo o seu questionamento de que não é muito lógico afirmar que a revolução será feita essencialmente com mulheres, até porque elas também foram socializadas. Mas, veja bem, a despeito do impasse de superar a socialização, creio que a mudança inicia-se com as mulheres, pois essa é forma mais eficaz de subverter a ordem; creio nisso porque acredito ser o caminho mais fácil, vou ilustrar melhor o meu ponto de vista no parágrafo abaixo.

Acredito que o feminismo atual sofre sobremaneira com a falta de foco e com as briguinhas internas, podemos ver isso nos comentários desse blog mesmo; sabe, eu tenho vontade de me descabelar rsrs quando vejo como estamos sendo desunidas. É notório que toda essa confusão e desunião deve-se às diferenças ideológicas e aos excessos cometidos pelas diferentes linhas de pensamento, creio que as libfems estão pecando ao focarem-se excessivamente no indivíduo, e as radicas pecam também, sobretudo, por infelizmente muitas caírem em discursos transfóbicos, embora neguem. No meio disso tudo, novamente, esquecemo-nos das mulheres negras e periféricas, caindo, consequentemente, num feminismo umbiguista, como você mesma disse. Falando um pouco do que eu acredito( farei isso para dizer o porquê de acreditar no feminismo enquanto movimento essencialmente feminista), endosso a visão das feministas radicais de que gênero é um sistema de opressão, no qual os homens ocupam a posição de dominância devido ao papel de gênero que incorporam. Por isso, creio que temos que acabar com os papéis de gênero, é necessário destruir o patriarcado. Nesse ponto, tenho que fazer um adendo, acredito que há, sim, algumas diferenças biológicas entre homens e mulheres, porém, veja bem, não posso me basear em achismos, por isso estou pesquisando a respeito. Atualmente, estou lendo um livro que se chama "Cérebro Azul ou Rosa: o impacto das diferências de gênero na educação", no qual a autora discorre sobre as diferêncas inerentes ao sexo e sobre àquelas causadas pela sociedade devido aos distintos tratamentos que oferecemos aos meninos e às meninas; ela fala também acerca da neuroplasticidade e do quanto o cérebro infantil é maleável.

Unknown disse...

Falei tudo aquilo acima para deixar claro que, na opinião, a melhor forma de derrubar o sistema é colocando as mulheres em posições nas quais a sociedade não espera que elas estejam. É necéssário mais mulheres na política, em posições de liderança e nas áreas de exatas, mas não só isso, pois, se o foco for só esse esse, estaremos caindo no "umbiguismo" novamente. É necessário também focarmos nas mulheres pobres, nas mulheres pobres e negras, que, muitas vezes, nem tempo têm para pensar acerca do quanto tão sendo exploradas; elas não têm tempo porque quase sempre estão preocupadas pensando em sobreviver, na vulnerabilidade de seus filhos, no caso das periféricas; enfim, ter tempo para pensar, hoje em dia, pode ser visto como um privilégio. Por isso, Roxy, creio ser importante começarmos modicando a estrutura "por baixo"; é necessário que o enfoque do ativismo feminista seja nas mulheres vulneráveis. Nesse aspecto, homens e mulheres podem ajudar através de palestras em escolas públicas, por exemplo, nas quais ministrem sobre a educação sexual, sobre racismo, sobre feminismo, enfim, a respeito de uma série de coisas. Todos podem ajudar, mas o protagonismo tem que ser das mulheres.

Sabe, nós temos um longo caminho pela frente e, por isso, é importante que conversemos e foquemos em pontos de concordância, em vez de ampliarmos as diferências ideológicas, e não é possível que alguém discorde de que as mulheres negras e periféricas, a maioria das prostituídas ( e aqui incluo as trans) são as mais vulneráveis.

Creio que para que o oprimido tenha consciência da opressão é necessário que a informação chegue até ele. Por isso, acredito muito na função social de blogs como o da Lola; muita gente, hoje em dia, tem acesso à internet e pode através dela chegar aos ideais feministas. Ademais, vejo que os blogs feministas têm uma linguagem bem acessível e isso é ótimo porque amplia o acesso de diferentes tipos de leitores. Reconheço e exalto a função dos blogs, mas também acredito na função de um ativismo direto.

Acho que falei demais rsrs, mas me extendi tanto porque queria te perguntar de que maneira você acha que o feminismo pode ter mais sucesso. Vejo que você tem muito conhecimento e por isso gostaria de saber sua opinião.

Quanto à questão da defesa exagerada dos homens, já vim, sim, infelizmente, mulheres defendendo homens em discussões acerca da cultura do estupro; dá uma olhada no post sobre o Alexandre Frota, lá tem alguns exemplos.

Unknown disse...

Val, dá uma olhada no meu comentário dirigido à Roxy. Creio que, no campo do ativismo, os homens podem ajudar sim; porém é necessário muito cuidado porque o nosso protagonismo não pode ser roubado. Não é que achei o post da Lola exagerado, tenho achado o afinco de algumas mulheres na defesa dos homens exagerado.

Unknown disse...

Anon da 1:50, eu não sou branca; sou parda, meu pai é negro, minha mãe, branca. De qualquer forma, creio que todos nós somos, em alguma medida, racistas; assim como creio que também todos somos, em alguma medida, machistas. O processo de desconstrução é longo.

Anônimo disse...

Todo esse feminismo polido e sorridente não está nos levando a lugar nenhum.

Anônimo disse...

Exatamente! Homens odeiam mulheres. Esses aí, por exemplo, odiavam tanto que até morreram pra salvar aquelas que lhes eram caras. E essas pobres iludidas, sobreviventes... acham que eles são bons só por causa disso... pff... como são delirantes! Jamais um homem pensaria assim em relação a uma mulher (exceto meu pai, que lacrimeja toda vez que se lembra de minha mãe... deve ser saudades de oprimi-la... é um porco!)

Anônimo disse...

Cotas para mulheres nas obras como pedreiros! Cotas para mulheres na taxa de homicídio de homens (90% do total)! Cotas para mulheres no número de mendigos! AH VÁ PRA PQP COM SUAS FEMALE TEARS!

Anônimo disse...

Pois sou homem, amo minha namorada e só sei falar bem dela. Quando estava perdido nas trevas ela foi a luz que me ergueu. Com ela aprendi a amar, e a ser amado. Se sou outro, é porque hoje sou metade ela. Uma metade bem melhor. Espero que um dia vocês tenham a sorte de encontrar alguém como ela, um amor como o nosso

Shuu Fujiwara Pszczulkowsky disse...

Parabéns Lola pelo seu excelente texto. Todo ser humano é sujeito a erros e, infelizmente muito machismo se constrói através de mulheres e não de homens. Somos todos humanos com sentimentos e valores diferentes. Porém, falar em destruir homens para salvar mulheres soa tão ridículo como dizer que se deve destruir a Alemanha e os alemães de hoje para garantir o futuro dos judeus. (sou judeu, só para contar). Sou homem, branco, judeu, bi e amo todas as mulheres extraordinárias da minha vida. E não me acho melhor que ninguém. Abraços!

Anônimo disse...

Acho que as mulheres estão bem entendidas o que é ser homem,ou querem ser um pois sabem tudo extamente tudo sobre eles como se vivessem dentro do corpo de um homem e lesse todos os pensamentos e sentimentos e sensações e percepções de um mundo que so um homem pode ter,para Odiar algo de evrdade voce tem de conhecer plenamento o objeto de seu odio,ate hoje homens e mulheres nao se entendem plenamente e nem vao se entender,não é esse o proposito do Universo,mas de onde que essas loucas tiram e DETERMINAM que tudo é culpa do homem e todos são errados e eprversos?Sem homens voces nao teria nascido sem homens mulheres nao existem ate que a natureza de todas as femeas a habilidade de partenogenese,o que vai demorar milhares e milhares de anos e ate la os homo sapiens sapiens nem existam!Sinto vergonha de mulheres assim que sujam ou ofuscam a reputação de mulheres decentes que lutam por um mundo igualitario em que nao se pode um viver sem o outro,mulheres de verdade e seres com disturbios mentais, custo acreditar que essas mulheres de comentarios abaixo sejam mentalmente estaveis ou o proximo passo será achar que são deidades e podem controlar o que um homem pensa e sente e determina los sempre ruins..vergonha desses seres que nao posso dizer que sao mulheres, mas que retro alimentam o patriarcado agindo assim e nem percebem e nem questionam..e fica por isso mesmo,muita infantilidade mesmo..

Anônimo disse...

Homens (a maioria, pois alguns sentem pena) só odeiam mulheres que odeiam homens, simples assim ;)
Já perceberam isto? Os homens só as odeiam porque vocês passam ódio ou superioridade a nós.
E sobre o machismo, pelo que percebo, menos de 1/3 dos homens (geralmente os mais velhos) se sentem superiores às mulheres e muito menos que isso odeiam mulheres.
Vocês só serão bem vistas por homens quando se colocarem como iguais ;)

Anônimo disse...

Quanta gente bitolada nos comentários! O binarismo do feminismo tem uma falácia muito grande (que eu acreditei por ANOS que fiquei dentro do movimento) que é que "se homens estão no topo, as mulheres estão no fundo" e isso é simplesmente mentira. Os homens estão no topo, verdade, MAS ELES SÃO A MAIORIA NO FUNDO. São a maioria dos pobres, dos presos, dos indigentes, dos que morrem de fome, dos que são assassinados pela polícia, dos que moram na rua. É imbecil odiar e combater uma classe que, estatisticamente, está se fodendo muito. Admitir isso não significa dizer que machismo não existe e que seu feminismo deve incluir homens, o seu feminismo inclui o que você quiser porque a vida é sua, mas gastar o seu tempo combatendo todos os homens é de uma desonestidade intelectual tremenda.

Anônimo disse...

É rebeldia de adolescente, amiga. Esse cenário que tu imaginou nunca vai acontecer. Daqui a pouco o pessoal cresce e vai sobrar só uns gatos pingados teimosos de velha guarda, igual aconteceu com toda ~onda~ na história. Os punks já lotaram Londres com seus moicanos e hoje Sex Pistols não toca nem em vitrolas empoeiradas e os moicanos são só os do Neymar.

Anônimo disse...

SOU MULHER
E ODEIO HOMI VOCES
HOMEM É FEDIDO E FEIO
VOCES GOSTA DE BOLSONARO
VOCES GOSTA DE BATER HUMILHAR
KADU DADO AÉCIO NETINHO CAMELO CAETANO FROTA ESTUPRADOR
CHRIS BROWN EMINEM MEL GIBSON BILL COSBY WOODY ALLEN LENNON CHAPLIN...
HOMIS SÃO VIOLENTO TARADO MISÓGINO ESTUPRADOR PEDÓFILO NOJENTO
AGRESSÃO MISOGINIA COLONIZAÇÃO NADA ACONTECE BOLSONARO

Alguém disse...


Breve descrição do estado utópico da sociedade:

O mundo é povoado por uma maioria feminina. Todos os homens que sobreviveram à revolução e se renderam pacificamente são enviados para a Antártida.

Guerras e crimes estão no ponto mais baixo de todos os tempos, graças à eliminação de homens violentos, gananciosos, sedentos de poder. Nenhuma garota ou mulher sofre assédio, estupro ou violência doméstica.

O comunismo completo se espalhou para todas as partes do mundo, e todas as meninas e mulheres têm acesso a comida, água, moradia, saúde, educação e plano de carreira de sua escolha.

As indústrias de pornografia e prostituição, tendo perdido tanto seus produtores como sua base de consumidores e, portanto, a demanda por corpos femininos jovens sexualmente disponíveis, foram demolidas e cada pedaço de material pornográfico foi apagado da existência. A prova de que eles já existiram está agora nos livros de história e em arquivos de museus, que proporcionam um vislumbre da memória do que os homens costumavam fazer para nós.

Lésbicas aparecem em todos os livros mais lidos e filmes de maior bilheteria, promovendo valores positivos e saudáveis para as meninas.

As mulheres aperfeiçoaram a reprodução humana assexuada. Bebês do sexo feminino podem agora ser cultivadas em incubadoras.

Anônimo disse...

-Movimetno LGBT, homens, mulheres e gays são bem vindos.
-Feminismo Lola, homens, mulheres e gays são bem vindos.
-Movimento Mascu, homens e mulheres são bem vindos
-Movimento Feminista Radical, apenas mulheres são bem vindas.

O RadFem tem a capacidade de destruir tudo o que o Feminismo fez.

Lola Aronovich disse...

Anon, vc perde toda a credibilidade ao dizer que o "movimento" mascu diz que homens e mulheres são bem vindos. Mascus chamam todas as mulheres (incluindo as mães dos caras) de vadias, vagabundas, interesseiras. Não me parece exatamente um comitê de boas vindas.

Unknown disse...

O comentário trata de homens que deram a VIDA e esse pessoal vem comentar sobre "falação". Idiotice é um virus.

Anônimo disse...

MIMIMIMIMIMIMIMIMI

KKKKKKKKKKKKKKKKK cara, como eu amo as feministas. Mulheres não possuem história nessa humanidade, portanto, são inúteis. Beijos.

- Machista Opressor

Anônimo disse...

SOU MULHER
E ODEIO HOMI VOCES
HOMEM É FEDIDO E FEIO
VOCES GOSTA DE BOLSONARO
VOCES GOSTA DE BATER HUMILHAR ESTUPRAR
KADU DADO AÉCIO NETINHO CAMELO CAETANO FROTA ESTUPRADOR
CHRIS BROWN EMINEM MEL GIBSON BILL COSBY WOODY ALLEN LENNON CHAPLIN...
HOMIS SÃO VIOLENTO TARADO MISÓGINO ESTUPRADOR PEDÓFILO NOJENTO
AGRESSÃO MISOGINIA COLONIZAÇÃO NADA ACONTECE BOLSONARO

Unknown disse...

^ Meu deus do céu, fico de boca aberta ao ler isso. É incrível essa polaridade que voces enxergam - homens são cafajestes e só sabem falar mal de mulheres, mas mulheres são sempre cheias de amor pra dar não importa o que ocorra. Voces duas me enojam, sério

Unknown disse...

"este e um mundo de homens, criado por homens, e para homens, vamos destruí lo sim"
Misandria não existe. Discurso de feminismo radical não é discurso de ódio.

Anônimo disse...

'A pergunta que faço é, quantas mulheres se jogariam na frente de balas por seus "companheiros"."

Para que nos jogaríamos?

Tudo que queremos de um homem é o dinheiro!
Capaz que vamos ficar com aqueles homens legais e meio abobados, tipo nerds... estes só servem para arrumar nossos computadores!
Queremos é homens ricos, lindos, cultos, bem-humorados, que nos protejam, que nos bajulem, que nos dêem presentes, que lembrem todas as datas importantes, que percebam que pintamos o cabelo uma tonalidade mais clara, que sejam ótimos na cama, que sejam ótimos pais, amigos, companheiros, amantes, provedores...
o resto é o resto!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk mascus patéticos, ninguém cai nessa caricatura mal feita de "mulher" que vocês e outros cosplayers do grupelho de vocês performam muito pessimamente, arranjem outra invenção artificial e forçada pra brincarem de interpretar porque nessa daí o desempenho de vocês tá quase tão ruim quanto no papel de homem justo, digno, atencioso, leal, companheiro, carinhoso, etc.

Rogério Santos disse...

Lei de Godwin no primeiro comentário! Deve ser um recorde.

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