terça-feira, 8 de setembro de 2015

GUEST POST: POR QUE O FEMINISMO PRECISA DAS LÉSBICAS?

Eu também achei pouco um post só no Dia da Visibilidade Lésbica, então pedi guest posts. E a Natacha escreveu. Natacha Orestes é educadora, poeta lésbica (é assim que deseja ser lembrada), e autora do blog Mãe Inquieta Lésbica Foda-se.

Desde o início dos tempos, antes que a história pudesse ser contada, existiam as mulheres que amavam as mulheres, aquelas que dedicavam todo seu foco afetivo para as que tinham o sexo confiscado pelo poder dos homens. Frise-se que eu estou falando em foco afetivo para um determinado sexo (aquele que foi dominado e atualmente ainda está preso pelo poder do Estado), e não foco sexual somente, porque a lesbianidade não é apenas uma sexualidade divergente, é um modo de vida –- principalmente afetivo apesar da fetichização hétera enxergar as lésbicas como apenas mais uma sexualidade dentro da diversidade sexual (que é a bandeira GBT). 
Um modo de vida que choca de frente com o modo de vida exigido pelos poderes dos patriarcas, lesbianidade é resistência à heterossexualidade, um regime político imposto pelos patriarcas. A lesbianidade é uma quebra na socialização feminina para a rivalidade. Amar mulheres, ou melhor, ter uma ética de cuidado voltada para mulheres é, de fato, revolucionário, pois nós fomos ensinadas a odiar nossos corpos, fomos apartadas do contato saudável com nossos processos fisiológicos (exemplo: menstruação) de modo a moldarmos nossa sexualidade à cultura do desejo que nos foi imposta, à cultura do fetiche, à cultura da heterossexualidade compulsória para as mulheres, à cultura do ódio às mulheres e entre mulheres, que são as bases da cultura do estupro. 
Nós lésbicas fugimos disso até onde podemos. Dos estupros corretivos para gostarmos de pênis quem sabe somos nós, nós é que devemos ser ouvidas neste ponto. Nós, lésbicas, desde o início dos tempos resistimos e continuamos dedicando nossas energias às mulheres. A consciência lésbica, portanto, é uma parte da história das mulheres que não é permitida que seja contada, que se quer apartada a qualquer custo. 
A cultura lésbica foi queimada no fogo da inquisição. Não bastou queimar nossos corpos repletos de um pecado que, pela deusa, nunca existiram!, não bastou aniquilar nossos corpos, o patriarcado quer aniquilar todos os resquícios das histórias das mulheres que se dedicavam a mulheres, bravas combatentes. Porque assim as referências são apagadas e a possibilidade da lesbianidade é tirada do campo de visão das mulheres.
Aqui estamos para contar nossas histórias de bravura para outras mulheres. Porém estamos, como sempre estivemos, sofrendo ataques patriarcais que nos cerceiam e tentam nos impedir de darmos continuidade ao legado das lésbicas. Nós temos uma história de guerra para contar, um silêncio para quebrar, um silêncio milenar que guarda em si a sabedoria ancestral das parteiras, das curandeiras, das amazonas (que já se provaram muito mais do que uma mitologia), das mulheres que dedicaram a vida às mulheres. 
Só que não estão nos deixando passar nem na literatura e nem em qualquer outro campo com a nossa fúria, fúria pelo sequestro de nossas memórias nessa mesma literatura (onde estão as poetas lésbicas?), fúria pelas nossas memórias físicas, memórias de estupro, memórias impostas por violência, fúria interrompida a cada vez que sentimos medo de acariciarmos no rosto a mulher que amamos em público e acabarmos sangrando no chão com o filho assistindo à violência. 
Nossas memórias de hoje e de ontem ainda estão sendo atacadas das piores formas possíveis. Inclusive dentro do feminismo. Eu já fui feminista. Hoje eu não sou mais porque o feminismo é lesbofóbico. O feminismo fica do lado de qualquer pessoa, menos das lésbicas. As lésbicas são muito exageradas. E também são predadoras tanto quanto os homens, iguaizinhas, cuidado com as lésbicas. Cuidado com essas mulheres que não depilam o sovaco e nem as canelas, elas recusam a tortura, boa coisa elas não podem ser. 
Enquanto a gente
briga, o patriarcado
define o feminismo
como um movimento
lésbico
Cuidado com elas porque não sabem se calar, falam demais, falam o que não devem, mandam à merda o pai, a pátria, o patrão, o padrão, e tememos sofrer as consequências de suas falas em nossas peles. Cuidado, as lésbicas vão longe demais. Não seja como elas. Não seja uma delas. Não ande como elas. Cuide para que aquilo que elas dizem seja sempre um grande exagero de mulher louca. Condene as lésbicas aos manicômios abertos da realidade urbana, elas não precisam de camisas de força para se sentirem trancafiadas, basta que de ouvido em ouvido, pelo telefone sem fio do povo, pelo wi-fi, pelo 3G, corra assim: louca, louca, louca...
Esta é a estrutura da invisibilidade lésbica: o discurso do diagnóstico popular, fogueira pública. E ela funciona. Mina o pouco de nós que se faz visível, retira o direito que temos de sermos sujeitos de nossa própria história. E não é engraçado que sujeito não tem feminino e se tivesse seria sujeita? Pois é. 
Muitas de nós, lésbicas, estamos furiosas sim e sentimos o ódio -– potência humana que não vê sexo –- da forma que ele nos guia, mas não da maneira que guia os homens. O poder dos homens destrói as mulheres, as crianças, os animais e o planeta. A potência das lésbicas é destruir o poder dos homens. 
Quando lésbicas são comparadas com homens, o que se impede de ser contado é que mulheres podem romper com o destino patriarcal porque são mulheres, não porque “se parecem com homens”. Lésbicas não são masculinas, são mulheres em plena potência que rejeitaram a feminilidade, pura e simplesmente isso. Rejeitar a feminilidade não é ser masculina, nunca será. 
Nós queremos nos tornar visíveis a nós mesmas, umas às outras, nós queremos passar com nossa fúria sim, sem piedade nenhuma pelos machos brancos que são os opressores de todas nós: de qualquer sexualidade. E vai ficar difícil, cada vez mais difícil essa luta enquanto estivermos postando fotos de amor sapatão apenas entre mulheres e termos nossas fotos denunciadas –- entre feministas! -- para caírem, caírem no limbo da invisibilidade. 
E vai ficar difícil, cada vez mais difícil, levantarmos a voz contra o capitalismo e a favor da autoestima das mulheres e sermos silenciadas por mulheres que se beneficiam de suas relações econômicas com os opressores. E vai ficar cada vez mais difícil se o feminismo não tomar consciência da importância política de deixar nós, lésbicas, passarmos com nossas percepções do mundo. 
Seu silêncio não vai te proteger
Vai ficar difícil se filósofas da academia continuarem bradando aos quatro ventos (dos corredores da academia, óbvio) que lésbicas são fundamentalistas. O fundamentalismo é o que nos mata, o que matou nossas histórias, o que nos aniquila todos os dias. Nós, mais do que ninguém, estamos contra ele. Por um feminismo que reconheça a importância da consciência lésbica. Por um feminismo que leia mais Audre Lorde, pelo bem da humanidade. E que respeite as suas memórias, que são nada menos do que seu legado. 

253 comentários:

«Mais antigas   ‹Antigas   201 – 253 de 253
L disse...

Eu não acredito que, em vez de falarem sobre o assunto do post, as pessoas tão falando sobre menage e swing. Vocês realmente não conseguem levar esse tema a sério, né? Enfim, gostei bastante do post, me senti contemplada. Achei que haveria uma discussão produtiva nos comentários, mas só tem homem dando pitaco onde não foi chamado. É uma pena, vocês só pensam no próprio pau.

Anônimo disse...

"Mulheres bissexuais são em grande maioria hipocritas, se relacionam com lésbicas sexualmente mas preferem homens para relacionamento estável. Nós temos sentimentos não somos briquedinhos de bis."

Isso não é hipocrisia, é preferência. A mulher tem o direito de sentir atração sexual por uma pessoa mas não querer casar com ela.

Jac disse...

"Anônimo anon A. (radfem) disse...
pqp, até desisti de tentar responder os comentários, isso aqui está um festival de besteirol. Se eu que sou hetero já ganhei dor de cabeça lendo essa merda toda, deve ser horrivel para uma mulher lesbica ler isso. Lola, não rola moderar? Lésbicas realmente não precisam ouvir que tudo que elas precisam é de um pau, que são vitimistas, que o preconceito que elas sofrem não existe, que na verdade são tudo bissexuais, etc..."

Pois é, e eu que queria uma discussão que fosse além do ABC básico feminista fiquei perdendo meu tempo lendo gente babaca (não necessariamente mascus) falando sobre menage, sexo com trans, bissexuais (que haja uma discussão, mas esse era um raro post sobre léééésbicas) e gente bem intencionada explicando o ABC básico pros babacas.

Gostaria realmente de ler mais sobre feminismo do ponto de vista lésbico - e de preferência sem acusações de heterofobia.

Anônimo disse...

Muita gente acha que pode mudar o outro, que pode corrigir o outro. Qualquer que seja a religião ou ideologia política.

Precisamos de união para diminuir a violência no Brasil, diminuir todos os preconceitos.

Não me interessa se cada pessoa vive como quer, o mais importante é lutar contra a mídia canalha.

Se alguém provou doce de abóbora, legal. Se provou feijoada, também é bacana.

Mas infelizmente se vê muita homofobia de lésbicas, muita bifobia baseada em um situação pessoal que é vista como regra no mundo todo. Muito preconceito contra homens que fazem comentários sem serem agressivos.

Tudo isso é triste, pois a internet deveria libertar as pessoas das limitações da sociedade e não perpetuar o comportamento repressor, autoritário.


Infelizmente, é só um troll mascu dar as caras que as trolls lésbicas e as anti homem, anti hetero apareçam também.

exsocialista disse...

O anon de 21:26 falou uma coisa certa. Todo mundo tem de seguir regras para tudo na vida???

Se uma mulher quer sexo com um homem e casamento com outro é manipulação? Se um homem quer sexo com uma ficante e casar com outra é agressão?

As pessoas não podem preferir uma coisa a outra?


AS pessoas casadas são obrigadas a fazer sexo apenas com seus conjuges?

Anônimo disse...

"Bom isso ate fácil de explicar, e que na verdade a maioria das mulheres não tem nada de hetero sexual, elas são em sua maioria BI ou lesbicas 100%, porem como nos vivemos numa sociedade muito HOMOFÔNICA, poucas são as lesbicas e BI que tem coragem de se relacionar com uma pessoa do mesmo sexo e admitir isso publicamente, mas se der um empurrãozinho saem do armaria.

E olha com os homens a coisa não e muito diferente não, por fim m você não rebateu em nada o que disse, apenas acrescentou um detalhe."

kkkkk, o Jonas se superou agora.

John Doe disse...

Tem gente que acha que todos os problemas do mundo se resolvem com pau. Que preguiça dessa gente.

Anônimo disse...

eSTOU vendo muito comentário homofóbico aqui gente por favor, não há problema nenhum em amar homem e ser gay...dá um tempo. Do mesmo jeito que não há problema algum em ser lésbica. Tenho certeza que a lola concorda comigo, então mais respeito por favor!!

Anônimo disse...

Seria necessário haver mais conhecimento da Literatura feminista lésbica, conhecimento maior sobre os maiores nomes para que todos conhecessem mais.
A diversidade de opiniões é muito boa para a Democracia.

De certa forma, muitas enxergam os problemas das lésbicas como os mesmos problemas das heteros acrescidos à lesbofobia da sociedade. Essa questão deveria ser trabalhada.

Talvez até fosse necessária também uma colaboração maior nos posts das lésbicas feministas na explanação sobre as dificuldades de vivência num mundo limitante e opressor. Como é ser oprimida por ser mulher e lésbica. o quanto é mais dificil a luta pela sobrevivência.

Mas parece que muitas pessoas aqui, lésbicas, hetero e bis, usam suas próprias experiências de vida para pautar e definir toda a questão da sociedade, limitando outros grupos.Aparecem rótulos e mais rótulos. Um grupo acha outro privilegiado e objetificador. Outro grupo pensa que só sobram preconceituosos tão opressores quanto a população em geral. Como exemplo citamos lésbicas considerando bissexuais como lésbicas traidoras que somente usam as mulheres. Temos também as bissexuais acusando as lésbicas de intolerância. Algumas heteros despejando homofobia ao xingar os homens como gays.

A sociedade como um todo é prejudicada e manipulada diariamente pela mídia, pelos marqueteiros, por algumas religiões, por políticos malandros. Buscar divisões e preconceitos apenas torna o trabalho deles mais fácil. Eles só terão trabalho de rir de todo o movimento feminista.

Seria mais proveitoso se pudéssemos apoiar todos que lutam contra todos os preconceitos. Alguns imbecis defendem a volta da ditadura. Isso é um exemplo de vários perigos.

Falta tolerância com novas formas de relacionamento, existe uma valorização enorme dos "troféus" da sociedade patriarcal, como o relacionamento monogâmico e os filhos como exibição. Junto a isso soma-se repressão a qualquer conduta de vida que enfatize o prazer pessoal, o enriquecimento, como se todos os capitalistas fossesm canalhas de marca maior.

Antes de apontar, é preciso olhar os próprios defeitos.


Ex Socialista.




Anônimo disse...

Acho que post polêmicos como esse ajudam as pessoas a quererem estudar mais para "ganhar " os debates. Nesse ponto são cosias positivas.


A sexualidade humana é muito reprimida e limitada pela sociedade ocidental. Os homens devem ser infalíveis, as mulheres devem ser obedientes. Tudo um monte de regra limitante.

O pior é ver gente que luta contra a opressão machista querer oprimir lésbicas, bis, trans etc. Já discriminaram a Raven por ser bi, tem cabimento isso???? Se o outro não pensa como eu então merece ser criticado sem pena???

O espaço da Lola é um experimento democrático e plural, não há sentido em querer limitar.

Ver inimigos em todo lado não é luta, parece paranoia....

Anônimo disse...

Ninguém falou que lésbicas precisam de um pau. Onde foi escrito isso??

Algumas pessoas comentaram que existe descoberta bissexual da parte de mulheres heteros e de mulheres lésbcias após algumas experiências. Assim como alguns homens podem apreciar sexo oral de Drag Queens, que costumam gostar de serem chamadas de "bichas". Muitas pessoas nunca se imaginaram bissexuais até terem uma experiência. Isso acontece todo dia.

Alguns exemplos podem parecer machistas, como casas de swing. Mas se estes lugares fazem sucesso com mulheres casadas e solteiras deve ser por permitir alguma liberdade ou aventura que é negada pelo resto da sociedade seja hetero ou homossexual. A sociedade muda o tempo todo.

Em nenhum momento tentou-se diminuir a relevância da história lésbica ou sua visibilidade. Repetindo, não houve prescrição de "pau" para se resolver os problemas das lésbicas que abrangem questões de saúde, moradia, trabalho, violência etc. Mulheres heteros podem ver "pau" todo dia e ainda terem esses problemas.

A questão parece ser a ditadura da monogamia e o preconceito contra quem é orientado ao prazer e não ao relacionamento convencional. Como se buscar prazer por prazer fosse safadeza, ou manipulação da outra pessoa.

realidadelesbica.wordpress.com disse...

Sem dúvida que em uma sociedade machista, preferir mulheres para relacionamentos afetivos e sexuais tem sim um caráter muito subversivo. Sou bissexual e homoafetiva (significa que sexualmente, sinto prazer com ambos os sexos, porém, afetivamente e emocionalmente só desenvolvo relacionamentos com mulheres pois não sinto o mesmo por homens). Apesar de todo o preconceito, sinto um alívio imenso por gostar de mulheres, porque imagino o quanto é difícil ser feminista e se relacionar afetivamente com homens, porque machismo é algo tão arraigado que mesmo os caras mais legais e bem intencionados precisam se policiar o tempo inteiro para não incorrer em atitudes machistas. Isso também considerando o quanto esses caras legais e bem intencionados são raros...

Mas apesar do alívio e contentamento em gostar de mulheres, não enxergo relacionamentos lésbicos como mar de rosas. Vejo muitas incoerências, por exemplo, em casais lésbicos que reproduzem alguns padrões de casais héteros. E percebo o quanto é diferente gostar de mulheres como amigas, colegas, e como as perspectivas mudam quando se trata de se relacionar com mulheres com os componentes paixão, sexo. São formas distintas de se relacionar e quando entramos em um relacionamento amoroso temos as mesmas expectativas e frustrações que são comuns nesse tipo de relação, independente do gênero dos envolvidos. Eu, que sou mulher, algumas vezes me peguei reproduzindo pensamentos e sentimentos pelas mulheres que me rejeitaram ou agiram mal comigo que poderiam ter saído de um cara babaca, por exemplo. Até colocar a cabeça no lugar e pensar: "Opa, eu não sou assim. Isso é só a dor da rejeição. Calma.". Comecei inclusive a escrever um blog para discorrer sobre isso, sem no entanto expor as mulheres com quem me relacionei. Se a moderação permitir, gostaria de deixar aqui o link para o meu blog, que ainda está no começo porque não tenho muito tempo para escrever com regularidade, mas já tem alguns posts sobre a minha perspectiva de me apaixonar por mulheres, sendo mulher e feminista:

https://realidadelesbica.wordpress.com/

Anônimo disse...

Não disse que mulher era obrigada a fazer sexo anal, minha querida. Disse que as que fazem é porque gostam. Sexo é uma relação a dois, e se a estão obrigando a fazer o que ela não gosta, isso não pode ser chamado de sexo, mas de estupro.

Anônimo disse...

fuga ao tema ... Perderam o foco das argumentações ... Virou privada pública certos comentários ...

A QUESTÃO É = Inserir com maior ênfase o gênero mulher na sociedade ... Justamente por conta de seu passado ( foram tolhidas quanto à sua dignidade moral sexual intelectual cidadã ... Enfim uma série de limitações sem nexo que sofriam) .

------>>>>> já pararam pra perceber que até. A sexualidade a. Mulher tem que ser tolhida ? Pois se quer ser lésbica vem as tantas aberrações a serem ouvidas “quem é o homem da relação ? Você já teve namorado ? Foi traumatizada então ... Como vocês aguentam duas tpm? Mas vc não tem cara de lésbica , pois vc anda bem feminina ... Vc gostava de jogar futebol ? Mas vc quer ser mãe é é lésbica !? Vocé tem coragem de se beijar em público perto de homens ? Mas você é católica evangélica ... E é homoafetiva !? E mais tantas outras aberrações q se escuta ...

----->>> já pararam para perceber que os homoafetivos masculinos não sofrem todas essas perguntas ... Eles conseguem ter mais sossego que as mulheres homoafetivas ...

Deixem as mulheres em paz ! Parem de persegui -las !!! Parem de criar rótulos baseados em conceitos machistas repressores !
Se ela quer se dedicar de corpo e alma ao intelecto aos trabalhos não significa q seja homoafetiva e se for e daí ?!
Se ela tem capacidade de comandar com maestria uma equipe ou trabalho não quer dizer que não tem vida sexual
Se ela está afim de ir numa sex shop não significa que é promíscua ou ninfomaníaca
Se ela gosta de sexo não significa que é ninfomaníaca
Se ela ama se produzir em roupas da alta moda não significa que ela é volátil
Se ela odeia seguir moda não significa ser uma ogra
Se. Ela é religiosa. Não significa ter aversão ao sexo
Se ela gosta de beber moderadamente socialmente no significa ser uma mulher fácil
Se ela é extremante despreocupada com seu visual não significa ser lésbica
Se ela é extremamente preocupada com aparência da última moda não significa ser impossível q seja lésbica
Se ela já beijou mulheres não significa que fez isso pra agradar algum homem



Tá vendo que td gira em torno de colocar a mulher Insana ? E sob o jugo dos homens ?

Alguns exemplos que citei q escutamos diariamente de homens machistas !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Marcella

E vcs machistas ... Adoram amolar as mulheres homoafetivas mas os homens homoafetivos vcs respeitam bem mais ... Q comentários ou especulações vcs fazem deles ? Nada neah ....


Anônimo disse...

Houve prescrição de pau pra lésbicas SIM, e mais de uma vez, é que a Lola apagou os comentários. Mas quem tá acompanhando desde o começo sabe que teve.

Anônimo disse...

PQ OS HOMENS NÃO TEM HÁBITO DE FAZER SEXO ORAL NAS MULHERES ?
Pesquisa aponta isso ...
PQ raios as mulheres lésbicas são tão erotizadas .... ?????

Deixem a gente em pazzzzzzzzz !!!!!

Anônimo disse...

Apoio totalmente as lésbicas e acho sim que elas precisam ter mais visibilidade no feminismo. No entanto, tem uma galera um tanto radical aí nos comentários. Do mesmo jeito que vocês não gostam quando alguém diz que lesbianismo é ''falta de rola'', nós heteras também não gostamos de sermos chamadas de cadelinhas do patriarcado, que erotizamos a própria opressão ao se relacionar com macho, que toda penetração é uma forma de estupro e outras sandices similares. Bóra respeitar pra ser respeitada de volta, não custa nada.

J.M. disse...

"Ninguém falou que lésbicas precisam de um pau. Onde foi escrito isso??"

---> Felizmente a Lola apagou alguns comentários mais medonhos que os trolls swingueiros deixaram aqui, em que diziam abertamente que lésbicas precisam mesmo é de pau pra serem felizes. Vc apenas pegou o bonde andando.

Todo esse papo de menage e swingue só começou porque um troll raivoso insistia que lésbicas devam ser as pessoas mais felizes do mundo só porque casais lésbicos são fetiches masculinos.

Além disso, os comentários da horda de anônimos que defendem indiretamente o menage como meio de conversão de lésbicas em bissexuais continuam aí. Só mesmo muita ingenuidade pra não entender as verdadeiras intenções desses anônimos swingueiros defensores da bissexualidade compulsória para mulheres.

Rafael disse...

"(...) principalmente afetivo apesar da fetichização hétera enxergar as lésbicas como apenas mais uma sexualidade dentro da diversidade sexual (que é a bandeira GBT)."

Houve um equívoco da autora (considero que proposital), pois a mesma suprime o seguimento de Lésbicas da sigla do movimento, e tenta confundir as reivindicações do movimento LGBT organizado com a fetichização de lésbicas por pessoas heterossexuais. É importante problematizar perspectivas e apontamentos para com a identidade da qual somos parte. Inclusive muitos ativistas LGBT utilizam o termo "homoafetivo" ao invés de homossexual. Em termos práticos e objetivos faz pouca diferença, mas serve justamente para se repensar a visão das relações homossexuais, algo trabalhado pelo movimento LGBT há pelo menos umas duas décadas. Só não levado muito adiante essa questão, em termos de "corretismo", por considerar que as nomenclaturas não estão em contradição ou erradas ("homossexual"/"homoafetivo") -- coisa que não aconteceu com "homossexualismo", por exemplo.

Anônimo disse...

PQ OS HOMENS NÃO TEM HÁBITO DE FAZER SEXO ORAL NAS MULHERES ?

Pergunta que sempre quis fazer, se o cara não gosta de fazer sexo oral, ele seria obrigado porque?

Anônimo disse...

Pergunta para Julia, você se diz radical e despreza homem, mas se afirma hétero? Como funciona isto?

Unknown disse...

Passional e pouco preciso. Sou lésbica e não me vejo representada nesse texto. Em nenhum movimento eu encontrei mais representatividade do que no feminismo. O feminismo evidentemente não é perfeito, há lesbofobia sim, mas infinitamente menos lesbofobia do que no movimento LGBT. O feminismo de Beauvoir, por exemplo, de fato não era muito simpático às lésbicas, mas o feminismo é plural e seu cerne contemporâneo é o que melhor abriga a lesbianidade. Não por acaso há movimentos específicos para lésbicas feministas.
As imprecisões históricas são gritantes também. É, eu sou historiadora. Não há nenhuma prova definitiva para a existência das amazonas, como afirma a autora. A lesbianidade por si só não era um crime punível com a fogueira pela Inquisição, que por acaso era bem menos cruel do que a justiça secular daqueles séculos. Vou ficar só nesses exemplos, porque o que eu quero dizer de verdade é que ignorar estudos históricos feitos por pessoas sérias e proferir inverdades aos quatro ventos não nos ajuda em nada. Eu acho que acima de tudo o feminismo, e na verdade todos os movimentos sociais, devem ser rigorosos com os dados que utiliza, deve ser preciso, deve demolir os argumentos dos reacionários com uma avalanche de pesquisas que tornam os ataques deles insanidades publicamente reconhecidas.
Esse anti-academicismo anda me incomodando muito, torna a luta política pouco efetiva. Pensemos no grande exemplo histórico dos Panteras Negras. Eles fizeram as autoridades americanas borrarem as calças porque aquela galera estudava muito, aquela galera conhecia história, direito, filosofia, sociologia, antropologia. Foram intelectuais brilhantes que produziram uma avalanche de trabalhos tão sólidos que eram difíceis de serem derrubados. Todo irracionalismo é reacionário! Não vamos cair nessa armadilha sob pena de nos tornarmos ignorantes.

Anônimo disse...

Seu comentário é mentiroso,sou mulher e todos homens que fiquei ADORAVAM CHUPAR MINGA BUÇA,talvez esses aí sejam gays não assumidos.

anon A. (radfem) disse...

"Pelo que esta dando pra ver, ta tendo uma mistura de trolls RadFems e Mascus ao mesmo tempo, só que eles não estão interligados, as radfems são as que estão fixadas em mulheres trans, querem que alguém fique com raiva de mulheres trans."

Porra.

Vá aprender o básico sobre feminismo radical.

Nós somos contra pornografia. Contra. Pornografia. C-o-n-t-r-a p-o-r-n-o-g-r-a-f-i-a.

É completamente irracional vir dizer que esses comentários fedendo a pornografia foram feitos por radfems, além de terem sido comentários extremamente machistas em que mulher só serve para agradar macho. Pelo menos nos acuse de algo que seja plausível uma radfem falar.

Cacete, até quando um viciado em pornografia flooda esse blog a culpa tem que ser de radfems.

Sandra disse...

Eu acho uma besteira isso de ficar se definindo pela orientação sexual. Um desserviço, na realidade. Porque não existem dois héteros iguais, dois gays iguais, duas lésbicas iguais, dois assexuais iguais. E não, não to falando das orientações malucas do Tumblr, que mudam a cada semana.

A orientação sexual é UM dos inúmeros aspectos de uma pessoa. Eu tenho a minha, nasci com ela como todo mundo nasceu com a sua, mas não gostaria de ser conhecida por "poetisa hétero" ou "engenheira gay", como também não me apeteceria ser conhecida por médica negra ou por professora branca. Essas qualificadoras na realidade só servem para reforçar a ideia, errada, que existe uma uniformidade entre os seres humanos, o que é totalmente artificial. A natureza NÃO REPETE, cada um é um e todo e qualquer conflito que existe na sociedade tem, no fundo, a ver com papéis.

O papel é como aquilo que os atores fazem. Existe o ator, a pessoa do ator e o papel que ele interpreta. Diversos atores podem fazer o mesmo papel, cada um do seu jeito porque os atores mudam, mas o papel, as falas, o tempo de cena, isso é tudo igual porque independe de quem está atuando. Na sociedade é assim também. Então se eu sou lésbica, tenho que assumir um PAPEL tal assim como quem é hétero, isso e aquilo mas pera................. e EU? E o meu EU, o que EU SOU e não o que ME DISSERAM que eu deveria ser, como fica?

É nisso que todo e qualquer movimento social escorrega, em reforçar justamente a maior fonte de opressão, que é essa hegemonia forçada entre todas as pessoas de um grupo. E os indivíduos desses grupos artificiais escorregam em tentarem adequar-se a esse molde porque em tese são assim e assado, logo devem fazer, sentir, pensar, achar assim e assado também.

Da visibilidade do indivíduo não vejo ninguém falar.

Anônimo disse...

Lola, essa foto no topo do seu blog é seu filho que vc não tem?

André disse...

Acho bem contraditório uma lésbica minimizar a opressão que um gay sofre, ou um gay minimizar a opressão que uma lésbica sofre, ou uma mulher xingar um homem apelando para sua sexualidade.

Anônimo disse...

Diva

O anônimo das 20:00 acha que mulher tem obrigação de anal porque ele é um que curte muito "dar a ré no kibe" kkk.

Anônimo disse...

Diva

Então anônimo das 01:36, mulher tb não é obrigada a fazer oral no homem se ela não gosta. Todo mundo fica quites desse jeito

Anônimo disse...

Lilica

Anônimo se tu curte dar "marcha ré no kibe" fique à vontade mas não ache que as mulheres tem suposta obrigação de querer anal.

Raven Deschain disse...

Hum, verdade anon. Eu nem ia comentar nesse post, porque não é da minha alçada, mas lembro desse papo aí. E isso que eu fiquei com UMA lésbica a vida toda. E a mulher era doida. Stalker. Violenta. Perigosa.

Acho que todas as lésbicas são doidas, stalkers, violentas e perigosas? De jeito nenhum.

E por minha experiência (já que é nisso que se transformou os comentários), prefiro ficar com bissexuais mesmo, porque as que estão ao meu redor, ficam sem compromisso. Sem a obrigatoriedade de um relacionamento além de amizade. Já as lésbicas que eu conheço, todas, se enfiam em um relacionamento diferente com uma garota diferente tipo, toda semana.

Sempre lembrando que essa é minha experiência pessoal e não julgo todas as lésbicas do mundo pela minha régua.

E acredito sim, que lesbofobia deva ser combatida. Claro que deve, oras. Isso é óbvio. Mas não vejo essa lesbofobia toda nas páginas, blogues e sites feministas não. Vejo especismo. Racismo. Ignorância pra caramba. Mas lesbofobia? Nunca vi. Natacha, vc pode citar um exemplo, por favor?

Porque nem naquela página bem babaca do Feminismo sem Demagogia, vi lesbofobia. Pelo contrário, toda feminista que conheço leva lesbianidade como pauta. Mesmo sendo hetero.

Anônimo disse...

"Pergunta para Julia, você se diz radical e despreza homem, mas se afirma hétero? Como funciona isto?"

Que ela nao leva a serio os homens.So os quer pra sexo.

Alguem disse...

"Sem a obrigatoriedade de um relacionamento além de amizade. Já as lésbicas que eu conheço, todas, se enfiam em um relacionamento diferente com uma garota diferente tipo, toda semana. "

Acho que estas nem querem muito aproximação com as bis pq vao ter que cruzar com cenas de "opressores oprimindo" e acham que isso é revalidaçao do patriarcado.

Alguem disse...

*cenas tipo namoro

Anônimo disse...

"Além disso, os comentários da horda de anônimos que defendem indiretamente o menage como meio de conversão de lésbicas em bissexuais continuam aí. Só mesmo muita ingenuidade pra não entender as verdadeiras intenções desses anônimos swingueiros defensores da bissexualidade compulsória para mulheres."

So demonstra o quao o mundo deles é quadrado.
Os mesmos tem nojo de homens trans,gays e whatever.Ficam "cuidando" da vida alheia sem olhar pra propria.Mais uma corja de alienados pela pornografia e midias com conteúdos "adultos".

Mila disse...

Lamentável que em vez de debater sobre a invisibilidade lésbica, o post tenha desaguando nas Olimpíadas da Opressão ou na guerrinha entre heteros e lésbicas, que não acrescenta em nada para o feminismo ou mesmo o anônimo fissurado com swing e jogador de futebol pegando trans.

Respeito o ponto de vista da autora, mas concordo com a Kittsu em relação à discriminação lésbica dentro do feminismo. Acredito que a invisibilidade lésbica venha, de fato, de estruturas externas ao feminismo, embora nós continuemos a perpetuá-lo com a ausência de debates ou quando estes ocorrem, com as características que citei acima, ou seja, com uma guerra sem propósito hetero x lésbica sem respeito às escolhas sexuais de cada parte.

Sobre a lesbiandade como atitude política, concordo com a autora quando diz que uma relação entre mulheres atinge muito o patriarcado, pois somos educadas e socializadas para descreditar amizades/ amor feminino, até entre mães e filhas. Somos socializadas para temer umas às outras. Porém, fiquei com dúvidas sobre as escolhas sexuais. Alguns comentários bateram muito na tecla que a heterossexualidade compulsória é uma mazela para o feminismo e contribui para o status quo. Mas se impormos a homossexualidade como condição para a revolução dessas questões, não estaremos utilizando os mesmos argumentos que os homofóbicos usam (de cura gay) relegando a orientação sexual como uma escolha que pode ser revista?

Anônimo disse...

Lembrando que Simone de Beauvoir teve muitas experiências bi junto a seu companheiro, Sartre. Os dois se relacionavam, ao mesmo tempo, com várias alunas. Isso tornou seus trabalhos críticos inferiores?

Toda fobia e opressão é digna de repúdio por quem acredita em fazer um mundo melhor. Seja qual grupo for, é mesquinho atacar, repudiar e ironizar alguém por pensar diferente.

O tal do mascu que fala de jogador de futebol pode ter sido exagerado e repetitivo, mas infelizmente esse tipo de profissional tem um impacto muito grande na sociedade, suas ações moldam o comportamento da massa. Se for lembrado a essa mesma massa que é possível pensar diferente, então pode haver algum valor.

Infelizmente se vê mais diferenças que uniões no grupo LGBTTS. Aos poucos uns querem ser mais poderosos que outros.

Se alguém mostrar uma conduta errada de qualquer membro, passa-se a ser visto como reaça, parceiro do Marcos Feliciano, do Bolsonaro, do Eduardo Cunha.... Como se somente houvesse pessoas coerentes no movimento LGBTTTS e feminista.


Kittsu disse...

Não tenho certeza se existiu uma "guerra" entre heteros e homos. A maioria das falas foi pra gerar caos e não creio que houve representação de lésbicas dando seu ponto de vista.
... Ainda acho que o próprio guest post cheia a engodo. A própria "Natasha " fez um comentário machista e gordofobico que apagou logo em seguida (provavelmente confundiu os perfis) e "milfwtf"? "Mom i'd like to fuck what the fuck"?

Esses caras tão inventando perfis em blogs e inventando personagens pra aparecerem no blog da lola.

Anônimo disse...

O post foi importante para destacar um dos temas que fica meio esquecido na agenda feminista, mais uma vez a Lola se destaca ao dar apoio a um Guest post.

Outra coisa a se falar é que a pornografia é uma desgraça, uma droga, que causa impotência e pensamentos gays nos homens hetero e dessensibilização nas mulheres consumidoras pesadas. Entre os homens pode surgir uma doença chamada Homossexual Compulsive Obsessive Desorder, HOCD, que consiste no aparecimento de pensamentos intrusivos prejudiciais. Mais uma prova de que a sexualidade humana pode mudar.

Se entendermos sexo como uma forma de obter prazer, a maneira como se conseguem boas sensações pode variar na vida.

Por incrível que pareça, as RadFems e os pastores evangélicos antifeministas estão corretos neste ponto: A pornografia é o INFERNO NA TERRA.

http://vicioempornografiacomoparar.com/


Mas infelizmente há no mundo gays, lésbicas heteros e bis que consomem pornografia.


Lembrem aos amigos heteros que eles vão ficar broxas se continuarem com a pornografia, esse será um meio fantástico de combatê-la.

Anônimo disse...

Mila falou uma coisa interessante : Será que é certo trocar uma imposição por outra??
Sem contar que já houve gays debochando das lésbicas ao dizerem que sexo entre mulheres não é sexo.

Se as lésbicas são invisíveis para a grande mídia, talvez seja o caso de se apoiar todo apoio que uma Rede Globo coloque em alguma novela.

Um público que foi submetido a 2000 anos de lavagem cerebral religiosa ainda não está preparado para mudanças ultra radicais.

Se não cairemos na contradição de atacar nossos aliados, como algumas Rads acusaram a Lola de desmerecer o trabalho de algumas autoras feministas. Como pode haver vitória sem união?



Logo, parece, repetindo, parece que apoiar as obras que aumentem a visibilidade como uma forma de apoiar o feminismo.

Mila disse...

Kittsu,

Meu comentário foi baseado nos primeiros comentários que versavam sobre homossexualidade feminina como uma "condição para a revolução" e em algumas partes do texto que criticavam a heterossexualidade compulsória. Apesar de respeitar esse ponto de vista, tenho minhas dúvidas se ele é realmente produtivo para o feminismo, afinal, enxergo o feminismo como liberdades de escolhas e ninguém deve se sentir menos feminista por não ser lésbica (em tempo, nem todas as lésbicas são feministas, né).



Depois a caixa de comentários descambou para bis vs homos, boa parte semeada pelo troll do swing. Esse cara, travestido de "vamos lutar contra a repressão sexual" e "Bancada evangélica ganha votos com isso", veio trollar e desrespeitar as minas lésbicas com esse papo de "cura gay" (igualzinho os dos reaças que ele diz combater) e que no fundo, elas são bis pq ainda não foram numa casa de swing ser penetrada pelos machos graças às "esposas lésbicas opressoras". Apesar de toda a trollagem, podemos tirar pontos interessantes disso, já foram apontados pela Ingrid e outros, que é o macho utilizar o discurso de liberdade sexual para fetichizar e objetificar mulheres (não vi, em nenhum momento, um discurso voltado para experimentar a sexualidade entre homens, sejam cis ou trans). Sabemos que a homossexualidade feminina é mais "aceita" que a masculina desde que os elementos envolvidos estejam dentro do padrão de beleza. Inclusive, um estuprador corretivo nojento na África do Sul, "justificou" o crime contra uma lésbica de aparência masculinizada sob o pretexto de as lésbicas "que querem ser homens" estão roubando as garotas bonitas que deveriam ser namoradas deles.

Anônimo disse...

Falta às lésbicas e também aos gays visibilidade na nossa sociedade. O post levantou essa questão de forma feliz.

O JM falou antes que alguns relacionamentos alternativos podem contribuir para diminuir os preconceitos da sociedade. Para quebrar uma hegemonia é necessário atacar o inimigo aos poucos.

Como dá para criticar o mundo que impõe regras de relacionamento e discriminar as pessoas quem não segue os meus padrões?

Mais de uma comentaristas relata casos de assédio moral dentro de coletivos feministas, como se as heteros fossem cúmplices do patriarcado.

De outro lado, os gays se sentem ofendidos, com razão, por algumas mandarem um troll ,"tomar no cu", como se atividade sexual fosse definidora de caráter. Esse xingamento é usado por homens heteros como o que existe de mais ofensivo na nossa língua!!!!!!É quase como dar um soco na cara. Como criticar os machistas e agir igualzinho a eles???

Para poder vencer um debate, é preciso quebrar argumentos absurdos com lógica e ponderação....

Anônimo disse...

Engraçado que a maioria das lésbicas que estão por aqui não perdem uma chance para serem transfóbicas e depois ainda tem a cara de pau de se acharem um floquinho de injustiçado.

Quero que as lésbicas ganhem mais visibilidade, respeito e liberdade. Mas preferivelmente só depois que pararem de ser transfóbicas e até mesmo homofóbicas, pois depois de eu ter lido o tweets de algumas, só faltam elas se aliarem ao Cunha.

Anônimo disse...

Kitsu, foi bom seu comentário, mas é preciso discordar em parte. Muitos comentários falaram sobre o relacionamento de homens heteros e mulheres trans. Sendo que algumas feministas não consideram as trans mulheres, lembrando que as Rads falam em cortar a pica das trans que invadirem o banheiro feminino. Isso é violência.

Muitos homens heteros admiram a Ariadna do Big Brother e outras trans famosas.

Os jogadores de futebol, infelizmente, são um exemplo para a sociedade. Se uma conduta deles acaba diminuindo o preconceito contra as trans, então deve ser aproveitada pelo movimento feminista e o movimento LGBTTS.

Anônimo disse...

Eu não sei se há toooda essa invisibilidade gay não viu? A gente já vê gay representado na mídia de maneiras um pouco mais autênticas, já há toda uma cultura gay em formação (com gírias, points, divas, músicas, sites, mercado, baladas). Enquanto isso, não há tanta visibilidade lésbica fora do quesito freak, visto Thammy (que antes eu pensava ser lésbica, mas parece que é trans) ou para chamar atenção de homem e da mídia sendo fetichizada (esse só vale para as gostosas) como a Andressa Urach ou aquelas meninas do t.A.T.u

Anônimo disse...

Colocar no mesmo balaio todo mundo é complicado. Uma experiência particular não pode servir para resumir um grupo inteiro.

A Raven falou acertadamente sobre isso, uma experiência ruim não transforma TODO um grupo em negativo. Da mesma maneira que uma pessoa boa não faz que todos sejam maravilhosos.

Anônimo disse...

Daqui a pouco vão dizer que os gays vivem maravilhosamente bem na sociedade atual....

Anônimo disse...

Infelizmente ainda existem divisões e preconceitos dentro dos movimentos LGBTTTS e feminista.

Anônimo disse...

Parece a briga dos anarquistas contra os comunistas e vice versa. No entanto o inimigo maior era o Capitalismo....

B. disse...

"[Pode ser neurose minha,mas alguns trechos desse texto parecem ter sido feitos num gerador de lero-lero... Com termos genéricos e uma estrutura argumentativa que não parece chegar a lugar nenhum. ]" (Kittsu)

Pensei a mesma coisa!

Beatriz disse...

Eu entendo a necessidade do orgulho lésbico para dar força contra a discriminação, mas o texto vai além. Se ser lésbica é prova de resistência contra o patriarcado, então ser hétero é ser complacente com o patriarcado? É isso mesmo? Então as mulheres todas têm que mudar da normatividade hétero para a normatividade homo e quem gostar de homem é desviante? Porque TODO homem é opressor!
Uma mulher lésbica nos comentários disse não entender como alguém pode sentir atração por quem te oprime. Sentir atração por alguém que te oprime é um problema psicológico e eu acho que quem sofre disso deve buscar tratamento. Eu fico chocada quando uma mulher continua com um homem que a humilha, bate etc. Já estender a opressão sistemática do patriarcado e de alguns homens a todos os homens individualmente é uma desumanização do homem e me parece também uma racionalização de um sentimento (lesbianismo) que não precisa de razão nem justificativa.
Eu também não entendo como uma mulher pode sentir atração por outra simplesmente porque eu sou hétero, eu não sinto a mesma coisa e eu não posso pensar nem adivinhar um sentimento que me é estranho. Eu só posso estabelecer uma pálida analogia. Eu não preciso inventar que ser hétero é natural e ser lésbica é desviante, as pessoas são como elas são.
Acho problemático as lésbicas se apoiarem nesse tipo de argumentação para sustentar publicamente a sua preferência sexual.

Beatriz disse...

Palmas para ela!

"Sandra disse...
Eu acho uma besteira isso de ficar se definindo pela orientação sexual. Um desserviço, na realidade. Porque não existem dois héteros iguais, dois gays iguais, duas lésbicas iguais, dois assexuais iguais. E não, não to falando das orientações malucas do Tumblr, que mudam a cada semana.

A orientação sexual é UM dos inúmeros aspectos de uma pessoa. Eu tenho a minha, nasci com ela como todo mundo nasceu com a sua, mas não gostaria de ser conhecida por "poetisa hétero" ou "engenheira gay", como também não me apeteceria ser conhecida por médica negra ou por professora branca. Essas qualificadoras na realidade só servem para reforçar a ideia, errada, que existe uma uniformidade entre os seres humanos, o que é totalmente artificial. A natureza NÃO REPETE, cada um é um e todo e qualquer conflito que existe na sociedade tem, no fundo, a ver com papéis.

O papel é como aquilo que os atores fazem. Existe o ator, a pessoa do ator e o papel que ele interpreta. Diversos atores podem fazer o mesmo papel, cada um do seu jeito porque os atores mudam, mas o papel, as falas, o tempo de cena, isso é tudo igual porque independe de quem está atuando. Na sociedade é assim também. Então se eu sou lésbica, tenho que assumir um PAPEL tal assim como quem é hétero, isso e aquilo mas pera................. e EU? E o meu EU, o que EU SOU e não o que ME DISSERAM que eu deveria ser, como fica?

É nisso que todo e qualquer movimento social escorrega, em reforçar justamente a maior fonte de opressão, que é essa hegemonia forçada entre todas as pessoas de um grupo. E os indivíduos desses grupos artificiais escorregam em tentarem adequar-se a esse molde porque em tese são assim e assado, logo devem fazer, sentir, pensar, achar assim e assado também.

Da visibilidade do indivíduo não vejo ninguém falar."

Só acrescento que os rótulos são instrumentais para navegarmos na sociedade, para nos diferenciarmos e nos assemelharmos com os outros. O nosso EU é muito complexo para exibirmos em sua totalidade. A gente sempre explora e mostra facetas da nossa psique conforme o momento. O que a gente não pode é ficar presa em um aspecto ou outro o tempo todo. De resto, VIVA A INDIVIDUALIDADE! VIVA A SINGULARIDADE!

Beatriz disse...

Opa! Uma dúvida aqui. Homossexualismo é denotativo de uma doença, certo? O correto é homossexualidade, não é? Então, "lesbianismo" é um termo que tem o mesmo problema? O certo é "lesbiandade"?

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