sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

GUEST POST: A MORTE DE UMA TRANSFEMINISTA

Ontem Ana Carolina Brumano, funcionária pública da UFV e feminista convicta, me enviou um link para uma triste notícia: 
o suicídio da travesti e ativista transfeminista Kayla Lucas França, que dias antes havia participado da Caminhada pela Paz "Sou trans e quero dignidade e respeito".
Eu não conhecia Kayla, mas lamento muito sua morte. Pedi a Ana Carolina que escrevesse um guest post:

"Como desistir de quem você é? Isso não significa a própria morte? E quantas vezes nós morremos esse mês?"
Essa é uma parte de um depoimento postado em uma rede social pela militante transfeminista Kayla Lucas França.
Kayla era estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal de Viçosa. Na madrugada do dia 3 de fevereiro, Kayla se jogou do prédio onde morava em São Paulo, capital.
Apesar de não conhecer Kayla, que era colega de uma das minhas irmãs, fiquei bem comovida e triste por uma vida nova e atuante que perdemos. Estamos falando de uma vida perdida devido à pressão de uma sociedade machista, segregacionista, misógina, transfóbica, que não aceita as diferenças. Uma sociedade que julga e oprime, que não respeita e sufoca os sentimentos das pessoas. 
Uma homenagem de Vini a Kayla
Esse preconceito está ao nosso lado. Participei de muitas discussões a respeito dessa tragédia e de muitas pessoas ouvi que Kayla deveria ter algum problema, que só a questão de ser trans e negra não leva ninguém ao suicídio. Concordo que ser trans e negra realmente nunca deveria ser motivo para uma pessoa tirar a vida. As pessoas não entendem que o preconceito machuca e mata aos poucos. 
Eu nunca vou saber o que se passou na vida da Kayla, porque não sou trans ou negra. Nem vou passar pelas situações constrangedoras que ela deve ter passado por defender quem ela era. 
Sei que a morte da Kayla foi apenas mais uma. E pelo o que tenho pesquisado nem para estatística ela vai entrar, porque no Brasil não existe nenhum levantamento de suicídio de transexuais.
A morte dela não vai mudar a nossa sociedade. A morte de ninguém vai. É imaturo pensar o contrário.
Quando as pessoas vão entender sobre a efemeridade da vida? Tudo o que nós temos é esse instante e mais nada. Então, que diferença existe nas diferenças? Todos viraremos pó. E só.
Sugeri este post a Lola porque não podemos nos calar. Se nos calarmos, consentiremos com todo preconceito e marginalização que existe na sociedade. 

68 comentários:

Mona Azevedo disse...

Vi essa notícia ontem, achei o perfil dela no facebook. Encontrei seu desabafo. É muito triste.

Acabei postando a seguinte mensagem no meu perfil:

"Não aponte quando uma travesti/trans entrar no ônibus/metrô.
Não ria de piadas transfóbica.
Não ria do vídeo do rapaz que beijou a travesti no carnaval.
Não ria do jogador que foi pro motel com travestis.
Não ria. Não aponte. NUNCA.

Pense que tem gente que morre por isso.
Não morre de câncer, nem de acidente, nem de bala perdida.

MORRE POR SER QUEM É.

POR
SER
QUEM
É!

Não ria.

Infelizmente não vamos conseguir mudar o mundo agora. A transfobia não vai desaparecer da terra do dia pra noite. Mas se vc puder evitar, evite. Se vc puder proteger essas pessoas: proteja. Respeite!"

Anônimo disse...

O fato é que por uma coleção enorme de critérios, o resultado dessa liberação assimétrica é que em muitas sociedades modernas é o homem que hoje é disparadamente o sexo frágil, o sexo menos em controle de sua própria vida e de sua própria identidade, o sexo com menos opções profissionais e afetivas, o sexo mais vitimizado por todo tipo de violência e indignidade, o sexo que é mandado para morrer em guerras e depois abandonado pela sociedade para mendigar pelas ruas. Os homens estão, nas sociedades modernas, muito mais vulneráveis do que as mulheres, e tradicionalmente um homem sequer pedir por socorro ou protecão é considerado indigno e vergonhoso. Não é surpreendente então que os homens se matem aproximadamente muito mais do que as mulheres em quase todas as sociedades.

lola aronovich disse...

Anon das 15:54, que parte de "Kayla era uma mulher trans" você não entendeu? Seu chororô de que os homens são o verdadeiro sexo frágil (ideologia mascu típica) está totalmente fora de lugar neste post.

Anônimo disse...

Esse anonimo das 15:54 e piada de mal gosto, isso que ele afirma e muita mentira ou e muita desinformação dele.

Anônimo disse...

16:08

Sou homem e fiz o comentário das 16:03. Repito: Pare de se vitimizar e de tentar enquadrar o gênero masculino como um grupo de "coitados e oprimidos". Você não vai convencer ninguém aqui. Vai estudar e ser bom em alguma coisa que a "conspiração da sociedade" a favor do seu sofrimento vai desaparecer.

Anônimo disse...

Anônimo 16:08

"Homens suicidam-se mais que mulheres."

Isso e só quando se pensa em tentativa de suicídio com êxito, mas o numero de mulheres que tentam suicídio e maior.

Anônimo disse...

Sempre gosto de refutar estas ideias de machismo na sociedade. O que é machismo afinal de contas? Nunca vi alguém que conseguisse explicar o que é machismo.

Anônimo disse...

Sinto muito por ela. Às vezes parece que a nossa sociedade está a anos luz de tratar certos grupos com o mínimo de respeito.

Anônimo disse...

Anônimo disse...

16:08

Sou homem e fiz o comentário das 16:03. Repito: Pare de se vitimizar e de tentar enquadrar o gênero masculino como um grupo de "coitados e oprimidos". Você não vai convencer ninguém aqui. Vai estudar e ser bom em alguma coisa que a "conspiração da sociedade" a favor do seu sofrimento vai desaparecer.

5 de fevereiro de 2016 16:13


Desafio a provar o que disse

Anônimo disse...

Meu caro entenda o seguinte...

O sofrimento que existe em parcela dos homens se deve ao MACHISMO.
É o Machismo que te cobra ser provedor, é o Machismo que te cobra potencia sexual infinita, é o Machismo que te mandaram pra guerra, é o Machismo que te cobra ser sempre disponível pro sexo, que te obriga a NÃO brochar, que te obriga a NÃO aceitar uma moça que tenha certa experiência sexual, que te obriga a mandar teu filho de 12 anos pro puteiro e te obriga a exigir virgindade da filha de quase 30 anos, que diz que por vc ser homem vc TEM que trair sua mulher, que te obriga a NÃO aceitar divórcio, que te obriga a NÃO chorar no túmulo da sua mãe, etc.
Desculpa o termo, mas é o Machismo que fode tua vida NÃO o Feminismo.

Marcia disse...

Puxa, fiquei triste. Meus pêsames a todas e todos que a conheciam, que na medida do possível encontrem paz e força para seguir adiante. Só fico de cara com o: 'ninguém só se mata por ser mulher trans e negra', deve ter algum outro problema... Ah tá, por que ser odiada pela sociedade não é problema o suficiente para adoecer a alma e a mente de alguém. Tenho pavor de quem nega que o sofrimento individual é consequência da crueldade da sociedade.

E o chororô dos homi. Amigo, em que medida o sofrimento da Kayla não importa ou causa sofrimento nos homens? Não nego sofrimento humano para ninguém, mas precisa ser profundamente egoísta, moralmente debilitado para vir num post sobre a morte de alguém e simplesmente dizer: que há outras pessoas (que provavelmente você não conhece) que também sofrem.

Não consigo ter a mínima empatia por babacas assim.

Jovem feminista disse...

Anonima da 16:14


" O que é machismo afinal de contas?"

Machismo, basicamente negar as mulheres no mínimo os mesmos direitos que os homens tem, mas isso e mais amplo, machismo pode ser compreendido como todo o comportamento exercido em função de gênero.

Anônimo disse...

Penso que algumas pessoas aqui se esforçam para serem obtusas. Em que momento em desmereci o feminismo com meus comentários? Apenas apresentei informações de que o suicídio é maior em homens. "Kayla" era mulher? Se não é, biologicamente era homem, logo, enquadra-se cifra.

lola aronovich disse...

Anon das 16:30, sim, Kayla era uma mulher trans, uma travesti. Isso quer dizer que ela NÃO ERA um homem cis. Dane-se o seu "biologicamente". Isso é transfobia. Ela se matou por causa de transfobia, possivelmente por causa de pessoas como vc, que parecem estar no mundo para fiscalizar genitália alheia.
Entendeu? Isso não tem nada a ver com dados de suicídios de homens cis. Por isso é extremamente desrespeitoso num post que fala do suicídio de uma mulher trans vc falar que o homem cis é a verdadeira vítima do mundo e declarar que Kayla era homem. Mostra que vc não entende nada de nada mesmo. Ela se matou justamente por não ser aceita por pessoas obtusas como mulher.
Agora suma, troll. Paciência zero com energúmenos como vc.

Jovem feminista disse...

Anonimo das 16:30

Entenda uma coisa:

1 se homens se homens são mais vitimas de mortes violentas e porque homens aprontam mais porque querem, e porque homens matam mais também.

2 se homens morem em guerras, e pq homens fazem guerras.

E só os homens pararem de se destruir uns aos outros, e serem mais tolerantes com os outros, que seus problemas extaram em sua maioria resolvidos.

Anônimo disse...

Anon das 16:19

Ok. Não sou capaz de provar meu ponto. Continue com seu chororô vitimista, orgulhando-se doentiamente em se assumir como "sexo frágil", e daqui a 10 anos você conta aonde isso te levou, blz?

Anônimo disse...

Acho um profundo desrespeito vir troll num post desses tentar desvirtuar o assunto pra falar de homens. Que se apague e ignoremos esse tipo de comentário.


Sinto muito pela Kayla.

Anônimo disse...

18:03

1 ele não era doente mental, 2 orientação de gênero seja lá qual for ninguém muda com tratamento. Logo você esta no mínimo mal informado.

Eu já vi que dizer que a não heterossexualidade, seria uma doença e tratável, e uma mentirá que estão tentando repetir ate exaustão para que pareça verdade.

Anônimo disse...

Meus sentimentos para a Kayla e todas as mulheres trans e homens trans que sofrem esse preconceito estúpido e assassino. Eu juro, não consigo entender porque pra
algumas pessoas respeitar o diferente é tão difícil. Eu juro que não é difícil.

Anon das 16:14 aqui ó:

Significado de Machismo

s.m. Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres.
[
Característica, comportamento ou particularidade de macho; macheza.

Demonstração exagerada de valentia.

Informal. Excesso de orgulho do masculino; expressão intensa de virilidade; macheza.

fonte: dicionário online de português www.dicio.com.br/machismo

E se você quiser uma definição mais ampla e voltada ao político-social aqui tem uma excelente, ó:

O que é machismo? | PSTU

www.pstu.org.br/node/9022


Anônimo disse...

A censura mimimi blá blá blá seus comentários imbecis vão continuar sendo apagados. Tá achando ruim arranja outro lugar pra trollar, maluco.

Anônimo disse...

Energumeno??? kkkk Você merece ser xingado de coisa muito pior e você sabe disso, chuchuzinho vitimista. Desinfeta daqui, lixo.

Cris disse...

Caros trolls 19:44, 19:49, 19:58 se matem. Sério, o mundo seria um lugar bem melhor sem vocês. Suas mães não tiveram a oportunidade de abortar, mas agora vocês podem se matar e fazer desse mundo um lugar melhor. Vamos lá, se matem.



BHL, pra você eu tenho uma declaração especial: carregue uma espingarda com chumbo quente, tempere com pólvora, enfie no cu e puxe o gatilho. Seu bosta.

Anônimo disse...

A trollagem meia boca é o showzinho mais utilizado pelos babacas que não tem nada importante pra fazer na vida e qyerem aparecer de todo jeito. O troll meia boca é um fracassado por definição, um inútil, um peso morto, um loser. A trollagem cretina por si só é uma confissão velada da loserice e do desespero babaca por atenção, qualquer que seja o tipo, do troll. A trollagem babaca sem motivo nenhum é a prova total da irrelevância do perdedor. Como o imbecil reclamando de não poder insultar a transfeminista morta e ter suas pífias e ridículas tentativas de chamar atenção na base da trollagem jogadas no seu devido lugar - o lixo, pra onde é aconselhado que o dono siga imediatamente.

Anônimo disse...

Caso alguma pessoa trans(mulher trans ou homem trans) leia meu comentário queria manifestar meu apoio e também dizer algo que pudesse dar força. Não sei oq vcs passam mas nunca desistam de vocês mesmos e lute com todas as suas forçar para não deixar ninguém te definir ou deslegitimar sua identidade. Eu sou feminista e torço muito para que a causa trans dê certo. Acho que união é a palavra que tem que nos definir!!

Anônimo disse...

Pessoal, quem frequenta o blog sabe q na caixa de comentarios sempre rola uma trollagem de gente querendo destilar ódio e fazer bagunça. BOM, só pra avisar o pessoal que tá chegando agora pra não se assustar com as besteiras q energúmenos escreveram aqui!!!

Anônimo disse...

Queria saber pq q quando se fala em transativismo, só se pensa em mulheres trans. Homens trans não têm vez em lugar algum, zero protagonismo.

Anônimo disse...

Sempre que uma pessoa fala BOSTA e é criticada por falar BOSTA, vem falar em censura. Gente, não falha! A não-"censura" só vale pra ela. Não aguenta, monamu? Vai jogar The Sims.

Anônimo disse...

Lolinha, não tenho Twitter então vai aqui mesmo. Vou deixar um presentinho pra tod@s nós

Lembra do Roosh V., o advogado do estupro?

http://nymag.com/thecut/2016/02/pro-rape-meet-up-canceled-over-safety-concerns.html
"Pro-Rape Meet-Up Canceled After Women’s Boxing Club Threatens to Show Up"

"Imagine feeling unsafe in a public space, or afraid to have your privacy violated. As a woman, I have no idea what that must be like." - pois é, mas parece que o jogo virou não é mesmo?

http://www.papermag.com/toronto-female-boxing-club-roosh-1585607001.html
Mais um pouquinho da história do queridão

Agora se prepare que a coisa vai ficar BOA

Veja aqui com toda glória onde vive o Rei dos Machinhos
Spoiler: NO PORÃO DA CASA DA MAMÃE

http://www.dailymail.co.uk/news/article-3432531/Pictured-pick-artist-center-international-pro-rape-storm-t-shirt-shorts-door-mother-s-home-lives-basement.html?ito=social-twitter_dailymailus

Um bando de machinhozinho para para ouvir os conselhos amorosos de um cara que vive NO.PORÃO.DA.CASA.DA.MAMÃE, a vida é uma coisa maravilhosa não é mesmo?

E quanto mais você se informa, mais hilário o negócio fica

http://www.wehuntedthemammoth.com/2016/02/01/where-is-the-pet-shop-roosh-v-plans-secret-meetups-announces-locations-on-internet/

Tá aí minha gente, bom carnaval sem zika e usem camisinha.

Anônimo disse...

Que fracassado esse Roosh V.
Só fracassados pra admirar um grande desse!
Kkkk

Um feliz Carnaval sem mascus e com muita alegria. :)

Anônimo disse...

É complicado fazer estatística sobre suicídios em geral por uma questão técnica, a forma como é feita a notificação da morte de uma pessoa. Ninguém morre "de suicídio". Você morre por traumatismo craniano, falência de órgãos, perfuração por projétil etc. e como suicídio ainda é um tabu enorme na sociedade, muitas vezes ele é ocultado como "causa externa" nos documentos oficiais.

Anônimo disse...

Terrível, essa militante foi na verdade assassinada pela sociedade brasileira. Quem sabe quem você é, é você os outros não tem direito de ditar quem você é
Quando iremos evoluir? No Canadá isso é bem mais aceito.

Outro dia eu vi uma reportagem de um pai de família de 50 e poucos anos que se identificava como uma menina de 6 anos, ele abandonou sua família para ser quem ele realmente era, e isso é muito bem aceito por la. Agora já tem pais adotivos e uma nova família. Uma sociedade bem mais evoluída que a nossa, claro que eles tb tem seus problemas, mas já estão quilometros em nossa frente.

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-3356084/I-ve-gone-child-Husband-father-seven-52-leaves-wife-kids-live-transgender-SIX-YEAR-OLD-girl-named-Stefonknee.html

Raven Deschain disse...

Eu arrumei tanta briga com rad por causa da Kayla que vim ler os comentários com medo.

Uma pena que isso tenha acontecido. Ela amanhecia o dia com o inbox lotado de porcaria transfóbica, de homem, mulher, cisativistas no geral. Gente escrota. Vcs mataram ela. Vcs matam cada pessoa trans nesse país.

Vicky_ disse...

Não defendemos a morte de pessoas T, nem quero que essas pessoas tenham que recorrer a prostituição e ao suicídio.

Já tive episódios de depressão, não rirei de quem passa por isso, ainda mais se levar ao suicídio, Raven.

Não defendendo, e vamos ser sinceras: 98% de quem assassina (ou ao menos espanca) tais transmulheres são homens "cis", vão negar?
Não falerei de feminismo radical, pois minha posição aqui sobre o transativismo sempre foi bem clara.

Minhas condolências a quem convivia com Kayla.
Luto não é bolinho nem zoavel.

Anônimo disse...

Lolinha, para divulgar, agora existe a tag #meuprimeirobo (meu primeiro b.o.) para divulgar a dificuldade que as mulheres encontram para buscar ajuda da justiça e da polícia em situação de violência doméstica, abuso etc.

Anônimo disse...

http://revistagalileu.globo.com/blogs/buzz/noticia/2016/02/mulheres-compartilham-experiencias-ao-prestarem-queixa-com-hashtag-meu-primeiro-bo.html

Você está exagerando”, “Você não devia estar na rua sozinha” ou “Isso vai acabar com a vida de fulano” são apenas algumas das frases que as mulheres ouvem quando vão registrar um boletim de ocorrência em casos de violência. Isso não em uma ou duas, mas em centenas de situações.

O despreparo dos policiais ao receber as queixas da vítima fica ainda mais claro com os depoimentos compartilhados por diversas mulheres por meio da hashtag #meuprimeirobo, criada pela página “Conspiração dos Unicórnios Satânicos” no Facebook.

Aline D disse...

Esse texto do Lucas Simões sobre o que aconteceu com a Kayla diz tudo:

http://www.otempo.com.br/opini%C3%A3o/lucas-sim%C3%B5es/kayla-pulou-da-janela-do-seu-ap-mas-n%C3%A3o-se-matou-1.1227654

Anônimo disse...

(Viviane)
Assino embaixo, Raven! São as mesmas pessoas que vieram aqui tripudiar da Lola quando divulgaram um site falso no nome dela. Depois acusam a gente de "promover briga entre feministas". Vamos, radfems, deem a cara pra bater, tenham vergonha!

Raven Deschain disse...

Aí vc vai me desculpar Vicky, mas a pessoa que disse inbox pra minha amiga "por que vc não se mata"?, se dizia rad. As pessoas que atacavam a Kayla todo dia, eram rads. As pessoas que estavam na minha timeline rindo e tirando sarro da morte fela, se diziam rads (tive o maior prazer em denunciar e bloquear aliás).

E ok que vcs não encostem em pessoas trans, mas são transfóbicas no discurso. E se discurso não é nada pra que lutar contra discurso machista então, por exemplo? Não é o discurso que mata mulher.

Raven Deschain disse...

E quem mata mulheres cis, tb são homens, por que o prazer todo em perseguir "piroco" na internet?

Vicky_ disse...

Raven, infelizmente é tarde, Kayla se suicidou, não posso me desculpar pelas mulheres que enche[ra]m a inbox da Kayla, pois nem as conheço. 

Não a conhecia até essa notícia (sou meio alienada para reconhecer nomes de ativistas). 
Na página "Gênero e Materialismo"(Fala sobre Feminismo Materialista, ou seja, marxista), que é "transfobica", houve um post compartilhando fotos de mulheres T que morreram por violência, e não foi divulgado zoando, mas pedindo apoio. Sim, muitas eram pobres e não-brancas.

Não se pode defender direitos humanos e ao mesmo tempo defender que essas pessoas se fodam, well, sim, chamo de Kayla e pelo pronome feminino por educação, da mesma forma que se eu fosse convidada para um churrasco vegano não pediria carne, posso até não concordar com o ativismo daquelas pessoas, mas também sei que não vai adiantar muito insistir no oposto, naquele momento. 

"E quem mata mulheres cis, tb são homens, por que o prazer todo em perseguir "piroco" na internet?"

Aí é que está, muita mulher T vive dizendo que nós as violentamos, mas não, homens "cis" machucam ambas, já vi transativista se pondo acima do movimento feminista e o movimento negro.
O que me doi é o tal "privilégio cis", não existe privilégio cis, existe privilégio masculino, que é mais forte se ele for hetero. Não uso o termo piroco/trava.

Minha definição de gênero não as inclue no gênero feminino, sei que isso se encaixa no seu conceito de transfobia, mas não vou mentir no meu comentário.

Se eu continuar falando só vou me enrolar mais, mas para concluir: Bem, sei que Kayla lutava para trazer dignidade a um grupo que não tem, bem, eu também faço isso. 
Então me solidarizo a sua amiga. 
Quem sabe eu até tenha uma pessoa T na minha lista de amizades de redes sociais e nem saiba, não é legal passar uma ideia de violência as mesmas.

Raven Deschain disse...

Vc não tem que se desculpar. O que vcs precisam fazer, urgentemente, é parar de passar pano pra transfobia em nome de uma "sororidade" seletiva, que na verdade não existe. Vcs podem "achar", podem "acreditar" no que quiserem. O que vcs não podem é sair desrespeitando os outros e isso não é algo que vejo vc fazendo. Mas vejo outras. Aí anarco, intersec, negra, lésbica nenhuma, pode expor por sororidade. Meu cu. Preconceitos devem sim ser expostos.

E Bom, privilégio sempre parece pouca merda pra quem tem mesmo. Seja macho, branco, hetero.

Ou mulher cis.

Raven Deschain disse...

Gurias com o teu pensamento infelizmente são raras no meio militante online.

É mais comum gurias como a Carol Woytila (tu deve conhecer, se não, nem procure). Riu, fez piada, falou merda. Não tenho um pingo de sororidade com mina assim. Prefiro minha amigas travas.

Raven Deschain disse...

Viviane, sobre isso do site fake da Lola, eu postei em vários grupos o texto, perguntando aonde tava a sororidade dessas minas. Porque na hora de falar mal de "macho de saia" junta feminista até da Austrália. Mas na hora de defender o nosso ah ngm viu ngm conhece ngm sabe.

Anônimo disse...

(Viviane)
Pois é, Raven, pra mim isso é como aqueles ativistas pelos animais que desprezam o sofrimento de humanos (moradores de rua, por exemplo).
Mas acho curioso o "sincericídio" da Vicky ao responder a você que "se falar mais vai se enrolar". Meus parabéns pela paciência em responder a ela. Eu já perdi a minha faz tempo (e, por isso, não dirijo mais a palavra a ela)...

Raven Deschain disse...

Ih nem discuto mais.

Ainda bem que a "definição de gênero" não é delas pra elas fazerem o que quiserem.

Anônimo disse...

Mulher """""cis"""" NÃO MATA TRANS, quem mata são os HOMENS. E acusar mulheres de fazerem isso tem nome, é BRODERAGEM.

Raven Deschain disse...

Mulher cisativista é responsável por um discurso que jistifica todo e qualquer assassinato de pessoa trans.

Se respobsabilizem pela merda de discurso de vcs, senão não há a menor moral de cobrarem isso de um Danilo Gentili que seja.

donadio disse...

"E Bom, privilégio sempre parece pouca merda pra quem tem mesmo. Seja macho, branco, hetero.

Ou mulher cis.
"

O que parece é que esse conceito de "privilégio" está sendo mal utilizado. Não é para ser entendido da mesma forma que os privilégios odiosos da aristocracia medieval, que estava acima da lei. É algo muito menos impressionante ou detestável, e é algo de que todo mundo, em um grau ou outro, desfruta. Sabe aquela mendiga negra, nordestina e analfabeta que pede esmola na esquina? Pois é, ela não é lésbica, portanto desfruta do privilégio hétero. Isso não faz dela parte da elite opressora, não faz dela o inimigo a combater. Apenas a faz mobilizável para expressar determinado tipo de preconceito.

Não é uma coisa pessoal. Dizer que alguém desfruta do "privilégio cis" não é uma acusação. Mas parece que está sendo entendido assim (então, talvez, quem sabe, esteja sendo usado assim?)

Talvez o termo "privilégio" seja a fonte da confusão?

Vicky_ disse...

Cansei, fui educada, mas nos chamar de jiharista é demais.

Se eu nascesse em certos países sofreria mutilação genital antes mesmo de aprender a ler(SE os homens me permitissem aprender a ler nesses países).
Se nascesse em certas regiões, casaria aos 12 anos com um velho "cis". 
Se eu me relacionasse com outra mulher, em quase todos os países eu ia tá fu.di.da...

...Tudo isso a partir do momento que percebessem que eu era um ser humano com buceta. 

Ainda não me explicaram como eu tenho poder de oprimir alguém se sou uma guria de 16 anos, nada branca, que nunca chegou a classe média e que nasceu "na mata" do país.

 Já fui estuprada, já me espancaram por não vestir o que queriam(pelos meus próprios pais, em público), mas sou privilegiada...

O meu privilégio é ser reconhecida como o sexo inferior ao homens por onde eu passo? 
Mesmo que eu me vista de Joãozinho nunca fugirei de ser o sexo que engravida, do útero que é moldado pela religião e pelo estado, que é culpado pelas infermidades do mundo.

Me empurraram a vida inteira o rótulo "mulher/menina" e agora me dizem que sou privilegiada pelo o que veio em decorrência desse rótulo. 

Podem ficar com os vestidos e a maquiagem, eu só busco destruir o Patriarcado e o que é anexo a ele. (O capitalismo, os dois gêneros, o racismo)

Não sou uma mulher cis, sou um ser humano do sexo feminino que luta pela dignidade de quem está na mesma situação. Eu não matei Kayla, não passo por cima dos outros para alcançar essa dignidade, mas não pisotem quem nasceu com buceta e não fica dizendo ser homem, não somos delicadas. 
Há mais de 10 mil anos temos nossos direitos básicos negados e, agora, quem nasceu com a genital e corpo masculino dita o que é mulher ou não.

 Tudo o que vive nesses poucos 16 anos me deixaram claro o que é um homem e o que é uma mulher nessa sociedade, nós somos o segundo sexo, no fundo vocês sabem. 

Carai, já vi trans branca dizer que uma mina preta tava oprimindo ela.
Uma mina. Preta. Periférica.

E a trans era hetero e sustentada por um cara...

Raven Deschain disse...

Rad de 16 anos. Nenhuma novidade. Quando tu tiver mais velha talvez.

E ngm te chamou de nada não, sossega a periquita aí.

Vicky_ disse...

Chega. 눈_눈

Não precisa mencionar minha periquita, Raven.
Vive aí sua vida, tô saindo.

"Rad aos 16 anos"?

Pois zé, queria ter nascido numa família progressista, mas só deu pra conhecer o feminismo lá na adolescência, quem sabe na próxima reencarnação eu cumpro suas exigências e só me torno rad depois dos 30.

Raven Deschain disse...

Não existe rad de mais de 30. XD

Anônimo disse...

Vicky, esse pessoal aqui adorar segregar por idade. Curiosamente, toda vez que alguém fala de machinhos mais velhos "saindo" com gurias mais novas, sempre aparece alguém para reclamar de "etarismo" kkkkkk. Etarismo existe, é claro, mas estou certa de que não somos nós que o praticamos. Para piorar, é a segunda vez que te discriminam pela idade aqui; antes foi a "querida Viviane"; agora, a Raven. Nada de novo sob o sol.

Você é uma guerreira, Vicky, não deixe que o discurso das libfem te desanime. É lógico que eu lamento a morte de Kayla, mas eu não a matei, essa culpa não é minha. Não sei o que outras feministas radicais disseram a ela, por isso nem vou opinar sobre isso. De qualquer forma, o feminismo radical é materialista, é sobre nós, mulheres, qual é o problema em delimitar quem estará no nosso grupo e quais serão nossas lutas? Novamente, não sei o que disseram a Kayla e abomino discursos transfóbicos, acho que nossas lutas são diferentes, só isso. Porém já vi radfem sendo expulsa de grupos só por questionarem o "privilégio cis", como assim??

Enfim, não posso falar muito sobre o que não acompanhei. Não sei o que estava acontecendo com o Kayla. Mas, de qualquer forma, Vicky, novamente, você tem minha admiração. Fico impressionada pela maturidade que você tem sendo tão nova.

Deixo a frase da Gloria Steinem : "As mulheres talvez sejam o único grupo que torna-se mais radical com a idade.”

Anônimo disse...

"Mulher cisativista é responsável por um discurso que jistifica todo e qualquer assassinato de pessoa trans."

Então a mulher cis faz discurso e aí o homem "hétero" vai lá e prostitui a trans, assassina a trans, estupra a trans, não dá emprego pra trans, não deixa a trans estudar, é isso?

Anônimo disse...

IUZOMITRANS, porque ninguém fala deles heim? Até parece que não existem

Anônimo disse...

(Viviane)
Ééééé... Depois sou eu quem levo a culpa por não comentar com conta do Google, mesmo assinando o nome...
Não vou responder sobre as trans porque, novamente, a Raven fez isso muito melhor do que eu faria. E não tenho nenhum preconceito contra adolescentes. Acho lindo que a Internet tenha democratizado as vozes de todos e, por isso, em nenhum lugar em que comento tento me impor pela idade (até porque tem gente aqui mais velha que eu).
Mas alguém como a Vicky, que diz que "não sabia que eu assinava meu nome, mesmo comentando sem conta" (isso depois de ter me criticado mais de uma vez), não merece esse respeito. Para mim, cinismo é inaceitável em qualquer idade. Só como exemplo, outras adolescentes comentam aqui e não ofendem ninguém.
No mais, devo concordar (de novo!) com a Raven: não existe radfem com mais de 30 anos (a não ser alguém que usa esse discurso para convencer as jovens, sabe-se lá com que fins).

Horácio disse...

Fazer papel de vítima não é coisa de homem. Por favor entendam que vitimismo e empoderamento não combinam se não houver uma imensa condescendência. Condescendência que não está à disposição de homens. Tamanha incoerência não será tolerada entre homens. Aceite suas agruras, mostre altivez, respeite-se.

donadio disse...

"Ainda não me explicaram como eu tenho poder de oprimir alguém se sou uma guria de 16 anos, nada branca, que nunca chegou a classe média e que nasceu "na mata" do país."

Vicky, em primeiro lugar, o seu discurso não se parece com o discurso de uma menina de 16 anos. Você é bem mais experiente, articulada e coerente do que a enorme maioria das pessoas da sua idade. Sempre imaginei você como uma mulher em torno de 30 anos.

E isso te retira o "privilégio" da juventude, que é o de ser julgada de forma condescendente. As pessoas te levam a sério, e te respondem de igual para igual.

Quanto ao que você está questionando, não acho que ninguém esteja te dizendo que você está oprimindo alguém, ou mesmo que tenha o poder para tanto. Se você entende "privilégio" dessa forma, então ou você está entendendo errado, ou todo o discurso articulado em torno dessa palavra é equivocado.

Sou branco e homem, portanto eu desfruto desses dois privilégios. Não significa que eu saia por aí tentando reescravizar negros, ou que eu ache que lugar de mulher é em casa, pilotando o fogão. Significa que eu não preciso tomar cuidado com a polícia da mesma forma que meus amigos negros precisam - por que para a polícia eu sou em princípio inocente, enquanto um homem negro, especialmente se for jovem, está em princípio "em atitude suspeita" - frequentando lugares que não deveria frequentar, falando com pessoas que não deveria conhecer. Significa que se preciso passar por uma rua semi-deserta de madrugada, preciso temer ser roubado, mas não ser estuprado, como uma mulher na mesma situação temeria.

Se paro para pensar nessas coisas, vou evitar assumir posicionamentos preconceituosos em relação a mulheres e a negros. Se não paro, vou ao contrário presumir que não corro o risco de ser estuprado por atacantes anônimos por que eles não são tão maus assim, e que a polícia me deixa passar e me chama de doutor, em vez de me mandar encostar na parede e me chamar de vagabundo por que eu sou realmente um cidadão de bem e a polícia sabe disso.

donadio disse...

"O meu privilégio é ser reconhecida como o sexo inferior ao homens por onde eu passo?"

O seu privilégio é ser reconhecida como uma pessoa dentro das normas de gênero. É ter diversas opções de emprego, além da prostituição e dos salões de beleza. É não fazer parte da lista de "pessoas a serem acusadas em caso de crimes difíceis de ser solucionados" que a polícia mantém.

Acredite, tem pessoas que não têm esse privilégio - e são os travestis.

"Não sou uma mulher cis, sou um ser humano do sexo feminino que luta pela dignidade de quem está na mesma situação. Eu não matei Kayla, não passo por cima dos outros para alcançar essa dignidade, mas não pisotem quem nasceu com buceta e não fica dizendo ser homem, não somos delicadas."

Acho que ninguém está te acusando de ter matado a Kayla, nem de passar por cima dos outros. O que estão dizendo é que há pessoas que se dizem parte de um determinado movimento - o tal "feminismo radical" - que tiveram um comportamento racista e transfóbico quando da morte da Kayla. E isso, até onde eu pude perceber, é verdade. É claro que isso não significa, por si mesmo, que esse movimento "radfem" é em si mesmo racista e transfóbico. Mas do que eu já li de pessoas que se identificam como "radfems", isso também é verdade: chamar transsexuais não operadas de "piroco", chamar as vaginas artificiais das transsexuais operadas de "fuckholes", acusar transsexuais genericamente de "estupro simbólico" e de serem "agentes do patriarcado" para invadir banheiros femininos, etc. Assim como já li "radfems" dizerem que prostitutas são "traidoras" do gênero feminino e deveriam ser fuziladas depois que a "guerra dos sexos" for vencida.

Não estou generalizando, pode ser que haja "radfems" que não digam isso nem pensem assim. Mas há quem diga e pense e se intitule radfem. Esteja à vontade para dizer que elas estão erradas, que é um pensamento e um comportamento bárbaro, preconceituoso, de direita, o que você quiser. Mas não diga que não existe, nem personalize, dizendo que são só algumas frutas podres num balaio essencialmente saudável.

"Há mais de 10 mil anos temos nossos direitos básicos negados e, agora, quem nasceu com a genital e corpo masculino dita o que é mulher ou não."

Se te serve de consolo, nunca achei que travestis sejam mulheres. Até já comentei, jocosamente, que você pode nascer mulher, em vez de se tornar mulher... desde que nasça homem. Mas se é para levar a sério a crítica do binário de gênero, pasme, as pessoas têm direito de ser consideradas seres humanos, com tudo que isso implica, mesmo que tenham fantasias a respeito de ter nascido no "corpo errado".

Carai, já vi trans branca dizer que uma mina preta tava oprimindo ela.
Uma mina. Preta. Periférica.


Sem conhecer o contexto, fica difícil julgar. Mas, sim, há “minas” pretas, periféricas e profundamente preconceituosas. E talvez sejam a maioria.

donadio disse...

"Não existe rad de mais de 30. XD"

Ora, é claro que existe.

Qual seria a idade típica de um grupo de estalinistas desiludidas que resolveram mudar de assunto, de classe para gênero, mas não de método, que continua a ser o autoritarismo misturado com fantasias de violência? Dezesseis anos, ou sessenta?

Se a Lola fizer um bolão, aposto nos sessenta...

Anônimo disse...

Gloria Steinem disse essa semana que a medida que envelhecem as feministas ficam mais radicais porque vão lidando com mais obstáculos pelo caminho.

Ela também disse que os homens ficam mais conservadores a medida que envelhecem.


Para quem disse que só existe rad adolescente... talvez essas só sejam precoces.

Anônimo disse...

(Viviane)
Donadio, talvez sua hipótese sobre a idade das rads faça sentido se pensarmos em uma "liderança" desse "movimento". Mas ainda acho que a maioria das influenciadas sejam adolescentes.
E, diferente de você, acredito que a Vicky seja sim uma adolescente - o discurso dela parece muito, pelo menos. Uma pena, adoraria ter certeza de que ela é adulta para não precisar dar a ela essa condescendência que você citou...

Anônimo disse...

Rindo aqui da história de "não existir radfem com mais de trinta", ô criançada bonita.... Feminismo segunda geração manda beijos bem fortes para vocês.

Ass: Radfem aos 50

donadio disse...

"E, diferente de você, acredito que a Vicky seja sim uma adolescente"

Ah, eu acredito que ela seja, sim. Só acho que é excepcionalmente madura para uma adolescente, e não vou tratar como criança, por que acho que seria condescendência.

Anônimo disse...

(Viviane)
Realmente, se ela quer discutir de igual para igual (e eu acho louvável essa coragem), tem de aprender que quem fala (escreve) o que quer ouve (lê) o que não quer...

Anônimo disse...

Fiquei muito comovida com a morte de Kayla e resolvi escrever sobre isso: http://www.facesfemininas.com/para-kayla/
Ajudem a divulgar tbm!

Anônimo disse...

Oi, tudo bem? Então, entendo o suicídio da colega. Não sou transsexual, mas sou lésbica. Não sou ativista, sou discreta, feminina, ninguém sequer desconfia, mas a orientação sexual não deixa de ser um desconforto em certos momentos. Infelizmente, devo admitir que às vezes me sinto meio sufocada e triste, angustiada admito que por preconceito comigo mesma entende? Com certeza, todo lgbt já se perguntou: Por que nasci assim, por que sou assim? Sei que isso não deveria ser um problema, mas somos criados para ver nisso um problema, um desconforto, uma anormalidade, é assim que nos sentimos... anormais! Gostaria muito de ser heterossexual, de gostar de homens. Gostaria de ser, pois não teria que dar satisfação de tanta coisa, não teria que viver em guetos, nem em segredos, teria uma vida como a de todos, poderia compartilhar o que quisesse sem tabus, não teria que me privar de certas pessoas, de certos convívios sociais, pois saberia que ninguém me olharia com estranheza ou pena, sei lá. Nossa é um saco, só quem é lgbt sabe como é viver tudo isso. No caso dela, além dessa batalha interna, ainda tem a sociedade e as pessoas que com certeza deveriam ou tratá-la com pena ou com estranheza. Isso é sufocante, enfim minha opinião.

Heleonora disse...

Anônimo, tu é maior otário que não reconhece privilégios e sai diminuindo dor alheia... VAI SE FODER!