sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

NÃO HÁ NADA FEMINISTA EM SER PRECONCEITUOSA

Pedi ao meu querido Flávio para traduzir este artigo de Katy Guest publicado no jornal britânico The Independent

Quando o assunto é o direito de [pessoas] transgênero, não é nada feminista ser intolerante.
Pessoas transgênero são atacadas aos milhares no mundo; algumas são até mesmo assassinadas.
Assim como Maria Miller, que foi entrevistada na edição de janeiro do Independent on Sunday, fico chocada que argumentos contra concessão de direitos iguais a pessoas transgênero estejam vindo de mulheres que se dizem feministas. Eu também sou feminista e posso dizer aquilo que um político não pode: é hora de aceitar que ficar dando piti em relação aos direitos transgêneros é coisa de gente intolerante.
Autumn Sandeen: Transfobia não é
mais aceitável no nome do feminismo
[A luta] pelos direitos de trans encontra-se, hoje, na mesma situação em que os direitos das mulheres e dos gays estavam uma geração atrás em termos do que as pessoas têm coragem de dizer e ainda se considerarem corretas. Então precisamos lembrar-nos de nós mesmas algum tempo atrás. 
Se você é do tipo que diz que “mulheres trans não são mulheres de verdade”, uma geração antes você estaria negando a condição de mulher às lésbicas ou a mulheres que não têm filhos. Se você acha que mulheres trans não deveriam poder usar banheiros públicos, você seria aquele idiota que gritava “Vamos encostar a bunda na parede!” cada vez que um homem gay passava por perto.
E se você insiste que mulheres trans têm que usar banheiros e provadores masculinos, então tem que aceitar que homens trans (como o barbudo Michael Hughes, de Minnesota, que posta fotos de si mesmo em banheiros femininos usando a hashtag #WeJustNeedToPee, ou Só Precisamos Mijar) usem instalações femininas. Isso significa que pessoas que parecem homens e que, consequentemente, são homens, possam entrar nos provadores femininos. Isso aumenta ou diminui a possibilidade de estupradores estarem em espaços femininos? É por isso que pessoas que odeiam mulheres trans se recusam a reconhecer a existência de homens trans?
Entre os espaços de sexo único se incluem as prisões, onde tempos atrás você se preocuparia com os perigos que o raro homem abertamente gay representaria para os pobres heterossexuais. Argumentar que mulheres trans que cometeram crimes sejam postas em prisões masculinas levam a casos como o de Vicky Thompson, de 21 anos, que foi encontrada morta em uma prisão masculina no ano passado, e de Ashley Diamond, que foi diagnosticada com estresse pós-traumático depois de declarar ter sido sexualmente atacada repetidamente durante três anos em uma prisão masculina nos EUA.
Os casos acima são reais, ao passo que, no caso hipotético de um homem que subitamente anuncia que é uma mulher transgênero no minuto em que é condenado por estupro, um juiz deveria, claro, considerar isso na hora de dar a sentença. É nesse ponto que o lobby anti-trans normalmente diz “Ah, mas como eles sabem que são realmente mulheres/ homens?”. Bem, como você sabe que pertence de fato ao seu gênero? Por causa da sua genitália? Tenho visto pessoas tentando me dizer que, como mulher, eu sou essencialmente apenas uma parte de um corpo (ou uma par de partes do corpo), mas nunca, até hoje, essas pessoas eram feministas!
Também ouvi que mulheres trans não são mulheres reais porque elas tiveram infâncias diferentes das “nossas”. Tá certo, e as feministas de classe média britânica dizem com frequência que têm experiências muito diferentes daquelas de, digamos, uma supermodelo, uma mulher com deficiência, ou uma garota da Somália que teve seu clitóris cortado aos oito anos, mas não ouço ninguém dizendo que elas são menos mulheres. E a noção de crianças trans criadas com “privilégios masculinos”? Tá de brincadeira?
Outros opositores dos direitos iguais para pessoas transgênero estão ocupados procurando exemplos na mídia chauvinista americana. Aqui tem um cara que se vestiu de mulher para estuprar mulheres. Sim: um homem estuprou mulheres; uma mulher trans não estuprou nenhuma mulher. Quando homens se vestem de taxistas, professores, médicos, padres, amigos ou amantes para cometer estupros, nós restringimos os direitos de taxistas, médicos, amantes e padres? 
Para cada história como essa acima, há uma tonelada de provas de que pessoas trans estão sendo agredidas no mundo todo, aos milhares; algumas até são assassinadas. Mais de 600 crimes de ódio contra pessoas transgênero foram registrados na Inglaterra e no País de Gales entre 2014 e 2015, diz pesquisa do governo sobre crimes. Dobrou: entre 2011 e 2012 foram 313 casos.
O argumento mais ridículo de todos é de que “eles” roubaram nossa linguagem e estão nos forçando a nos chamar de “mulheres cis” em vez de apenas mulheres. Sério? Você nunca teve uma conversa em que é útil distinguir um tipo de pessoa do outro? Você ficaria tão irritada com uma mulher negra se ela mencionasse em um determinado contexto que você é uma mulher branca?
Por fim, “tenho direito à minha opinião”. Por mim você pode achar que todas as pessoas trans são roxas, mas se você apoia uma legislação que nega assistência médica, suporte jurídico e outros direitos humanos básicos a pessoas roxas, então temos um problema. 
Por favor, feministas, ouçam a si mesmas... e então ouçam Jeremy Clarkson e compreendam que vocês se parecem. Transfobia não é feminismo; é algo muito patriarcal. E se você realmente quer conversar sobre violência masculina contra mulheres, quem você acha que está espancando todas essas mulheres trans -– outras mulheres? 
Nesse meio tempo, enquanto você está ocupada procurando no Google provas de que pessoas trans são estupradores disfarçados, homens continuam estuprando mulheres. E, a propósito, você é preconceituosa. Igualdade é para todxs, não apenas para mulheres exatamente como você.

102 comentários:

Unknown disse...

Antes de qualquer coisa, Gente não deem aos trolls, mascus, e crentelhos deixem esta gente estupida e desocupada, falando pras paredes, que logo a Lola vem apaga todos comentários deste pessoal.

Anônimo disse...

Pergunta sincera;
SE a ideologia de gênero se baseia no argumento de que padrões de gênero são socialmente construídos, porque quando um individuo do sexo masculino para se afirmar sendo do gênero feminino usa de padrões socialmente construídos para se afirmar como mulher? (cabelo comprido, salto alto, maquiagem, silicone) quem disse que estas coisas determinam o que e feminino?
Outro dia vi o caso de uma criança de 8 anos de sexo masculino que se afirmava do gênero feminino e teve apoio dos pais, que estava começando a ir para escola de cabelo comprido, saia, roupa rosa. Isto não e afirmar de certa forma padrões de gênero?
Porque uma mulher não pode ser musculosa ter barba cabeça raspada? E um homem não pode ter seios?

Anônimo disse...

Problematizando a questão de ser cis:
https://traducoesfemininjas.wordpress.com/2015/07/18/eu-sou-cis-de-rebecca-reilly/

Unknown disse...

Bom agora sim eu vou comenta este post.

Eu vou insistir em algo que eu ja disse aqui, feminismo e para quem nasceu foi criada e vive como mulher, pois o feminismo foi criado para lidar com problemas e interesses de quem se enquadra neste perfil.

Pessoas que são trans, gays, lésbicas e outras coisa que se diferencia de uma pessoa heterossexual, já tem outros problemas, do qual maior e a homofobia, que por sinal e muito forte no Brasil.

Outra coisa a relação entre homens e mulheres ja e problemática de mais, para o feminismo como movimento, ficar se envolvendo em relações que entre pessoas do mesmo gênero, que tem características que se diferencia de uma relação hétero em vários sentidos.

Enfim o que quero dizer e quem e não heterossexual, já tem movimento GLBT para lidar com seus problemas, que diga-se passagem tem mais propriedade para falar dos problemas de quem não hétero, do que feminismo.

Vicky_ disse...

Transativismo é o mais perfeito backlash.

A raiva de vocês é que o que chamam de transfobia, feministas radicais chamam de machismo, homofobia e lesbofobia.

Disforia sexual existe -- condição onde a pessoa é de um sexo, mas deseja ser do outro sexo, a neurologia vem estudando-a --, mas vocês negam o vies materialista dessa questão. Pois colocar os bois na frente dos carros é a solução.

Grupos transativistas são quase um club de luta: Regra número um - Não se fala sobre a realidade do grupo transativista.

Já fui chamada de assassina por ser "transfobica".
Tipo ser chamada de assassina por ser a favor da descriminalização do aborto. A esquerda atual tá incrível.

Eu já até compreende o negócio "Você não é igual as outras feministas, é diferente!" Disse o cara.
"Você não é toda peluda, segue sites de maquiagem e sabe que ser mulher não tem nada a ver com biologia!"

Radicais feministas são as putas e as liberais são as santas, mas não ache que por você ser rotulada como santa eles vão começar a te tratar como um ser humano.

Você vai num evento "Descontruindo o gênero", mas o que ouvirá são 2 horas sobre aceitar minas trans... 'Cause Fuck Logic.

Materialismo, maternagem, lesbianidade e economia é tudo secundário nesses eventos. Isto é, quando citam esses temas.

(Que iniciem o choro dizendo que não tenho idade para menstruar, que ninguém me quer, que sou uma puta, que como o fígado de meninos, nada de novo sob esse céu azul)

Agora, a assassina de 16 anos vai para a aula enquanto vocês comemoram a indústria farmacêutica e enfiar hormônios em meninos de 11 anos que queriam cursar balé.

Anônimo disse...

Segundo o Jonas, lésbicas não são mulheres, não sofrem violência de gênero e devem "trocar" o feminismo pelo movimento LGBT, porque não se enquadram.
Querido, apenas melhore!
100000000 anos participando do blog e ainda não aprendeu o básico!

Anônimo disse...

lola vc poderia fazer um post sobre masturbação, sem chacota vejo muita mulher com noia sobre isso.

Anônimo disse...

Eu tenho uma dúvida sincera, alguém me explica. Somos contra os padrões de gênero e etc... certo? Entendo que quanto mais cedo passar pelo processo de transição melhor para a pessoa trans, mas como identificar que uma criança é trans?

Se um menino gosta de rosa, brincar de boneca, etc... então ele vai ser considerado trans? Mas isso não é meio contraditório, se for assim, os reaças estão certos em determinar que azul = menino e rosa = menina.

Unknown disse...

Anon 13:17

Onde eu disse que lésbicas não são mulheres? ou que Gays não são homens?

Entenda uma coisa, quem e hétero e diferente de quem não e hétero, pois pelo menos na vida adulta sempre tem uma vida diferente, problemas diferentes e uma mentalidade diferente também.

Por fim não ponha no meu texto o que não escrevi.

Anônimo disse...

"feminismo e para quem nasceu foi criada e vive como mulher, pois o feminismo foi criado para lidar com problemas e interesses de quem se enquadra neste perfil."

Tá bem 'mostradinho'?

Anônimo disse...

Maternagem. Esse assunto é tão pouco falado que me dói.
Mesmo entre as feministas, parece que ser mãe é se excluir por opção. Ou vc tem grana para terceirizar a educação do seu filho, ou dá um tempo da militância, porque os espaços de debate acolhedores são raros.
Não vou me alongar no assunto porque não tem a ver com o post, mas que dói, dói.

Anônimo disse...

"Agora, a assassina de 16 anos vai para a aula enquanto vocês comemoram a indústria farmacêutica e enfiar hormônios em meninos de 11 anos que queriam cursar balé."

Nossa minha querida, q exagero da sua parte, quem aqui tá comemorando "enfiar hormônios em meninos de 11 anos que queriam cursar balé"? Parece q é até um problema um garoto querer cursar bale´.

O único lugar no mundo q vejo isso é no Irã, homens sendo obrigados a se tornarem "mulheres", do resto, uma acusação séria e sem fundamento da sua parte

Anônimo disse...

(Viviane)
"Meus dois centavos" sobre o tema:
Eu já devo ter comentado isso em resposta a alguém em outro post, mas vou correr o risco de repetir. Nós, mulheres cis, não precisamos estar o tempo todo de saia, cabelo comprido e maquiagem para sermos socialmente identificadas como mulheres. Pessoas trans precisam (no sentido de necessidade mesmo) adotar os estereótipos de gênero para que outras pessoas as identifiquem da mesma forma que elas se vêem. Portanto, acho que não dá para culpá-las por "reforçar estereótipos". Num mundo ideal, cada um de nós seria livre para se vestir como quisesse, mas estamos longe disso.
Sobre a socialização na infância, acho inacreditável alguém considerar um "privilégio" que uma mulher trans tenha sido "socializada como homem". Sério, acham mesmo que, se elas se sentissem bem com isso, teriam tantos problemas para serem reconhecidas como trans?
E sobre os grupos feministas que discriminam pessoas trans: quero acreditar que, fora da internet, essas pessoas não sejam tão virulentas em suas falas. Houve um post esses dias aqui no blog que fala sobre descarregar raiva na internet. #maisamorporfavor
Obrigada, Lola e Flávio, pela publicação do texto!

Dollynho disse...

Muda essa foto horrorosa, Jonas...

donadio disse...

"Parece q é até um problema um garoto querer cursar bale"

O problema não é o menino querer fazer balé, é convencerem o menino que ou ele continua menino e desiste do balé, ou continua com o balé e desiste de ser menino.

Que é mais ou menos o que está acontecendo: se você gosta de cor-de-rosa, de brincar de casinha e de bonecas, se seu sonho é ser enfermeiro, bailarino, professor primário, comissário de bordo - então você não é homem, é mulher, por que, como todos nós sabemos, só meninas gostam de cor-de-rosa, de bonecas, de dar aula pra crianças ou dançar. E aí em vez de combatermos o preconceito, nos adaptamos, e adaptamos as crianças e seus corpos a ele. Exatamente num momento em que a naturalização das construções de gênero está sendo radicalizada.

Anônimo disse...

Jonas seu comentário foi bem infeliz. E não é você que quem que decidir sobre o que é pauta feminista ou não. (haM)

Anônimo disse...

Agora para ser aceita como feminista, tem que aceitar piroco ?

Eu rejeito esse feminismo da Lola.

lola aronovich disse...

E eu e muitas feministas rejeitamos o seu feminismo transfóbico, anon das 14:54. Ou vai dizer que chamar mulher trans de piroco não é transfóbico?
É completamente absurdo ser feminista e oprimir outros grupos.

Anônimo disse...

Nossa, q postagem mais flop, zero interesse por parte dos comentaristas

Unknown disse...

Anon 14:38

Quanto a felicidade ou não do meu comentário, isso e por tua conta e ordem, quanto a pauta do movimento, nisso eu concordo contigo.

Anônimo disse...

Não, mascu das 15:21, não basta transar com um homem pra ser mulher. Mas vá lá ser feliz com o seu marombado, assim não fica perdendo tempo nos fóruns dos losers de um real nem enchendo o saco das comentaristas.

Anônimo disse...

(Viviane)
Donadio, pelo seu comentário você está tentando problematizar o binarismo de gênero? Questionando a necessidade de se encaixar crianças em estereótipos antes mesmo de elas entenderem o que é ser homem ou mulher?
Não estou ironizando, acredito que foi essa mesma sua intenção. E também considero importantes os pontos que você está discutindo. Só acho que seu comentário fornece argumentos justamente para quem o post quer criticar: pessoas que discriminam pessoas trans. Sei que não sou ninguém para dizer o que alguém deve pensar ou escrever, mas pode não ter ficado claro para mais pessoas além de mim.
Desculpe pela intromissão, espero ter me feito entender.

Anônimo disse...

Viviane, que comentário mais lúcido! (aplausos)

Anônimo disse...

Viviane, me referi ao primeiro comentário, das 14:13.
Aplausos novamente.
É que postamos juntas o segundo, rs

Anônimo disse...

Anônima das 15:34

Estes mascus acham que só pq eles são uns retardados mentais, a gente também retardada aponto de acreditar nas historias mirabolantes deles.

Suellen

donadio disse...

"Donadio, pelo seu comentário você está tentando problematizar o binarismo de gênero?"

Sim, é por aí.

"Só acho que seu comentário fornece argumentos justamente para quem o post quer criticar: pessoas que discriminam pessoas trans."

Eu acho que essa é outra questão: aparentemente há pessoas para quem o estereótipo de gênero é uma coisa realmente importante. Talvez tenha a ver com o que foi comentado acima, "pessoas trans precisam adotar os estereótipos de gênero para que outras pessoas as identifiquem da mesma forma que elas se vêem", ou talvez o estereótipo seja atraente em si mesmo. Essas pessoas continuam a ser pessoas, e continuam a ter direitos, entre os quais o de não serem discriminadas.

A coisa se complica quando envolve crianças. Tenho certeza de que há crianças que realmente se identificam com o sexo oposto desde muito cedo, e que tentar forçá-las a adotar os estereótipos do seu sexo biológico não vai dar certo. Por outro lado, também tenho certeza de que existem pais e mães que projetam seus próprios desejos e interesses nos filhos. E que isso também não vai dar certo.

Anon das 15:34 disse...

Pois é, Suellen, e eles nem tentam ser originais mais. Já teve troll se esforçando até pra contar a história de Hitler como um guest post real, hoje nem arranjar uma coisa nova pra dizer eles querem. Bom, pelo menos esse mascu aí encontrou um macho alfa pra fazê-lo feliz e logo logo ele some daqui.

Unknown disse...

Concordo totalmente com a Viviane e digo mais: não vejo essa relação de causa e efeito entre a aparência das trans e a reafirmação da exploração de gênero, exatamente por que homens e mulheres trans também serão oprimidos por atores que acreditam que é 'errado' cruzar a fronteira dos papéis definidos.

E tem mais: se não é legítima a imposição de padrões e esteriótipos sociais, quem foi que disse que é legítimo atacar a luta por direitos de outros grupos?

Quando foi que alguém recebeu ordens supremas de dizer o que é feminismo e o que não é? Rolou contrato e ninguém avisou as mulheres trans?

Também não me parece razoável dizer que não faz diferença para o reconhecimento de identidade usar ou não roupas de mulher. Ora, não é lógico, mas é o jeito com o que o mundo funciona: dependemos do reconhecimento de esteriótipos para dar significado a pessoas e ações. Que isso é, frequentemente, um problema eu também concordo.

Mas se é clichê o reforço de padrões (um bem cruel, admito), como mulher usar saia, batom, cabelo comprido, o que dizer do discurso que nega igualdade de direitos para mulheres, sejam só, especialmente daquelas que se orgulham da sua identidade de mulher?

Sou mulher cis, tenho privilégios por conta disso, do mesmo jeito que tenho privilégios por ser branca.Não, não sou desprovida de sofrimento por isso, mas não estou disposta a odiar gratuitamente mulheres trans, da mesma forma como a sociedade odeia mulheres cis. Não é para isso que sou feminista. Não odeio minha identidade de mulher, tenho raiva das amarras de submissão que a sociedade tenta me impor por eu ser mulher, mas veja: ainda sim, eu resisto, de mil formas, algumas vezes usando saia e batom vermelho (e nesse calor que tá, nada mais confortável para mim do que usar uma fresca saia rodada). Por que a minha resistência seria mais legítima do que a resistência das mulheres trans? Por quê tenho uma vagina?

Desculpa aí, mas eu sou mais do que partes do meu corpo, embora goste muito de todas elas, obrigada. E socialização na infância, minha gente não é algo que você prove que igual para todo mundo. Se socialização masculina fosse um privilégio assim tão desejável, por que mulheres trans resistiriam a ela? Se parece uma mulher fosse algo assim tão indigno, marcador número um de submissão, por que pessoas socializadas para os privilégios masculinos se atreveriam a cruzar a linha e ousar se orgulhar de ser vista como mulher?

Não tem um sentido só aquilo que nos torna dignas, não tem um sentido único aquilo que nos torna exploradas. Não tenho simpatia nenhuma por visões excludentes de feminismo. Política é para todo mundo, é para todas nós. #vaiterfeminismotrans




Anônimo disse...

São tentativas de se tornaram algo que não são. Daí o nome TRANS, transformar, tornar-se outra coisa.

Não nego que nasceram mulheres interiormente, mas igualá-las totalmente à mulheres não trans é desonesto e errôneo.

Anônimo disse...

Marcia Baratto , parabéns !!!


De um homem cis.

Ráisa Mendes disse...

Eu seguia no facebook uma feminista radical relativamente famosa na internet. Apesar de não me considerar uma radfem, concordava com muitas coisas que ela dizia. Com o tempo comecei a seguir perfis de feministas trans também. Só que teve um post dessa feminista radical que me incomodou muito, ela repudiava veementemente a presença de mulheres trans em propagandas sobre o combate ao câncer de mama afirmando que essa doença é mais recorrente em pessoas que nasceram XX. Daí um leitor respondeu que essa propaganda era apenas uma entre milhares de propagandas em que aparecem apenas mulheres cis e que o câncer de mama também aparece em pessoas XY. Posicionamento da feminista em questão: o facebook é meu e eu posto o que eu quiser.

Na moral, parei de segui-la na hora. Não dá.

Anônimo disse...

Ráisa , não sei se é essa ou se vc conhece mas a página comentários irracionais (Facebook) é de fem rads que frequentemente detonam com trans. Movimento tem mutio para crescer e conquistar e ainda ficam se atacando/dividindo/detonando/etc. Patriarcado aplaude...

Anônimo disse...

(Viviane)
Obrigada!

Anônimo disse...

(Viviane)
Obrigada por responder. Essa questão das crianças trans é tão complexa que daria outro post. Fica como sugestão para Lola e para quem tiver mais conhecimento sobre o tema e puder contribuir.

Anônimo disse...

(Viviane)
Ráisa, seu relato acaba confirmando uma opinião em outro post (sobre o suicídio de uma ativista trans) em que disseram "não existe rad com mais de 30 anos". Quando eu tinha Facebook, bloqueei uma pessoa por causa dessa gracinha de "é meu e eu posto o que eu quiser". Haja paciência...

Aline disse...

Eu ainda não consegui fazer um juízo de valor nessa treta trans versus rads. Mas me incomoda muito ver uma mulher trans ser chamada de piroco, da mesma forma que me incomoda muito ver uma mulher cis ser chamada de racha. Acho válido o questionamento sobre silenciamento de pautas feministas radicais em espaços liberais, mas também me questiono, como disse a Márcia, se essa socialização masculina é tão boa para as mina trans como se apregoa.

Anônimo disse...

o Brasil é o país que mais vê porno de trans e reclamam de gays, apesar de trans ser considerado mulher ou homem ainda sofrem preconceito, o Brasil é o país dos punheteiros hipócritas!!!

Anônimo disse...

Engraçado Viviane, a Lola vive falando que o blog é dela e posta o que quiser e vcs aplaudem. Quando é uma pessoa que vc não concorda é "gracinha"? Haja paciência

anon A. (radfem) disse...

Sem paciência para debater o post, afinal ele inteiro gira em torno da idéia de que mulheres não aceitarem o movimento trans de olhos fechados é equivalente a não aceitar homossexuais. Não é. Pelo simples motivo que héteros SEMPRE tem privilégio de sexualidade em relação a homossexuais, sempre. Não é o caso de mulheres trans. Pois ser 'mulher cis' não é privilégio algum. Receber um 'good girl' do patriarcado por estar em conformidade com os padrões de gênero não é privilégio. Além de vocês estarem esquecendo que existem muitas mulheres que não seguem os padrões de genero, sem se identificar como trans, e se fodem por isso. Tá cheio de lésbica butch que é lida como homem e se ferra. Receber socialização masculina quer dizer que você sempre foi tratado como um ser humano completo pelos seus pais, e recebeu incentivo para ser ambicioso, praticar esportes, estudar ciências, não ser um enfeite, etc. Literalmente qualquer pesquisa de socialização mostra isso.

"Ah, então porque mulheres trans querem se livrar desse privilegio?" Eu pensava a mesma coisa quando era libfem, e sabe o que eu descobri? A maioria das mulheres trans não sabe porra nenhuma de como o machismo afeta mulheres, nem sabe que está perdendo o privilegio masculino. Então isso nem é levado em conta. O "vou poder usar roupas femininas, ser sensivel e vulnerável" é o que conta. E é isso que acham que é 'ser mulher'.

"Não sou definida pelas minha genitais". Bípedes tem duas pernas. Ser humanos são bípedes. Obviamente todos sabem que eu não estou dizendo que 'seres humanos tem duas pernas' não quer dizer que ter duas pernas é o que define ser um ser humano. Ou que não existem algumas pessoas que nasceram sem ou perderam uma perna. 'Ser mulher é ter cromossomos XX' é a mesma lógica. E muito melhor que 'gosto de roupas femininas e de ser fraca' do movimento trans, ou o 'porque me identifico como mulher', que é só uma versão disfarçada da primeira frase.

(continua)

anon A. (radfem) disse...

"radfems não tem mais que 30 anos", conhece feminismo de segunda onda? Sabe que boa aprte delas está viva e não engoliu essa terceira onda de liberalismo, não é?

Um site para quem quiser se informar mais sobre como o movimento trans está afetando a lita das mulheres:
https://gendertrender.wordpress.com/
(e antes que alguém venha com 'é site de ódio', favor procurar uma única frase nesse site que fale que mulheres trans não merecem direito de moradia, emprego, saúde, que devem apanhar, ou qualquer outra coisa que é discurso de ódio legítimo contra outras minorias)

O problema de falar 'mulheres cis' é que a definição de cis é uma pessoa que está de acordo com os esteriótipos de gênero do seu gênero. Acho que eu não preciso explicar o quão ruim é isso, não? Radfems já tentaram substituir por termos como 'bio', 'natal' ou mesmo 'não-trans', mas o movimento trans se recusa a parar de usar o 'cis'.

Embora hoje 'mulher cis' nem é mais o problema. Nos chamam de uterus bearer, menstruator, vagina people, incubators, etc. Sério. Até o Planned Parenthood (uma organizão séria de saúde focada em mulheres nos EUA) teve a ousadia de chamar lésbicas de 'queer vagina havers'. Certeza que isso não é definir as pessoas pelos seus genitais?

Ou a Universidade de Toronto, que trocou vários banheiros femininos por banheiros 'para todos os gêneros', enquanto os masculinos continuaram sendo banheiros masculinos?

By the way, nem mesmo todas as pessoas trans concordam com essa viagem que 'sexo biológico' não existe ou é irrelevante:
http://www.slate.com/articles/double_x/doublex/2015/12/gender_critical_trans_women_the_apostates_of_the_trans_rights_movement.single.html

Ou o fato que o principal pesquisador de transexualide foi demitido por pressão politica de transativistas, pois achava que crianças trans deveriam ser avaliadas com calma e analisado se o problema não eram esteriotipos de gênero, ao invés de só sair dando hormônios?
http://nymag.com/scienceofus/2016/02/fight-over-trans-kids-got-a-researcher-fired.html

E sério, mulheres trans matando e estuprando mulheres não-trans em banheiros, abrigos, e em situações do dia-a-dia é o que não falta. Embora frequentemente a midia divulgue como 'woman' ao invés de 'trans woman'. Não é zero. Não é nem perto de zero. Não dá para fingir que o risco não existe e botar a segurança das mulheres não-trans em risco.

Anônimo disse...

"Receber socialização masculina quer dizer que você sempre foi tratado como um ser humano completo pelos seus pais, e recebeu incentivo para ser ambicioso, praticar esportes, estudar ciências, não ser um enfeite, etc. Literalmente qualquer pesquisa de socialização mostra isso."

Isso só é "privilégio" se o indivíduo tem essas ambições. Caso contrário, é uma maldição. Quero ver vc falar sobre essa "vantagem" para milhares de trans e gays que foram espancados e sofreram bullying durante toda a infância e adolescência por gostarem de brincar de boneca ou sonhar em ser um cabeleireiro ou bailarino.

Anônimo disse...

Na boa, essas pessoas que dizem que mulheres trans tiveram o privilégio de ter uma socialização masculina na infância devem viver em marte.

Anônimo disse...

(Viviane)
Sem paciência para debater o post e faz um texto tão grande que tem de ser dividido em duas partes? Aham, sei...

anon A. (radfem) disse...

Ah, sim, e antes que alguem venha com "mas você está querendo botar a segurança das mulheres trans em risco!". Não. Tem duas coisas que radfems querem:
- espaços unisex, além dos femininos e masculinos. São seguros para pessoas trans e evitam problemas como mulheres e homens trans que estejam no inicio da transição ou não tomem hormônios.
- um requisito para alguém ser considerado uma mulher trans, por exemplo "está há 1 ano tomando hormônio do sexo feminino". O requisito atual é "identicasse como mulher". E isso é um risco de segurança.

Ah, inclusive, de acordo com as novas medidas para as próximas olimpiadas, uma mulher trans como participar como mulher se tiver niveis de testosterona equivalentes ao nível baixo masculino, não ao feminino (como era antes, e antes tambem pediam a cirurgia, não pedem mais), e "se identificar como mulher" a pelo menos 1 ano. Sabe quais os requisitos para um homem trans participar como homem? Nenhum. Só querer. Nem se deram ao trabalho de redigir diretrizes. Sério. E a mulher trans que fez lobby politico para essas mudanças serem aprovadas é contra mulheres intersex, com níveis de testosterona naturalmente altos, XY, mas que não processam testosterona no corpo, participarem das olimpiadas.

Sinceramente, existem coisas demais erradas com o movimento trans atual. Não vê quem não quer.

Anônimo disse...

Lola você viu esta noticia

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2016/02/condenado-por-estupros-em-bh-tem-pena-reduzida-de-29-para-3-anos.html

eu nem vou dizer nada para não enjoar mais inda o meu estomago.

anon A. (radfem) disse...

@Viviane
Oi, dá para debater o que eu falei? Sim, eu estou sem paciência para todo esse mar de merda que é o movimento trans atual. Mas não, não posso 'deixar quieto', como gostaria. Afinal, afeta mulheres de maneira global.

@anon 19:03
Pela sua lógica, homens gays não tem privilegio de ser homem em relação a mulheres.

Existem duas coisas aí:
- privilégio por ter nascido e ser socializado com homem
- privilégio por estar em conformidade com os padrões de gênero

Não ter o segundo privilégio não anula o primeiro. E mulheres GNC (gender non-conforming) não tem nenhum dos dois (além do privilegio de ter ou não a sexualidade que é aceita pela sociedade).

donadio disse...

"A maioria das mulheres trans não sabe porra nenhuma de como o machismo afeta mulheres, nem sabe que está perdendo o privilegio masculino."

O privilégio masculino tem um preço, e não é barato. Particularmente não é barato para meninos pequenos. Você tem que se acostumar a toda uma série de coisas arbitrárias sobre o que é "de homem" e o que não é. Chorar, por exemplo, não é "coisa de homem" - e é uma coisa que crianças pequenas precisam fazer e fazem com freqüência. Não é possível que um menino de dois anos de idade, posto diante da alternativa de abrir mão da masculinidade ou abrir mão do direito de chorar, escolha a primeira alternativa?

Anônimo disse...

Anon A

Posso estar enganado, mas me parece que vc trata de privilégios como se esses fossem absolutos e universais. Concordo que nascer homem vai trazer uma gama de vantagens na maioria dos casos. Mas isso não acontece em todos os casos. Como falei, um menino que se identifica como mulher não vê vantagem em sofrer bullying diariamente e agressões físicas.

donadio disse...

"Na boa, essas pessoas que dizem que mulheres trans tiveram o privilégio de ter uma socialização masculina na infância devem viver em marte."

Isso partindo do pressuposto de que todas as mulheres trans foram meninas trans. Não creio que isso seja verdade. Não sei quantificar, mas tenho a forte suspeita de que parcela considerável das mulheres trans só se descobriram trans na adolescência ou na idade adulta.

anon A. (radfem) disse...

@donadio
Isso que você falou é bem a preocupação do Dr. Kenneth Zucker, o pesquisador líder com centenas de artigos publicados sobre transexualidade. Ele foi demetido do centro que ele operava no Canadá, através de uma 'review' de dois pesquisadores que tinham 2 e 0 artigos... Porque acharam que ele não deveria contestar a identidade trans das crianças... (e, em consequencia, colocar elas em hormônios perigosos pelo resto da vida, infertilidade, hormônios para bloquear a puberdade (ex.: Lupron), cirurgias, etc...)

Bem, os casos que ele tratava não eram bem essa questão do chorar, embora não me surpreenderia se ocorresse. O motivo maior geralmente era os pais forçando coisas como 'você é menino, não pode brincar com meninas', 'não pode brincar com brinquedos de menina', e não poder ter uma aparência mais 'cute' no geral. E o inverso disso no caso das meninas. Inclusive, havia casos em que ele de fato encaminhava a criança para hormônios, mas na maioria das vezes isso não era necessário.

Anônimo disse...

"Isso partindo do pressuposto de que todas as mulheres trans foram meninas trans. Não creio que isso seja verdade. Não sei quantificar, mas tenho a forte suspeita de que parcela considerável das mulheres trans só se descobriram trans na adolescência ou na idade adulta."

Mesmo que muitas mulheres trans só se "descobriram" assim na adolescência e idade adulta, penso que é universal que todas se viam como "diferentes" ou "inadequadas", e que não correspondiam às expectativas que a família e sociedade tinham delas.

anon A. (radfem) disse...

@anon 19:30
Não entendi muito bem o seu ponto, vou tentar explicar de outro jeito.

Exemplos de privilégio:
1) nascer e ser socializado como homem
2) ser hetero
3) ser branco
4) estar em conformidade com os padrões de gênero
5) ser magro (em especial no caso de mulheres)
6) não ser transexual (sim, eu concordo com isso ser um privilégio, mas 'transexual' no sentido de pessoa que é lida como transexual, não o cara barbado que diz que é mulher na internet)
7) não ser pobre
etc...

Uma pessoa não ter parte dessa lista de privilégios não quer dizer que ela não tenha os outros itens da lista. Nascer e ser socializado como homem quer dizer ser considerado um ser humano completo, não um 'extra' ou 'o outro'. Isso é relevante, e molda a visão de uma pessoa sobre ela mesma. Pessoas podem sofrer bullyings pelos mais diversos motivos, isso não retira o fato de que ela ainda possui privilegios em outros eixos.

Por exemplo, no meu caso, sou uma mulher hetero GNC. Eu sofri bullying for ser GNC, e me ferrei diversas vezes na vida por ser mulher e por ser GNC. Ainda sim, continuo tendo 100% de privilegio hetero sobre pessoas não-hetero.


"Mesmo que muitas mulheres trans só se "descobriram" assim na adolescência e idade adulta, penso que é universal que todas se viam como "diferentes" ou "inadequadas", e que não correspondiam às expectativas que a família e sociedade tinham delas."
Então, se quiser eu cato a fonte, mas li recentemente que cerca de 30% das mulheres trans entra na area militar nos EUA, comparado a 10% dos homens não-trans. Existe uma relação forte em lidar com transexualidade através da hipermasculinidade, então não, um bom número de mulheres trans era homens totalmente gender-conforming para a sociedade. Além do caso de algumas mulheres trans assim o serem por autogynephilia (não sei o termo em português).

Anônimo disse...

O problema do ser humano é justo esse: não reconhecer o preconceito além do seu. Por isso existem muitas feministas racistas, homofóbicas e com todo tipo de preconceito. Elas enxergam apenas o machismo e nada mais.
Muito conveniente combater apenas um preconceito e abraçar os outros.
Espero pelo dia em que os ativistas combaterem todo e qualqer tipo de preconceito. É por isso que luto.
Estou livre de ser preconceituosa? Não, mas faço de um tudo para enxerga-los e combatê-los todos os dias.
Pena que ainda existem tantas pessoas no mundo que acham que usar o termo piroco, preto, macaco, viado, sapata, entre tantos outros não é uma forma de preconceito, de diminuir o outro que aos seus olhos não são dignos de obterem respeito e igualdade.
Ainda estamos longe de chegar na igualdade, enquanto só procurarmos aquela que nos convém e nos afeta diretamente

anon A. (radfem) disse...

Ah, um pequeno adendo ao último post e caio fora. Eu ser mulher hetero GNC faz com que muitas pessoas me leiam como lésbica. Mas, eu sou hetero, possuo vários beneficios que ser hetero me dá (casamento, adoção, afeto público, etc...). Então, mesmo que me leiam como lésbica com certa frequencia, o meu privilégio hetero não muda.

Fazendo esse adendo para tentar esclarecer a parte do 'privilegios absolutos e universais', que não entendi o que quis dizer. Ou, mais um, no brasil eu tenho o privilegio racial e de cor de ser branca, mas nos EUA e Canadá eu viro 'white latina', que me dá privilegio em termos de cor de pele, mas me ferra em relação a raça.

donadio disse...

"Na boa, essas pessoas que dizem que mulheres trans tiveram o privilégio de ter uma socialização masculina na infância devem viver em marte."

Isso partindo do pressuposto de que todas as mulheres trans foram meninas trans. Não creio que isso seja verdade. Não sei quantificar, mas tenho a forte suspeita de que parcela considerável das mulheres trans só se descobriram trans na adolescência ou na idade adulta.

Anônimo disse...

http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR75370

petição pra punir porno revenche assinem

Anônimo disse...

Triste o dia que eu como feminista lésbica tenho "que aceitar" segundo as Libs que se deve aceitar um pênis na relação entre mulheres. Aceitar a mais antiga arma de subjugação e violação feminina de toda história.

Anônimo disse...

O que voces tem a dizer sobre isso:

http://www.independent.co.uk/news/world/americas/transgender-father-stefonknee-wolscht-who-left-family-to-be-a-six-year-old-girl-uses-childs-play-to-a6775051.html

Quem acha isso palhacada é preconceituoso agora é?

Anônimo disse...

Capacitismo detected.

Carol disse...

Esse blog está sendo totalmente IRRESPONSÁVEL E DESONESTO com as próprias mulheres. Querer colocar homens (não interessa como eles "se identificam", isso é irrelevante) nos mesmos espaços que mulheres é de um absurdo, de uma irresponsabilidade, de uma falta de senso da realidade ASSUSTADORA. Mulheres MERECEM espaços EXCLUSIVOS para si, transsexuais do sexo masculino (ou feminino se quiserem) devem ir "lutar" pelos espaços DELES e não querer invadir os nossos. Vocês são agredidos por outros homens quando usam o banheiro feminino? Problema de vocês e deles, a violência masculina deve ser discutida entre vocês e não fazer um escândalo histérico querendo aderir aos nossos espaços, colocando nossa segurança em risco para vcs se "sentirem bem".

Mas eu sei que o real "problema" de vcs não é a "segurança",se fosse isso mesmo os banheiros neutros resolveriam o problema. Vcs querem é intimidar mulheres, para vcs estarem em nossos lugares (poucos) exclusivos e seguros é uma "validação" de que tbm são "mulheres", mas uma dica: NUNCA SERÃO. Ser mulher é ser uma fêmea humana que foi socializada como tal e não passar maquiagem ou gostar de valsa.

Carol. disse...

Ops... banheiro MASCULINO.
**Homens trans (para a própria segurança deles) devem usar o banheiro FEMININO.

Carol disse...

Ah, parabéns, feministas liberais que estão comentando atrocidades aqui: só prova que o "feminismo" de vcs é para HOMENS.

Carol disse...

Anônima das 22:07.

Sim, é EXATAMENTE isso que homens héteros brancos que "se identificam como mulheres lésbicas" propõem. Eles falam que lésbicas "cis" devem "desconstruir" sua ojeriza por pênis, porque existem "mulheres" de pênis também. Transativismo: a melhor contra onda da emancipação feminina que o patriarcado inventou!

lola aronovich disse...

Que vergonha, gente! Feminista transfóbica! Feminista se juntando aos piores discursos reaças para oprimir minorias!
Essa é boa, Carol: foi o patriarcado que inventou o transativismo! Pra reprimir as mulheres. Com essas teorias conspiratórias, vc pode dar as mãos ao Olavão, que acha que judeus inventaram o feminismo pra acabar com a civilização.

Anônimo disse...

Depoimento de uma trans sobre os símbolos de feminilidade:

Me entendo por mulher desde pequena. Não, nunca gostei de rosa, sempre preferi azul(eu quando criança achava o Céu uma coisa incrível, admirava por horas), metade do meu guarda roupa são leggings de poliamida e blusas casuais de viscose ou algodão. Tudo preto. Só uso coturno e sandália gladiadora. Meus agasalhos são sobretudos.
Mas agora, se eu vou num médico, num congresso ou numa delegacia, tenho de ir toda montada para ser reconhecida como mulher.

Expliquem essa, rads que compreendem a existência de disforia(neurológica) de gênero.

Anônimo disse...

Anon A,

És sensata. Digo isso como mulher trans. Concordo que o movimento trans tem uns nonsensismos até que graves, mas o problema de impor definições sólidas é: como impo-las?

- hormônioterapia há um ano: essa eu sempre fui a favor, mas como provar? Muitas se hormonizam por conta própria, como provar que tem um ano? Seria legal e tudo, mas, antipratico. Confesso que sou entusiasta da orquiectomia, mas o movimento trans não da a mínima e querem é pepeca e peito de graça pelo SUS. Brasil proíbe orquiectomia em trans e ninguém fala nada.

- Provar que realmente vive como mulher, como seria? Um big brother? Declaração em cartório?

Claro, concordo que um maluco barbado que se diz mulher na internet dificilmente é. Mas melhor nem levar a sério, como quase toda bizarrice da internet. Mas o que eu quero dizer é, controle é necessário(quase fui linxada por dizer isso no meio das trans), mas como impor o controle?


E sobre as regras olímpicas, sério isso? É um absurdo, deviam exigir a orquiectomia só e pronto, é uma cirurgia simples e barata. Lá fora fazem com anestesia local e já sai no mesmo dia com a "lembrancinha" no formol, pena que proíbem no Br e as trans cagam e andam. Mas da uma idéias aí, tu alimentas minha mente.

Anônimo disse...

"Ah, um pequeno adendo ao último post e caio fora. Eu ser mulher hetero GNC faz com que muitas pessoas me leiam como lésbica.
Mas, eu sou hetero"

Não e meio incoerente você sentir atração e ter sentimentos românticos pelo seu opressor? Por aquilo que você combate?

E como ver uma zebra sentindo atração por um leão
E não ne digan o clichê de que " combatem o machismo e não os homens" e o mesmo que dizer " que combatem o nazismo e não os nazistas "

Amanda disse...

Anônima das 05:16

O fato que ser romântica e uma opção agora sentir atração (sexual) não e uma opção, e fato biológico sobreo qual não se tem controle, e atração e romantismo podem estas completamente desassociadas.

A e assim que mundo funciona, e ignorância ou desonestidade intelectual.


Anônimo disse...




Discordo, desonestidade intelectual e de quem afirma que somo seres puramente biológicos quando se sabe que o fator de socializações e construções sociais que o que realmente determinam a sexualidade,portanto manter a sexualidade ligada a conservação do status quo patriarcal machista e incoerente sim para uma feminista revolucionária.

Recentemente a ciência do pensar em vários de seus segmentos já comprovou não só que ninguém nasce e o é 100% heterossexual como que veementemente não existem mulheres heterossexuais, a heterossexualidade compulsória foi nos imposta por gerações submetidas a castração patriarcal e ao mito do amor romântico sim.

Fonte
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/estudo-sugere-que-mulheres-sao-sempre-bissexuais-ou-gays

Anônimo disse...

(Viviane)
Anon A., eu não deveria debater o que você escreveu, primeiro porque você mesma disse que "não tinha paciência" (e se contradisse ao escrever um textão). Segundo, porque, ao receber questionamentos ao seu texto (do Donadio e outros), você disse que "cairia fora". Afinal, você quer ou não debater este tema?
Mesmo assim, fico feliz que, "por vias tortas", você tenha finalmente atendido aos insistentes pedidos de leitores do blog, eu inclusa, para que escrevesse um texto sobre as pautas do Feminismo Radical, movimento do qual você faz parte. Seu texto trouxe informações relevantes, embora não tenha mudado minha opinião - continuo concordando com posições como a da autora do post.
Obrigada por contribuir.

Anônimo disse...

(Viviane)
Donadio, essa história de "homem não chora" pode chegar a extremos cruéis. Um conhecido meu ouviu essa frase aos 10 anos, diante da morte do irmãozinho de 04 anos. E isso deixou marcas nele difíceis de superar...

Amanda disse...

Anônima das 06:53

Eu não costumo debater com Rads, mas hoje eu estou bem pacienciosa.

" desonestidade intelectual e de quem afirma que somo seres puramente biológicos quando se sabe que o fator de socializações e construções sociais que o que realmente determinam a sexualidade,"

Só falto você falar em cura gay.

"a heterossexualidade compulsória"

O que eu frequentemente vejo falar e em bi sexualidade compulsória par as mulheres. vai entender.

Neila disse...

Que é isso, anônimo das 06:53, um estudo SUGERIR algo e muito diferente de se comprovar uma tese. E esse que você mostrou tem falhas enormes para ser aceito como uma verdade universal para todas as mulheres do mundo! A começar pela população super reduzida, 235 mulheres de Essex no RU, sério mesmo que alguém acredita que esse pouquinho de pessoas serve para falar de 3,5 bilhões de seres humanos com experiência, cultura e vivência diversas? Além disso, a metodologia foi, no mínimo, estranha: mostraram pessoas nuas e as pupilas delas se dilataram - isso não quer dizer que ficaram excitadas ou que tenham algum desejo por essas pessoas, para se afirmar algo assim deveria ter um TC analisando qual área do cérebro é ativada quando as imagens apareciam, se eram as áreas relativas à sexualidade ou meramente curiosidade, talvez competição as mulheres poderiam dilatar a pupila porque comparariam o corpo delas com o das modelos nuas que viram e milhares de outras causas.

Resumindo, se eu fosse a orientadora dessa pesquisa eu mandava quem a fez começar tudo de novo ou não fazer uma conclusão tão abstrata dessa.

Anônimo disse...

Quanta besteira 06:53, alguém acha realente que se sexualidade fosse opcional as mulheres optariam por gostar e sentir atração por nós homens.

Anônimo disse...

Neila e porque com os homens não ocorreu o mesmo? E i instituto de pesquisas neurais e de comportamento psiquiátrico de Essex e reconhecido mundialmente com referencia no campo, e o estudo foi detalhado e publicado nas mais conceituadas revistas e ´portais científicos do mundo, não foi feito por amadores curiosos mas cientistas renomados na aérea.
E quanto ao numero de pessoas pesquisadas você deve levar em consideração a proporcionalidade e metodologia da pesquisa, assim como o IBGE não houve os 200 milhões de brasileiros para demostrar tendencias e afirmar seus resultados.

Anônimo disse...

Anônima 07:44

Mas e sexualidade não e uma coisa opcional mesmo?

Mulher assumidamente lésbica, que não quer se envolver com homem nenhum, bi sexual assexual e assexual, se fizer uma pesquisa hoje eu nem sei se não são já maioria das mulheres.

Acho que vocês precisam esquecer um pouco a ideologia e olhar para a realidade.

Anônimo disse...

Ate as mulheres trans hoje em dia estão em grande maioria lésbicas.
Ate porque homem não e algo muito atraente mesmo não, pênis alem de ser visualmente feio e invasivo e desconfortável, podem passar um interminável gama de doenças sexuais e gravidez indesejada,são socialmente grotescos e opressivos e ameaçadores as mulheres com a simples presença>
Acho se o patriarcado não tivesse criado o mito do relacionamento romantizado as mulheres não veriam vantagem alguma em se relacionar com eles não, pelo contrario só se perde.

Neila disse...

Anon. 07:50.

Com os homens não aconteceu o mesmo porque homens são diferentes das mulheres, só que o estudo não comprovou que essa diferença quer dizer que 100% das mulheres do mundo inteiro são bi ou lésbicas.

E mesmo nos melhores institutos de pesquisas do mundo podem fazer trabalhos ruins, ninguém é perfeito.

Anônimo disse...

Quem diz que sexualidade pode ser escolhida, ensinada ou mudada são os homofóbicos. Vocês querem mesmo reproduzir o discurso deles?

Amanda disse...

Anônima 07:44

Só para acrescentar mais detalhe, felizmente tem países em que população e bem mais mente aberta que no brasil, e mesmo nestes países maioria das mulheres se envolve com homens por escolha própria, logo sua tese esta completamente equivocada.

Anônimo disse...

XX é mulher e XY é homem, salvo casos de problemas genéticos.

Uma pessoa genéticamente saudável não pode trocar de gênero, isso é doença mental e deve ser tratada de acordo. É que nem alguém dizer que é um cachorro no corpo de humano ou negro no corpo de branco.

Anônimo disse...

Cientistas já descobriram que o sexo de uma pessoa trans é diferente. Uma mulher trans tem o cérebro igual de uma mulher cis, que é diferente do sexo de um homem.

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI205551-17770,00-CIENTISTAS+ENCONTRAM+DIFERENCAS+NO+CEREBRO+DE+TRANSEXUAIS.html

Anônimo disse...

Eu sou homem cis e quero que as coisas continuem exatamente como estão.

Anônimo disse...

Você obviamente não entende nada de evidências cietíficas pq esse estudo nao prova porra nenhuma. Segundo, duvido que alguma feminista fosse exigir ressonacia magnetica do cerebro pra considerar a troca de sexo de alguem. Basta o doente falar que é do outro sexo que as feministas aceitam, pq tem medo de ofender...

Anônimo disse...

22:41 pelo que uma comentarista escreveu na matéria, esse homem ao que parece não é uma pessoa trans, mas alguém com fetiche por travestismo e infantilismo. A comentarista diz que existem relatos dele estar num relacionamento sexual com seus "pais adotivos", fotos em que ele aparece usando coleira e por aí.

09:53 não se preocupe que ninguém vai te obrigar a "virar" trans, você pode continuar sendo um homem cis hétero. O que não vai continuar é o preconceito.

Anônimo disse...

Lésbicas eu não acredito que sejam maioria, mas assexuais eu acredito que a grande maioria o seja sim.

Anônimo disse...

Olha, acho que falta contexto aí neste texto. Primeiro: o que exatamente está sendo reinvindicado e quais os argumentos contra? Pelo que andei pesquisando, muito da treta entre trans e feministas acontece quando feministas acreditam que algo que está sendo reinvindicado pelo movimento trans pode prejudicar alguns direitos das mulheres. E muitas vezes acontece um silenciamento desses argumentos sobre o pretexto da transfobia, sem nem mesmo ouvi-los.

http://sexnotgender.com/2014/08/03/sex-segregated-spaces-where-and-why/

Óbvio que transfobia deve ser combatida, mas nem tudo que não concorda com as reinvidicações trans é transfobia. Temos que ver quais são os argumentos, se fazem sentido ou não, e quais soluções podemos encontrar para darmos direitos iguais às pessoas trans sem, no entanto, prejudicar quem não é trans.

Outra coisa: por que não podemos problematizar o uso da palavra cis? A linguagem importa, sim. Se não importasse, não faria diferença alguma o uso de nome social, por exemplo. E nós sabemos que isso faz diferença.

Ah, e como a autora perguntou no texto, "como você sabe que pertence de fato ao seu gênero?". Essa não é uma pergunta retórica. É, na verdade, uma ótima pergunta. Afinal, o que é gênero?

Acredito sim que exista disforia de gênero, mas ao mesmo tempo, concordo mais com a definição de gênero das feministas radicais, que pretendem abolir gênero, não criar mais vários infinitos gêneros.

Anônimo disse...

Sabe quem realmente é desonesto? Quem fala de social e biológico, achando que um exclui o outro. Ambos são importantes pra entender o ser humano e nenhum é possível de se excluir pois fazem parte de nossa construção.
Como animais pensantes podemos conter nossos fatores biológicos, mas não excluí-los completamente, como quem defende o absurdo de que sexualidade é opcional afirma. E a parte social pode ser desconstruida, mas não é uma tarefa fácil, leva tempo e vc precisa ter firmeza e conhecimento para tanto.
Então pra se fazer um argumento válido, se deve sim levar em consideração o fator social e toda a construção dele em torno do ser humano, mas não se pode excluir a existência do biológico, que vc sempre carregará consigo enquanto ser humano, em prol de ter razão num argumento.
Repito, fatores sociais podem ser desconstruidos msmo quando bastante enraízados, já fatores biológicos podem ser contidos e controlados mas não excluídos.

Anônimo disse...

Só pra esclarecer do meu último comentário:
Fator social e biológico não podem ser excluídos de quem somos e como nos tornamos assim, mas enquento o social pode ser desconstruido, apesar de ser um caminho árduo, o biológico pode apenas ser contido e controlado, não excluído e descontruido como o social. Pois a parte de conter e controlar é o que nos difere dos restante dos animais, mas o biológico faz parte de todo ser vivo, já o social como conhecemos é do ser humano

Unknown disse...

olha, quanto mais eu leio sobre esse tema, menos opinião formada eu tenho. ...rs.
compreendo o que as radfems mais sensatas (como a anon A. ) querem problematizar. elas nao negam a existência da disforia, mas de fato e complicado isso de cada um apenas "reivindicar " seu gênero. ...abre precedentes complicados.
e nao e verdade que "nao existem rads com mais de 30 anos". eu mesma conheço duas que nao sao transfobicas e sempre me soam sensatas como a anon A.
por outro lado....nao sei se concordo com a ideia de que "o lugar da luta trans nao e no feminismo ". o opressor e o mesmo: o patriarcado, que ve como "inferior " tudo aquilo que e tido como feminino. quem agride e mata mulheres cis E trans sao homens cis, em sua maioria heteros. entao nao sei se segregar a luta e uma boa ideia.
talvez fosse apenas o caso de se aceitar que os dois grupos terao pautas diferentes (alias, existem pautas diferentes dentro do feminismo pq as mulheres sao multiplas, ne? os problemas das mulheres negras sao diferentes dos das brancas, as maes tem questoes especificas, as lésbicas se diferenciam das hetero e por ai vai....)
mas confesso que qd o assunto e "criança trans" eu tenho uma resistência enorme. nao consigo achar positivo se hormonizar crianças que ainda nao chegaram a puberdade. fora que, por trabalhar com criancas ha 18 anos, percebo que a nocao de gênero delas e muito diferente da dos afultos (e elas aceitam muitos estereótipos impostos por eles sem nem pensar). acho ate cruel querer enquadrar criança em gênero. penso que pra se definir alguem como trans e , se for o caso, iniciar hormonioterapia deve-se esperar a adolescência. pq no caso das crianças a definição acaba sendo por estereótipos, nao por disforia real.
enfim...sigo me informando a respeito e tirando novas conclusões.

Maria Fernanda Lamim (nao loguei hj)

Unknown disse...

so vim concordar : maternagem e O assunto ignorado no feminismo. nos, mulheres maes, somos estereotipadas e invisibilizadas pela sociedade machista e pelo movimento feminista TAMBEM, na maioria dos casos. muito triste! :(

Maria Fernanda Lamim

Anônimo disse...

Tem gente que esquece, convenientemente, que a maioria das mulheres trans não só tem um pênis, como o usam de forma ativa, INCLUSIVE COM MULHERES.

Chupa essa manga no banheiro feminino

Anônimo disse...

Eu nao apoio e NUNCA vou apoiar transfobia!! Mesmo sendo cis eu observo que Tem umxs idiotas que acham que tão fazendo um super bem pro mundo, ajudando as mulheres...acham que são heroínas revolucionárias. Só olhe pra dentro de vc e perceba que vc mais atrapalha do que ajuda.
Lola, seu texto tá incrível parabéns por ser tão lúcida e acolhedora. Conte com meu apoio!!

MrDissidiaFan disse...

Anon das 15:34, usar retardado como ofensa é capacitismo. Não se deve combater um preconceito com outro, pessoas com deficiência também têm seus direitos a ser obtido e não se deve usar deficiência como ofensa, por pior que a pessoa a que você tiver se referindo seja.

Unknown disse...

O que eu posso dizer é que assumir os estereótipos de gênero é uma "defesa" contra toda essa recusa de aceitação. Uma mulher trans, por exemplo, tem que constantemente provar que é "uma mulher de verdade", e, por isso, se apega a esses estereótipos, ao modo que a sociedade "vê as mulheres". Também não são todas as pessoas trans que se apegam a isso, é uma coisa que tentam desconstruir, mas, como tudo nesse mundo, não é fácil.

Anônimo disse...

"Anon das 15:34, usar retardado como ofensa é capacitismo. Não se deve combater um preconceito com outro, pessoas com deficiência também têm seus direitos a ser obtido e não se deve usar deficiência como ofensa, por pior que a pessoa a que você tiver se referindo seja."

Nesse caso, devemos eliminar também termos como cretino e idiota, porque originalmente se referiam a doentes mentais.

Anônimo disse...

"Essa é boa, Carol: foi o patriarcado que inventou o transativismo! Pra reprimir as mulheres. Com essas teorias conspiratórias, vc pode dar as mãos ao Olavão, que acha que judeus inventaram o feminismo pra acabar com a civilização."

Essa é nova para mim, sempre tive a impressão que ele beija o chão onde um judeu pisa, pois seus seguidores vivem falando abobrinha sobre "moral judaico-cristã" e sobre como os judeus têm um direito divino sobre todas as terras de Israel...

donadio disse...

"Essa é nova para mim, sempre tive a impressão que ele beija o chão onde um judeu pisa, pois seus seguidores vivem falando abobrinha sobre "moral judaico-cristã" e sobre como os judeus têm um direito divino sobre todas as terras de Israel..."

Há um tipo de anti-semitismo filo-israelense, que apóia a existência do Estado de Israel provavelmente para poder dizer "pois então vá para Israel" da mesma forma que dizem "pois então vá para Cuba".

Talvez seja o caso.

Aqui, http://www.olavodecarvalho.org/semana/040320globo.htm, o que ele "pensa" a respeito. Dá para ver como ele defende "A Paixão de Cristo" do Mel Gibson, ao mesmo tempo em que se apresenta como defensor do Estado de Israel.

Anônimo disse...

A quem possa se interessar/estar curiosa sobre o radical, essa série de posts aí em baixo pode dar uma vaga ideia sobre nosso posicionamento sobre gênero:

http://fabianelima.com/blog/problemao-de-genero-a-serie/

Anônimo disse...

Parecer não é SER.

Suas falácias não têm o menor sentido.

Anônimo disse...

Identificar que uma criança é trans? IMPOSSIVEL, simples assim.

E complementando a resposta pra sua duvida: Não tem como identificar e nem é preciso identificar! Ao contrario do que muita gente pensa, as crianças não são pessoas completamente burras e sem autonomia alguma,obviamente não são adultas, porém elas tem a sua própria percepção do contexto social em que vivem, e isso é o suficiente para que elas mesmas construam suas identidades e comuniquem o que são para o mundo, por isso, o que se espera dos adultos é justamente q não interfiram e que ensinem seus filhos desde cedo que ser trans é normal, assim como devem ensinar de um modo geral que ser diferente é normal.

Transgenereidade não é uma imposição social, é uma forma de quem não se encaixa no padrão reagir.

Anônimo disse...

Querida é muito simples: A sociedade patriarcal criou essas caixinhas rosa, onde coloca quem tem vagina, e azul, onde coloca quem tem penis, o que o transativismo quer é justamente libertar as pessoas para que elas possa ter direito de escolha sobre qual caixinha desejam pertencer e se desejam pertencer a alguma caixinha, pois o transativismo também é não binário.
Não lhe cabe decidir como que cada um deve viver a propria vida, é até contraditorio, pois ao mesmo tempo em que voce parece defender que devemos combater preconceitos e libertar as pessoas você parece querer tirar a autonomia das mesmas criticando o direito de uma pessoa trans se afirmar como homem, mulher ou qualquer outra coisa para além disso. Isso não é defender a libertação das mulheres, isso é aprisionar pessoas que são machucadas pelo CIStema. Não é possivel que o texto não tenha sido o suficiente para você entender que a transfobia não cabe dentro do feminismo.