domingo, 9 de agosto de 2015

VÁRIAS NOTINHAS E UMA DE 25

Nossa foto mais recente: em Uruaú, CE, em junho

Pessoas queridas, vou escrever hoje um post bem rapidinho, só porque hoje é domingo e não publiquei nada ontem. 
Em primeiro lugar, feliz dia dos pais! Eu não dou muita importância pra essas datas comemorativas. E perdi meu amado pai cedo, quando eu tinha apenas 26 anos, 22 anos atrás. Mas penso nele todos os dias. Ok, principalmente quando viajo de avião durante o dia. Eu vejo as nuvens branquinhas, lindas, e penso que ele está por ali, saltitando de nuvem em nuvem, ou descansando, ou tomando sol, ou, nas horas vagas, acompanhando um pouquinho da minha vida.
Eu não acredito em nada, não tenho lado espiritual, não creio em vida após a morte, mas eu tento acreditar, bem superficialmente, bem sem pensar muito, que meu papi continua de alguma forma conectado a mim. E se é pra fantasiar, aproveito e penso que meu cachorrinho Hamlet e meus gatos Freud e Blanche estão lá com ele, saltitando nas nuvens. 
Segundo: a Carla Rizzotto me disse que 400 pessoas já responderam o questionário, sucesso total pra pesquisa dela (e pra que eu saiba mais sobre quem lê meu bloguinho). Se você ainda não respondeu, tá esperando o quê, criatura?
Terceiro: acabei de falar no Twitter que revi um episódio da quinta temporada da ótima série The Good Wife (foi alguma comentarista aqui que me recomendou a série, bastante feminista). 
Essa quinta temporada é excelente, talvez a melhor (embora matem um dos personagens principais, um choque tão grande quanto ver as primeiras mortes dos protagonistas em Game of Thrones), mas num dos episódios, como pano de fundo, tem um casal acusado de traficar drogas no Galeão. 
Então aparecem dois personagens brasileiros (um deles só é citado), e quais são seus nomes? Alguma coisa Botera e Alonso Galarza, nomes típicos aqui no Brasil, porsupuesto. Um deles, o Botera, fala com sotaque espanhol. Por que, deus, por quê? Sabe, leva um minuto pra pesquisar "nomes típicos brasileiros" no Google. Na dúvida, coloque João da Silva. Acho que Maria está em desuso, então, sei lá, ponha Marina Souza (não Marina Silva!), se a personagem for mulher. Pronto. Problem solved, ô bando de roteirista americano preguiçoso!
Aliás, ajudem os atores! Por que escolher um aeroporto com nome tão difícil de ser pronunciado por americanos? Acho que falam Galeão duas vezes no episódio: Galileo e Gleo. Dica: Guarulhos é mais fácil!

Quarto ponto: alguém vai na Marcha das Margaridas, que será na quarta, em Brasília? 
Será a maior marcha de mulheres no Brasil este ano, e uma das maiores do mundo, com cerca de 70 mil manifestantes marchando por desenvolvimento sustentável, por democracia e liberdade, por maior representatividade feminina, pela reforma agrária, pelo combate à violência contra a mulher. Por favor, eu quero um guest post sobre esta 5a Marcha das Margaridas!

Eu e Silvinho em 1992, 23 anos atrás. Tão jovens!
Em Cumbuco, CE, 2013
Quinto: Terça, dia 11, eu e Silvinho, vulgo maridão, celebramos 25 anos juntos! 25 anos é uma infinidade de tempo, nem sei bodas de quê, e também não importa, porque bodas remete a casamento, e só somos casados (no civil) desde 2007. Mas comemoramos nossa data no dia 11 de agosto, porque foi quando, em 1990, nos conhecemos. E desde então estamos juntos.
Casal privatizando banco em algum lugar da Europa, 2011
Na Rua das Palmeiras, Joinville, 1994
Não vou escrever um post sobre isso porque, nesses 7,5 anos de blog, já foram vários. Pra quem quiser saber a história toda de como conheci o maridão (foi num campeonato de xadrez), é só ler aqui. Neste, o maridão tirou uma foto de pombos que até hoje aparece no Google Images. 19 anos juntos, aqui, quando eu estava mais preocupada com nosso futuro. 
Joinville, 2004, nos fundos da nossa casa
A comemoração de 20 anos está aquiAqui a celebração de 21 anos. Neste post dos 22 eu coloquei praticamente todas as fotos que tínhamos jovens. No dos 23 eu quase encerrei o blog. E tem este do ano passado.
Em Moscou, 2004 (o boneco de neve sou eu)
E eu tenho um vídeo com ele! É meio antigo, de 2009, mas não é impróprio para crianças. 
São 25 anos de amor que não vai acabar tão cedo. Não sei se vai ser pra sempre, mas enquanto for bom, a gente continua firme. 
Em 2005, em Joinville (eu gostava do meu cabelo assim)
Só sei que é difícil ficar longe. Em julho passei quase um mês distante, na China, e as saudades foram imensas (nunca tínhamos ficado tanto tempo separados). Meus novos amiguinhos que o digam: eu falava dele o tempo todo! E um juiz, aluno particular de xadrez do maridão, disse que era pra eu voltar logo, porque Silvio ficava muito triste comigo longe. Isso deve ser amor. Pode ser só dependência química também!

Uma coisa é certa: nossas vidas são melhores juntos. Portanto, aos próximos 25 anos!

62 comentários:

Ingrid Bezerra disse...

Aaaaiii que fofooo!!! Adoro o casal, é de derreter o coração <3

<3 Parabéns! <3

Anônimo disse...

Isso é erotizar a própria opressão.

Anônimo disse...

Ah, que fofo! Lola, voce devia escrever um livro com essas estorinhas suas e do maridao, seria lindo! Elas nos aquecem o coracao :)

Anônimo disse...

Cara ... Não há como negar que o amor transforma qq vida ... Seja pra mais bela seja pra mais serena ... De alguma maneira traz leveza .. . Independente se vc tenha ou não religião o amor é sentido na msm intensidade ... Em alguma fase de sua vida você passará por essa sensação única , extasiante ... Q por vezes mts ridicularizam tal sentimento .... Dizendo Q é desnecessário .... não traz proveito algum ...

Se tivéssemos a capacidade de “não amar ” certamente não seríamos seres humanos ...


O amor real ...é aquele que ; mesmo a distancia é possível sentir a presença desse ser humano.... e experimentar uma certa inquietação .... uma alegria extrema em recordar os momentos junt(x)s ... E é nessas horas que sentimos na pele que há uma espécie de energia que faz os seres humanos se ligarem , sentirem saudades um do outr(x).

Se vc sente saudades ... Certamente há sentimento ...

O amor que detenha intenção sexual perdura desde que Seja observado de forma microscópica e ficar constatado que possui grandes níveis de amizade .... Não há como negar que o amor sólido, real, verdadeiro tem como pilar uma amizade fiel.

De uma grande amizade nasce um grande amor ...
O amor é livre ... Ele não escolhe sua orientação sexual ...




Anônimo disse...

Lola, o post de 22 anos está sensacional...

Parabéns pela união e parceria de vocês dois, eu e meu parceiro vamos completar 5 anos, nos amamos, mas a convivência é bem difícil... né? É bom mas às vezes complica, parece que quando estou muito cansada vejo os defeitos dele aumentados e me dá uma coisa.

heheh, desabafo domingo essazoras...

felicidades, bjs

Nilda

Katia Silva disse...

Parabéns...muito bonito o amor e a parceria de vcs...

Anônimo disse...

esse blog virou yahoo. só gente sem noçaum

Raven Deschain disse...

Hahahahahahahahhahaha vou morrer de rir.

Lola,que vcs continuem erotizando a própria opressão por mais 25 e mais 25 e mais 25. Parabéns! *-*

Ana A disse...

Lola querida, que faz tanta diferença na vida de tanta gente, parabéns! Parabéns para você e para o maridão (são bodas de prata)!
Se é bom, que continue sempre, por mais outros 25!

Lola Aronovich disse...

Ha ha ha, isso de "erotizar a opressão" é muito divertido! Pódeixá, Raven, que continuarei erotizando minha própria opressão pelos próximos 25 anos. Quer dizer, 25 anos não digo, porque não sei se vou viver mais esse tanto (espero que sim!). Eu me sinto tão empoderada erotizando alguma coisa!


E obrigada pelo carinho, Ingrid, Claudia, Nilda, Taty e Ana!

Donna Nyckynha disse...

erotizar a opressao?!
isso so deve ser uma rad.kkkk

Morgause disse...

Lola, esse episódio não pode ser pior do que aquele da segunda temporada em que o Hugo Chavez aparece, né? Aquilo foi vergonha alheia total. Quer dizer, do ponto de vista dos americanos, provavelmente foi tudo fiel...
Mais 25 anos de felicidades pra vc e pro maridão!

Lola Aronovich disse...

É verdade, Juliana! O episódio com Hugo Chavez foi o pior EVER! Que temporada foi aquilo?
Uma moça acabou de deixar um comentário no Twitter dizendo: "Good Wife é amor, mas tem as piores caricaturas dos latino-americanos. Nenhuma surpresa". É verdade.


Deletei o comentário anterior dizendo que estou sofrendo violência doméstica numa das fotos porque deve ser de um mascu tentando se passar por feminista radical para ridicularizar as radfems. Quero dizer, prefiro não crer que seja de uma radfem.

Marcia disse...

Lola, parabéns!!!! Muito amor para você por mais 25 e outros 25! E como tem troll chato aqui se passando por radical, eita falta do que fazer...

Anônimo disse...

Quando leio sobre essa tal "erotização da própria opressão", imagino um tipo de fetiche, em que a mulher se veste de empregada e gosta de ficar recebendo ordens para lavar a louça, varrer o chão e preparar o almoço. Coisa totalmente sem noção.

Anônimo disse...

S2 s2 s2

Por falar em amor , pq não lembrar que na sociedade ( e nos meios de entretenimento !!!!!!! ) é dado tão pouco cartaz aos amores entre iguais ? Amores entre pessoas de mesmo sexo !?
Quem sabe em 2088 será totalmente normal e encarado sem espantos ...

Aliás Lola ! Porque não tratar em teu blog acerca da dificuldade que parece existir em homens saírem do armário ? Já que parece ser menos complicado para as mulheres saírem ...

Outra coisa .... Já pararam para perceber que um casal homoafetivo feminino é tão chamativo (leia-se sedutor) para os homens ? machismo não ?!

Anônimo disse...

Libfem covardona que em vez de discutir apaga os comentários pra dps falar que era mascu...

Anônimo disse...

É pedir demais pra você tirar esta foto fetichizando a própria opressão? Obrigada. Não sei onde meu comentário parece de mascu. Mascu é vocês acharem que coisas assim não devem ser problematizadas. http://1.bp.blogspot.com/-Otf0aJ8TnYY/VcefniTZNUI/AAAAAAAAB5M/ew5hZum3R9o/s1600/post%2Blola%2Be%2Bsilvio%2Bem%2B92.png

Lola Aronovich disse...

Assine seu nome que eu publico, ô radfem corajosa (ou mascu corajoso tentando se passar por radfem). Eu assino o meu, percebeu?

Lola Aronovich disse...

Não consigo acreditar que uma radfem, mesmo a mais tapadinha tipo uma Cathy Brennan da vida (que realmente veio aqui no meu blog me xingar), diga que uma foto dessas é erotizar a opressão ou sinal de violência doméstica. Diga que é mascu tentando se passar por radfem, por favor. Se bem que mascu nunca ouviu falar em Alice Walker ou segunda onda (e outro comentário que deletei falava isso). Enfim, pra evitar essa confusão, publique com o seu nome. Já que eu é que sou covarde e vc é que é corajosx.

Anônimo disse...

Isso só pode ser inveja da felicidade da Lola com o marido dela. A Lola vai ter que tomar um banho de sal grosso para espantar o olho gordo.

Anônimo disse...

Tá mais pra romantização da própria opressão do que só erotização da opressão, se é que me entendem...

Anônimo disse...

Parabéns pelos 25 anos.
Me conta o segredo, pq imagino que só paciência não deve dar conta! Rs
(Pelo menos partindo do meu caso, vou fazer 10 logo logo)

Só uma notinha sobre a pesquisa: não consegui enviar meu formulário por conta das duas primeiras perguntas.
Me vejo como pessoa não binária. Logo fica difícil responder dentre as categorias listadas.

Flavio Moreira disse...

Qua é a foto da "erotização da própria opressão"? Esse povo tá é doido! rs
Lola, parabéns para você e o maridão. Que vocês consigam prolongar essa união por muitos anos - como disseram, + 25 + 25 + 25...

camila santos disse...

22:08 Claro que é "sedutor" homens heterossexuais gostam de mulheres assim como tem mulher hetero que gosta de ver homens se pegando mas o problema não é esse pra esses caras casal homoafetivo feminino não existe são mulheres que não conseguem um homem de "verdade" e não acho que seja mais fácil pra homem se assumir o fato é homens gays também são machistas aquela pesquisa que diz que alguns homofobicos são gays é a mais pura verdade eles não se aceitam e se atacam e atacam os outros isso é triste essas pessoas precisam de ajuda! Recentemente eu tava lendo que esse preconceito com homossexuais levam muitos (a) a depressão. isso é sério...

Lola Aronovich disse...

É a foto do maridão segurando um fio do meu cabelo, Flavio. Um grave flagrante de violência doméstica, só não vê quem não quer!
Ou pode ser alguma dele me abraçando, me segurando com força pra eu não poder fugir.
Abração, Flavinho!

Anônimo disse...

Lola você comete um erro grave na batalha contra os mascus, subestimar o inimigo, já notou que alguns que vem aqui por exemplo escrevem errado de proposito? Mas escrevem verdadeiros "teses de mestrado em machismo" com concordância verbal e acentuação perfeita quando querem?
Isto e estrategia Lola, eles se camuflam na tosquice, e desconstroem por dentro, e conhecem mais o feminismo do que nós imaginamos.

NVB disse...

Esses teus olhos parecem mais bolinhas de gudes, parabéns! que venham mais muitos anos por ai!

Valéria Fernandes disse...

Parabéns pelas suas Bodas de Prata! Que se multipliquem em mais anos de parceria, respeito e felicidade! :)

Valéria Solano disse...

Cathy Brennan ja te xingou aqui? Tem como provar? Você pelo visto nem a conhece direito ao achar que ela é a mais extremista das feministas, hahaha Ela é super sossegada e ja ajudou muito nao so as mulheres como as trans. Acho que tem feministas bem mais extremistas que ela, aqui mesmo no BR. Só que a Cathy tem mais fama por ser dos EUA e dona do Gender Identity Watch. Nem concordo com ela em um monte de coisa como por exemplo ela achar que mulheres podem ser misoginas. NUNCA ACHEI ELA UMA RADFEM ESTEREOTIPADA como vcs libs acham. 3 anos atras e ela ainda tinha paciência de se referir as trans como "mulheres"..

Valéria Solano disse...

Lola adora falar que a Cathy persegue as trans, mas e as ameaças de morte aos filhos da Cathy por parte das trans?

Anônimo disse...

Ah... Lolíssima!!!

Parabéns pelos 25 anos!!! Que venham mais 50 tão felizes como esses!!
=D

Jane Doe

Donna Nyckynha disse...

Antes de tudo,de tudo,eles sao um casal.

pq haveria algum tipo de opressao?!

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E sim,existe mascus e mascus.
Assim como existe homens feministas e "homens feministas"

Anônimo disse...

Que criança mais linda você era.
Leila

Anônimo disse...

Com relação à série concordo com tudo. É muito boa, mas realmente esses episódios citados foram de amargar.
Parabéns para o casal, muitos anis mais de erotização pra vocês.
Leila

Anônimo disse...

O mito do amor romântico cega mulheres desde sempre, e uma ferramenta poderosa do patriarcado.

Erotizar a própria opressão pode parecer piada para vocês, mas para as centenas de milhares de vítimas anuais do machismo, e um fator trágico.

Anônimo disse...

A gente, mulheres livres, mulheres que abandonaram a mentalidalide repleta de ideologia da classe dominante, expressa também na ideologia religiosa, teremos que nos conformar, 90% dos homens não serão capazes de relacionar-se conosco, eles vão preferir sempre as mulheres que ainda estão lá, diariamente sendo castigadas por um conjunto de ideias falsas que nega lhes experimentar algumas liberdades, algumas por que liberdade plena neste sistema é ilusão, elas não tem consciência de que existe liberdade e que onde não podem pisar podem reivindicar pôr os dois pés. O não saber das mulheres, para maioria dos homens, é um trunfo para submete-las.

Escolher entre mulher para casar e mulher para se divertir só mostra o quanto a esmagadora maioria dos homens é covarde, além de deixar claro que "amam" aquela que podem dominar, que podem moldar segundo suas vontades, engessando a parceira, sem que ela perceba, na conformação do seus ideais.

Seria ótimo se as mulheres começassem a questionar o que é amor...

Unknown disse...

Parabéns, Lola! 25 anos de convivência harmoniosa e feliz não é algo que se vê sempre =) desejo um monte de outros 25 anos para você e seu Maridão <3

E para quem está falando em "erotizar a opressão", está com cheiro de mascuTROLL tentando pagar de feminista radical.

Mila disse...

Parabéns pelos 25 anos!


Camila Santos e outra anônima, casais homoafetivos femininos só despertam tesão em homens quando são duas mulheres jovens, atraentes e "femininas". Quando uma delas é mais "masculina" ou as duas não são atraentes, a história é outra.

Anônimo disse...

Parem de cagar regra na afetividade e sexualidade dxs outrxs.

Existe mulher que gosta de BDSM, que se não rolar lance de dominação, não goza.

Antigamente existia cartilha sexual da "mulher honesta". Daqui a pouco, vão criar a cartilha sexual da mulher feminista.

Fernanda disse...

Own! que lindo, lola! Felicidades pra vocês dois, e que venham mais 25 anos juntinhos! ♥

camila santos disse...

Mila eu sei disse! Mas não é regra é raro mas existe, já vi casos assim não só pessoalmente como virtualmente. Aliás eu não entendo essa implicância com "radicais" sempre quando um fala merda tem sempre alguém pra dizer que é "rad".

Anônimo disse...

Maitê
Vou deixar uma coisa clara para pseudo feministas :
Não existe feminismo seletivo ou vc é feminista e defende TODA a causa ou você não é . Não adianta pegar só alguns pontos que te agradam e deixar os outros de lado pra manter privilégios que outras mulheres não tem

S. disse...

Parabéns, Lola. Espero que continuem felizes! Vocês são bem fofos juntos!

Natasha disse...

11:29

Pseudo feminista é aquela que ousa usar o cérebro? kkkkkkk Sai da opressão machista para entrar na opressão feminista, onde somos obrigadas a concordar com tudo? Tá chapada?

Parabéns, Lola. Achou uma das raras exceções de homens n escrotos nesse mundo.

Anônimo disse...

"Opressão feminista"
Parei ai...conhecimento de fatos históricos zero a criatura tem.

Natasha disse...

Se dizer que todos devem concordar com toda a pauta feminista não é opressão, não sei o que é. Isso aí que o feminismo pra você? Só lamento.

Natasha disse...

E dizem que o feminismo é libertador...

Anônimo disse...

Para as mulheres heterossexuais que desejam ter uma vida se casar ter filhos e ser feminista qual é a sugestão?
Desculpem a minha ignorância Mas eu não entendo esse lance de erotização da opressão ou romantização da opressão.eu realmente quero entender.
Hellen

Anônimo disse...

Helen, a solução é quando for transar, tem que fazer de lux apagada, não contar para ninguém, e pedir perdão à deusa.

Ana disse...

Quem está falando de BDSM aqui?
Aliás, problematizar BDSM pode também!

Anônimo disse...

Miga basta ter um pouco de conhecimento historico para saber onde se deu a origem da instituição do casamento heteronormativo da propriedade privada, e do patriarcalismo. E você verá que os três tem ligações estratégicas na subjugação feminina pelos homens.
Casamento tem sua origem nos estupro de captura, e na posse de crias dos homens. Ou seja casamento heterormativo e historicamente ligado ao estupro prolongado.
O mecanismo usado para naturalizar isto na mente das oprimidas, foi o 'romantismo" a teoria da proteção masculina sob a batuda do mito do amor romântico, enquanto não nos libertarmos deste dogma histórico não teremos força verdadeira para destruir o patriarcado.
Que papel a sexualidade desempenha na opressão das mulheres? Somente no sistema de opressão que é a supremacia masculina o opressor efetivamente invade e coloniza o interior do corpo do oprimido. Ligados a todas as formas de comportamento sexual estão significados de dominação e submissão, poder e a falta dele, conquista e humilhação. Existe uma importância muito especial relacionada à sexualidade sob a supremacia masculina quando toda referência sexual, toda piada sexual, toda imagem sexual serve para lembrar a uma mulher de seu centro invadido e a um homem de seu poder. Por que toda essa agitação em nossa cultura sobre o sexo? Porque é especificamente através da sexualidade que a opressão fundamental, aquela dos homens sobre as mulheres, é mantida. (Isso deveria ser um livro, realmente não pode ser desenvolvido agora em um comentário de blog)

Anônimo disse...

O casal heterossexual é a unidade básica da estrutura política da supremacia masculina. Nisto, cada mulher individual se mantém sob controle de um homem individual. É de longe mais eficiente do que manter as mulheres em guetos, campos ou mesmo em barracões no fundo do jardim. No casal, o amor e o sexo são usados para obscurecer as realidades da opressão, para prevenir as mulheres de se identificarem umas com as outras de forma a se revoltarem e de identificarem “seus” homens como parte do inimigo. Qualquer mulher que toma parte em um casal heterossexual ajuda a assegurar a supremacia masculina por tornar sua fundação mais forte.
A penetração é um ato de grande significância simbólica pela qual o opressor entra no corpo do oprimido. Mas é mais do que um símbolo, sua função e efeito é a punição e o controle das mulheres. Não é só o estupro que serve a esta função, mas todo ato de penetração, mesmo aquilo que é eufemisticamente descrito como “fazer amor”. Todas ouvimos os homens falando sobre uma mulher insolente: “o que ela precisa é de uma boa foda”. Esta não é uma observação inútil. Todo homem sabe que uma mulher fodida é uma mulher sob o controle dos homens, cujo corpo está aberto aos homens, uma muher que é domesticada e quebrada. Antes da revolução sexual não havia qualquer dúvida sobre a penetração ser para o benefício dos homens. A revolução sexual é um contro do vigário. Serve para dissimular a natureza opressiva da sexualidade masculina e somos ditas que a penetração é para nosso benefício também.
Todo ato de penetação para a mulher é uma invasão que mina sua confiança e esgota sua força. Para um homem é um ato de poder e domínio que o torna mais forte, não somente sobre uma mulher, mas sobre todas as mulheres. Então toda mulher que se engaja na penetração reforça o opressor e reinforça o poder de classe dos homens, ou seja "penetrar suam mulher, sua propriedade matrimonial
Mas Ana, parece que você está dizendo que mulheres heterossexuais são o inimigo???
Não. Homens são o inimigo. Mulheres heterossexuais são colaboradoras do inimigo. Todo bom trabalho que nossas irmãs feministas heterossexuais fazem para as mulheres é minado pela atividade contra-revolucionária que se engajam com os homens. Ser uma feminista heterossexual é como estar na resistência na Europa ocupada pelos nazistas onde durante o dia que você explode uma ponte, à tarde você corre para consertá-la. Tome o Women’s Aid como exemplo: mulheres que vivem com os homens não podem falar para mulheres agredidas que a sobrevivência sem os homens é possível vez que elas não estão fazendo isso por si mesmas. Toda mulher que vive ou fode com homens ajuda a manter a opressão de suas irmãs e impede nossa luta.

Anônimo disse...

"O casal heterossexual é a unidade básica da estrutura política da supremacia masculina."
Então é por isso as religiões cristãs (misóginas) defendem tanto a família tradicional.
Que desgraça

Lola Aronovich disse...

Eu joguei no Google esse texto da anon e caiu num tal de Lesbianismo Político, e também num tumblr chamado Feminismo Radical (se bem que algumas frases são usadas em sites antifeministas). Aí fica difícil dizer que são mascus falando essas besteiras para ridicularizar radfems. São elas mesmas. Ainda bem que há muitas correntes no feminismo e a grande maioria não considera homem o inimigo, nem toda penetração um estupro.

Anônimo disse...

Mas o que elas dizem apesar do radicalismo tipico de militância, e bastante coerente sim Lola.
Não da para negar o contexto.

Anônimo disse...

Pois pra mim pareceu algo escrito pela Sheila Jeffreys.. pra ser feminista radical é preciso ser lésbica! Caso contrário sou colaboradora do inimigo! Kkkkkk não fode! Valerie Solanas e Andrea Dworkin tb eram colaboradoras? Ambas foram prostitutas e transaram com homens. Eu sou bem anti-casamento e anti-penetração tb, mas acho muito mais revolucionário obrigar o macho a nos dar prazer e entender que somos seres clitoridianos. É por isso q n acho a Cathy chata. Nunca vi ela compartilhando esses textos da Anon, mesmo ela sendo lesbica. Ela so quer defender a segurança das mulheres em seus espacos privados. Obvio q ela n te trataria bem sabendo que vc quer mandar gente como a Veronica Bolina p prisao feminina Lola! Kkkkkkk

Anônimo disse...

Ser forçada à penetração heterossexual por questão de sobrevivência ou outra situação de inevitabilidade de escapar dessa situação terrível não é ser colaboradora com a opressão. Dizer que sim seria culpar as vítimas e uma cegueira absurda sobre a opressão das mulheres vivendo sob o patriarcado. Mas essa situação de subjugação é diferente de mulheres que têm poder de escolha e possibilidades de não se submeterem a essa forma básica de opressão e perpetuação da dominação masculina e mesmo assim se sujeitam a ela, seja em troca de migalhas de privilégios do patriarcado através da heterossexualidade; seja por causa da adoração, idealização e romantização de machos devido à colonização patriarcal, síndrome de estocolmo ou outros motivos semelhantes.

Anônimo disse...

Que amor kkk parabéns pros dois ^^

Yasmin disse...

Belíssimo post, Lola! Você são lindos juntos, dão aula para a maioria dos casais cheios de limitações haha. Uma dúvida: por que você e Silvinho decidiram casar no civil? Beijos e felicidades para os dois, por mais 25 anos com esse amor! :D

Lola Aronovich disse...

Obrigada, Yasmin. Casamos por causa do meu doutorado-sanduíche, em 2007. Obviamente queríamos que o maridão me acompanhasse pra Detroit, porque ficar um ano separados seria tempo demais. Mas descobrimos que teríamos que provar que morávamos juntos (com testemunhas, provas e tudo!), daí foi mais fácil casar. Falo um pouquinho disso aqui.

Anônimo disse...

Eu vou para a Marcha das Margaridas, inclusive já está tudo montado aqui em BSB.Vamos,vamos é amanhã!!