segunda-feira, 30 de setembro de 2013

RECONHEÇA SEUS PRIVILÉGIOS PARA PODER MUDAR O MUNDO

O fardo do homem hétero, sem necessidades especiais, rico e branco: 
Por que vcs estão reclamando? Não veem que eu também carrego fardo? 

Em junho, quando estive no II Congresso da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre!), em Juiz de Fora, decidi falar sobre privilégios na minha mesa, que era sobre opressões. Fui bem recebida e, de lá pra cá, bastante gente tem me pedido para publicar essa listinha de privilégios aqui.
A pessoa mais recente que me pediu isso foi numa palestra na Unicamp, em Limeira, na semana passada. Essa moça me disse que algumas dessas frases são extremamente eficientes em fazer as pessoas pensarem. Então vamos ver.
Faz um tempão que falo de privilégios, um tema que deixa muita gente indignada. Afinal, ninguém gosta de assumir que tem privilégios. Preferimos acreditar que trabalhamos muito e que merecemos chegar onde chegamos. Que estamos aqui por mérito próprio, fruto unicamente do nosso esforço, sem que a forma como a sociedade é estruturada tivesse qualquer influência. 
Em linhas gerais, privilégio é andar por uma estrada sem grandes buracos, sem lama, bem transitável -- e nem sequer reparar nas boas condições da estrada. Isso não significa que a vida pra quem tem privilégios será um mar de rosas. Todos têm problemas e frustrações. Só que há muito menos obstáculos pra quem é homem cis (identificado como homem desde que nasceu) branco hétero de classe média e sem necessidades especiais. O mundo foi feito pra esses caras. Eles são o padrão.
Por outro lado, homens têm que deixar de fazer uma série de coisas que são consideradas pouco másculas, como abraçar e demonstrar afeto. É como se tivessem que pagar pelo privilégio masculino cooperando com uma versão idealizada da masculinidade. Uma versão que não traz benefícios pra ninguém.
Nunca me canso de repetir que eu sou muito privilegiada. Tirando o privilégio masculino, que não tenho, tenho todos os outros. Por isso, foi fácil escrever sobre privilégios masculinos, mas complicado tentar me colocar na pele de negrxs e homossexuais e ver os privilégios que eu tenho, e que são negados a eles. Esta semana ainda, publicarei uma lista de privilégios cisgêneros (pessoas que se reconhecem com o gênero designado pela sociedade, ou seja, pessoas não trans).
Eu luto para que meus privilégios deixem de ser privilégios e sejam direitos de todos. Por exemplo, frequentar uma universidade pública de boa qualidade deveria ser um direito de todos que quisessem trilhar esse caminho. Mas, no Brasil, algo tão simples se transforma em privilégio. Quem está numa universidade é desde já um privilegiado. 
Reconheça seus privilégios.

É não ser considerado “disponível” apenas por estar sozinho. 
É ser escutado porque pode ter algo interessante a dizer, não por ser atraente.
É não te disserem o tempo todo que, pra você ser um homem completo, você precisa ter filhos.
É poder sair à noite e se preocupar apenas em ser assaltado.
É poder cometer muito mais acidentes no trânsito e ainda assim ser visto como um bom motorista, porque mulher é que é barbeira. 
É poder ter uma vida sexual ativa, com várias parceiras, e ser festejado por isso, chamado de garanhão, playboy.
É ninguém achar que seu corpo está à venda.
É ser ensinado que ser ouvido é mais importante que ser visto. 
É poder beber até cair sem ser estuprado.
É ter toda uma linguagem que te adota como padrão. (Se eu falar “Olá, leitoras”, leitores não se sentirão contemplados).
É poder ver anúncios misóginos, só notar a beleza das modelos, e rir de quem protesta da misoginia dos anúncios (vai lavar louça!). 
É poder ver como "opressão" as meninas bonitas não se interessarem por mim.
É ter toda uma ciência feita por homens para legitimar o seu comportamento e o seu domínio como “natural” e “instintivo”. 
É achar que você tem direito a todos esses privilégios porque Deus -- que é Pai -- quis assim. Ou porque está na bíblia. Ou simplesmente porque sempre foi assim

É poder andar de mãos dadas com seu amor. E beijar em público. 
É não haver insultos relacionados a sua orientação sexual.
É não ter um monte de igreja querendo te curar e salvar enquanto te agride. 
É ninguém jurar que você vai direto pro inferno por gostar do "sexo oposto".
É não ter que decidir quando vai contar pros seus pais que vc é hétero.
É sua família não te botar pra fora de casa e nunca mais falar contigo por causa da sua sexualidade. 
É não ser espancado na rua por fascistas que suspeitam do seu jeito.
É, quando ligar a TV ou ir ao cinema, ver pessoas como vc, que te representam e te inspiram. 
É poder adotar crianças e a sociedade te congratular por isso, não te achar um pervertido. 
É não considerar que uma doença é punição divina pela sua vida sexual. 
É ninguém falar pra vc: “Prefiro ter um filho assassino a ter um filho heterossexual”. 

É nem perceber que a primeira coisa que as pessoas reparam em vc não é a sua cor.
É ter muito menos chance de ir pra cadeia.
É, quando se é criança e brincar de boneca, as bonecas serem da sua cor. 
É o padrão de beleza levar a sua cor. E seu cabelo nunca ser chamado de bombril ou de ruim.
É ter muito mais chance de ingressar numa faculdade por ser branco.
É, numa faculdade, as pessoas acharem que você está lá porque estudou muito e mereceu entrar, não porque uma lei me beneficiou.
É achar que as leis e toda a estrutura da sociedade não te beneficiam. 
É as pessoas não te descreverem apenas pela sua cor. 
É, na TV e no cinema, as pessoas da sua cor terem papéis diversos e completos, não fazerem papéis de serviçais, ser protagonistas. 
É ter pessoas que te avaliam geralmente serem da sua cor. 
É ninguém se negar a sentar do seu lado no ônibus (a menos que vc seja gordx).
É ninguém associar a sua cor ao seu cheiro. 
É quase todos os escritores que fazem parte da grade curricular da sua escola/faculdade serem da sua cor.
É todos os heróis da pátria serem da sua cor.
É todos os presidentes do seu país (o cargo mais alto a que alguém pode aspirar) terem sido da sua cor. 

Quando finalmente nos damos conta dos nossos privilégios, podemos começar a entender as opressões que pessoas sem esses privilégios têm. Sem saber de nossos privilégios, desqualificamos as opressões, e inventamos besteiras como “orgulho hétero”, ou “quero usar camiseta escrito 100% branco”.
Admitir os seus privilégios não é abrir mão deles. É apenas compreender melhor o mundo, e o lugar que você ocupa neste mundo. E, pra mudar o mundo, precisamos saber de onde partimos e para onde queremos ir. 
- Seu estilo de vida é uma abominação.
- Mas sou assim desde criança.
- As Escrituras dizem que isso é do demônio.
- Mas quem eu estou machucando sendo desse jeito?
- É do mal! Você deve renunciar a este comportamento!
- Mas e se for natural?
- Não há prova disso!
SER CANHOTO NA IDADE MÉDIA

164 comentários:

Anônimo disse...

Adorei seu post, entre tantos outros do seu blog me abriu os olhos.
So discordo da parte em que vc fala " classe media", Lola, como se fossem os vilões....e a elite de verdade, Lola, nao mereceria estar incluída nesse post?.)
Quanto ao preconceito , apesar de ser branca e de olhos verdes,sofri apenas um, o de ter cabelo crespo, armado,ou seja, " cabelo ruim" .Ate hoje tenho amiga que me aconselha a alisar pra deixar " mais arrumado "
Parabéns pelo post.

Anônimo disse...

é privilégio negro passar na faculdade só por causa das cotas.

Anônimo disse...

Pode listar mais alguns privilégios em ser branco?

- É ter toda uma ciência feita por homens para legitimar seu lugar de honra na sociedade. (afinal a frenologia ainda é usada na identificação de 'suspeitos'...)

- É andar por espaços públicos e privados e não sofrer vigilância ostensiva dos seguranças... (ok, essa é uma variação do de cima)

É um saaaaco ir ao supermercado ou shopping com meu marido e sermos seguidos pra todo canto, msm em estabelecimentos q frequentamos a anos!!! ....u.u'

Karina Mendez disse...

Desde que eu era muito pequena percebia o privilégio, mas não sabia precisar de onde ele vinha, sou branca, de classe média e durante a infância e adolescência considerada heterossexual (sou bissexual).

É estranho pensar nisso, pois eu sempre via a minha família (só convivi com a paterna, em que a maioria é negra) falando de como a vida é difícil, de como devemos estudar e batalhar para ter as coisas, eu sempre achava que tinha algo de estranho comigo, já que eu conseguia tudo muito fácil. Na escola sempre fui elogiada e incentivada, consegui emprego com relativa facilidade, entrei em universidade pública e hj tenho uma situação financeira bastante boa.

Com o tempo fui percebendo que,me encaixar no padrão de beleza, ser branca, de classe média e a primeira vista hétero, fez com que a maioria (incluindo aquela professora lá do pré) vissem as minhas qualidades e esperassem mais de mim.Desde então não consigo para de pensar nas pessoas que não os tem e tentar mudar isso.

Wellington F disse...

Fico bastante feliz por ver que existem pessoas que são capazes de enxergar os seus privilégios e que sobretudo LUTAM pela igualdade. Se as pessoas privilegiadas tivessem um mínimo de empatia, certamente viveríamos num mundo bem melhor.
Além dos grupos privilegiados já citados, tem também outros grupos que, de certa forma, sofrem menos por serem "normais", tais como os 'destros' e os 'magros'. Pessoas que têm tatuagem também sofrem um preconceito terrível.

Caroles disse...

Muito bom o texto, Lola. É bem difícil conversar sobre privilégios com quem não quer enxergar o quanto é privilegiado. Uma vez fui a uma palestra sobre negritude na Literatura em que os palestrantes falaram sobre como "embranqueceram" diversos autores, como o Machado de Assis, pra que assim eles fossem respeitados e entrassem no cânone. Enfim, a palestra inteira foi sobre como nós, brancos, temos milhões de privilégios e como toda essa dinâmica do branco e do negro é retratada na Literatura. A palestra foi muito interessante, mas no final eu tava me sentindo muito... Branca. Sabe, sentindo o peso dos meus privilégios, porque eu acho que enquanto forem isso, PRIVILÉGIOS, eles pesam, sim. Direito não deveria ser privilégio, deveria ser direito e é isso, pra todo mundo, não só pra uma parte. Passar por toda a história da construção desses privilégios me fez sentir o peso deles - como se eu não quisesse eles se for pra ser assim. Comentei com o meu pai e a mulher dele (os típicos "não sou racista, tenho até amigos negros") e eles ficaram tipo "Ai é assim que ~eles~ querem que tu te sinta mesmo, como se fosse tua culpa ser branca" hahahaha eu só respondi que eles não tinham entendido nada mesmo, porque tem coisas que eu nem discuto mais.
Aliás, essa charge do final me lembrou da minha madrasta, que numa discussão falou que apanhava do pai dela e sofria nas mãos das professoras quando era criança porque era canhota. Segundo ela, é a mesma coisa que ser homossexual hoje em dia, e ela nunca foi pra rua pra protestar contra o preconceito, passou naturalmente; ou seja, protestar contra o preconceito seria "desnecessário". Eu, incrédula, disse que ok, ela pode ter sofrido preconceito pela ignorância alheia, mas que eu nunca tinha ouvido falar de alguém ser espancado na rua por ser canhoto. Comentário dela: "meu pai sempre batia na minha mão quando eu usava a esquerda pra fazer alguma coisa". Hahahaha, A MESMA COISA! Ai, meus sais.

luana disse...

É andar por espaços públicos e privados e não sofrer vigilância ostensiva dos seguranças...

eu sou branca e já aconteceu de entrar na loja e os empregados ficarem me seguindo ou olhando.acho q as pessoas já estão paranóicas,quem trabalha em loja tem vigiar para ninguém roubar.

ma1w disse...

Eu concordo que listar os pontos pode ajudar a esclarecer um pouco mais o que significam esses privilégios. Mas entender de verdade acho que só quem já sentiu a injustiça na pele. Aquela campanha do Chega de fiu-fiu é um caso muito claro disso. A grande maioria dos homens tinha dificuldade sequer de compreender o que estava sendo discutido.

Eugenia disse...

"É poder beber até cair sem ser estuprado" ok, isso é verdade, é muito mais fácil pra um homem ficar bêbado do que pra uma mulher. Mas Lola, isso é privilégio? Porque beber até cair não tem nenhuma vantagem, essa é uma coisa que eu sempre penso. Não entendo porque algumas pessoas bradam tanto que toda mulher deveria ter o direito de beber e quase entrar em coma alcoólico sem ser estuprada. O correto não seria NÃO BEBER ATÉ DESMAIAR? Até quando isso vai ser uma atitude aceitável e "legal, descolada" ou sei lá?
Não estou querendo desmerecer, julgar. Ou qualquer coisa. É realmente uma coisa que eu não consigo entender. Se eu estiver errada, gostaria apenas que alguém me explicasse o porquê. Esse é um assunto que me causa certa confusão

douglas disse...

os negros tiram as vagas q poderiam ser de qualquer um q passasse nas provas,isso é privilégio dos brancos?é vantagem onde?

só negros podem ter orgulho da própria cor,o resto n e se tiver é racismo.

homens n são estuprados n é mesmo.

e cadê a prova de homossexualismo é normal?

ser branco n impediu q policiais me parassem na rua.

Anônimo disse...

A única coisa que eu pensei quando li o comentário do Doiglas foi: "nossa, como você é burro, cara"

Primeiro que as cotas são uma medida provisória. Enquanto não houver igualdade racial, haverão cotas até que haja.
Não é como se QUALQUER UM fosse ocupar as vagas que os cotistas ocupam. É qualquer um de classe média pra cima que tem dinheiro pras melhores escolas e cursinhos.

O resto eu nem vou discutir porque tô com preguiça, mas você é uma anta. E só avisando, eu sou branca e comentar sobre isso porque reconheço o privilégio que eu tenho de ter entrado mais facilmente na universidade do que um cotista.

Empatia. Mais empatia. Exercite isso, pelo amor de deus.

Anônimo disse...

Cotas para negros continua sendo um privilégio. Muitos argumentam: "Ah, a maioria das pessoas em situação de pobreza e sem teto são de origem negra, imagina aquela mulher negra que trabalha de domestica e ainda tem que cuidar dos filhos, como ela entra na universidade?" Mesmo com cotas essas pessoas ainda continuam sendo excluídas, muito difícil uma pessoa que mora na favela e precisou começar a trabalhar com 12 anos pra ajudar a família conseguir passar no vestibular mesmo com cotas, a não ser que essa pessoa seja muito acima da média.

Pessoas que entram por cotas nos cursos mais concorridos em geral possuem uma situação econômica muito mais privilegiada, não tem como alguém que estudou so em escola publica de pouca estrutura e sem cursinho competir nos vestibulares mais concorridos, mesmo tendo cota. Já outros cursos que tem baixa demanda como física, matemática, licenciaturas... dá pra passar ate mesmo sendo analfabeto funcional.

Aqui na Unicamp os que eu vi que entraram nas engenharias tendo o bônus que a universidade dá pra quem estudou em escola publica e tal são pessoas que estudaram em colégio militar ou escolas técnicas, que já são lugares onde só uma "elite" tem acesso. As pessoas fazem vestibulinho pra tentar entrar em cursos técnicos mais concorridos (o que já eleva a media do poder aquisitivo desses alunos), e a qualidade do ensino em colégio militar é superior à media das escolas publicas.

Ou seja, cotas não fazem justiça social p***a nenhuma.

donadio disse...

Você sabe que é branco quando a polícia te chama de "doutor" e te deixa passar, em vez de te chamar de "vagabundo" e mandar encostar as mãos no muro.

Você sabe que é homem quando depois de transar não fica preocupado sobre se está grávido ou não.

Lola, uma tradução melhor para "burden" é "fardo" - até porque é a tradução usual da famosa expressão de Rudyard Kipling: "White Man's Burden" - o Fardo do Homem Branco.

Privilégio de ser negro disse...

- ter a liberdade de andar com camisa "100% negro" (mesmo que o cara não exatamente "100% negro", já que aqui no Brasil, mulato é considerado negro) sem ser considerado racista — se um branco andar com uma camisa 100% branco, não tem jeito, é cadeia por racismo.

- cotas nas universidade, cotas no serviço público, etc.

- não pode sofrer nenhum insulto, enquanto poder sofrer vários insultos referente à cor;

Daniela Ruiz disse...

Lola, eu escrevi um post sobre privilégios que eu abandonei no meu blog (sou uma garota trans), se quiser dar uma olhada!

Thaís B disse...

douglas

"os negros tiram as vagas q poderiam ser de qualquer um q passasse nas provas,isso é privilégio dos brancos?é vantagem onde?"

Você fala como se não precisasse estudar só por ganhar cotas, que eu me lembre as cotas para negros é um aumento de míseros 2% em cima da nota que o aluno tirou. Relaxa, o branco de classe média que sempre estudou em escola particular boa e pode pagar cursinho ainda tem MUITO mais vantagem mesmo sem cota.

"só negros podem ter orgulho da própria cor,o resto n e se tiver é racismo"
Bom, eu não sou negra então se eu falar besteira algum negrx por favor me corrija, mas pelo que eu percebo o orgulho de ser negro não é se achar superior às demais etnias, mas sim mostrar que mesmo sendo a etnia que mais sofre com discriminação, xs negrxs sentem muito orgulho de serem assim,não vão se acanhar diante do preconceito e lutarão contra ele.

"homens n são estuprados n é mesmo."
É, vamos ignorar que quase todas as pessoas que sofrem assédio e estupro são mulheres.

"e cadê a prova de homossexualismo é normal?"
A ciência já mostrou que existe várias espécies animais em que há seres homossexuais. Então é normal e natural.

"ser branco n impediu q policiais me parassem na rua."
E nunca vai impedir, mas ninguém vai sempre suspeitar de você só pela cor da sua pele.

É tão difícil ir além do chororo de IUZOMI? IUZBRANCUS? IUZHETERUS?

° Emy ° disse...

Brilhante! Sem mais...

Anônimo disse...

douglas, perae, deixa eu buscar minha canequinha pra você chorar dentro e eu beber no café da manhã com cereal. Caramba, tu leu mesmo o post?

Lígia

Anônimo disse...

Eugenia, dizer o que tu disse é o mesmo que falar que "as mulheres querem se igualar à pior parte dos homens", que no caso é fazer sexo com quem quer, beber, fumar, ou seja, levar a vida que quer. A real é que beber até desmaiar não é ilegal, e que quando isso acontece entre amigos homens o máximo que o cara precisa se preocupar é acordar com a cara riscada, e não com uma possível violência sexual.

Anônimo disse...

"Por exemplo, frequentar uma universidade pública de boa qualidade deveria ser um direito de todos "



Pedir algo publico e de qualidade é pedir circulo redondo.universidade pública não é de boa qualidade para ninguém.são apenas centros de doutrinação marxista.



"É poder ter uma vida sexual ativa, com várias parceiras, e ser festejado por isso, chamado de garanhão, playboy."



quem festeja isso são justamente as mulheres, que se sentem interessadas em homens experientes sexualmente falando.



"É ter toda uma ciência feita por homens para legitimar o seu comportamento e o seu domínio como “natural” e “instintivo”. "


ora e eles estão certos.homens são diferentes de mulheres.


"É ninguém falar pra vc: “Prefiro ter um filho assassino a ter um filho heterossexual”."

liberdade de expressão é opressão agora?

ainda tem o meme zombando do branco que acha cotas racismo.
voce já ouviu falar de thomas sowell e walter willians?são dois dos intelectuais mais brilhantes do mundo.são negros de origem humilde e são veementemente contra cotas.


Anônimo disse...

Ah, douglas, a prova de que "homossexualismo" é normal talvez nunca vá existir pra você, assim como a prova de que deus não existe, a prova de que não há vida após a morte, etc. Mas me diga, no que um casal homossexual apaixonado interfere na sua vida? Fere a sua visão máscula ver um dos seus colegas "dominantes" recusando seu lugar de caçador?

E me diz agora, quantas histórias de homens estuprados você já ouviu , e quantas de mulher? E não vale só considerar as que você acreditou, ou considerou estupro, só porque a guria praticamente morreu no fim das contas. E quem estupra os homens? São as mulheres, com sua força descomunal e sua visão deturpada de que eles estão ali pra satisfazerem seus desejos?

Porque você teria orgulho da sua cor se foi ela que deu o "direito" dos seus antepassados de massacrarem as pessoas de raças diferentes? Não entende que ter lutado, e lutar todos os dias, pra ser visto como um cidadão e uma pessoa passível de direitos é algo difícil e que acontece AINDA, enquanto quem é branco não precisa fazer porque já tem a segurança desses direitos?

Sobre os policiais te pararem na rua, não estamos dizendo que os policiais só vão parar pessoas negras nas ruas. Eles param primeiro negros, homens, tatuados, com roupas "diferentes", "mau-encarados", que estão em locais "suspeitos", podendo fazer coisas ilícitas. Mas isso não quer dizer que a probabilidade de linkar negro com bandido é muito maior do que a de linkar branco com bandido. Quantas vezes você já ouviu "mas não me faz um trabalho de branco!" "só podia ser um branco xexelento mesmo", "branco é tudo bandido"? :)
Você devia pensar mais sobre seus privilégios. Em-pa-ti-a. É sentir o que o outro sente que nos torna humanos. E não só quem é 100% igual a nós. Afinal, gay ou hetero, mulher ou homem, negrx ou brancx, cis ou trans*, somos todxs humanxs, todxs temos sentimentos, sofremos e queremos só levar nossas vidas da maneira menos sofrida possível. Pra que dificultar a dos outros?

Leandro disse...

ai, ai, olhe só a contradição:

“ É, numa faculdade, as pessoas acharem que você está lá porque estudou muito e mereceu entrar, não porque uma lei me beneficiou.”

Mas a culpa disso é de quem defende estas ações afirmativas. Como disse o Walter Williams, um grande guerreiro da liberdade negro, ações afirmativas reforçam os estereótipos raciais....

Recomendo ver esta entrevista do Walter Williams à VEJA:

Parte 1

Parte 2

Anônimo disse...

Infelizmente ao invés de ser um lugar de reflexão a cx. de comentários está virando um prato cheio de mimizentos...

Junior disse...

Mas que belo post.

Anônimo disse...

Eugênia, aí já é outra questão né. Discutir os prejuízos que o álcool pode vir a trazer para o corpo e para a mente é mesmo muito válido. Mas uma coisa é uma mulher não beber ou não beber demais porque se convenceu que álcool faz mal, outra é ela não beber porque pode vir a sofrer uma violência, mesmo entre amigos e saber que no lugar de culparem o agressor, ela que vai ser culpada por estar bêbada, por estar com a roupa decotada, por estar dançando, enfim.
Acho que a questão é essa. Eu posso achar errado qualquer pessoa beber demais, mas aí já me parece uma questão que vai além do feminismo. E se a pessoa quiser beber mesmo, bom, fazendo bem ou mal, é um direito dela. Eu pelo menos vejo a questão assim.
Abraços.

Flavio Moreira disse...

@douglas
Tire o foco do "eu" e pense no coletivo. Você foi parado pela polícia quantas vezes em sua vida? Adolescentes negros e pobres, mais do que parados, são mortos todos os dias somente porque são negros e pobres.
Muitas vezes sobram vagas nas faculdades que não são preenchidas nem mesmo por brancos. Essas vagas devem ficar ociosas?
Homens normalmente são estuprados (quando adultos), em situações de guerra ou de extrema convulsão social como revoltas armadas; normalmente um homem adulto tem melhores condições físicas de reagir a uma tentativa de estupro do que uma mulher.
Quanto á questão da homossexualidade, o que é que prova que a heterossexualidade é normal? E, ainda que você não consiga ter empatia por nenhum desses grupos (mulheres, negros, pobres, LGBTs etc.), o que faz você achar que eles não merecem ter os mesmo direitos que você tem, sua criatura egoísta, sua aberração socio-cognitiva?

Roxy Carmichael disse...

eugenia
basta substituir por: é poder fazer uma viagem de ônibus de madrugada e dormir tranquilamente sem se preocupar que a pessoa que está sentada ao seu lado vai passar a mão em você.

Anônimo disse...

Sawl

PARA Douglas

De boa, véi, vc falou um monte de MERDA!
As cotas são um reajuste de porcentagem, eu particularmente acho que as cotas deveriam ser apenas para alunos de escola pública, mas, devemos considerar que a maioria dos filhinhos de papai privilegiados e que moram em áreas de luxo do Brasil são de maioria branca.
Outra, os negros estão começando afirmar sua identidade o que ainda é difícil pois vivemos em um país racista SIM! A maioria das pessoas de cor já foram vítimas de preconceito e agressão. Quantos médicos, engenheiros, professores, etc, são parados pela polícia ou afrontados por seguranças de loja somente por sua cor?! Vc não sabe isso pq nasceu em um status racial que NÃO o deixa ser vítima de alguma violência! Quanto aos policias te pararem, pode ser por qualquer razão MENOS por ser branco. É mentira e hipocrisia da tua parte!!!
Homens são estuprados em casos específicos como cadeia ou quando são crianças(vítimas de pedófilos), mas o risco de sofrer violência sexual por situações banais como: ir à escola, ir ao trabalho, ir para uma festa, passar em uma rua, beber em um local(NÃO sou a favor que pessoas sejam homens ou mulheres encham a cara, mas, isso é escolha de cada um, e NINGUÉM deve sofrer violência por estado alcoólico!), etc. TODAS essas situações onde qualquer mulher independente de: raça, idade, beleza, etc, pode sofrer violência sexual porque vivemos em um país MACHISTA onde a mulher é desvalorizada!!
Quanto à questão de homossexualidade(não é homossexualismo NÃO, sou hétero casada, mas tenho uma irmã gay que é um ótimo ser humano com certeza bem MELHOR QUE VOCÊ!) você, como qualquer pessoa tem o direito de não concordar, mas, RESPEITE!! Vc não é melhor do que ninguém para discriminar e julgar os outros, pense nisso e aprenda a ser um homem melhor!

Sawl -The Rebel

Anônimo disse...

"os negros tiram as vagas q poderiam ser de qualquer um q passasse nas provas,isso é privilégio dos brancos?é vantagem onde?"

Vai ler sobre a aceitação histórica de negros em ambientes acadêmicos, sobre o impaco psicológico de racismo sistêmico, sobre racismo sistêmico em si.

"só negros podem ter orgulho da própria cor,o resto n e se tiver é racismo."

Brancos nunca sofreram racismo sistêmico. Brancos nunca foram escravizados exclusivamente por sua cor. Brancos são largamente e positivamente representados historicamente e na atual mídia. Brancos não têm estereótipos danosos e ofensivos atrelados à sua cor. "Branco" nunca foi nem é xingamento, porém, adendo. Branco é o padrão. Branco não precisa de orgulho.

"homens n são estuprados n é mesmo."

Vai ler estatísticas de estupro. Vai ler sobre cultura de estupro.
Vai ler qualquer site feminista e exploda a cabecinha com a constatação que ninguém jamais negou a incidência de estupros masculinos, ou sua importância.

"e cadê a prova de homossexualismo é normal?"

Cadê a prova que não é.

"ser branco n impediu q policiais me parassem na rua."

Às vezes brancos também precisam se submeter à lei. Vai entender.

Beatriz Correa disse...

Seguindo a linha de raciocínio da Eugenia...

Não seria melhor trocar "É poder beber até cair sem ser estuprado" por "É poder fazer o que bem entender e vestir o que quiser sem correr risco de ser assediado e/ou estuprado" ?

Anônimo disse...

Algumas coisas que discordo:

- É poder ter uma vida sexual ativa, com várias parceiras, e ser festejado por isso, chamado de garanhão, playboy.

Não sabia que "ter o dever de" fosse um privilégio. Anotarei isso. Em tempo, o homem que "ousar" não ter vida sexual ativa, com várias parceiras, é chamado de "fracassado", de corno.

- É poder sair à noite e se preocupar apenas em ser assaltado.

Já ouviu falar do ditado que diz que c* de bêbado não tem dono? Pois é, esse ditado não é só para mulheres. Além disso, um homem tem mais chances de ser assassinado do que uma mulher.

- É poder ver anúncios misóginos, só notar a beleza das modelos, e rir de quem protesta da misoginia dos anúncios (vai lavar louça!).

Falando em louça, sabia que os vídeos publicitários da Bombril da série "mulheres evoluídas" não foram tirados do ar pela Conar? Pra eles, o conteúdo essas propagandas "são bem-humorados e usam recursos próprios da publicidade, como o exagero, sem demonstrar riscos aos consumidores", apesar do conteúdo claramente misândrico.

O precedente está aberto. Se alguém quiser pregar a misandria em propagandas, o conar fará nada. Assim como nada faz contra propagandas misóginas. Ou seja, esse privilégio só "existe" em função da quantidade, porque pela "regulamentação", o publicitário pode pregar o quanto ódio quiser contra quem quiser que ainda terão pessoas comentando "vá trabalhar", "vá lavar a louça", "vá arrumar o que fazer" ou qualquer coisa do gênero.

Júnior Vidal disse...

Muito bom o texto! Senti falta do privilégio de ser classe média, alta, etc. A falta de recursos, pra mim, é uma das mais sórdidas formas de opressão. A pobreza, dentro de suas proporções, atinge à todos, inclusive brancos, homens e héteros.

Anônimo disse...

"É as pessoas não te descreverem apenas pela sua cor."

Eu escreveria isso como "É as pessoas não te descreverem negativamente apenas pela sua cor. Afinal, albinos ou pessoas "claras demais" também são descritas exclusivamente pela cor.

Galegx, alemãx, papel, rato de laboratório são apenas alguns apelidos jocosos que pessoas brancas demais recebem.

Não quero diminuir o racismo que os negros enfrentam. O que tento fazer é apontar que, de fato, existe sim um "tom certo" de pele para não receber preconceito racial (acho que o nome é caucasiano). E concordo plenamente que essa discriminação deveria SIM acabar.

Anônimo disse...

A história já mostrou como termina isso. Os NAZISTAS também achavam que os judeus eram grupos privilegiados. O Sultão Sultão Abdul Hamid II também convenceu os turcos de que os armênios eram um grupo privilegiado. Ambas as mentalidade de culpar um grupo privilegiado terminaram em genocídio. Troque "judeus" e "armênios" por "homens, brancos e héteros", é a mentalidade politicamente correta moderna...

lola aronovich disse...

Eugenia, concordo contigo: beber até cair não é privilégio nem vantagem nenhuma. Mas, caso isso aconteça, não ser estuprada É UM PRIVILÉGIO. As pessoas realmente repetem o "c* de bêbado não tem dono", mas a gente não ouve falar de muitos casos em que um rapaz numa festa universitária bebe até cair e é estuprado. Agora, casos de mulheres que são estupradas pelos "amigos" e colegas, têm de monte...


Sobre as pessoas que são contra as cotas raciais: desculpe, sem tempo ou paciência para ouvir as velhas ladainhas que vcs falam. É como discutir sobre a legalização do aborto: vcs simplesmente não têm argumentos inteligentes.

lola aronovich disse...

Dúvida: o comentário do mascu anon das 19:10 bate o de outros mascus como o Douglas e Leandro no quesito "imbecilidade mor"? Eu acho que sim...


Ah, alguém falou sobre os ricos. Gente, sem dúvida uma pessoa de classe alta tem mais privilégios que uma de classe média. Eu só coloco "classe média" porque, sendo de classe média, vc já tem praticamente tudo necessário para viver. Classe média É um grupo de privilégio em qualquer lugar do mundo, até em lugares onde a classe média seja 90% da população. Porque, no planeta, a maioria das pessoas trocariam de vida com alguém de classe média num instante. Por isso que a gente ironiza os "classe média sofre", porque eles/nós já temos tudo. Claro que tem mascu que chora por não ter um Camaro (é um tipo de carro, imagino) na garagem e um harém de panicats, mas estamos falando de pessoas minimamente equilibradas.
Além do mais, há muitos poucos ricos no mundo. Eu não quero falar que o 1% da população é privilegiado. Suponho que esse 1% SAIBA MUITO BEM que é privilegiado (se bem que eles ainda assim acreditam em meritocracia). Eu quero que pessoas que são privilegiadas reconheçam seus privilégios. Aí entra a classe média.

Lica disse...

Fiquei bem triste, mas não surpresa com a reação das pessoas ao Miss Brasil.

Começa que a Miss Bahia era a única negra.

Ela desfilou muito bem é muito bonita. Ficou merecidamente entre as três finalistas. Estou falando pq entendo de verdade de concurso de Miss.

Fico indignada com os comentários na internet, sempre dizendo que ela estava lá por cotas. É muito triste isso!

Douglas disse...

Me fizeram rir .o povinho cobrando respeito e geral me xingando... E eu q sou hipócrita.
Resumindo tudo,os brancos de agora devem se fuder pq antigamente os brancos escravizavam negros,a tal divida histórica.

E só negros são xingados pela cor? Kkkkk pode n ter o peso histórico bla bla mas já fui xingado de leite azedo,branquelo ,isso tb é ofensa ou pra alguém ai é elogio?
Mas claro só negros sofrem de tudo,o resto do mundo vive num mar de rosas.

Anônimo disse...

Façam um teste: digitem "pretos" no google imagens e depois digitem "brancos".

No primeiro caso temos: "pretos gordos", "pretos feios", "humanos pretos"...

No segundo: "brancos crianças", "pessoas brancos", "brancos europeus"...

Li disse...

Um monte de privilegiado com problema em reconhecer seus privilégios aqui nos comentários...

Pelo jeito a Lola cutucou na ferida agora!! haha

Anônimo disse...

Eugenia, concordo contigo: beber até cair não é privilégio nem vantagem nenhuma. Mas, caso isso aconteça, não ser estuprada É UM PRIVILÉGIO. As pessoas realmente repetem o "c* de bêbado não tem dono", mas a gente não ouve falar de muitos casos em que um rapaz numa festa universitária bebe até cair e é estuprado. Agora, casos de mulheres que são estupradas pelos "amigos" e colegas, têm de monte...

A gente quem, cara pálida?

Há vários casos de homens que beberam até cair e acabaram sendo estuprados. É lógico, isso é tratado como piada, mas acontece bastante. Volta e meia eu mesmo escutava casos como esse quando fazia faculdade.

Não estou negando que mulheres sofram estupros nessas festas. Nem quero reduzir a seriedade do problema, Lola. Eu discordo quando você simplesmente nega que homens corram qualquer risco que seja de serem estuprados. Peço para que você, como acadêmica, pesquise melhor antes de negar categoricamente alguma

Mais uma vez, não estou negando que mulheres sejam estupradas em festas e baladas, mas sim afirmando que homens não são imunes a essa violência.

James Hiwatari disse...

Boas as listas de privilégios e tudo mais, só que tem uma coisinha errada um pouco antes de chegar nelas: a definição de homem cis não é simplesmente se identificar como homem desde que nasceu. Isso também acontence com vários homens trans, só que como crianças eles não são levados a sério por causa de cissexismo e falta de informação. Homem cis é aquele que foi identificado como homem ao nascer e que assim se identifica durante o resto de sua vida.

lola aronovich disse...

Obrigada pela correção, James.


Daniela, gostaria de ler seu post sobre privilégios. Vc pode deixar o link?

lola aronovich disse...

Anon das 19:49, se vc quer pedir alguma coisa, assine seu nome. E desde quando eu nego que homens corram risco de serem estuprados? Putz, eu já publiquei até guest post de mulher em dúvida se tinha estuprado um homem. É só que neste caso de beber até cair e ser estuprada, o caso é muitíssimo mais comum com mulheres. Eu, pelo menos, em quase seis anos de blog, nunca recebi nenhum relato desse tipo vindo de homem. E também nunca ouvi falar -- o que não quer dizer que não exista. Só que não é comum. Enquanto que pra mulher é comum sim. Ou vc tem alguma estatística? E vc nunca me viu nem verá tratar estupro de homem como piada.


Anon das 18:47, sim, já ouvi falar que a campanha das mulheres evoluídas (que já tem alguns anos) não foi tirada do ar pelo Conar. Aliás, eu escrevi criticando a campanha.

Anônimo disse...

o lance da cota vai no meu calo:
sou branca, eu e minha mae sempre moramos de aluguel, somos pobres e sempre estudei em escola pública, infelizmente por um ano pois as escolas estavam em greve no 2 ano do ensino médio estudei na particular e sofri por ser pobre era muito humilhada, aliás uma das alunas que me esculhambava era negra. Até hj moro com minha mãe e ajudo no aluguel? moro em comunidade! E por não ser negra não sou assistida, tive de me matar de trabalhar e só hoje aos 27 entrei em uma faculdade particular com bolsa de 50% e mais a maioria dos alunos são brancos e com as mesmas condições que eu. Se matam pra pagar suas graduações, eu sou fruto dessa mesma desigualdade não sou beneficiada. Moro no rio de janeiro e aqui o que mais tem no subúrbio é pobre branco enquanto na Cidade de Deus (favela) o cara não estuda, passa o dia todo fumando maconha e zoando na lapa e de tarde é "estudante cotista". caiam na real , tirem da mente de vcs que todos os brancos são ricos ou classe média. No rio de janeiro o que mais tem é pobre branco, mulher então nem se fala. Sério vão num morro fazer uma pesquisa, muitos negros cotistas da uerj chegam lá de carrão, enquanto os brancos fudidos tão ralando de 06 as 18 pra pagar a faculdade, tenho vontade de me pintar de negra e virar cotista na boa. estou postando isso pq existem casos e casos.

Leandro disse...

Vamos ver então, o privilégio do homem em casos de estupro: o estupro de mulher é tratado como crime hediondo, enquanto o estupro de homens é visto como piada. Então, se existe uma cultura do estupro, só se for uma culturo do estupro de homens.

E mulher não estupra homem? Engraçado. A Lola diz combater estereótipos de gênero, mas o que se vê aqui é uma reprodução (mais exacerbada) de estereótipos de gênero. Isso de que mulher não estupra, ou que estupros de homens ou estupros cometidos por mulheres são raro não pássa de um estereótipo de gênero.

Anônimo disse...

essa coisa de branco classe média ou rico só acontece em são paulo, curitiba...
pq no Rio de janeiro branco classe média só da tijuca em diante né?
E rico só no leblon.
Comentei e até achei de não aprovarem. Porque vc entra numa estácio de sá dentro de um subúrbio e 99% dos alunos ralam de sol a chuva pra pagar por seus estudos, financiam pelo fies (que é super dificil)
Enquantos os gatinhos cotistas tão enchendo a cara na lapa e circo voador, ainda tem vale cultura e passe livre no ônibus. Acordem!!!!

Anônimo disse...


Obrigada Lola por me explicar sobre ricos X classe media.
Fui eu que questionou isso;))
Bjs

Anônimo disse...

@anon 20:06,

Pense assim, pelo menos vcs não ralam e ainda por cima estão amarrad@s a grilhões...
E pense mais... Numa entrevista de emprego, quem tem mais chance?

A instituição de cotas é ação reparadora de um erro histórico. Não, ela não é um erro.

Anônimo disse...

Listas de alguns “privilégios masculinos”:

- Outros pagam por seus encontros, ou às vezes até pegam um guia em contextos não-românticos? Ou pagar para as suas férias, quando se muda?

- Você ocasionalmente experimenta subserviência e deferência sendo oferecida a você pelo sexo oposto (abrindo portas, dando-se um assento no ônibus, de pé quando você vem no quarto)?

- Você é capaz de buscar o que está interessado na universidade sem muita pressão da sociedade para o “sustento da família” – embora você também pode tomar esse caminho, se assim lhe interessar?

- Você nunca foi obrigado a se registrar para o serviço seletivo?

- Você nunca será arrancado de sua vida e forçado a defender seu país em tempo de ataque ou de emergência nacional?

- Você precisa dar a sua vida em um bote salva-vidas quando se navio afundar?

- Se você tiver um pneu furado na estrada, se alguém está perseguindo você em um lugar público, se um animal ataca você, ou se você está perdido, alguém vai ser muito, muito mais provável a ajudá-lo?

- Você pode vir acima com toda e qualquer desculpa para sair do projeto, sem ser ridicularizado (“Ninguém deve ser elaborado” – quando você seria o primeiro a se esconder no canto e exigir que alguém faça alguma coisa se, digamos, China & Russia atacarem com força total – e “Homens começam as guerras …” quando as mulheres são a maioria dos eleitores ea expressão deve ser “homens são ENVIADOS à guerra …” – exatamente o que você está tentando sair de – e algumas vezes enviados por M. Thatcher, G. Meir, I. Gandhi e outras “damas”)?

- Você representa mais de 90% das mortes em acidentes de trabalho?

Anônimo disse...

o que eu queria que as pessoas entendessem é:
Muita gente principalmente no rio de janeiro usa dos programas do governo de má fé.
Ex 1 Na comunidade onde eu moro a moda é ter um filho por ano pra aumentar a bolsa familia: elas tiram o extrato orgulhosas, se recusam a ir as palestras de planejamento familiar , deixam claro que querem viver de bolsa, são extratos de mais de 700,00 reais
700,00 reais esses que eu branca, filha de mãe semi analfabeta trabalho 26 dias por mês pra pagar: faculdade, aluguel e alimentação.
Vivo um farrapo: casa pro trabalho e faculdade.
onde estão as mães beneficiárias do bolsa família: no salão de beleza ultilizando o dinheiro das crianças, nas progressivas modernas enquanto seus pobres filhos estão na rua porque depois da escola ficam largados na rua. A maioria dessas mulheres e homens não trabalham e sequer educam seus filhos.
vocês tem uma imagem da mãe que mora na comunidade da década de 80
Em exemplo minha própria mãe: anos cuidando de casa de família no méier. Engraçado que minha mãe é branca né foi tão previligiada só que não.
E mulheres como ela são raras. Essas pessoas que vcs defendem em suma são sangue sugas de bolsas, muitos usúarios de droga, gente que não quer nada, só ver novela. moro em uma comunidade em costa barros e essa é minha realidade, choca né?

Anônimo disse...

Não acredito neste País pelo simples fato de todos quererem se fazer de coitadinhos! Hoje a mulher é coitadinha, o negro é coitadinho, o optante de gênero sexual é coitadinho, o presidiário é coitadinho, o idoso é coitadinho ( independente se ele foi um mal caráter ou não, ou se ainda é ), o viciado é coitadinho, o índio é coitadinho! aff...!!!! Depois do auxilio reclusão de R$950,00 também. Ser coitadinho no Brasil dá lucro sem muito esforço, e a esmola vem de graça. Talvez eu esteja errado e deva ser mais um coitadinho também, vou criar uma nova classe de coitadinho para ver se dá algum lucro! Afinal para que nadar contra a maré!

Thaís B disse...

Douglas

"Resumindo tudo,os brancos de agora devem se fuder pq antigamente os brancos escravizavam negros,a tal divida histórica."

NUOSSA QUE DÓ!!! ='(
Com o que exatamente você sofre for ser branco?
Ter mais chances de conseguir um emprego se estiver concorrendo com um negro de mesmo nível acadêmico? Ser chamado de branquelo uma vez em toda sua vida enquanto negro aguenta agressões verbais diretas e indiretas todos os dias?? Poder entrar em um estabelecimento com roupa simples sem que desconfiem de você ser ladrão??
Nossa, mas que horror!! Muitíssimo pior que ser negro! Tô chorando, morrendo de peninha de você! Pobre homem branco oprimido por essa sociedade afrocêntrica!! BUAAAAAAAAAAAAAAA

"E só negros são xingados pela cor? Kkkkk pode n ter o peso histórico bla bla mas já fui xingado de leite azedo,branquelo ,isso tb é ofensa ou pra alguém ai é elogio?
Mas claro só negros sofrem de tudo,o resto do mundo vive num mar de rosas."
BUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SOU UM HOMI BRANCO OPRIMIDO POR ESSES NEGROS MALDITOS!! É óbvio que ser chamado de leite azedo tem extamente o mesmo peso que um negro ser chamado de macaco!! Brancos são tão oprimidos, são constantemente comparados a animais, a escravos, são associados a pobreza assim como seu continente de origem ainda é explorado e ignorado pelo resto do mundo, a coitada e pobre Europa!! Abaixo a opressão! BUAAAAAA

Tatiana disse...

"eu sou branca e..."
Será que é tão difícil perceber que o mundo NÃO É sobre VOCÊ? Que não existe só VOCÊ e a sua experiência?


Douglas disse...

Finalmente alguem fala a verdade como a anon de 20:06.
E concurso de miss tem cota sim,assim como em tudo. até comercial.
Pra vcs qualquer um q n achar q um negro merece tudo só pq é negro é racista.
E adivinhem só ,além de branco moro numa favela do rj antares e vejo muito mais pobre branco como eu do q negro.

Anônimo disse...

"...you don't see my color before you see my face." (Campanha un-fair)

Essa frase me lembrou este documentário sobre racismo na Alemanha.

Anônimo disse...

Por que quando li este post tive a quase certeza de que teria homem branco mimizento comentando?!

Não se pode falar de privilégios que logo, logo, vem os privilegiados choramingar.

@dddrocha disse...

Post pra vida, não vou ler os comentários pois sei que vou adoecer com alguns. Mas obrigada pela lista, Lola. Vou pregar na geladeira.

Anônimo disse...

querida lola e leitoras reflitam:
O pobre deve ser tratado o pelo Estado com respeito e proporcionando a inserção na sociedade, na educação etc. Não o branco, o negro, o índio, o amarelo, o judeu e sei lá mais quantos outros. Isso é discriminação!

Anônimo disse...

não sou mascu, sou leitora desse blog mas vejo que a maioria é classe média e não sabe que existe branco pobre que rala muito e negros que só vivem de bolsa e trabalho que é bom nada, pq né o estado dá tudo e usam de má fé, é bolsa familia sustentando vicio de mae cracuda, jovem tendo 5 filhos pra garantir o bolsa, saiam da casinha.

Anônimo disse...

brancos mimizentos: aqueles que são pobres e trabalham e tem tudo mais dificil que os negros com seus quinhentos beneficios socias oferecidos pelo governo, enquanto minha vizinha pare cinco e compra tv de led com o bolsa eu n pago isso com meus impostos.

Ma1w disse...

Então, antes alguns posts tinham caixa de comentário que fedia suvaco de mascu. Agora tá fedendo fritura de coxinha.

Anônimo disse...

Coxinha: quem trabalha de 06 as 18:00, paga aluguel, paga seus estudos e se fode porque não é negro.
Super negros, super coitados: cotistas, bolsistas, ganham casa do governo tudo na mãozinha.
Cego é quem não vê, alias muito melhor ser negro e ser sustentado e acolhido pelo governo.

Anônimo disse...

Ser branco e riquinho é uma coisa.
Agora ser branco e pobre: invisivel para o estado, pq né só os negros precisam.

Anônimo disse...

"Moro no rio de janeiro e aqui o que mais tem no subúrbio é pobre branco enquanto na Cidade de Deus (favela) o cara não estuda, passa o dia todo fumando maconha e zoando na lapa e de tarde é "estudante cotista". caiam na real , tirem da mente de vcs que todos os brancos são ricos ou classe média. No rio de janeiro o que mais tem é pobre branco"

Acho que não vivo na mesma cidade que essa pessoa...tem algo errado aí, hein?
As cotas não são só pra negros não, viu? São pra pessoas carentes e que estudaram em escolas públicas.
E não basta ser só negro pra participar, tem que provar que é carente e que estudou em escola pública.

Anônimo disse...

Mimi de branco: governo não me dá faculdade de graça, casa, comida, daqui a pouco estaremos criando as domésticas pra negros para as mamis passarem o dia no portão enquanto seus filhos ficam entregues a violência e marginalização (perai já acontece).
Nessa brincadeira o resto da população luta pra criar seus filhos e sobreviver.

Anônimo disse...

Obrigada lola por publicar pois é necessária visões mais amplas e menos coitadismos.

Anônimo disse...

Fico de cara com a quantidade de racismo ainda existente hoje. Sério. Coisas normais, que passam batido pelo dia a dia, quando uma pessoa diz "tal coisa é coisa de preto". Depois quando a gente reclama, nós somos chatos, ruins, não temos senso de humor. Ah, por favor! É muita burrice.

Anônimo disse...

Brancos brasileiros no geral são paternalistas em relação à sua raça e querem manter o privilégio que receberam em 400 anos de Brasil pela política mentirosa da democracia racial.

Anônimo disse...

Gente que ainda não percebeu que no Brasil tem racismo?Nos Eua eles não chegam a 15% da população e são representados em todos os canais de mídia e trabalho.E aqui vc liga a TV e só tem loira...Pq será,não?

Anônimo disse...

Lola,

Ler esse tipo de post me deixa muito emocionada., a ponto de contar por que eu era contra cotas e por que hoje sou a favor.
aprendi muito lendo seu blog e tambem ouvindo a opinião da minha mãe.
Vou contar minha história : sou uma pessoa de classe media, branca, que estudou num colégio particular e entrou na faculdade de medicina na primeira tentativa, ou seja, nao fiz cursinho.
Nao sou negra e tive condições de pagar uma boa escola.
sofri bullying durante toda a minha vida escolar e na faculdade tambem.(alias, na faculdade foi muito pior).
Sempre fiquei pensando o que aconteceria se todo o sofrimento que passei na escola fosse em vao se eu " perdesse minha vaga "pra alguém que tirou nota menor" e eu nao pudesse calar a boca de todos os que riam de mim na escola e diziam que eu nao iria entrar, que ia fazer 3 anos de cursinho pra cima,
Entao,meu motivo de ser anteriormente contra cotas era egoísta sim.
So que com o tempo e conversando com minha mãe e com um amigo que fez relações internacionais ,aprendi que não era legal pensar assim , como eu pensava.
Minha mãe, ha pouco tempo disse que se eu nao tivesse entrado na universalidade publica eles passariam aperto, suariam a camisa mas tentariam a particular.e pra falar a verdade,nem seria preciso, porque eu tinha outras opções alem de medicina ( que era o mais concorrido !)e minha mãe disse que era justo dar uma oportunidade pros menos favorecidos.dai abri meus olhos.
Nao sei como e nos outros estados, mas posso falar pelo meu,SP.Fiz colégio numa escola tradicional do interior , em rio claro, fundada por imigrantes alemães.
Nao sei a proporção de brancos pobres e negros pobres em rio claro, mas sei de uma coisa: havia alunos de famílias pobres no meu colégio,( que tinham bolsa ) mas todos eram brancos, o único negro na minha classe era de família rica, e portanto, exceção.alias nao sei de outro negro na escola toda, alem do irmão desse menino.
Na faculdade, lembro de uns 2 alunos negros nos 6 anos que estudei lá, UM professor negro .na minha classe nao tinha, falo dos negros de outras turmas que nao a minha (2)- uma delas era uma menina, muito popular e querida.eu me ressentia por nao ter amigos e por nao ser popular como ela, entao sempre achei que eu tinha sofrido mais preconceito que os negros,que era besteira.
Então fui amadurecendo , e vendo que e bobagem querer entrar em competição " quem sofreu mais, quem sofreu menos" , ou usar minha entrada na faculdade sem cursinho como vingança contra o bullying,alem disso parar de pensar assim tornou minha vida mais leve.
sobre o miss Brasil, hoje mesmo postei sobre isso no meu Facebook,a beleza da brasileira nao esta vem representada.a única negra e miss Bahia, e a miss Piauí ( estado com maioria negra) era branca de olhos azuis.ta errado sim!! Eu tinha 12 anos qdo a Deise Nunes foi eleita miss Brasil, e adorei ver uma negra vencer o concurso.hoje fui ler sobre o assunto e descobri que alem dela nenhuma outra negra ganhou esse concurso.No Brasil, isso me parece muito errado.!! E depois dizem que nao tem racismo por aqui.
Outro dia vi um homem negro e bem vestido num restaurante fino,pra mim o racismo so vai ser mais combatido quando virmos mais negros em lugares desses e isso se tornar corriqueiro,sem ninguém se espantar ou achar inusitado.ou quando virmos mais negros em profissões de nível superior.
Desculpe se tomei muito espaco na caixa de comentários.com certeza alguns comentários são de pessoas totalmente insanas, sem o mínimo de empatia, mas algumas pessoas que comentam podem ter tido suas dificuldades e problemas ( como eu tambem tive) e um dia,com posts esclarecedores como o seu(me emocionei ) poderão abrir mais a cabeça,portanto,so acho que dizer que todos que nao concordam com o post estão de " mimimi" acho agressivo e não vai contribuir pra essas pessoas abrirem a cabeça.( exceto aqueles casos claros de posts insanos que melhor nem comentar aqui, de machistas,etc) bj, Lola.


Anônimo disse...

Meu sonho era ter todos esses privilégios (bom, não sei dizer direito sobre a chance de ser estuprado, afinal quando saio vou para lugares onde os outros homens estão atrás de mulheres e acho que as mulheres que estão lá não visam usar uma cinta liga da justiça).

sério, a maior parte desses privilégios é totalmente forçado:

- Não ser considerado disponível por estar sozinho... alguém que diz isso nunca foi numa balada. Se o cara for boa pinta a mulherada chega mesmo, se o cara for feio é tratado como invisível.

- Ser ensinado que é mais importante ser ouvido do que visto... Sério, de onde que saiu isso? Se fosse "ser ensinado a mostrar resultado do que ser visto" daria pra entender ainda.

Sobre os acidentes de carro, mulher paga menos seguro e a fama de barbeiragem de mulheres é mais por pequenos erros no trânsito e não por grandes acidentes (que no caso dos grandes acidentes parece ser mais pelo comportamento irresponsável de beber e dirigir do que falta de habilidade).

Mas o pior de tudo é a hipocrisia e cegueira de levantar esse monte de esteriótipo quando combatendo os esteriótipos dos grupos que vocês defendem.

Nanda disse...

Queridos homens mimizentos...

Vamos parar de repetir idéias estúpidas igual esse Anon 21:07:

"Você nunca será arrancado de sua vida e forçado a defender seu país em tempo de ataque ou de emergência nacional?"

OOOOOHHHHHHHH!! Pobre homem...

Só deixa eu te ensinar uma coisinha pra melhorar sua argumentação... Em tempo de guerra, as mulheres NÃO estão isentas do serviço militar...
Então sua frase de impacto (só que não), é errada e só mostra sua ignorância...

Afff, Lola... Esse povo deve receber uma cartilha do homem-branco-heterossexual secretamente, porque o discurso é sempre IGUAL!!

Anônimo disse...

Ps: eu tenho pacientes que ja me contaram sobre o racismo que sofrem,

So nao vou contar as histórias aqui por uma questão de ética profissional , uma hora pode chegar aos ouvidos deles que contei a historia ( mesmo sem citar nomes) , poderiam ficar magoados comigo.
Mas são histórias bem tristes.

Sabrina disse...

Amei o texto, Lola. Como sempre! Não li todos os comentários...mas não entendo qual a dificuldade do pessoal em entender que "cotas" e usar camisa "100% negro" não é um privilégio?
Cotas constituem um instrumento para que o direito de ingresso em uma Universidade Pública seja amplo. Há inumeras questões sobre a qualidade da educação básica e distribuição de renda, claro. Mas não creio que essas pendências se resolverão tão cedo.
Sobre a camiseta. Duvido que algum branco já tentou disfarçar sua cor. Se declarar "branquinho" ou "clarinho". Dizer que o cabelo liso ou olho verde vêm de uma tataravó metade sueca, mas o resto da família é tda negra. Tentam deixar seus cabelos crespos para se enquadrar no "padrão"? Duvido.
Assumir a cor e a origem é uma forma de luta contra o preconceito e a opressão. Reconhecer-se como pessoa, não como instrumento da sociedade. Afinal, há 125 anos atrás os negros deixavam de ser comercializados como objetos, vistos como seres sem autonomia, como instrumentos. Parece muito tempo, mas eu penso que não faz tanto tempo assim qndo ainda vejo pessoas brancas fazendo "brincadeirinhas" sobre a cor da pele. Então, pq raios um branco usaria uma camiseta 100% branco? É claro que isso soa como preconceito, como racismo. Querer ostentar algo que já é dominante é foda!

Sabrina disse...

O pior de ver aqui foi gente perpetuando os famosos "posts de uma frase só, mas incrivelmente confiáveis" do facebook. Do "auxílio reclusão de 950 reais" por exemplo. Putz, além de não pararem 1 min para refletir, não se informam sobre o que querem criticar. =(

michele disse...

já reparei que a classe média é bem prepotente e acha q de dentro de suas casas confortáveis,com luxo e sei lá mais o que,podem dizer como é a vida do pobre e tudo baseado em estatísticas .

também moro em comunidade e ela não está repleta só de negros,tem muito muito branco e pobre.
eu sou branca e cadê os benefícios do governo e uma vida de rainha?

eu tive muitos privilégios,nossa... colégio público que tinha mais greve do que aula,quem estuda em colégio público deveria ter gratuidade nos ônibus ,só q ninguém respeita,sempre mofava no ponto de ônibus ou eu ia a pé ou implorava para motoristas de vans me darem um carona,ser branca n impediu um policial de apontar a arma na minha cara e de outras pessoas procurando drogas,querendo saber se a gente era marginal.
acordar ao som de tiros,bom demais...boca de fumo,tráfico,que maravilha hein!?
n tive o privilégio de entrar molinho na faculdade como alguém disse ai,até hj não fiz uma pq não tenho condições.

o governo deveria beneficiar todos os pobres não só os negros.

e em relação ao bolsa familia é essa palhaçada mesmo ,gente tendo mais filhos para pegar mais grana,filho virou comércio.

e não é negando q negros n tenham privilégios mas defendam a causa negra falando a verdade, vcs afirmarem que todos os brancos vivem uma vida maravilhosa é uma mentira descarada.

brancos classe média e ricos tem privilégios sim,até negros ricos tem,pq as pessoas vão ignorar q é negro pq tem grana e vai sofrer menos preconceito.

resumindo tudo,se vc tiver grana tem privilégios,se for pobre,seja qual for a cor,se fode.



Larissa disse...

Ma1w zerou a vida com esse comentário.

Cora disse...


porque ter cota é sinal de privilégios!

putz...

a pergunta é: por que mesmo que as cotas são necessárias?

.
.

e caramba! o que foi essa história com a bebida? o privilégio não é poder beber até cair (dãããã), mas correr um risco muuuuuito menor de ser estuprado por seus "amigos" se isso acontecer. isso é que é o privilégio!!

.
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de fato, estupro de homens por outros homens acontecem e o estupro de homens por mulheres também. mas o fato do estupro de mulheres por homens ser mais frequente nessas circunstâncias, explica o privilégio (e o fato das mulheres serem drogadas para o estupro, ilustra bem o privilégio masculino nessa questão).

mas, como a Lola disse, os privilégios masculinos têm um custo. como todos os demais também têm um custo. e o machismo cobra esse custo tornando queixas masculinas de abusos sexuais difíceis de serem denunciadas. aliás, o mesmo machismo que relativiza e justifica os estupros de mulheres, tornando também a denúncia difícil e penosa. que coisa, não! o problema tem a mesma causa! uau!!!

inventando a roda!!

.
.

e para douglas & companhia ltda., só há uma coisa a ser dita, com todo carinho, claro:

http://www.youtube.com/watch?v=-MK1q9fZjeI

Cora disse...


e na boa gente, ter privilégios não significa não ter problemas e dificuldades. significa apenas não ter os mesmos problemas e dificuldades acrescidos de preconceitos e estereótipos. é carregar uma pedra só, ao invés de duas ou três.

(caramba, é a primeira ilustração do post!!)

os programas sociais oficiais normalmente são baseados nas condições sócio-econômicas das famílias.

a população negra tem programas específicos justamente por conta das barreiras diferenciais que devem transpor. essa população, só muito recentemente conseguiu se articular politicamente e fundar organizações e instituições com programas de estudo e desenvolvimento específicos. ficar reclamando disso é falta de perspectiva histórica.

(só falta galera dizer que os indígenas são os reis do privilégio por terem um órgão federal só pra cuidar deles)

e lembrem-se do preconceito social do brasileiro, que vitima branco, negro, amarelo, vermelho. e mesmo assim, a intensidade é beeeem diferente, dependendo em que categoria dessas vc se inclui.

pra mim, branco que não reconhece seu privilégio é o pior.

eu fui muito perturbada na escola e nas ruas por conta dos "cambitos braaaancos" (minhas pernas) como o pessoal falava e, evidentemente, odiava. tanto q evitava roupa curta. mas isso nunca foi e nunca será racismo ou preconceito. é só encheção de saco e assédio (no caso das ruas. vcs não têm ideia do tanto de homem q me recomendou tomar sol). mesma coisa com cabelo. nunca fui amiga de pente, sempre andei meio descabelada, mas nunca ouvi q meu cabelo era "ruim". eu tinha o privilégio de poder usar o cabelo despenteado!! pode parecer uma bobagem, uma coisa à toa, mas não é. ilustra um privilégio.

não reconhecer o privilégio de ser branco em nossa sociedade é de uma insensibilidade absurda.

o louis ck, embora não seja perfeito (quem é?) tem um esquete interessante sobre o privilégio de ser branco.

http://www.youtube.com/watch?v=cc0a3QHS7B8


Anônimo disse...

Quando alguém te xinga por ser brancx demais, isso não tem nada a ver com racismo. Tem a ver com o padrão Photoshop ridículo e irreal de beleza. Eu sou extremamente branca, já fui xingada e até mesmo agredida (por outro branco, pra deixar claro) na praia por não ter "a cor do verão". Mas isso não chega NEM PERTO da discriminação que um negro sofre. As pessoas brancas "não-photoshop" não são bem vindas na praia. Pessoas negras não são bem vindas em lugar nenhum. Vê a diferença???

Jane Doe

Anônimo disse...

Luana, você colocou: "já aconteceu de entrar na loja e os empregados ficarem me seguindo ou olhando"

Veja bem: "já aconteceu".

Para umx negrx isso é cotidiano, diário, permanente. Estranho é quando não acontece.

hamanndah disse...

Se as moças que saem com vc so querem saber de vc pagar tudo,elas sao machistas. Machismo não ataca apenas homens.

Abrir portas e um gesto de gentileza que pode ser unissex, não. uma obrigaçao masculina

Idem para pneu do carro. Aliás. quantas vezes o pneu do seu carro furou no ano passado e vc, pobrezinho teve que troca-lo sozinho? Foram mais ou menos vezes que sua esposa trocou a fralda cagada do Júnior ?

Quanto ao serviço militar obrigatório , quem inventou esta Lei?

Quanto a obrigatoriedade das guerras? A pergunta e a mesma que faço acima.

Quanto as mulheres poderosas que mandavam os homens para a guerra: Tacher, Golda Meir(alias sabia que em israel o serviço militar e obrigatório para ambos os sexos?)

hamanndah disse...

Digitando do celular lolinha - pessimo.

continuando: Golda, açTacher, contam-se nos dedos das maos e dos pes juntos a quantidade de mulheres que mandaram os homens para as guerras

Se homem sofre na guerra mulher tambem sofre com fome, estupros, sofrimento emocional. Todos sofrem na Guerra meu caro mascu. Ser herói de guerra não é motivo justo para estuprar mulheres e filhas de inimigos nem de descontar o stress da guerra espancando/estuprando suas mulheres e filhas.

Quanto a maior parte dos acidentes de trabalho terem os homens como vítimas , não será. porque as grandes empresas que os contratam não se preocuparem com as condições de segurança deles?

Voces reclamam que mulheres não trabalham em minas e na construçao civil, mas acharia bom sua mulher trabalhar em Minas rodeada de homens, talvez mais bonitos que voce e, até , menos machistas? Ah, bota sua mulher no meio vc não reclama que mulher não faz trabalho pesado, hein?

Por ultimo, quem obriga esses homens a serem bombeiros/policiais/mineiros? Alguma lei os obriga?

hamanndah disse...

Mais uma vez, quero escrever se Indira, Golda, Maggy mandavam homens se f.... na guerra, muitos outros estadistas homens fizerama mesma coisa...E ESTADISTAS HOMENS SAO A MAIORIA ESMAGADORA. POR ACASO, HItler, bush foram ao campo de batalha lutar com seus soldados? Ah, não , não é mesmo

Se a guerra e ruim para os homens e ruim para as mulheres e ruim para as crianças e ruim para os idosos para os animais enfim todo mundo

hamanndah disse...

Se a guerra e ruim para os homens, ela também e ruim para todos. Creio que ja dei o meu recado final. Chega por enquanto

lola aronovich disse...

Lindo comentário, Maria Valéria, sobre como se deu conta de seus privilégios. Imagino que seja muito comum pra uma pessoa branca de classe média, que nega até o fim que tenha algum privilégio, que ou diz que racismo não existe (porque, afinal, ela nunca passou por isso), ou que, se existe, é reverso, contra os brancos (é só ler alguns comentários nesta caixa pra ter ótimos exemplos do segundo caso), ser contra as cotas raciais. Tem que parar pra pensar mesmo. Tem que abrir os olhos e QUERER ver. Acho que foi o Silvio Almeida (um lindo advogado, orador brilhante, e um dos poucos doutores negros do Direito da USP) na palestra na Unicamp na semana passada que disse que não é que não há negros na universidade. Há sim. Os serventes são negros! Os alunos e principalmente os professores são todos brancos, mas os funcionários na base da pirâmide, os terceirizados, os que ganham mal, esses são negros. Sério, no momento que vc percebe isso, só sendo muito teimoso e ignorante pra continuar sendo contra as cotas. Porque como vc responde à pergunta "Por que as coisas são assim?" sem dar respostas racistas? Pessoal que é contra as cotas se manifestando nessa caixa de comentários, tentem responder a essa pergunta: por que há tão poucos alunos negros nas universidades, principalmente as públicas? Por que praticamente não há professores negros? Por que a maior parte dos funcionários de limpeza são negros? Dica: se responder que é por causa da educação básica de má qualidade, se pergunte por que cabe mais aos negros que aos brancos essa educação. Tente responder sem cair no discurso pronto (e ridículo) de "negros são privilegiados porque o governo dá bolsa-esmola pra eles".

Hamanndah disse...

Esqueci: você. não é livre para estudar o que quiser naUniversidade? Não me faça rir. Ninguém obriga você a ser presidente de multinacional, dono de empresa, engenheiro fodao para conseguir mulher, não . Em que mundo vc vive? A maioria das pessoas não pertencem a classes privilegiadas, a profissões privilegiadas, como se explica que estes homens que nao são privilegiados profissinalmente também têm relacionamentos afetivos com mulheres, nenhum homem precisa ser fodao para ter uma boa compnhia feminina....se vc está. atrás , porém, de mulheres interesseiras e machistas só tenho a lhe dizer, neste caso, que "os semelhantes se atraem e se merecem". É isto

Valéria Fernandes disse...

Ler certos comentários é chocante, não somente pela ignorância, mas pela má fé ou desinformação. Desde de quando os programas sociais do governo são todos focados na população negra, que, pelas estatísticas, é aquela que está mais concentrada na linha de pobreza? Bolsa família, por exemplo, beneficia a todos os que se enquadram no perfil. Por que reclamam dos negros e não requerem para si o mesmo benefício se são igualmente pobres? A maioria das universidades públicas têm cotas sociais, o que considero mais justo do que cotas meramente raciais, por que não se candidatam a elas se preenchem o perfil?

Eu moro em Brasília, mas vivi no Rio por 25 anos da minha vida (*estou com 37 agora*), sou da Baixada, filha de mãe professora da rede estadual e pai mecânico de automóveis, que sempre se sacrificaram muito para que meu irmão e eu estudássemos e valorizássemos o trabalho. O que muitos ignoram é que nos subúrbios e Baixada Fluminense há escolas particulares “para pobre”, que cobram pouco e oferecem muito menos, algumas pertencentes à políticos da região. Dei aula em escola pública estadual em São João de Meriti, minha cidade natal, e em Duque de Caxias (*Jardim Primavera, perto da REDUC*). Tinha muitos alunos e alunas brancos e pobres, assim como negros e mestiços de vários matizes. Tentei estimular vários deles, especialmente em Caxias a tentar vaga em escolas melhores no Ensino Médio (*condução era gratuita e o direito era respeitado*). O que eu ouvia? “Ah, professora, é longe! Melhor ficar por aqui mesmo, tem escola perto.”. Alguns desses meninos e meninas, inteligentes, criativos, nunca tinham ido até o centro da sua própria cidade. Quando estimulava meus alunos e alunas do Ensino Médio a tentarem vestibular para as universidades públicas, alguns, seguindo a cartilha da Globo, respondiam que iam trabalhar para pagar sua faculdade (*ruim*), como se a universidade pública não fosse para eles... Para quem vai a vaga então????

Valéria Fernandes disse...

Quando instituíram as cotas raciais, e tenho muitas restrições a elas, especialmente, se seguem o modelo da UnB, me perguntava se esses meninos e meninas pobres iriam concorrer a elas. Afinal, a maioria das universidades públicas não fica assim tão bem localizada e, claro, cursos de elite tendem a ter horário integral e materiais caros. Sempre me pergunto se basta a cota, que ajuda, sim, mas não coloca ninguém na universidade, pois você precisa comer, há gastos de transporte, livros e nada disso é de graça. Muitos alunos e alunas pobres, que usaram das cotas sociais, são arrimo de família, precisam trabalhar. O que acontece é que a universidade pública nem sempre é sensível às necessidades desse público, enquanto as particulares oferecem cursos na medida do seu bolso (*vide a citada Estácio de Sá*) e com qualidade duvidosa.

Mas eis que notícias diversas apontam para os benefícios das cotas raciais e sociais: Primeira geração de diplomados do sistema de cotas se destaca pelo engajamento com ações sociais, Alunos cotistas da UnB provam mérito e põem abaixo mitos de críticos e Por que as cotas raciais deram certo no Brasil. Há ajustes a fazer? Sem dúvida. Mas tem muita gente que reclama, reclama e não se move, não acredita em si, se acomoda. Não pense que cotistas pobres não existem; provavelmente, eles são a maioria, no entanto, o ponto de partida é tentar. Sem tentar, buscar seu direito, você não vai saber se chegará lá, ou não. Mas será que não é mais cômodo ficar sentad@ se lamentando? Pare e pense.

Mariana disse...

Nem vou perder meu tempo respondendo aos mimimis ridículos do Douglas. Muita gente já fez isso brilhantemente (faço minhas as suas palavras) e tô com preguiça.

Queria responder à minha conterrânea (tb sou carioca e suburbana) branca e moradora de comunidade.

Sua história é triste, sem dúvida, e reflete bem a desigualdade do nosso país. Mas quero propor uma reflexão a vc: por que nossa sociedade acha CHOCANTE, bizarra, atípica, sofrida e fora do comum a existência de brancos pobres? Vc mesma parece se sentir super triste, injustiçada e ultrajada por ser pobre, APESAR DE BRANCA. Nossa sociedade não se espanta com a existência de negros pobres, afinal a pobreza é o lugar que ela designa aos negros. É horrível a existência de pobres em um país, mas por que só a pobreza de brancos causa indignação e a de negros é encarada com vista grossa, como se fosse normal?

Seus comentários transpareceram o senso de "entitlement" das pessoas brancas, como se vocês tivessem o direito automático à não-pobreza e, caso sejam pobres, isso é O HORROR, A INJUSTIÇA, CHOREM POR MIM, SINTAM PENA. Eu acho O HORROR e A INJUSTIÇA existirem pessoas pobres de todas cores. Mais ainda, o fato de praticamente toda uma etnia - a negra - ser estigmatizada como pobre, incapaz, subalterna e ninguém se indignar com isso porque "é normal", "é assim que as coisas são" e pelo racismo ser tão institucionalizado no Brasil a ponto de ser invisível pra gente auto-centrada e "entitled" como vc.

O mundo não gira ao seu redor. Eu sei que é difícil pra algumas pessoas brancas entenderem essa verdade, mas essa é a essência do privilégio. Não é porque vc é branca que é um horror e uma injustiça ser pobre, é porque o Brasil é terrivelmente desigual e injusto. Só que isso é tremendamente mais verdade pra quem não nasceu com a sua cor. E o fato de que algumas pessoas (não é a maioria) negras, como suas vizinhas, "se aproveitam" dos programas sociais do governo (tenho preguiça desse argumento típico de leitor de Veja) não anula a importância dessas medidas para ajudar outras pessoas, que são histórica e estruturalmente pobres sem ninguém se perguntar o porquê. Pessoas que são definidas por sua cor de pele fora da norma, que são vistas como sinônimo irrefutável de pobreza e marginalidade e que infelizmente não são exceções desafortunadas como vc.

Anônimo disse...

Quanto mimimi mariana, incomoda ser pobre e branco mas n no sentido que vc disse q achamos que merecemos tudo só por sermos brancos,melhorar de vida todo mundo quer ou n podemos pensar assim,pq ja ganhamos muito por ser branco?
o q choca é essa ladainha de q só negros vivem na pobreza e todos os brancos vivem montado na grana e cheios de privilégios.

Anônimo disse...

Você que reclama das cotas, toparia trocar de aparência e pele branquinha e virar negro pra ter o direito de concorrer a uma vaga por cotas? Responda a si mesmo sinceramente.

Mariana disse...

Correção: "senso de 'entitlement' de ALGUMAS pessoas brancas". Nem todas são assim, desculpem.

Anônimo disse...


Absurdo é ter tanta pobreza em minha cidade e somente alguns serem assistidos pelo coitadismo ( que vcs mesmo citaram).
Absurdo é o bolsa família ser apenas pra quem tem filhos: Quantos casais pobres ainda não tiveram filhos, ou pessoas idosas, não sei se vcs sabem mas na favela tem muitos idosos. Muitos moram sozinhos.
Absurdo é um povo branco classe média ou negro que enriqueceu não entender que:
Mulheres engravidam de propósito pra aumentar o benefício do bolsa.
Jovens jogam na cara dos outros: Se dane ae você que estude: Eu entro por cota
Absurdo é a pessoa notar a "malandragem" de certos cariocas que vivem de beneficio do governo (independente de ser negro, pardo, azul ou amarelo).
Muitas pessoas dignas utilizaram sim, mas coloca ai uns 50% que só quer viver disso e ainda chama o vizinho que trabalha de mané.
E mariana sobe uma comunidade vê quanta menina comprando droga com dinheiro do bolsa e deixando o filho o dia todo na rua.
Não acho que sou vítima, essas pessoas precisam ser educadas, orientadas, o governo dando dinheiro a torto e a direito está piorando. Pena que que não mora em área pobre não sabe.

Anônimo disse...

Quem não está em um lugar desses passa longe da realidade acha que todo mundo que está lá é coitado, aham...

donadio disse...

Homens normalmente são estuprados (quando adultos), em situações de guerra ou de extrema convulsão social como revoltas armadas

Homens adultos geralmente são estuprados na cadeia. E não é realmente improvável que isso seja mais frequente do que o estupro de mulheres.

Mas quem estupra homens não são mulheres, são outros homens. E a lógica por trás do estupro de homens é a mesma lógica machista do estupro de mulheres (masculinidade = poder, exercer a masculinidade = submeter o próximo, penetrar = submeter, ser penetrado = ser submetido, etc.)

Anônimo disse...

Confesso que depois de ler muito comentário agressivo por aqui, perdi a vontade de escrever muitas vezes, e penso duas vezes antes de entrar num embate .
Mas esse comentário aqui nao vai dar pra nao responder e ficar quieta :

"- Não ser considerado disponível por estar sozinho... alguém que diz isso nunca foi numa balada. Se o cara for boa pinta a mulherada chega mesmo, se o cara for feio é tratado como invisível."


Bem, parei de frequentar baladas aos 33 anos, em 2007, contradizendo o comentário acima.
Perdi a conta do número de vezes que so pelo fato de eu conversar por 5 min com um homem, ele se achava no direito de me jogar na parede , me beijar e me apalpar, e NAO, CONVERSAR POR 5 MIN NAO QUER DIZER QUE VOCÊ ESTA ' DISPONÍVEL ' PRA SER AGARRADA.
Paquera e consequência,ficar ,beijar, e consequência..NADA justifica a bestialidade com que fui tratada a maioria das vezes.
E pra encerrar a conversa, a gota d'água pra eu parar mesmo de frequentar esses lugares asquerosos foi no dia que vi uma amiga ser beijada a força na minha frente depois de ter conversado 5 min com o cara, com todos os amigos dele aplaudindo e dando risada.Saimos de lá com cara de nojo,
Meu caro, nao sei onde e que baladas vc frequenta, mas com certeza nao esta prestando atenção ao que acontece ao seu redor,
Antes que perguntem " que baladas de gosto duvidoso vc ia pra acontecer tudo isso"?
Resposta : SP, capital , e posso citar 2 lugares : DUBLIN, na vl olímpia, e UMA vez o ALL BLACK na região dos jardins ( nesse ocorreu o íncidente com a amiga e nao volto lá nunca mais). Ambos lugares de classe media ( Dublin ) ou media pra alta ( ALL BLACK) onde " supostamente " os homens deveriam ser educados mas pelo jeito nao receberam educação suficiente em suas casas,

Quanto ao " privilégio " de pagar seguro menor pro carro,as seguradoras tem em quadro de funcionários homens inteligentes , que fizeram pesquisas, estatísticas e concluíram que homem bate mais o carro do que mulher,assim como se envolve mais em briga de trânsito,racha e afins ( tem alguma mulher disputando racha? Nunca vi!)assim como pereceram que pessoas mais novas portanto menos experientes batem o carro com mais frequência,e por isso tem uma cláusula no meu seguro que eu eu tiver alguém menor de 24 anos que dirija meu carro, independente do sexo, tenho que pagar um adicional para estar coberta.No meu caso recusei porque nao tenho parentes ou familia com essa idade.
Entao,os operadores de seguradoras nao são machistas babacas que por qualquer coisinha n trânsito metem a cara pra fora e gritam " tinha que ser mulher " , mas são pessoas inteligentes e estudadas que estão pensando somente no retorno financeiro da empresa deles, sendo o " pensar somente no retorno financeiro " próprio do capitalismo, e nao porque sejam " bonzinhos " com mulheres .

Sem mais.

donadio disse...

Ex 1 Na comunidade onde eu moro a moda é ter um filho por ano pra aumentar a bolsa familia: elas tiram o extrato orgulhosas, se recusam a ir as palestras de planejamento familiar , deixam claro que querem viver de bolsa, são extratos de mais de 700,00 reais

Vc está de brincadeira, né?

Anônimo disse...

Muito pertinente o comentário da minha xara Valeris Fernandes ( posso te chamar de xará ? Rs)
Os materiais de estudo e livros universitários são caros,sim.
Vou falar pelo meu curso, medicina :
O único gasto com material que tive foi na aula de anatomia no primeiro ano: estojo com bisturi,pinça,tesoura,foi de sutura,etc.Não lembro quanto custou, meus pais que pagaram, mas pelo menos foi uma vez so,
Ja os livros eram pelo menos 8/ano nos dois primeiros anos e depois variava, mas vamos dizer que em media eram 5/ ano, e numa disciplina básica,como patologia, fisiologia,clinica geral,todo ano mudava a edição desses livros e surgiam outros mais atualizados, com mudanças de conceitos com base em pesquisas científicas feitas no ano anterior,
Entao se vc tivesse o livro do ano passado ou retrasado corria o risco de ser um burro que estava estudando teorias erradas e ultrapassadas.
Basta vocês verem o tanto que a medicina mudou, um remédio que se usava ha três anos foi proibido porque pesquisas recentes (2010) concluíram que podia dar problema cardíaco grave.- no caso,o Avandia,usado pra diabetes, que foi retirado do mercado em 2010, ou por ex a polemica em torno dos moderadores de apetite - cada ano sai uma coisa nova, que e a " correta " pra aquele momento.
Resumindo,a partir do momento que vc entra na faculdade de medicina,vc tem que trocar de livro todo ano.
Um bom compêndio dessas matérias básicas nao sai por menos de 300 reais,vamos dizer 200 pra ser otimista,e alguns deles chegam a 500.
No meu tempo de estudante, quem nao tinha dinheiro pra comprar os livros se virava tirando Xerox.Hoje muitas copiadoras nao fazem mais , por causa da lei dos direitos autorais.
Ir a biblioteca e reservar pra estudar e outra alternativa, mas nao acredito que haja livros para todos,
Outra solução , imagino, e que tem muito livro disponibilizado na internet em PDF, nao sei se tem algum desse livros científicas básicos nesse meio.
Congressos, cursos de atualização são caros (500 reais pra cima pra medico formado, pra estudante e mais barato, mas vamos dizer 200 reais?) Fora o custo com deslocamento e hospedagem se o tal congresso nao for na cidade onde vc mora.

Unknown disse...

A discussão gira em torno de privilégios, mas ninguém percebe que todos os privilégios só são acessíveis a quem tem recursos e capital ... uma pessoa pobre, independente da cor, não terá privilégios, ser branco ou não, ser homem ou não, ser hétero ou não, não mudará nada, não sofrer preconceito não é um privilégio. Privilégio é você usar tudo isso que eu disse, em beneficio próprio.

Anônimo disse...

Povo fica aqui nos comentários reclamando de cota racial nas universidades, do bolsa família e tudo acaba num mimimi ridículo.

Sabe o que me incomoda? Chegar na UnB e quase não ver gente pobre ou negra estudando lá. E quando tem passam os maiores perrengues, tanto é que esses alunos estavam na luta por moradia e alimentação.

Quanto à bolsa família, nego vem aqui colocando valores mentirosos na cara dura. O maior valor da bolsa é de R$306,00 (por FAMÍLIA e não por filho). Até acredito que tenham mulheres que achem essa quantia uma fortuna, mas coloquem a mão na cabeça branca de vcs e se imaginem vivendo com esse valor. Dá para viver confortavelmente com R$306,00? Vc largaria seu emprego para viver só com isso? Só eu e meu marido gastamos mais que o dobro só em supermercado todo mês.

Chega de classe média sofre. É ridículo.

Mariana disse...

Anônima conterrânea: sim, todos queremos melhorar de vida. Mas, se tem alguém se fazendo de coitada aqui, esse alguém é vc. Vc reclama tanto dos programas do governo e da SUA própria pobreza, mas não consegue ver uma das raízes do problema que a Lola apontou ao descrever os privilégios brancos: que nossa sociedade acha NATURAL negros serem pobres.

Quanto ao resto do seu comentário, vejo um monte de exemplos que não correspondem a todas as pessoas beneficiadas por cotas ou Bolsa Família, mas que fazem parte de um discurso pronto e super coxinha, que se caracteriza por miopia política e histórica. Para sua informação, eu não morava em lugar privilegiado no Rio e já subi comunidade várias vezes. Nem por isso caio nesse discurso clichê de que boa parte das pessoas é aproveitadora. E, sinceramente, prefiro que um ou outro aproveitador use o Bolsa Família do que ver UMA BOA PARTE da população pobre e honesta sem ter qualquer assistência social e dignidade. Na maioria dos países desenvolvidos, existem programas sociais e ações afirmativas muito mais abrangentes, que deixam o Bolsa Família e as nossas cotas no chinelo, e não vejo tanta gente chiando. Esses países são desenvolvidos por, entre outras razões, evitar que sua população vulnerável viva em situação de miséria.

Recomendo que vc procure se informar, leia mais sobre a história da sociedade brasileira, assim vc vai compreender a dinâmica por trás do fato de a maioria dos pobres serem negros e os brancos pobres serem menos numerosos (não nego que existam brancos pobres, a parte branca da minha família vem de uma situação de pobreza. Mas são exceções). E, principalmente, não tenha tanta raiva das outras pessoas, fica feio pra vc, ainda mais como pessoa pobre, dá uma impressão reaça. Comportamentos errados individuais não anulam a necessidade de se ajudar pessoas corretas e desfavorecidas. Você como pobre deveria entender que nem todo mundo nasce com as mesmas oportunidades e, portanto, deveria ser mais tolerante com pessoas na mesma situação econômica que a sua em vez de adotar uma visão de mundo reacionária, típica de quem odeia pobre.

Anônimo disse...

Bem, nao assisto novelas faz tempo, so de vez em quando vejo uma reprise de novela antiga,
Uma novela que estou revendo , Porto dos milagres, ambientada na Bahia,teve reclamação de grupos e entidades negras, porque havia pouquíssimos atores negros numa trama que se passava num estado de maioria negra.Alias, a protagonista da historia era branca, e uma personagem importantíssima na trama,que na obra de Jorge Amado era mulata, foi interpretada por uma atriz branca,
A única novela em que vi um negro ser tratado com uma pessoa normal foi " a proxima vítima" em que o autor colocou de propósito uma família inteira de negros de classe media, achei corajoso, inclusive um desses negros se envolvia com uma mulher branca( mais corajoso ainda )
Nao vejo as novelas atuais, mas tem uma nao muito antiga em que uma negra , Tais Araújo , era protagonista.Segundo um dos meus professores do teatro,o autor teve que refazer toda a trama porque " nao dava audiência " uma protagonista negra , que o publico nao identificou.
Colocar uma família negra como personagem secundário, ok, mas pra protagonista negro nao serve.
Entend,...no Brasil nao tem racismo,,,

Mariana disse...

"Quanto à bolsa família, nego vem aqui colocando valores mentirosos na cara dura. O maior valor da bolsa é de R$306,00 (por FAMÍLIA e não por filho). Até acredito que tenham mulheres que achem essa quantia uma fortuna, mas coloquem a mão na cabeça branca de vcs e se imaginem vivendo com esse valor. Dá para viver confortavelmente com R$306,00? Vc largaria seu emprego para viver só com isso? Só eu e meu marido gastamos mais que o dobro só em supermercado todo mês."

Perfeito, Anônima das 11:58. Eu não poderia ter dito melhor.

Anônimo disse...

Maria Valeria,

simplesmente pulou a parte dizendo do porquê existe o esteriótipo negativo de mulheres no volante.

E a parte do seguro eu não disse que era privilégio feminino (coisa que você tirou da sua cabeça) e sim que a diferença no seguro mostra justamente que esse "privilégio" masculino é inexistente.

Da mesma forma que o seguro para mulheres ser mais barato não é privilégio, mas uma consequência lógica de como o mundo encontra-se organizado, muitos dos privilégios masculinos apontados são esteriótipos também (a grama do vizinho é sempre mais verde).

Agora fica a pergunta, se é permitido classificar taxas de seguro entre homens e mulheres, porque não é permitido maiores subdivisões?

Afinal as mesmas pessoas estudadas nas seguradoras (que já trabalhei nisso e tem mulheres tb, poucas mas estão lá) poderiam pegar as estatísticas separadas para cada subgrupo da sociedade.

E se tivesse uma taxa de seguro diferente para brancos e negros? Seria discriminação, mas pelo fato de ser diferente para homens e mulheres não. É loucura minha ou ninguém consegue perceber isso?

Anônimo disse...

Antes de tudo, obrigado pela resposta.

Anon das 19:49, se vc quer pedir alguma coisa, assine seu nome.

Por favor, esqueça o pedido. A não ser, é claro, que você vá realmente atendê-lo. Aí eu te forneço todos os dados que você precisar.

E desde quando eu nego que homens corram risco de serem estuprados?

Você listou entre os privilégios de ser homem "É poder beber até cair sem ser estuprado". E ao listar isso, você está afirmando que os homens não correm riscos de serem estuprados ao beber até cair.

Eu discordo porque - mesmo que o risco seja bem menor que o das mulheres - o risco existe. E não é tão desprezível assim. Tanto que o aviso do ditado é dirigido aos homens.

E pela enésima vez, eu não estou negando o risco que as mulheres correm ao fazer isso. Apenas discordo com relação ao risco de estupro masculino que você apontou no privilégio mencionado, que você deu a entender que seja nulo.

Putz, eu já publiquei até guest post de mulher em dúvida se tinha estuprado um homem. É só que neste caso de beber até cair e ser estuprada, o caso é muitíssimo mais comum com mulheres.

Eu, pelo menos, em quase seis anos de blog, nunca recebi nenhum relato desse tipo vindo de homem.


Se você pensar no que você representa para quem te segue, em como o estupro de homens é retratado socialmente e como o feminismo é percebido por essa mesma sociedade, é bem fácil saber o motivo de você nunca receber tais relatos.

Com relação ao que o estupro masculino representa socialmente, imagino que você tenha lido os comentários do guest post. Mesmo considerando que boa parte das pessoas que comentaram são feministas, houveram comentários negando o estupro porque a vítima é do gênero masculino. Se mesmo entre pessoas mais esclarecidas em direitos humanos essa mentalidade acontece, imagine entre aquelas que não tem o mesmo nível de esclarecimento.

E também nunca ouvi falar -- o que não quer dizer que não exista. Só que não é comum. Enquanto que pra mulher é comum sim. Ou vc tem alguma estatística? E vc nunca me viu nem verá tratar estupro de homem como piada.

Parabéns pela postura. Mas saiba que você é uma exceção. E saiba também que é justamente pelo fato de você ser uma exceção que não há qualquer estudo, pesquisa ou estatística que comprove. A regra é achar que isso seja piada, que não acontece e que não merece ser estudado.

Na década de 1950, a violência doméstica contra as mulheres recebia esse tratamento. Não que não acontecia ou que não fosse sério. Muito pelo contrário, aliás. Mas não era levado a sério como deveria, apesar das denúncias do movimento feminista da época. Tanto que as estatísticas só começaram a aparecer décadas depois, quando o assunto começou a ser tratado com mais seriedade.

E deixo uma reportagem pra você ver como são as coisas. É uma reportagem antiga, de 2009 publicada por um jornal sensacionalista no melhor estilo "mundo cão", mas que ilustra bem o que quero dizer:

http://www.noticiasbizarras.com.br/2009/04/cu-de-bebado-nao-tem-dono-literalmente/

Anônimo disse...

Lola

Vou fazer questão de contar sobre um bar que fui em SP ha uns 10 anos.Achei muito legal a iniciativa deles.
Era uma casa de música Caribenha e culinária cubana.
TODAS as hostess, sem exceção eram negras.Todas muito lindas , muito bem maquiadas, e com salto alto e vestido florido e colorido.Tipo assim" vamos valorizar a beleza da mulher negra".
Nao sei quem era o proprietário,mas ficou muito claro que por ser uma casa cubana/ Caribenha ele quis valorizar a beleza da negra.
Nao sei se esse bar ainda existe, se chama AZZUCAR.

Anônimo disse...

Como pessoa que era contra cotas e agora e a favor,tenho um comentário : uma das coisas que me sensibilizou foi isso que a Lola falou : por que negros so conseguem empregos de segurança, faxineiro,cozinheiro, etc?

Alguns comentários aqui estão perfeitos,tipo " você trocaria de lugar com essas pessoas?"
Esse tipo de discussão de que 'negro tem privilégio ' porque tem cotas, me lembra uma discussão antiga com uma amiga.
Eu estava passando por uma fase muito difícil,e ela dizia que eu reclamava de barriga cheia.Perguntei se ela trocaria de lugar comigo, ao que ela respondeu " por nada desse mundo eu gostaria de ser você , viver a sua vida a passar pelo que você passa,mas você nao tem problema pra rse queixar" (?!!)
Entao, minha resposta seria a mesma : você trocaria de lugar, gostaria de ser negro e de ser " beneficiado elas cotas?"
Responda do fundo do coração, serio.

Anônimo disse...

Lola, quando o assunto envolve racismo, seu público me assusta.

Desde aquele post sobre racismo na Marcha das Vadias que, sempre que surge o assunto em um texto seu, tenho medo dos comentários.

Anônimo disse...

ter filhos virou um negócio nas comunidades. 306,00? isso é o bolsa família só que essas pessoas recebem até gás o famoso vale gás. juntando todos os beneficios ultta

Anônimo disse...

Retificando já que meus comentários foram cortados sem querer.
Bonito é meus vizinhos fazerem churrascada com o dinheiro da bolsa, enquanto seus filhos não tem nem um lápis pra escrever na escola.
Outra não é só bolsa família: vale gás, escola, e sei lá quantas outras.
E sim o povo usa em suma com má fé.

Mariana disse...

Taylor Foxx, eu discordo. Não sofrer preconceito é, sim, um grande privilégio. É claro que dinheiro ajuda horrores e pode mascarar certos preconceitos da sociedade se a pessoa em questão for rica, isso sem dúvida.

Mas, ainda assim, a sociedade acha que negro rico é jogador de futebol ou outro atleta, pagodeiro, modelo (e aqui nem entro no mérito de a maioria esmagadora das modelos de sucesso serem brancas), etc... Quase nunca pensam num rico negro como empresário, médico, juiz... Longe de mim achar que artistas, modelos e atletas são menos que os outros, o problema é a sociedade só associar o rico negro a uma certa categoria menos "acadêmica" ou "empreendedora" por assim dizer. Enquanto isso, brancos ricos podem ser atletas, modelos, pagodeiros, juízes, médicos, empresários e tudo o que bem entenderem, que ninguém vai estranhar. Negros ricos também vivem sendo parados pela polícia, que não acredita que o carro que dirigem é deles. Ah, mulheres negras ricas também vivem tentando se adaptar ao padrão de beleza eurocêntrico (alisando o cabelo, fazendo plástica). Uma mulher branca pobre nunca vai ouvir que o cabelo dela é ruim, por exemplo.

O mesmo se aplica a homossexuais ricos. Muita gente pode fazer vista grossa pelo dinheiro, mas ainda assim são considerados "errados", "promíscuos", "afetados", "excêntricos", também sofrem com famílias homofóbicas e, até há bem pouco tempo, nem podiam se casar. Héteros pobres não precisam explicar pra ninguém pq são héteros e sempre puderam se casar e adotar filhos. Mulheres ricas... O dinheiro ajuda, mas não impede que sejam tratadas como "piranhas" se tiverem vários parceiros, por exemplo, entre outras coisas que a Lola colocou na lista.

Aline disse...

Maria Valéria, Você estudou no Koelle?
Eu estudei na Escola Agrícola "Eng. Rubens Foot Guimarães" Em Ajapi, que na época era uma escola pública ótima e no ensino médio ganhei bolsa de estudos no Objetivo, ali na rua 7.

Mas indo para o assunto dos privilégios:
Sou branca, de cabelo liso e pele clara. Tenho negros na família, por parte de pai(meu bisavô era negro), mas com o resto da família toda de italianos e portugueses não tenho traço nenhum de negros.
Fui pobre sim, paupérrima, de comer arroz(doado pelos vicentinos) e banana do quintal ou sardinha. Comecei a trabalhar cedo, mas nunca tive muitas dificuldades para arrumar emprego.
Recebi bolsa escola até o fim do fundamental e depois bolsa jovem durante o técnico, Estudei com bolsa de estudos, fiz faculdade pelo prouni. Fui altamente privilegiada.
Conheço um rapaz maravilhoso, estudioso, batalhador, que teve dificuldades em arrumar emprego, que recebeu bolsa escola também, que teve notas tão altas quanto eu no ensino fundamental e médio, ele teve que deixar de estudar na faculdade, mesmo com bolsa, por que aos 17 anos não conseguia emprego e não tinha como pagar o ônibus, por que tinha que cuidar da mãe doente.
Ele parou e voltou várias vezes. Ele é negro. Hoje ele passou em uma faculdade pública, está batalhando para conseguir, mas nem o estágio dentro da universidade ele conseguia. Teve que provar ser muito melhor que os outros para conseguir um estágio.
Pessoas pobres e brancas tiveram mais facilidade.
Na escola pública(que tinha prova pra entrar) tinham poucos negros, na particular eu lembro de uma única negra, no terceiro colegial. Na faculdade, nenhum.
Eu sou sim privilegiada, por ser branca e hoje por ser de classe média.

Mariana disse...

Já sobre as pessoas que são contra cotas e Bolsa Família, outra coisa que eu acho engraçada são as linhas de raciocínio super reaças (não só da classe média, existem pobres reaças tb) abaixo:

- "Ah, minha vizinha na comunidade [troque por 'minha ex-empregada', 'a mulher do porteiro', 'a adolescente cracuda', etc] parou de trabalhar e vive fazendo filho pra ganhar mais dinheiro do Bolsa Família. Esse Bolsa Família só serve pra sustentar vagabundo [insira 'com meus impostos', 'enquanto eu me mato de trabalhar', etc], essa mamata tinha que acabar"!

- "Fulano é cotista, mas vive na farra, enquanto eu me mato de estudar mas não sou preto e não entro na pública [como se fosse um crime a pessoa se divertir], então tem que acabar com essa moleza de cotas!"

Ou seja, se UM ou OUTRO indivíduo age assim, FODA-SE Bolsa Família e cotas, tem que acabar!! FODA-SE toda a gente pobre e honesta que precisa do dinheiro da bolsa pra comer e FODA-SE o monte de estudantes negros inteligentes e dedicados que não tiveram as mesmas chances dos filhinhos de papai. Se tem alguém que sai da linha, já é motivo pra deslegitimarem o programa inteiro e foda-se quem precisa, mesmo sendo correto. Generalizam um grupo de inteiro de pessoas desfavorecidas só pra desqualificar qualquer iniciativa de assistência. Assim como a Maria Valéria, já fui contra cotas (mea culpa :(, hoje morro de vergonha), mas depois percebi que o problema que elas querem corrigir (mesmo que o programa esteja longe de ser perfeito) é muito maior do que o meu umbigo de classe média ou do que um ou outro estudante negro que "não estuda o suficiente".

Walter Williams disse...

As expressões 'ação afirmativa', 'representação paritária', 'tratamento preferencial' e 'cotas raciais' não possuem grande apelo entre a população. Sabendo disso, a elite intelectual, a mídia, o governo e todos os demais entusiastas criaram o termo 'diversidade', uma palavra aparentemente benigna que funciona muito bem para encobrir políticas racialmente discriminatórias. Via de regra, tais políticas exigem que as universidades, as empresas privadas e as burocracias do governo formem seus quadros de acordo com a proporção de cores e etnias existentes no país. Por exemplo, se os negros formam 30% da população, então eles devem formar 30% dos estudantes universitários, 30% dos professores, 30% dos gerentes de empresas e 30% dos funcionários públicos. Por trás dessa visão de justiça está a ignara noção de que, não fosse a discriminação, todas as cores e etnias estariam igualmente distribuídas em termos de renda, educação, ocupação e outros critérios.

Os negros não precisam de ações afirmativas. Por exemplo, houve um tempo em que não existiam jogadores de basquete negros nos Estados Unidos. Hoje, sem cota racial nem ação afirmativa, 80% são negros. Por quê? Porque são excelentes jogadores. Se os negros tiverem a mesma habilidade em matemática ou ciência da computação, haverá uma invasão deles nessas áreas. Para isso, basta escola, boas escolas, grandes escolas.

Há um aspecto em que as ações afirmativas são até prejudiciais. Por causa de ações afirmativas, muitos negros estão hoje em posição acima de seu potencial acadêmico. Se você está aprendendo a lutar boxe e sua primeira luta é contra o Mike Tyson, você está liquidado. Você pode ter excelente potencial para ser boxeador, mas não dá para começar contra Tyson.

As ações afirmativas, nesse sentido, são cruéis. Reforçam os piores estereótipos raciais e mentais. Por exemplo, quando eu dava aula na Universidade Temple, em Filadélfia, tive uma turma com uns trinta alunos, todos brancos, à exceção de um. Nas primeiras aulas, eles me fizeram uma bateria de perguntas complexas. Você pode achar que era paranoia minha, mas eu sei que o objetivo deles era testar minhas credenciais. A cada resposta certa que eu dava, eu podia ver o alívio no rosto do único aluno negro da classe. De onde vinha esse sentimento, esse temor do aluno negro de que seu professor, sendo negro, talvez não fosse suficientemente bom? Das ações afirmativas. Não entrei na universidade via cotas raciais. Por causa delas, a competência de muitos negros é vista com desconfiança.

Ninguém desconhece que houve discriminação pesada no passado e há ainda, embora tremendamente atenuada. Mas nem tudo é fruto de discriminação. A diferença de desempenho acadêmico entre negros e brancos é dramática, mas não vem da discriminação. O baixo número de médicos, físicos, químicos ou nos Estados Unidos (e no Brasil) não resulta da discriminação, mas da má formação acadêmica, que, por sua vez, também não é produto da discriminação racial.

Anônimo disse...

pobre reaça: aqueles que são invisiveis para o governo. E que discordam com as "políticas sociais" do mesmo.

Anônimo disse...

OMG OMG!!!!

@Walter Williams se cagou todo!!!
Chama a mãe pra limpar, minha gente!

maycon disse...

mariana meu único comentário foi esse:
"Quanto mimimi mariana, incomoda ser pobre e branco mas n no sentido que vc disse q achamos que merecemos tudo só por sermos brancos,melhorar de vida todo mundo quer ou n podemos pensar assim,pq ja ganhamos muito por ser branco?
o q choca é essa ladainha de q só negros vivem na pobreza e todos os brancos vivem montado na grana e cheios de privilégios."

pra vcs todos os comentários anônimos são de uma pessoa só? vou por meu nome agora.

não falei nada de sus e cotas,eu não usei bolsa familia mas minha tia usa e ajuda bastante na renda dela e do filho.

engraçado esse argumento de vcs,qualquer um que n concorde com suas idéias,está cheio de ódio no coração kkkkk
n estou com ódio no coração só pq falei a realidade.

vcs parecem aquelas pessoas que adoram desmerecer o sofrimento alheio pq fulano sofre mais,aqui no caso são os negros,como eles de fato sofrem mais,os problemas dos outros n passam de frescura de gente mimizenta,parabéns pra vcs!

Anônimo disse...

Adorei o post do 14:42
Se não for negro, pode sofrer discriminação, fome e pobreza a la vonte.
Em que mundo essas pessoas vivem.
Ah em relaçao a trabalhos terceirizados ou que não exigem estudo, ai ai
engraçado que trabalhei em padarias, supermercados e afins
Enquanto a galere prefere o bolsa né
isso não é generalizar é falar a realidade.

Unknown disse...

Porque não fazer cotas com critérios exclusivamente socioeconômicos, ao invés de raciais?

Contempla quem realmente precisa, seja de qual cor, e evita falhas grotescas como o do rapaz branco de olhos verdes que concorreu através de cotas num concurso pra diplomata um tempo atrás...

Mariana disse...

Maycon, eu pensei que vc fosse a anônima carioca, que comentou sobre ser branca e pobre, já que meu primeiro comentário foi direcionado a ela. Achei que era uma resposta dela, SÓ ISSO. Desculpe por essa confusão. Mas, se vc reparar, o resto do meu comentário seguinte (no qual só me referi ao seu na frase "Anônima conterrânea: sim, todos queremos melhorar de vida.") foi pra ela. Ela se faz de coitada, reclama da própria pobreza (como se fosse pior ser branco e pobre do que ser negro e pobre, o que infelizmente é visto como natural pela sociedade), ao mesmo tempo em que achincalha os vizinhos beneficiários do Bolsa Família e estudantes cotistas. Só que é um tipo de discurso de muita gente, não só dela, mas tanto de ricos, classe média e pobres, existe gente reacionária em todas as classes sociais.

Em nenhum momento invalidei o sofrimento dos brancos pobres. Eles existem, são também um reflexo da situação social de merda do Brasil. O que eu disse foi, vou repetir pela enésima vez pra não precisar desenhar: a sociedade acha O HORROR a existência de brancos pobres, enquanto o fato de haver negros pobres é visto como natural. Isso é uma das facetas do privilégio, a sociedade achar que brancos têm direito automático de não serem pobres. Quando digo "sociedade", estou falando de uma maneira sistêmica, não de indivíduos. Só que esse pensamento sistêmico se manifesta em opiniões de indivíduos, como da anônima branca e pobre.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

luana tu já ter sido "acompanhada pelos olhos" em alguma loja, é muito diferente da tua cor ser ligada com o crime. negros são identificados em diversos lugares, até na rua, como um risco a segurança.

Unknown disse...

eugenia acredito que a lola não quer dizer que beber até cair seja um privilégio e sim que este fato não faz tu perder o direito sobre o teu corpo. homens não são violentados por estarem embriagados ou desmaiados. quando se trata da mulher essa mesma situação é vista como um "convite". o privilégio está na reação, não na ação.

Unknown disse...

douglas cadê a prova que heterossexualismo (sic) é normal?

Anônimo disse...

"Sobre os acidentes de carro, mulher paga menos seguro e a fama de barbeiragem de mulheres é mais por pequenos erros no trânsito e não por grandes acidentes (que no caso dos grandes acidentes parece ser mais pelo comportamento irresponsável de beber e dirigir do que falta de habilidade)."

Ah tá, quando são as mulheres que erram é por falta de habilidade mas quando os homens erram é por comportamento irresponsável hahahaha só rindo mesmo. E o que seria esse comportamento irresponsável? Não é achar que tem habilidade para fazer tal manobra quando na verdade não tem e acabar provocando um acidente? Ou seja, falta de habilidade? Pare de inventar desculpas.

Anônimo disse...

me fazer de coitada: trabalhar, lutar, sustentar minha mãe, enquanto o resto sollta pipa o dia todo, tem filhos jogados na rua ou estão usando crack. E ainda te abordam com ameaças as 06 da manhã quando vc esta indo pro trabalho e nao tiver um real pra dar pra eles e elas cheirarem: tadinhos.

Thaís B disse...

Ao brancos mimizentos: Ser privilegiado não significa que sua vida é um mar de rosas, só é menos sofrido que uma pessoa negra.

"mimimi eu, brancx pobre, ralo pra estudar e o cotista negro aproveitador rouba minha vaga"

Cota pra negro é uma miséria, não sei hoje mas há uns 3 anos atrás era um aumento de 2% em cima da nota que ele tirou, ou seja, você brancx pobre que estuda tanto assim não vai ter sua vaga "roubada" (porque a vaga já tinha seu nome escrito, né?) para o fulano que não faz nada da vida mas é negro.

Aliás, assim como você ataca o negro pobre, o pessoal de classe média te ataca por você "roubar" a vaga deles só por ser pobre. Ouço de muita gente classe média ou classe média alta que agora que metade das vagas de federais são para alunos de escola pública, nenhum pobre vai mais estudar porque vai conseguir vaga "de graça" (tradução: sem estudar).
E ae, vocês brancos pobres que falam ter uma vida educacional difícil, acham tal afirmação verdadeira? Ou vocês acham que eles estão se baseando em uma meia dúzia de pessoas e generalizando todo mundo, assim como vocês estão fazendo com os pobres negros?

Anônimo disse...

Aline,

Sim, eu estudei no Koelle, anos 90 a 92, e ja passei varias vezes em frente ao objetivo da rua 7 , que alias era pertinho, ne? Tinha amigos que moravam do lado do objetivo.

Vc vai concordar comigo que nao tem estudante negro bolsista no koelle, ne? Pelo menos na minha época so tinha bolsista branco.
e o único negro que estudou em minha sala, era de Araras , como eu,filho de um medico negro e rico, mas era a exceção da exceção ne??
A gente viajava de Araras todo dia pra ir a escola de ônibus...
Esses fatos de nao ter bolsista negro me refiro aos anos 90 , porque nao sei como esta agora,
Nem sei como era no objetivo!
Você ainda mora em rio claro? E sempre bom encontrar uma conterrânea por aqui ;)) bj

E claro,, negros sempre tiveram que provar que são bons...para brancos essa pressão nao existe.

Sara disse...

sou contra todo tipo de assistencialismo paternalista e demagógico, ainda mais os eleitoreiros.
Mas sou plenamente a favor de medidas para diminuir desigualdades, e que integrem as as camadas necessitadas a sociedade, tornando sempre que possível todos os cidadãos membros produtivos e úteis a sociedade.

Mariana disse...

Rene Freire, eu tendo a concordar com vc. Acho que as cotas seriam melhores se fossem sociais, justamente pra incluir brancos pobres e também quem estuda em escola particular pra pobre, como exemplificou a Valéria Fernandes. O programa de cotas tá longe de ser perfeito, mas também temos que reconhecer que a maioria esmagadora dos pobres desse país é negra. Quando entrei na UFRJ, por exemplo, só tinha uma garota mulata na minha turma, uns 2 meninos de pele mais escura (mas não exatamente mulatos) e eu com cabelos crespos e pele mais clara. O resto, branco na aparência. Foi aí que mudei minha opinião sobre as cotas (eu já fui radicalmente contra).

Esse caso do cara branco de olhos verdes usando as cotas do Itamaraty foi UÓ, esse se aproveitou legal das brechas da lei. Uma amiga minha que tentou o concurso conhece esse cara, ele e médico, a família toda de médicos... Portanto, longe de ser pobre e sem oportunidades, como as pessoas que as cotas querem incluir. Acho hipocrisia dizer "ah, tenho genes negros, portanto sou afrodescendente e tenho direito às cotas" quando vc tem a aparência super caucasiana e todos os privilégios que vêm com ela (fato que esse cara nunca foi confundido com ladrão, nunca foi visto como pobre, nunca foi reprovado em entrevista de emprego pela cor da pele, etc). No Brasil não é como nos EUA, onde o que vale é a tal da one-drop-rule. No Brasil, o que conta mais é a aparência e não o genótipo. Se vc tiver a pele mais clara (mesmo que com algumas características negras), isso já te poupa de várias coisas, já que a sociedade não vai te ver como negro. Eu sei bem disso: tenho pele clara e cabelos crespos, sofri a vida toda pelo "cabelo ruim", mas nunca me perguntaram se entrei por cotas na UFRJ, nunca me mandaram sair de elevador social e seguranças de loja não me seguem. Já me mandaram alisar o cabelo no trabalho e isso é péssimo, mas é pouco se comparado a vários outros estigmas que pessoas socialmente vistas como negras têm que enfrentar. Se vc aparentar ser "mais negro", vc sofre mais preconceito, infelizmente.

Hamanndah disse...

Comportamento irresponsavel é dirigir em alta velocidade, embriagado, ultrapassar imprudentemente. Homens e mulheres cometem estes três erros que citei, mas, advinhe qual dos dois comete mais?

Anônimo disse...

Lola, queria sua opinião sobre cotas para negros em concursos públicos.
Em concurso onde haja entrevista ou prova oral como prova classificatória ou eliminatória , acho justo , pois o candidato pode alegar que nao passou porque foi discriminado,
Mas, e em concursos onde a prova e somente escrita , como um que prestei ha muitos anos: o cara nao e medico formado que nem eu? Onde esta a diferença se ele estudou e se formou como eu? Ou pode se usar o argumento que para ser contratado numa clinica particular ele teria mais dificuldades em ter a vaga por ser negro, por ex??
So uma duvida mesmo,
A propósito ja tive um colega de trabalho negro que um paciente se recusou a passar em consulta com ele alegando que nao queria ser atendida por um negro....talvez as cotas em concursos públicos, mesmo sem prova oral que pudesse " barrar " alguém por racismo poderiam ajudar a corrigir essas injustiças ...
Queria muito ler o que vc pensa sobre isso.
Bjs

Unknown disse...

"Porque não fazer cotas com critérios exclusivamente socioeconômicos, ao invés de raciais?"

Porque quando escravizamos, marginalizamos, excluímos, usamos critérios exclusivamente raciais, por isso.

Anônimo disse...

Na comunidade vc vê filhos que estudam pra sair das mãos desses tadinhos: que usam o bolsa familia pra comprar drogas, crianças indo vender coisas no trem enquanto as mães estão no salão da comunidade fazendo pacote completo. Esse povo precisa aprender a cuidar dos filhos e não de dinheiro, cada vez mais alienados.
Ai o rico ou classe média fala: tadinhos
Moro em comunidade e só olho o sofrimento das crianças. Usadas, exploradas e até vendidas.
Tudo pelo crack, dinheiro. Ah discurso de branco classe média é o de vcs
Se falar a realidade é ser reaça, sou reaça.

Thaís B disse...

Eu também admito que já fui totalmente contra qualquer tipo de cota. Achava que cota pra negro é dar vaga de graça e que isso dizia que eles eram menos capacitados. Assim como eu tinha tal pensamento sobre os alunos de escola pública. Eu só abri meus olhos há algumas semanas atrás, quando estava lendo o excelente livro Justiça do Michael J. Sandel.

O capítulo que eu estava lendo toca no assunto de cobrar mais impostos aos ricos. Logo de cara eu fui a favor, afinal por mais que primeiramente pareça injusto pagar mais, ele ainda vai ter MUITO mais vantagens (sociais, econômicas,etc) que o pobre. Mesmo pagando mais imposto, ele ainda vai continuar rico, ainda terá um padrão de vida mais alto que os outros e o pobre não terá vida fácil ou se apropriando do dinheiro "suado" do rico para vagabundear.

E disso, pensei nas cotas para a universidade pública. Simplesmente troquei imposto por vaga e rico por classe média. Juro que foi um susto pra mim. A reclamação é idêntica.

Mesmo com várias pessoas de classe média gritando que isso seria injusto, eles ainda possuem mil vezes mais vantagens de passar em uma boa universidade pública por terem condições de estudar em colégios bons e pagar cursinhos caros. Por mais que teve uma diminuição nas vagas para a classe média, com todas as condições de vida que possuem (não precisar trabalhar, só estudar, chegar em casa e ter tudo pronto, ter apoio -psicológico e financeiro- caso não passe de primeira, se for prestar facu fora do estado os pais podem levar/bancar passagem, acesso mais fácil a informação de qualidade, etc), o pessoal que tanto reclama de estar sendo injustiçado tem uma puta sorte e privilégios em relação ao estudante pobre o qual trabalha para ajudar a família, que não recebe incentivos para prestar e ter chance de passar em universidade, ainda mais pública (meu prof. de Geografia do colégio dava aula em escola pública também, ele dizia que quase ninguem sequer pretendia prestar, porque achavam que não iam conseguir passar e ninguém, tanto da escola quanto da família, incentivava).

Fiquei morrendo de vergonha da "eu" do passado por xingar tanto os alunos de escola pública, acusando-os de vagabundos que iriam roubar a MINHA vaga (meu nome já estava escrito nela, óbvio! só que não), sendo que eu fazia cursinho bom, podia ficar estudando o dia inteiro, meu pai me levava e me buscava (se eu saísse muito tarde), recebia incentivos de todos ao meu redor: "Você consegue!", "vai passar na USP, aposto que consegue!", "você é inteligente, é só estudar que você consegue!!". Eu também alegava que aluno de colégio público não ia conseguir acompanhar, desistiria no caminho e a minha (claramente já estava com meu nome!!!) ficaria lá as moscas e eu não estaria aproveitando bem mais ela. Porém também reparei que não vai ser o fulano desinteressado em estudar que vai passar, e sim aquele aluno esforçado o qual tem muito interesse em estudar (muito mais que boa parte do pessoal de colégio particular, eu garanto que tem também muito vagabundo em colégio caro) mas que não pode bancar um cursinho nem tem tanta bagagem de matéria para conseguir bolsa.

E antes que digam "ahhhh mas eu ou fulano que conheço era bem pobre e conseguiu subir na vida sem ajuda!!". Acho excelente, entretanto ele foi o único pobre que tentou subir na vida sozinho? Ou será que ele e mais UM MONTE de outros pobres tentaram, mas ele foi um dos poucos que conseguiu? E só porque ele conseguiu, os outros que ficaram pelo caminho não merecem também? Será que a maioria que não conseguiu ascender e brilhar também merecem ficar onde estão ou ter que sofrer mais ainda para chegar a uma vida melhor? Ninguém que vive mal merece ter chances, "privilégios" para compensar essa falta, uma britadeira, nem que seja pequena, para aliviar um pouco mais essa busca por uma vida melhor? Seja essa pedra uma questão banal pra você, mas que para o outro atrapalha tanto? Só é válido quando a pessoa sofre muito ou quando sofre quase nada?

Fica minhas reflexões.

Eugenia disse...

Anon das 17:37, Lola e Helen Pinho

Obrigada pelo esclarecimento. Realmente vejo que vocês tem razão, só é algo que pra mim é difícil enxergar sozinha. Porque eu não acho saudável um homem ou mulher, tanto faz, tomar esse tipo de atitude. Mas entendi o que a Lola quis dizer agora.

Quanto às pessoas que disseram "troque o beber até cair por fazer sexo com qualquer um ou pegar ônibus sozinha de madrugada" não gente, NÃO. Isso não tem absolutamente nada a ver com o que eu quis dizer. Desde quando pegar ônibus de madrugada é uma atitude passiva de julgamento? Não tem nada a ver. E fazer sexo com qualquer um que quiser eu acho que todo mundo pode, não tô ligando, é uma escolha individual e não tenho nada a ver com isso. Vocês não entenderam o meu questionamento.

Eu justamente quis focar no ato de beber, e deixei bem claro que estava em dúvida sobre como refletir sobre esse assunto, não critiquei uma mulher por beber em momento nenhum. Então no contexto da minha dúvida, não dá ora substituir por qualquer privilégio masculino. Tô falando especificamente desse.

Sara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
sônia disse...

classe média, venham morar na favela antes de sair falando asneiras ,baseadas nas importantíssimas estatísticas que vcs confiam tanto.

Roxy Carmichael disse...

ah eugenia
entendi.

mas o meu exemplo foi pra ilustrar que a mulher não tem o privilégio de não estar atenta e alerta 24hs por dia. tipo beber até cair, significa ficar desatenta (assim, na melhor das hipóteses), assim como dormir durante uma viagem de madrugada.

helen pinho 15:54
é tipo isso. eu apoio super cotas sociais e elas estão rolando, inclusive. mas são necessárias as sociais e as raciais. porque sao coisas distintas. promover o acesso do pobre é uma coisa. promover o acesso do negro é outra. as pessoas confundem porque no geral, os pobres são negros. mas são duas coisas distintas. no brasil existe sim classismo, claro. mas existe racismo.

Roxy Carmichael disse...

e o tal do walter williams pode até ser preto, mas é liberal. em outras palavras, super fã do capitalismo selvagem, ou sejE....

Anônimo disse...

Concordo com todo o conceito do post, evidente que um homem branco hétero, de classe média pra cima, tem seus direitos respeitados e nem se dá conta disso, faz parte da sua vida normal.
Mas eu questiono o uso da PALAVRA privilégio. Privilégio tem uma conotação de coisa indevida, uma vantagem não merecida, e eu não concordo com isso.
Porque ser tratado com respeito é um privilégio? Todos tem que ser tratados com respeito, e se há grupos que não são, temos que lutar pra que sejam, porque o erro está aí, não em quem é respeitado.
Não ser estuprado não pode ser visto como uma dádiva, uma coisa especial, afinal ninguém deve ser estuprado.
Enfim, não me parece que é um privilégio viver em um estado que deveria ser normal e valer para todos.
Porque a solução não é tirar os 'privilégios' de quem tem, já que eles são apenas direitos, a solução é estender os 'privilégios' para quem não tem. E aí fica claro que não se trata de nada especial ou indevido, apenas direitos que todos deveriam ter.

Janaina disse...

Oi Lola,

Não sei se você acompanhou Breaking Bad, mas recomendo muito este ensaio simples e brilhante sobre misoginia, tecido na forma de reflexão em cima da recepção do público à personagem Skyler, esposa do protagonista, escrito pela própria atriz Anna Gunn.
http://nyti.ms/14qO5P9

Ah, e não tem spoiler.

Unknown disse...

Pois é Mariana, o caso do concurso do Itamaraty é excepcional, mas a brecha para que ele aconteça está em praticamente todos os concursos que adotam cotas raciais. Por esse e por outros motivos defendo as cotas exclusivamente sociais, vai ajudar os pobres por igual e, considerando que a maioria da população pobre do Brasil é negra, vai reduzir a desigualdade racial por tabela.

Unknown disse...

Agora em relação à cotas para concursos públicos de nível superior eu sou contra mesmo, uma pessoa com diploma universitário num país como o nosso já é bem privilegiada, independente da cor

Crl disse...

Olha só o que encontrei hoje por acaso:

http://www.cinismoilustrado.com/2013/09/el-juego-de-la-vida.html

Combina muito com o tema do post.

Anônimo disse...

negros n tem privilégios? é cota disso e daquilo,daqui a pouco vai ter a cota amigo negro,todos vao ser obrigados a ter pelo menos 1 amigo negro para n ser processado por racismo.
vcs enchem o saco,veem preconceito em tudo.
caiam na real!!! negros são os mais privilegiados atualmente,

Anônimo disse...

Ano passado na universidade uma aluna estava falando sobre como não existe racismo no brasil, já que ela, com 47 anos, jamais tinha pensado em qual era a cor da sua pele até poucos meses atrás. A minha resposta foi que eu, com 19, nunca deixei pensar sobre a cor da minha pele, pois sempre tive/ tenho alguém pra me lembrar disso. Minhas memórias mais antigas de ser discriminada são de quando eu tinha 4 anos e as meninas (brancas) da minha escola particular não queriam ser minhas amigas e me tratavam mal me chamando de "suja" e "feia" por ser negra.
Eu sou uma negra privilegiada de classe média alta, que pode frequentar escolas caras onde as crianças brancas sempre me diziam quão "horrível" era a minha cor e o meu cabelo, chegaram a me humilhar quando eu cometia a ousadia de me gostar o bastante para usá-lo solto e a me dizer que teria uma morte violenta (rs) por ser negra.
Quanto as cotas, não sei se em 2011 eu sei se tive acesso a elas, não falaram sobre isso na escola em que eu cursei o ensino médio (talvez porque eu e outra garota éramos as únicas negras de lá), não fui atrás de saber como elas funcionavam e mas me declarei negra na inscrição.

Anônimo disse...

Por favor leiam mais sobre o Bolsa-família para saber realmente o que é o programa, quanto realmente cada família recebe, etc. Em NENHUMA hipótese o benefício é de R$700 reais, há critérios a serem cumpridos, a família tem condicionalidades para cumprir e NÃO adianta a pessoa ter 10 ou 20 filhos pq ela somente receberá o bolsa família de 05 crianças.PAREM de divulgar senso comum como se fosse verdade!!!ACHISMO não é ciência, só serve para disseminar preconceito.
http://www.mds.gov.br/programabolsafamilia/o_programa_bolsa_familia/criterios-de-inclusao

http://www.mds.gov.br/programabolsafamilia/o_programa_bolsa_familia/beneficios-e-contrapartidas

Mariana disse...

Rene, eu prefiro as cotas sociais, mas acho que podem coexistir com as raciais, desde que estas adotem critérios mais específicos do que apenas auto-declaração, assim fica fácil demais pra quem não precisa das cotas burlar o sistema. Querendo ou não, os negros ainda passam mais dificuldades e foram historicamente mais oprimidos. Mas aí os critérios têm que melhorar, pra beneficiar quem realmente tem menos oportunidade. Sobre cota em concurso público, não tenho opinião formada, mas creio que sou a favor, principalmente se houver entrevista, pra não cair naquela coisa da "boa aparência", que a gente sabe bem que é eufemismo pra racismo.

Mariana disse...

Pois é, Anônimo das 08:04... Tá cheio de achismo de Facebook em alguns comentários. Ninguém para pra ler e se informar antes de sair vomitando preconceito e senso comum. Alguns comentários tb respingam ódio e raiva dos mais pobres. Gostei bastante de um dos comentários da Thais B., o povo fala de UM POBRE, uma exceção, que subiu na vida por "esforço próprio" ( pra usar o jargão) e daí, automaticamente, todos os outros pobres são preguiçosos. Ninguém para pra pensar que é super difícil "subir na vida" se vc não teve boas oportunidades de educação e trabalho.

Unknown disse...

Cotas existem por vários motivos e um desses, e realmente muito importante, é a REPRESENTATIVIDADE, por isso temos cotas raciais em concursos. Veja bem é preciso que aja profissionais negros no funcionalismo público, se temos negros na sociedade, mas ao chegar em um órgão estatal eles desaparecem, algo tem errado, vocês acham que o negros não querem ser funcionários públicos? Querem, mas é um processo muito concorrido e quem acaba chegando lá são os brancos privilegiados. Sou branca, funcionária pública e vejo isso. Se é um privilégio ser graduado neste país, é ainda mais privilégio ser negro e graduado, então se for pelo percurso "natural" iremos passar mais 20/50 anos sem representatividade negra no funcionalismo público.

Unknown disse...

Roxy Carmichael 20:30 é uma consideração bem pertinente é isso mesmo, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa :)

Anônimo disse...

Além disso, como já foi publicado em outro post da Lola, quem souber de famílias que estejam utilizando mal o benefício, podem denunciá-las.

donadio disse...

"Agora em relação à cotas para concursos públicos de nível superior eu sou contra mesmo, uma pessoa com diploma universitário num país como o nosso já é bem privilegiada, independente da cor"

No caso específico do Itamaraty, penso que cotas racias sejam necessárias. Afinal, trata-se da representação do país no exterior, e não queremos que "o exterior" questione o fato de que somos uma nação metade branca, metade parda/negra, estranhamente representada só por brancos... ou queremos?

Mas, é claro, algum tipo de controle tem de haver, para que loiros de olhos azuis não se apresentem para concorrer na "cota racial". (Eu desconfio que esse moço não vai ter vida muito fácil no Instituto Rio Branco, mas posso estar enganado, e de qualquer forma não é o que eu chamaria de "controle".)

Unknown disse...

O problema é como especificar esses critérios, Mariana. Vamos criar uma escala de "negritude"? Vamos chegar para um sujeito e dizer que ele não é negro o suficiente pra concorrer às cotas? O critério genético nós já vimos que é falho, o fenotípico tende a ser falho também devido à miscigenação da nossa população.

Pra mim está claro que a solução está nas cotas sociais. Temos que usar a nosso favor o triste fato de que a maioria esmagadora da população pobre do Brasil é negra. Vamos reduzir numa tacada só tanto a desigualdade social quanto a racial. E tenho ainda esperança de que vão atacar a origem desse problema, o fato que nos faz precisarmos de cotas, que é a educação pública básica de péssima qualidade

Quanto à representatividade racial nos quadros públicos, acredito que vamos atingir isso naturalmente com o aumento da representatividade negra na universidade, consequência direta das medidas descritas anteriormente

Anônimo disse...

@Rene,

Repetindo Helen Pinho:
"Porque não fazer cotas com critérios exclusivamente socioeconômicos, ao invés de raciais?"

Porque quando escravizamos, marginalizamos, excluímos, usamos critérios exclusivamente raciais, por isso.

Zâmike disse...

Nossa! É de arrepiar!

Para privilégio de branco faltou: É não ser considerado amaldiçoado por um personagem de escrituras da idade do bronze.

Roxy Carmichael disse...

quer defender SÓ cotas sociais?
então antes vai ter que explicar porque a comoção com o mendigo de curitiba.

Anônimo disse...

A única coisa que nao entendi direito se existe, mas se existir acho um absurdo,são as cotas em concursos de beleza, como o de miss , por ex.
Nao que eu nao ache justo, antes que me entendam mal - eu so acho um absurdo que num pais como o Brasil.de maioria negra,tais cotas PRECISEM existir, como se o "" natural" fosse eleger as branquelas ( nada contra branquelas,eu tambem sou uma) como as mais lindas e deixar as negras e mulatas em segundo plano,
Ja repararam que so tem destaque as negras que desfilam em escola de Samba?
Pra representar o Brasil , como miss, nao serve.Todas as candidatas desse ano,com exceção de uma, eram brancas.
E a única miss negra que tivemos foi no ano 1986
Entao, acho errado cotas pra negras em concursos de beleza, mas acho errado que precisem existir, quando essas mulheres ja deveriam ser incluídas naturalmente.


Unknown disse...

é que maria valéria "naturalmente" não rola, pois o padrão de beleza é oposto as características das mulheres negras. nem sabia disso: cotas em concurso de beleza, mas entendo que na nossa cultura bizarra brasileira as negras ficam de fora mesmo.

Unknown disse...

O pessoal ficou chocado porque não está acostumado a ver um branco de olhos claros na mendicância. Não é óbvio? Isso só corrobora o que eu falei, que a maioria esmagadora da população pobre é negra, logo o grande beneficiado das cotas sociais será o negro.

As pessoas tendem a achar que a retirada do critério racial na distribuição das cotas vai excluir o negro, mas basta observar a distribuição de renda na nossa população pra ver que isso não é verdade, pelo contrário, os negros serão os grandes incluídos. Eu já expliquei aqui que os critérios raciais para distribuição de cotas são falhos, tanto o genético quanto o fenotípico.

Anônimo disse...

Ok, as cotas estão aí e os cotistas se esforçam mais que a maioria, como foi provado.

Mas as cotas foram feitas para serem um recurso temporário, paliativo, enquanto a educação no país dá uma melhorada.

Mas a pergunta de um milhão é: a educação pública está melhorando? Estudei em escola pública e vi que ela é uma droga, falta tudo, professores tem de tirar o valor dos materiais de seu - baixo - salário. Fora os prédios caindo aos pedaços, carteiras em pedaços, etc.

Ou seja, nada melhorou.

Seja a favor ou contra, há de convir que cotas raciais ou mesmo sociais não vão resolver o problema enquanto o MEC não investir em uma reforma séria na educação de base do Brasil. Em especial a que atende as camadas menos favorecidas da população.

Com investimentos inteligentes e sérios na educação de base + cotas, teremos o resultado que era desejado no começo. Sem isso, pode colocar a cota que for que não vai colocar mais negros na faculdade pública. O máximo que vão conseguir é que algum filho do Joaquim Barbosa não precise se esforçar tanto em seu ensino médio cursado integralmente no Galois ou no Olimpus (as melhores e mais caras escolas particulares de ensino médio em Brasília), enquanto estudantes dos CEM's da vida (escolas públicas do DF) precisam perder a adolescência na frente dos livros para entrar na enésima chamada de um curso pouco concorrido da UnB, pois tiveram de compensar a falta de qualidade do ensino com horas de estudos.